Corticeira Amorim com lucros de 4,3 milhões
Depois de há um ano ter apresentado prejuízos de 4,6 milhões de euros, a Corticeira Amorim regressou aos lucros, com 4,3 milhões de euros nos primeiros três meses de 2010.
Victor Jorge
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O resultado líquido da Corticeira Amorim atingiu, no primeiro trimestre de 2010, 4,3 milhões de euros, contrastando com o prejuízo de 4,6 milhões de euros registados há um ano e com os lucros positivos de 2,9 milhões de euros no último trimestre de 2009.
“Os sinais de recuperação da actividade económica, ainda que débil, confirmaram-se durante o primeiro trimestre 2010”, salienta a empresa, referindo ainda que “a reposição do financiamento às empresas permitiu o retomar de níveis de confiança compatíveis com o crescimento da actividade industrial em que a Corticeira Amorim se enquadra”.
A melhoria verificada em muitos dos mercados e, principalmente, a reposição de inventários, necessária após o drástico corte imposto pelas condições vividas durante todo o exercício de 2009, explicam em certa medida o crescimento de 10,9% registado nas vendas. No entanto, a empresa destaca ainda “um posicionamento comercial agressivo, beneficiando das vantagens competitivas resultantes da oferta de uma gama de produtos oferecida aos seus clientes”.
No que diz respeito à vendas, a Corticeira Amorim totalizou 113,3 milhões de euros, uma subida de 13,9% face ao período de Setembro a Dezembro de 2009.
O EBITDA corrente da Corticeira Amorim atingiu os 15,2 milhões de euros, valor que compara com os 5,5milhões registados no período homólogo de 2009 e com os 10,7milhões do trimestre anterior.
Destaque, também, para a contínua redução do endividamento da empresa, com a dívida remunerada líquida a situar-se agora nos 127,3 milhões de euros.
Quanto ao negócio, o desempenho da Unidade de Negócios (UN) Rolhas, representou mais de metade das vendas consolidadas, com um impacto significativo na variação positiva das vendas. O aumento em 12,8% das vendas impactou decisivamente o crescimento do consolidado, revelando a Amorim que, pela primeira vez desde há alguns trimestres, as vendas de Rolhas Naturais tiveram um crescimento, tanto em volume, como em valor.
Nas outras áreas, a UN Revestimentos apresentou uma subida de 5,1% nas suas vendas, não conseguindo ainda recuperar os níveis de vendas de 2008, assinalando-se, contudo, a subida de revestimentos de cortiça, o produto nobre desta UN, que registou um crescimento de 19,2%, permitindo praticamente igualar o nível de vendas do mesmo período de 2008.
No caso da UN Aglomerados Compósitos, que tinha registado a maior queda durante o primeiro trimestre de 2009 (-25%), obteve, um ano depois, o maior crescimento assinalado entre as diversas UN da Corticeira Amorim (24,5%), marcando assim uma recuperação para os valores pré-crise de 2008.
Por último, a UN Isolamentos apresentou também um crescimento de vendas assinalável (+9,5%), baseado essencialmente em volume, enquanto a UN Matéria-Primas e Rolhas, mercê da subida assinalável da margem bruta percentual, atingiu uma margem consolidada de 51,5%, o valor mais alto registado nos últimos trimestres.