Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho
Entrevista

Carlos Miguel Henriques: “100% da nossa fruta é produzida sob o modo de produção integrada”

Em 1995, 15 fruticultores da aldeia de Painho, no concelho do Cadaval, perceberam que juntos teriam mais força para crescer, tanto no mercado nacional, como na exportação. Fundaram a Central de Frutas do Painho, que tem na Pera Rocha o seu ex-libris, mas que também comercializa duas variedades de Maçã de Alcobaça. Trinta anos depois, reúne cerca de 40 sócios que têm produzido à volta de 14 mil toneladas de fruta e exportam, pelo menos, metade da produção. Fomos conversar com Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho.

Ana Grácio Pinto
Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho
Entrevista

Carlos Miguel Henriques: “100% da nossa fruta é produzida sob o modo de produção integrada”

Em 1995, 15 fruticultores da aldeia de Painho, no concelho do Cadaval, perceberam que juntos teriam mais força para crescer, tanto no mercado nacional, como na exportação. Fundaram a Central de Frutas do Painho, que tem na Pera Rocha o seu ex-libris, mas que também comercializa duas variedades de Maçã de Alcobaça. Trinta anos depois, reúne cerca de 40 sócios que têm produzido à volta de 14 mil toneladas de fruta e exportam, pelo menos, metade da produção. Fomos conversar com Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho.

Sobre o autor
Ana Grácio Pinto
Artigos relacionados
Loja no Nova Vila Retail Park marca a chegada da Tiendanimal a Portimão
Retalho
Ano arranca com sinais positivos para o setor do grande consumo em Portugal
Distribuição
Supermercado
FIPA apela ao reconhecimento estratégico da indústria agroalimentar na 7.ª Conferência para a Competitividade
Produção
CropLife Portugal lança projeto “Agricultura é Vida” para sensibilizar comunidade escolar sobre o papel do agricultor
Produção
Purina lança o seu primeiro alimento para gatos à base de gelatina transparente com pedaços
Alimentar
UBBO organiza festival para celebrar o Dia da Criança
Retalho
Portugal Nuts lança projeto de internacionalização dos frutos secos nacionais
Exportação
DHL vai implementar mil robôs adicionais em todas as operações
Logística
Sonae vende marcas MO e Zippy à atual equipa de gestão por 20 milhões de euros
Retalho
José Maria da Fonseca lança novas colheitas Quinta de Camarate Branco Seco e Doce 2024
Bebidas

Como nasceu o projeto da Central de Frutas do Painho? O que pretendiam os 15 produtores que a criaram há 30 anos?
O Painho é uma aldeia do concelho do Cadaval, muito próxima de onde nós estamos. Na Zona Oeste, por tradição já antiga, existe a cultura da Pera Rocha, e no Painho havia um conjunto de agricultores com uma dimensão média relevante para a cultura e para a sua época. Entre eles o meu pai, que foi o grande impulsionador da empresa, António Carlos Henriques, e outros fruticultores da aldeia. 50% deles já tinham câmaras frigoríficas próprias, o meu pai já tinha lugar no mercado do Rego, outros vendiam para o mercado do Porto.
Com o crescimento que os pomares estavam a ter na altura, e com os apoios que existiram na comunidade europeia, sentiram necessidade de criar uma estrutura mais moderna, mais eficaz e com dimensão para fazer face aos mercados. Nasce a ideia de se fazer um armazém totalmente novo, com um sistema de frio bastante mais moderno do que eles tinham nas suas câmaras próprias. Em 1995 foi constituída formalmente a empresa e em 1997 já trabalhavam em conjunto.

Quantos produtores integram atualmente esta organização de produtores? Quantos hectares de produção representa e quanto produz em média?
A Central de Frutas do Painho distingue-se das outras organizações de produtores do Oeste por, desde o seu primeiro dia, ter sido uma sociedade anónima, onde quem ‘manda na empresa’, de facto, é o capital. Neste momento já somos à volta de 40 sócios, 40 acionistas.
A área de produção de todos os associados já está muito próxima dos 500 hectares. Em 1997 nós recebemos à volta de 2 mil toneladas de fruta e posso dizer que em 2021 já recebemos mais de 17 mil. Por norma andamos em torno das 14, 15 mil toneladas.

Fotografia Frame It


No início a Pera Rocha era a única fruta cultivada? Quanto representa atualmente?

A Pera Rocha é o nosso ex-libris. De facto, é o core business da Central de Frutas do Painho e representa 97% a 98% da produção.

Os associados passaram também a investir em pomares de maçã. Que variedades produzem?
Alguns sócios têm também pomares de macieiras e recebemos à volta de mil toneladas de maçã e todo o resto é Pera Rocha. Nós fazemos parte do consórcio da maçã da Alcobaça, dessa marca coletiva. A maçã da Alcobaça agrega várias variedades e aqui no Painho temos Gala e Fuji.

Esta é uma zona que potencia a cultura destas variedades, quer de Pera Rocha, quer de maçã…
Tem características próprias. Aqui na zona Oeste, temos o oceano a 15 quilómetros, que traz ventos marítimos e uma humidade relativa bastante elevada. E temos a Serra do Montejunto, que faz com que a humidade permaneça cá, o que traz uma humidade e uma frescura à fruta muito interessante. Por isso é que a Pera Rocha tem aqueles pigmentos castanhos, que nós chamamos carepa, e que por vezes o consumidor não acha tanta piada, mas é uma fruta muito mais doce e uma fruta que se permite conservar a longo prazo.
São estas condições edafoclimáticas que fazem com que a Pera Rocha, aqui no Oeste, tenha estas características. Se formos produzir Pera Rocha no Ribatejo, no Alentejo, na Zona Norte, a árvore dá-se lá, mas a fruta não fica com as mesmas características.

E preveem a sua expansão tanto em pomares de Pera Rocha, quanto de maçã?
A Central do Painho, desde que foi constituída, tinha capacidade para 4 mil toneladas. E neste momento já recebe 14 mil toneladas. Já teve duas ampliações bastante significativas, quer em espaço, quer em termos de investimento. Portanto, a ordem natural é irmos continuando, de vez em quando, a crescer a pouco e pouco.

Em relação à maçã, diz que não são todos os produtores agregados que produzem a maçã. Acha que haverá uma tendência de crescimento da produção?
Penso que sim, penso que haverá. Porque a Pera Rocha, infelizmente, nos últimos três anos, a nível do Oeste, tem sofrido bastante com dois problemas muito graves: a estenfiliose e o fogo bacteriano. O que tem levado a que muitos produtores ponderem substituir as pereiras por macieiras.
De facto, estamos num ano que será bastante relevante para o setor, para perceber se vamos conseguir colmatar estas doenças que nos têm afetado, ou se vamos ter que ir pensando em outras alternativas, para fazer face aos custos deste tipo de estruturas e unidades. Mas também quero destacar que em 2024, o ano em que o setor foi fortemente afetado, a Central de Frutas do Painho teve um resultado brilhante em termos de produção.

Então o resultado da campanha 2024/2025 superou as expectativas iniciais?
Tivemos uma campanha que não foi ainda uma campanha normal, porque só recebemos à volta de 12.500 toneladas de fruta, portanto longe das 17 mil que já chegámos a receber. Mas, mesmo assim, para aquilo que aconteceu no Oeste damo-nos por muito satisfeitos. Os nossos produtores conseguiram, junto com o apoio dos nossos técnicos, ter uma intervenção no campo muito boa e tivemos resultados bastante positivos.

Fotografia Frame It

A perspetiva era que ficasse a 50% da capacidade máxima de produção. Ficou acima, então?
Ficamos muito acima disso. Quebramos, para aí, 30% face a um ano normal.

Para onde segue a produção, seja de Pera Rocha, seja de maçã, para além dos mercados externos?
Na nossa visão, e na minha visão em particular, uma empresa deste tipo necessita ter o máximo de clientes possível e dos diversos segmentos. Nós temos clientes, quer a nível nacional, quer a nível internacional, cadeias de supermercados que querem produto muito bom, com todas as certificações, com todas as exigências. E também temos, quer de nacional, quer de exportação, clientes menos exigentes e isso faz com que se consiga valorizar ao máximo todos os lotes de fruta.

No âmbito das medidas de sustentabilidade, dão destaque às técnicas de produção integrada, que primam pela sustentabilidade ambiental. De que forma os produtores associados promovem a produção integrada?
Neste momento, e desde há vários anos a esta parte, 100% da nossa fruta é produzida sob o modo de produção integrada. E já temos fruta, para certos clientes, com resíduos zero. Mas quer uma, quer outra, é feita de acordo com todos os requisitos que a sustentabilidade o exige. Ou seja, nós fomentamos o bem-estar ambiental.
Por exemplo, os nossos pomares não são mobilizados. Temos armadilhas nos pomares para insetos, para várias situações que fazem com que a fauna e a flora existente nos nossos pomares, estejam a funcionar. Que é o que nós queremos, ter um ecossistema perfeitamente ativo. O mais natural possível. E ao longo destes anos, as próprias regras da produção integrada têm estado a ser cada vez mais apertadas, o que faz com que, de facto, a fruta tenha uma qualidade para o consumidor, espetacular.
Nós antes chamávamos-lhe proteção integrada e depois passou a ser produção integrada. Neste momento, a empresa até tem uma política de remuneração de fruta aos sócios, aos acionistas. Ou seja, quanto menos resíduos a fruta tiver, mais o acionista recebe. Portanto, estamos no caminho que o mercado assim determina.

O que significa terem obtido a certificação LEAF?
No fundo é manter da melhor forma estes ecossistemas, de fauna e de flora, todos muito ativos, o mais natural possível. Apesar de termos culturas chamadas de agricultura intensiva, o que nós fazemos nos nossos pomares não destrói os ecossistemas naturais, e a certificação LEAF é precisamente isso. Por exemplo, temos vários produtores, e é o meu caso, que têm o que chamamos de charcas grandes com água, onde têm patos, onde tem peixe e nós fazemos tratamentos ao lado. Ou seja, significa que os tratamentos que nós fazemos nas nossas árvores não são prejudiciais à vida animal que ali existe. E estamos constantemente a ser auditados, toda a fruta tem de ser analisada e nós também analisamos para o nosso controle interno.

Essa promoção levou à criação dos ‘Hotéis de Insetos’? De que forma contribuem para preservar a biodiversidade dos pomares?
É uma forma de manter tudo o mais natural possível. Tem a ver com esta linha de pensamento e com projetos que vão aparecendo. Hoje, nós temos que mostrar, quer ao cliente quer ao consumidor final, que o produto que nós vendemos é um produto natural.

Os insetos atuam de forma positiva junto dos pomares?
Sim, exatamente. Por exemplo, o caso do bichado-da-fruta, a praga que ataca a fruta, nós já há vários anos fazemos uma coisa que se chama confusão sexual. Não aplicamos produtos para combater o bichado-da-fruta. Nós pomos lá um pequeno fiozinho que se chama um difusor, que emite uma feromona, que vai provocar a confusão sexual entre os insetos do bichado-da-fruta. E como eles não fecundam, não se dá o ataque nas plantas, e não precisamos utilizar inseticidas.

O investimento em técnicas de produção sustentáveis teve continuidade no processo de conservação. Esse investimento focou-se em quê?
Fomos, salvo erro, a primeira Central no Oeste a ter aquilo que se chama Atmosfera Controlada Dinâmica, que é um sistema de conservação de fruta em que os níveis de oxigênio e de CO2 são voláteis. É o nosso técnico que, com a sua capacidade, faz com que esses valores estejam dentro dos parâmetros que nós entendemos que são os corretos para conservar a fruta a longo prazo.
Antigamente, aplicava-se o que chamamos produtos de banho na fruta, ou seja, banhávamos a fruta com antioxidantes, que mais tarde vieram a ser proibidos pela comunidade europeia. Com este sistema de atmosfera controlada dinâmica conseguimos conservar a fruta a longo prazo sem aplicar produtos nenhuns na fruta.

É conservada naturalmente? E pelo mesmo tempo de conservação que teria se fossem aplicados os banhos?
Exatamente. Nós recebemos fruta em agosto e terminamos a campanha em junho do ano seguinte. Estamos a falar de dez meses de conservação de fruta.

Que outros investimentos têm feito em investigação e desenvolvimento que considere importantes?
Temos feito, sobretudo, investimentos na tecnologia de frio, que referi. Temos uma secção, com minicâmaras frigoríficas, onde simulamos as ditas atmosferas, para verificarmos até onde podemos levar certos valores, e evitar fazer ensaios desses com câmaras grandes.
Temos painéis solares, temos sistemas ecológicos de água do calibrador, temos Etar’s na central, temos várias vertentes. A sustentabilidade é algo que não está apenas no campo.

O investimento em inovação e desenvolvimento traz ganhos também nos mercados externos. Que peso tem a exportação para a Central de Frutas do Painho?
Nós exportamos entre 50% a 60% da produção, depende dos anos. É bastante. Mas a produção tanto tem importância para a exportação, como para o mercado nacional.

A Pera Rocha é uma variedade de origem portuguesa e um dos frutos mais exportados de Portugal. No caso da Central de Frutas do Painho, que caminho tem feito na exportação?
É um produto que já se exporta há mais de 30 anos. É um dos produtos portugueses mais exportados e quer a nossa empresa, quer outras empresas do setor têm sabido fazer evoluir o produto e fazer evoluir os canais de venda. Neste momento exporta-se para vários países.
A sua mais-valia é o sabor, a crocância e o self-life. Porque depois de chegar ao cliente lá fora, quer ao supermercado, quer ao retalhista, quer ao próprio consumidor, é uma fruta que tem uma durabilidade grande, que não se degrada muito rápido. Isso também nos permite exportar para mercados mais longínquos e para mercados com menor capacidade técnica. Falamos, por exemplo, do Brasil e Marrocos, países mais quentes, em que por vezes os clientes não têm sistemas de frio muito bons e este produto aguenta. Essa característica é, de facto, uma mais-valia muito grande.
Por outro lado, quando os clientes a consomem, é um produto bom. Há clientes que querem as pernas muito verdes, Por exemplo, o mercado inglês era um mercado que queria fruta verde e muito crocante, enquanto o mercado nacional, na altura, queria fruta mais doce, um bocadinho mais amarela, mais fundente. Hoje, o mercado nacional continua a preferir o sabor e os mercados lá fora apesar de gostarem da crocância também apreciam o sabor, já estão a querer a pera também um bocadinho mais no ponto de consumo. E essa variação também é uma coisa que nós conseguimos com a Atmosfera Controlada Dinâmica.

Em relação às variedades de maçã, também já têm tido uma boa saída na exportação?
Temos estado, felizmente, com um sucesso muito grande na exportação da Gala nos últimos três anos, nomeadamente para o Brasil, que é um grande mercado quer para a Pera Rocha, quer para a maçã.

Para quantos países exportam?
Exportamos para Brasil, Marrocos, Canadá, Alemanha, França, Irlanda, Inglaterra, Polónia, Líbia, Senegal. Em termos de exportação, o forte é o Brasil.

No plano de internacionalização há novos mercados em vista ou o foco é crescer onde estão? Um foco na Europa ou o crescimento na América do Sul?
Temos vindo a verificar que, por exemplo, o mercado da Alemanha é recente, mas tem estado a crescer bastante. Nós fazemos parte de um consórcio de empresas que está a exportar para o Lidl na Alemanha, desde há 10 anos esta parte, e ano após ano o consumo tem vindo a aumentar. E neste momento outras cadeias de supermercados na Alemanha também já nos estão a procurar, pela Pera Rocha.
Em termos de Europa, este será o mercado com maior potencial, além de Portugal, porque Portugal continua também ainda a crescer. Fora da Europa, o Canadá é um mercado em crescimento e o Brasil continua a ser um mercado mais forte.

Referiram ter este ano um perfil de peras alinhado com as especificações do mercado europeu. O que significa?
No caso da Central de Frutas do Painho, devido à política da empresa de produzir fruta com muito poucos resíduos, cerca de 60% da fruta foi capaz de ir para os nossos clientes mais exigentes. Isso permite-nos nestes mercados europeus, das grandes cadeias de supermercados que exigem todas as certificações e mais algumas, que a nossa fruta possa, de facto, ser lá comercializada.

Que desafios estão a trazer, e irão trazer, as alterações climáticas à produção e de que forma os produtores estão a preparar-se?
Na minha opinião, o maior desafio do Oeste, no caso da Pera Rocha, – e este inverno está a ser um bocadinho diferente – tem sido a falta de frio. Tivemos três anos em que não existiu frio no inverno e a Pera Rocha necessita de 550 horas abaixo de 7,2 graus, entre novembro e 15 de fevereiro. E quando esse frio não acontece, as árvores dão poucas flores, ao darem poucas flores, dão poucos frutos. Este ano parece que o inverno está a ser um pouco mais nosso amigo, mas eu diria que em termos do Oeste, a falta de frio é um problema grave e não sabemos como é que o vamos colmatar.
Em termos de doenças, a estenfiliose o e o fogo bacteriano são as duas preocupações chave do Oeste. E com a União Europeia, tem vindo a retirar cada vez mais substâncias ativas do mercado, torna-se muito difícil combater estes problemas. Aquilo que nos transparece é que quem manda na União Europeia são os países do Norte da Europa, que têm um clima totalmente diferente do nosso caso. Não está fácil, mas estamos cá para lutar. Se continuarmos a ter invernos a menos, as pereiras vão deixar de dar flores, e ao deixarem de dar flores não vão dar frutos. Daí, a produção de maçã: como a árvore da maçã dá sempre muito mais flores que o necessário para a produção, a maçã adapta-se melhor à falta de frio do que a Pera Rocha. E daí alguns produtores já estarem a mudar. Mas, de facto, o core do Oeste é a Pera Rocha e a Central de Frutas do Painho é uma casa especializada em Pera Rocha. Portanto, temos que gerir de ano a ano.

Que outros desafios se apresentam? Nesta região a questão da gestão da água também é uma preocupação?
Quando temos anos de muitos sequeiros, também nos sentimos preocupados com a falta de água, porque os furos que temos nos pomares começam a não ser suficientes.

Nesse sentido, no entender dos produtores que apoios por parte de entidades oficiais serão bem-vindos?
Existem, de facto, planos de regadio já pensados quer para o Oeste, quer para o Ribatejo, que poderiam colmatar o problema da falta de água. Existem alguns projetos em curso.
Por outro lado, precisamos também de apoios para reconverter os pomares que foram afetados pelo fogo bacteriano, para fazer a reposição do potencial produtivo. Porque, apesar de nós não termos sido muito afetados, há aqui pomares na zona que ficaram reduzidos a menos de metade. E quando se corta uma árvore e se planta uma nova, são cinco anos em que o produtor não vai ter receita.
Portanto, seria importante haver no setor apoios mais fortes à plantação. Mais rápidos e com taxas de incentivo mais elevadas. Para, nesta fase em que existem os problemas, estarmos a plantar mais do que se está a arrancar, para nunca baixar as produções nacionais.

Para além da Pera Rocha e da maçã, há projetos para investimento em outra produção, tendo em conta o clima específico desta região?
Esperemos que eu esteja enganado e que estes últimos três anos não sejam significativos.
Mas se continuarmos com a falta de frio no Oeste – e isto não é uma característica do Oeste, é de Portugal, é mundial – eu penso que muitas das culturas que existem no Alentejo vão ter condições para se fazerem aqui no Oeste, nomeadamente o olival, o amendoal, esse tipo de culturas. Portanto, se aqui deixar de haver frio para a Pera Rocha e para a maçã, estas variedades terão de subir um bocadinho em termos de geografia e muitas das culturas que estão no Alentejo tenderão a subir para o Oeste. Mas cada ano é um ano e neste inverno, parece que estamos a ter frio. Há alguma esperança.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Artigos relacionados
Loja no Nova Vila Retail Park marca a chegada da Tiendanimal a Portimão
Retalho
Supermercado
Ano arranca com sinais positivos para o setor do grande consumo em Portugal
Distribuição
FIPA apela ao reconhecimento estratégico da indústria agroalimentar na 7.ª Conferência para a Competitividade
Produção
CropLife Portugal lança projeto “Agricultura é Vida” para sensibilizar comunidade escolar sobre o papel do agricultor
Produção
Purina lança o seu primeiro alimento para gatos à base de gelatina transparente com pedaços
Alimentar
UBBO organiza festival para celebrar o Dia da Criança
Retalho
Portugal Nuts lança projeto de internacionalização dos frutos secos nacionais
Exportação
DHL vai implementar mil robôs adicionais em todas as operações
Logística
Sonae vende marcas MO e Zippy à atual equipa de gestão por 20 milhões de euros
Retalho
José Maria da Fonseca lança novas colheitas Quinta de Camarate Branco Seco e Doce 2024
Bebidas
Retalho

Loja no Nova Vila Retail Park marca a chegada da Tiendanimal a Portimão

Com 802 metros quadrados, o espaço inclui o serviço ‘Click & Collect’, para compras online com levantamento em loja.

Hipersuper

A abertura oficial da Tiendanimal no Vila Nova Retail Park (Chão das Donas, loja F), em Portimão, acontece esta quarta-feira, 28 de maio.

Inserida no plano de expansão da empresa em Portugal, a nova loja ocupa  802 metros quadrados com um portefólio de produtos e serviços para o bem-estar dos animais que inclui alimentação, higiene, saúde, brinquedos e acessórios.

Disponibiliza ainda o serviço Click & Collect, permitindo que os clientes efetuem encomendas online e as recolham diretamente na loja.

“Este novo espaço em Portimão representa para nós mais do que uma expansão física: é uma reafirmação do nosso compromisso em acompanhar e apoiar as famílias e os seus animais em cada fase da sua vida”, sublinha Pedro Cardoso, diretor de Operações da Tiendanimal Portugal.

Para marcar a abertura, a Tiendanimal preparou condições especiais durante os primeiros dias. De 28 de maio a 1 de junho, todos os artigos (exceto antiparasitários) beneficiarão de 20% de desconto direto. Entre 2 e 15 de junho, os clientes poderão receber um cupão de 6 euros em compras superiores a 39 euros, válido para utilização entre 16 de junho e 17 de agosto, informa ainda a empresa.

Tiendanimal, especialista em produtos para animais de estimação, conta com mais de 113 lojas físicas, 22 clínicas e 76 salões de tosa na Península Ibérica.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Supermercado
Distribuição

Ano arranca com sinais positivos para o setor do grande consumo em Portugal

O setor do grande consumo em Portugal iniciou 2025 com uma evolução positiva, marcada por maior confiança dos consumidores, novas dinâmicas de compra e um comportamento mais equilibrado face às marcas de distribuição.

Hipersuper

Os dados do Painel de Lares da Kantar, analisados com a Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, revelam uma conjuntura de estabilização e adaptação, sustentada pela desaceleração da inflação.

Um dos indicadores mais relevantes prende-se com a redução das dificuldades financeiras sentidas pelos consumidores. A percentagem de portugueses com dificuldades na gestão do orçamento familiar desceu para 28%, menos 6,4 pontos percentuais face a 2024. Esta melhoria está a impulsionar o crescimento do consumo, tanto dentro como fora de casa, com destaque para um aumento de 4,8% no consumo fora do lar no primeiro trimestre do ano.

A coexistência e complementaridade entre os formatos de retalho está também em destaque. Cerca de 84% dos portugueses fazem compras tanto em lojas de Sortido Amplo como em Sortido Curto, demonstrando uma abordagem flexível e estratégica ao ato de compra. Enquanto as lojas de Sortido Amplo reforçam a sua proposta de valor assente na diversidade de marcas de fabricante (MDF), o crescimento das lojas de Sortido Curto continua, embora assente sobretudo na intensificação da compra por cliente, e não na perda de quota do formato concorrente.

“O que estamos a observar é uma evolução natural e saudável do mercado retalhista, onde diferentes formatos encontram o seu espaço e se complementam. Esta dinâmica cria um cenário win-to-win em que para um ganhar não é necessário que o outro perca, beneficiando não só os operadores, mas, fundamentalmente, o consumidor, que ganha em diversidade e opções de escolha”, refere Marta Santos, clients and analytics director da Kantar.

Apesar de as Marcas de Distribuição (MDD) continuarem a ganhar quota, o ritmo de crescimento abrandou. A sua expansão, mais notória no Sortido Amplo, resulta sobretudo da procura por preços mais acessíveis. Contudo, o estudo alerta para os riscos de um crescimento excessivo das MDD, que poderá comprometer o valor das categorias, sobretudo quando não é acompanhado por inovação ou diferenciação.

“Este início de ano positivo é um sinal encorajador para todo o setor. Para que este dinamismo se consolide, é fundamental que retalhistas e fabricantes trabalhem em sintonia, valorizando a oferta diferenciada e a inovação que as Marcas de Fabricante trazem, para que possam responder a um consumidor que procura ativamente qualidade e novas propostas”, conclui Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca.

Os dados de compra são baseados no Painel de Lares da Kantar, com uma amostra de 4.000 lares participantes, representativos de Portugal Continental, dispersos em mais de 1.000 Pontos de Sondagem, que declararam as suas compras no período em análise, com dados até ao dia 23 de março de 2025. Os resultados apresentados têm um nível de confiança de 95 %, com erro amostral associado de 1,96 %.

 

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Produção

FIPA apela ao reconhecimento estratégico da indústria agroalimentar na 7.ª Conferência para a Competitividade

A iniciativa reuniu representantes do setor agroalimentar, membros do Governo e académicos para debater os principais desafios e oportunidades da indústria alimentar e das bebidas em Portugal.

Hipersuper
tagsFipa

“Alimentar a Economia” foi o mote da 7.ª Conferência para a Competitividade, promovida pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, no passado dia 22 de maio, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A iniciativa reuniu representantes do setor agroalimentar, membros do Governo e académicos para debater os principais desafios e oportunidades da indústria alimentar e das bebidas em Portugal.

Jorge Henriques, presidente da FIPA, reforçou o papel estruturante do setor, apelando ao novo Governo para que reconheça a sua importância estratégica, propondo a criação de um Ministério da Agricultura e da Alimentação e de uma Secretaria de Estado da Alimentação. Defendeu ainda políticas de incentivo à inovação, exportação e segurança alimentar, nomeadamente através de um plano nacional de segurança alimentar, programas de apoio à internacionalização e harmonização do IVA para os bens alimentares na taxa reduzida, além da eliminação dos impostos sobre bebidas açucaradas.

José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas, reiterou a centralidade do setor agroindustrial, destacando a relevância da digitalização, da investigação e da segurança energética como pilares para a sustentabilidade do modelo produtivo.

A conferência incluiu diversos painéis de reflexão, entre os quais uma mesa-redonda sobre soberania alimentar e reservas estratégicas, com intervenções de Arlindo Cunha, Eduardo Diniz, José Romão Braz e Patrícia Fonseca. A urgência de criar stocks estratégicos de cereais foi um dos alertas lançados, dada a fragilidade atual da cadeia de abastecimento nacional.

Raquel Vaz Pinto, da Nova FCSH, contextualizou os desafios geopolíticos que a Europa enfrenta, salientando a necessidade de um maior equilíbrio entre os objetivos ambientais e digitais, e uma coordenação mais eficaz entre os interesses dos Estados-membros da União Europeia.

Na segunda parte do evento, António Serrano, CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar, sublinhou o valor da aproximação entre o setor agrícola e o meio académico, desafiando as empresas a integrar o conhecimento científico no seu ADN. Este foi também o foco do debate final, que contou com Adolfo Mesquita Nunes, António Casanova, Catarina Pinto Correia e José Pedro Salema, onde a digitalização e a inteligência artificial foram apontadas como alavancas para cadeias de abastecimento mais eficientes e resilientes.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Produção

CropLife Portugal lança projeto “Agricultura é Vida” para sensibilizar comunidade escolar sobre o papel do agricultor

A CropLife Portugal lançou o projeto piloto “Agricultura é Vida”, uma iniciativa educativa que visa sensibilizar professores, alunos e a comunidade escolar para a importância vital do papel do agricultor na sociedade.

Hipersuper

O projeto teve início na Escola Básica Sophia de Mello Breyner, em Oeiras, no âmbito do programa Educa +, promovido pelo município local.

No dia 22 de maio, Dia Mundial da Biodiversidade, duas turmas do 6.º ano participaram numa sessão interativa que abordou as diversas dimensões da agricultura — social, económica e ambiental. Através de vídeos educativos, como “A PAC explica” e “Um enigma entre as laranjas”, os alunos exploraram temas como a produção de alimentos seguros e saudáveis, a proteção da biodiversidade, a prevenção de incêndios e a coesão territorial.

A sessão contou com o testemunho de Domingos dos Santos, agricultor da região de Mafra, que partilhou a sua experiência na produção de pera rocha e limão, proporcionando uma visão realista da vida no campo.

Como forma de materializar o compromisso com a sustentabilidade, foi oferecido à escola um abrigo de polinizadores, simbolizando a importância da biodiversidade na agricultura. João Cardoso, diretor executivo da CropLife Portugal, destacou que a iniciativa pretende demonstrar a interdependência entre agricultura e biodiversidade, incentivando a instalação de abrigos de polinizadores nas hortas escolares como exemplo de práticas sustentáveis.

O projeto “Agricultura é Vida” está aberto à participação de outras escolas interessadas, com o objetivo de expandir a sensibilização sobre a agricultura e a produção de alimentos a nível nacional.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Purina lança o seu primeiro alimento para gatos à base de gelatina transparente com pedaços

A Purina acaba de lançar o seu primeiro alimento húmido para gatos à base de gelatina transparente: Gourmet Revelations Finos Pedaços em Gelatina.

Hipersuper
tagsPurina

Esta nova gama destaca-se pela textura inovadora, uma gelatina delicada com tenros pedaços de carne ou peixe, e pela sua apresentação premium em embalagem piramidal de 57 gramas, fácil de servir sem talheres e sem derrames.

Disponível em duas variedades, frango e salmão, e em embalagens de dois, quatro e 48 porções, este novo produto foi criado a pensar nos tutores que valorizam refeições visivelmente apetitosas e que pretendem reforçar o vínculo com os seus gatos através da alimentação. A textura e formato foram desenvolvidos com base em estudos comportamentais conduzidos por cientistas da marca, que indicaram que a forma piramidal da gelatina estimula comportamentos naturais como lamber, morder e mastigar.

“Acreditamos que esta nova aposta de Purina é a solução ideal para que os tutores reforcem, ainda mais, os laços com seus gatos, e, simultaneamente, tenham disponível uma opção que combina praticidade e sofisticação, com um produto visualmente irresistível e delicioso que cria momentos de pura felicidade e sabor aos felinos. Assistir aos seus gatos a saborearem cada refeição com prazer é uma parte essencial dessa conexão. Com isso em mente, dedicamos um extenso trabalho de pesquisa para criar um produto que transforma a hora da alimentação num momento único e especial para os gatos, adicionando um toque de luxo ao seu dia a dia”, afirma João Partidário, business executive officer da Purina em Portugal.

Gourmet Revelations Finos Pedaços em Gelatina integra uma campanha multimeios em Portugal, com presença em televisão e canais digitais até 8 de junho. O lançamento estende-se ainda a vários mercados europeus, incluindo Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Espanha e outros.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

UBBO organiza festival para celebrar o Dia da Criança

O próximo fim de semana é dedicado aos mais pequenos, com um festival nos dias 31 de maio e 1 de Junho, em celebração do Dia da Criança.

Hipersuper

O Festival MiUBBOS vai dinamizar uma série de atividades na zona dos contentores da Praça Central do UBBO, a 31 de maio e 1 de junho, para assinalar o Dia da Criança.

Para além de espetáculos de magia, música, teatro, marionetas, comédia, dança e circo, haverá workshops dinâmicos onde as crianças aprendem as novas artes. Animação ambulante, cantinho das histórias, baby corner, contentores com ateliers e animação são propostas do maior centro comercial do país.

O festival MiUBBO tem como mascote o Zubbo, que “vai acompanhar todas as atividades e daqui para frente será sem dúvida presença habitual pelos espaços do único shopping resort do país”, refere uma nota do centro comercial. As atividades são gratuitas e a agenda pode ser consultada aqui.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Exportação

Portugal Nuts lança projeto de internacionalização dos frutos secos nacionais

O NutsbyPortugal vai dinamizar um conjunto de iniciativas em Portugal e em vários países. O objetivo é reforçar a competitividade e base exportadora das PME’s, que integram a fileira do amendoal e nogueiral.

Hipersuper

O NutsbyPortugal foi lançado pela Associação de Promoção de Frutos Secos – Portugal Nuts e surge no âmbito da aprovação da candidatura do aviso MPr-2023-5, Internacionalização da PME – Projetos conjuntos. O projeto tem a duração de 24 meses e inclui mercados como Espanha, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, França, Dinamarca, Noruega Suécia, Grécia, EUA e Austrália.

O anúncio foi feito no âmbito do IV Congresso da Portugal Nuts, que decorreu em Beja, no passado dia 21 de maio. Reuniu produtores, técnicos, investigadores, decisores políticos, parceiros e patrocinadores e debateu temas estruturantes da fileira, como água, proteção de culturas, mercados, preços e tendências futuras.

O NutsbyPortugal visa dinamizar e reforçar a competitividade e base exportadora das PME’s, que integram a fileira do amendoal e nogueiral, através de um conjunto de iniciativas a decorrer em Portugal, e em vários países, informa a Portugal Nuts.

Nestes mercados escolhidos, as empresas, associadas da Portugal Nuts, irão participar e visitar certames da fileira do agroalimentar, promover ações de degustação e realizar reuniões B2B com potenciais clientes e compradores. “Os futuros contatos empresariais também podem visitar as empresas produtoras, e processadoras, de frutos secos, através das ações inversas e de missões virtuais. Adicionalmente à comercialização dos produtos, o projeto prevê também a comercialização de subprodutos dos pomares, promovendo deste modo a agricultura, e economia, circulares”, revela a Portugal Nuts.

A primeira iniciativa, a realizar no âmbito do projeto, decorrerá ainda no Verão de 2025, dando a conhecer de forma detalhada, e em formato virtual, o calendário das iniciativas e procurando recolher as manifestações de interesse, não só de empresas associadas, como de outras empresas da fileira.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

DHL vai implementar mil robôs adicionais em todas as operações

O Grupo vai expandir a robótica em todas as divisões, através da assinatura de um acordo assinado com a Boston Dynamics, líder mundial em robótica avançada.

Hipersuper

A DHL vai expandir a implementação da robótica em todas as divisões com mais de mil novos robôs. O Grupo assinou um memorando de entendimento estratégico com a Boston Dynamics, líder mundial em robótica avançada, depois do sucesso da implementação do robô Stretch da Boston Dynamics.

O robô foi concebido para o manuseamento de caixas e inicialmente implementado pela DHL para automatizar a descarga de contentores. A DHL Supply Chain, a divisão de logística contratual do Grupo, liderou o caminho, introduzindo o Stretch comercialmente na América do Norte em 2023 e, mais recentemente, expandindo as implementações no Reino Unido e em toda a Europa.

Segundo a DHL, para além da implementação global de mais de mil unidades adicionais, para o futuro, a DHL planeia expandir a gama de aplicações dos robôs, incluindo casos de utilização adicionais, como a recolha de caixas.

O CIO Global da DHL Supply Chain assume que esta é “uma mudança fundamental que está a remodelar a forma como operamos e a elevar o serviço prestado aos nossos clientes”. “Através desta parceria alargada com a Boston Dynamics, a DHL assumirá um papel mais ativo na formação e direção do desenvolvimento da robótica, juntamente com parceiros-chave, concentrando-se na criação de soluções mais resistentes, reativas e inteligentes que respondam aos desafios únicos da nossa empresa. Juntos, estamos a estabelecer novos padrões para o setor da logística”, assegura Sally Miller.

Nos últimos três anos, o Grupo DHL investiu mais de mil milhões de euros em automação só na sua divisão de logística contratual. Em toda a sua rede global, o Grupo utiliza atualmente mais de 7.500 robôs, mais de 200 mil dispositivos portáteis inteligentes e cerca de 800 mil sensores IoT para otimizar as operações, melhorar as condições de trabalho dos funcionários e fornecer valor mensurável aos clientes. Atualmente, mais de 90% dos armazéns da DHL em todo o mundo estão equipados com pelo menos uma solução de automatização ou digitalização.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Sonae vende marcas MO e Zippy à atual equipa de gestão por 20 milhões de euros

A operação representa um encaixe de cerca de 20 milhões de euros e deverá estar concluída até ao final do primeiro semestre de 2025, estando ainda sujeita à aprovação das entidades reguladoras competentes.

Hipersuper

A Sonae anunciou a celebração de um acordo para a alienação dos negócios de moda MO e Zippy, num processo de Management Buy Out (MBO) liderado por Francisco Pimentel, atual CEO da MO, em parceria com o Fundo Mercúrio, gerido pela Oxy Capital.

A transação insere-se na estratégia de gestão ativa do portefólio da Sonae, que procura garantir as melhores condições de desenvolvimento para os seus ativos, promovendo a autonomia de negócios com equipas de gestão consolidadas. Segundo João Dolores, CFO da Sonae, esta decisão está alinhada com a tradição do grupo em fomentar o empreendedorismo interno: “Estamos muito satisfeitos com esta operação e com o que ela significa para todas as partes envolvidas. A Sonae tem vários casos de MBO de sucesso na sua história, que revelam a cultura empreendedora dos nossos gestores e a nossa capacidade de projetar empresas para além do perímetro do Grupo. Estamos num negócio enquanto formos o seu melhor acionista. Quando surgem oportunidades melhores para as empresas e para as suas pessoas, que estejam enquadradas com os nossos valores, como neste caso, procuramos concretizá-las. Quero agradecer a todas as pessoas das equipas MO e Zippy pelo seu profundo empenho e compromisso ao longo dos anos e deixar a todos votos de muito sucesso”.

Com raízes na Sonae desde 1995 (MO) e 2004 (Zippy), as duas marcas afirmaram-se como referências no mercado português e consolidaram presença internacional. A MO conta atualmente com mais de 120 lojas em Portugal e uma unidade dedicada à gestão da categoria têxtil em grandes retalhistas internacionais. Já a Zippy, focada no segmento infantil, opera em mais de 40 mercados, através de uma estratégia multicanal assente em lojas próprias e franchising.

Para Francisco Pimentel, “é uma honra fazer parte do legado de MBO da Sonae, que refletem a cultura de valorização do talento e de promoção do empreendedorismo interno do Grupo. Assumimos esta nova etapa com muito entusiasmo e orgulho nas marcas que temos, estando cientes da grande responsabilidade acrescida para todos na MO, assim como para a Catarina Leão e a equipa da Zippy. Acreditamos que este passo de maior autonomia é o mais adequado e será especialmente propício ao desenvolvimento e sucesso sustentado destes negócios”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

José Maria da Fonseca lança novas colheitas Quinta de Camarate Branco Seco e Doce 2024

Estes dois vinhos brancos, com perfis diferenciados, refletem a diversidade do terroir da Quinta de Camarate, localizada junto à Serra da Arrábida, e posicionam-se como propostas versáteis para os dias mais amenos.

Hipersuper

A chegada da primavera traz de volta ao mercado as novas colheitas dos vinhos Quinta de Camarate Branco Seco 2024 e Branco Doce 2024, produzidos pela José Maria da Fonseca na Quinta de Camarate, em Azeitão, propriedade da família Soares Franco.

O Quinta de Camarate Branco Seco 2024 resulta de um lote de Alvarinho (62%) e Loureiro (38%), apresentando um perfil aromático com notas de fruta de caroço, nuances florais e uma mineralidade marcada. De cor amarelo pálido com reflexos esverdeados, revela um paladar equilibrado, boa acidez e final fresco, sendo particularmente indicado para acompanhar peixe e marisco.

Já o Quinta de Camarate Branco Doce 2024 é um monovarietal de Moscatel, com aromas florais, suavidade e um paladar doce e aveludado, equilibrado por uma acidez bem integrada. Acompanha bem marisco, sushi e sobremesas.

Com 120 hectares de área total, dos quais 39 são dedicados à vinha, a Quinta de Camarate destaca-se não apenas pela produção vínica, mas também por albergar a coleção ampelográfica da José Maria da Fonseca, com mais de 560 castas oriundas de todo o mundo, e pela produção de leite de ovelha que dá origem ao queijo de Azeitão.

Estas novas colheitas reforçam o compromisso da José Maria da Fonseca com a autenticidade e inovação no setor vitivinícola, valorizando a identidade do terroir de Azeitão e a sua diversidade enológica.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.