Refrigeradores das lojas contaminam mais que sacos de plástico
Um recente estudo da Agência de Investigação do Meio Ambiente (EIA), revela que os refrigeradores dos hiper e supermercados constituem uma maior ameaça para o aquecimento global do que os sacos de plástico

Victor Jorge
Tetra Pak e Schoeller Allibert desenvolvem embalagens logísticas feitas a partir de embalagens de cartão para bebidas recicladas
Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030
Conferência da APLOG debate os desafios de uma logística urbana mais eficiente
Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp
Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais
Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses
Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito
Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas
Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024
Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril
Um recente estudo da Agência de Investigação do Meio Ambiente (EIA), revela que os refrigeradores dos hiper e supermercados constituem uma maior ameaça para o aquecimento global do que os sacos de plástico, já que representam 30% das emissões de gases de estufa.
O estudo revela ainda que, apesar dessas máquinas representarem um perigo maior para o meio ambiente que os sacos de plástico, somente 0,5% do comércio possui refrigeradores “verdes” ou de baixo consumo, sendo os principais responsáveis por este perigo os hidrofluorocarbonetos (HFC), compostos refrigerantes utilizados nos frigoríficos, congeladores e aparelhos de ar condicionado.
Os HFC foram introduzidos no mercado na década de 1990 porque eram uma alternativa mais segura em comparação com os outros gases de semelhantes características, mas não prejudiciais para a camada de ozono, como os clorofluorocarbonetos (CFC) o los hidroclorofluorocarboneto (HCFC).
Então, quais as alternativas? Embora os HFC não constituam grande perigo para a camada de ozono, o seu potencial para agravar o aquecimento global é significativo, até ao ponto de uma tonelada de gás R40a – um tipo de HFC – possuir o mesmo efeito para a alteração climática que 3.900 toneladas de dióxido carbono num período de 100 anos.
Assim, a EIA assegura que há outras alternativas menos prejudiciais para o meio ambiente que podem ser utilizadas nos refrigeradores dos hiper e supermercados e que já estão a ser utilizados, por exemplo, na Suíça e Dinamarca e em multinacionais como a Coca-Cola e McDonalds.
A organização na Reino Unido pretende, por isso, que os hiper e supermercados retirem os refrigeradores que funcionem à base de HFC até 2015, substituindo-os por outros que funcionam com substancias menos prejudiciais, como o dióxido de carbono, amoníaco e hidrocarbonetos.