Marcas próprias já valem 39% do mercado da UE
As marcas próprias dos retalhistas estão a tornar-se cada vez mais competitivas no mercado dos produtos de grande consumo, indica o relatório ‘From Growth to Transformation: A Global Private Label Perspective’.

Hipersuper
José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”
Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow
Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras
Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus
Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento
CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA
Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão
ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo
Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa
Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra
O relatório ‘From Growth to Transformation: A Global Private Label Perspective’ (‘Do Crescimento à Transformação: Uma Poerspetiva Globas das Marcas Próprias’), destaca a forma como as marcas próprias perceberam as tendências e a alteração de comportamento dos consumidores.
Elaborado pela empresa de consultadoria Circana, o relatório defende que os preços elevados e a ‘pressão’ nos consumidores “preparam o terreno” para o aumento do investimento dos retalhistas e a adoção dos seus produtos pelos consumidores, “levando ao crescimento da quota de marca própria nos produtos de grande consumo a nível global”. Acresce o facto de que as marcas próprias evoluíram para opções que vão de encontro às exigências dos consumidores, “que reconhecem cada vez mais a qualidade e a variedade que os retalhistas oferecem”.
As marcas próprias estão a tornar-se cada vez mais competitivas no mercado dos produtos de grande consumo, com os retalhistas a construírem o valor das suas marcas através de investimentos em inovação, sustentabilidade, diferenciação e valorização, revelam os resultados globais do estudo.
“A marca própria continuará a sua trajetória de crescimento, mas a próxima vaga de crescimento poderá vir de locais diferentes. Embora os canais de valor tenham recentemente impulsionado os ganhos da marca própria, é de esperar que mais retalhistas – tanto de grande como de média dimensão – invistam de forma mais agressiva, fazendo da marca própria uma estratégia de crescimento fundamental”, defende Sally Lyons Wyatt, vice-presidente executiva global e conselheira principal da Circana.

As marcas próprias estão a tornar-se cada vez mais competitivas no mercado dos produtos de grande consumo
39% da quota na UE
Na União Europeia as marcas de distribuidor estão bem posicionadas no panorama dos bens de consumo embalados (CPG), com uma quota de mercado de 39% nas vendas a valor e 47% nas vendas unitárias, com destaque para o crescimento contínuo em Espanha e França. Em relação a outros mercados globais, a quota das marcas próprias nos EUA está a emergir (22% em valor, 24% em unidades), “mas é a que regista o crescimento mais rápido em termos de vendas em dólares”, indica o estudo.
A nível global, para além do preço e da promoção, os retalhistas estão a promover as suas marcas “como alternativas inovadoras, interessantes e mesmo de qualidade superior às marcas comerciais”, aponta o estudo. E o crescimento da marca própria está a acontecer na maioria dos segmentos de alta e baixa penetração, como é o caso de laticínios, carne e marisco, padaria, cozinha e papel, saúde, beleza, congelados e bebidas.
Por seus lado, as marcas de fabricante recorreram mais às promoções do que as marcas próprias dos retalhistas, “como estratégia para recuperar o crescimento em algumas regiões”, indica ainda o relatório da Circana. “Em todas as regiões, as marcas privadas estão a ir mais além do que simplesmente jogar com preços e promoções”, refere o documento, adiantando ainda que cerca de 18% das vendas unitárias de produtos de grande consumo em cada região “são vulneráveis aos ganhos obtidos pelas marcas de distribuidor”.
“Os retalhistas continuarão a aumentar as suas ofertas com produtos de primeira qualidade que aumentam as margens, ao mesmo tempo em que se inclinam para produtos de preço de entrada. À medida que os retalhistas continuam a construir o valor da marca, podem repensar as estratégias de preços e de promoção, mas a inovação – incluindo com novos produtos, localização, regionalização ou parcerias únicas – continuará a ser o centro das atenções”, conclui Sally Lyons Wyat.