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Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho
Entrevista

Carlos Miguel Henriques: “100% da nossa fruta é produzida sob o modo de produção integrada”

Em 1995, 15 fruticultores da aldeia de Painho, no concelho do Cadaval, perceberam que juntos teriam mais força para crescer, tanto no mercado nacional, como na exportação. Fundaram a Central de Frutas do Painho, que tem na Pera Rocha o seu ex-libris, mas que também comercializa duas variedades de Maçã de Alcobaça. Trinta anos depois, reúne cerca de 40 sócios que têm produzido à volta de 14 mil toneladas de fruta e exportam, pelo menos, metade da produção. Fomos conversar com Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho.

Ana Grácio Pinto
Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho
Entrevista

Carlos Miguel Henriques: “100% da nossa fruta é produzida sob o modo de produção integrada”

Em 1995, 15 fruticultores da aldeia de Painho, no concelho do Cadaval, perceberam que juntos teriam mais força para crescer, tanto no mercado nacional, como na exportação. Fundaram a Central de Frutas do Painho, que tem na Pera Rocha o seu ex-libris, mas que também comercializa duas variedades de Maçã de Alcobaça. Trinta anos depois, reúne cerca de 40 sócios que têm produzido à volta de 14 mil toneladas de fruta e exportam, pelo menos, metade da produção. Fomos conversar com Carlos Miguel Henriques, administrador da Central de Frutas do Painho.

Sobre o autor
Ana Grácio Pinto
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Como nasceu o projeto da Central de Frutas do Painho? O que pretendiam os 15 produtores que a criaram há 30 anos?
O Painho é uma aldeia do concelho do Cadaval, muito próxima de onde nós estamos. Na Zona Oeste, por tradição já antiga, existe a cultura da Pera Rocha, e no Painho havia um conjunto de agricultores com uma dimensão média relevante para a cultura e para a sua época. Entre eles o meu pai, que foi o grande impulsionador da empresa, António Carlos Henriques, e outros fruticultores da aldeia. 50% deles já tinham câmaras frigoríficas próprias, o meu pai já tinha lugar no mercado do Rego, outros vendiam para o mercado do Porto.
Com o crescimento que os pomares estavam a ter na altura, e com os apoios que existiram na comunidade europeia, sentiram necessidade de criar uma estrutura mais moderna, mais eficaz e com dimensão para fazer face aos mercados. Nasce a ideia de se fazer um armazém totalmente novo, com um sistema de frio bastante mais moderno do que eles tinham nas suas câmaras próprias. Em 1995 foi constituída formalmente a empresa e em 1997 já trabalhavam em conjunto.

Quantos produtores integram atualmente esta organização de produtores? Quantos hectares de produção representa e quanto produz em média?
A Central de Frutas do Painho distingue-se das outras organizações de produtores do Oeste por, desde o seu primeiro dia, ter sido uma sociedade anónima, onde quem ‘manda na empresa’, de facto, é o capital. Neste momento já somos à volta de 40 sócios, 40 acionistas.
A área de produção de todos os associados já está muito próxima dos 500 hectares. Em 1997 nós recebemos à volta de 2 mil toneladas de fruta e posso dizer que em 2021 já recebemos mais de 17 mil. Por norma andamos em torno das 14, 15 mil toneladas.

Fotografia Frame It


No início a Pera Rocha era a única fruta cultivada? Quanto representa atualmente?

A Pera Rocha é o nosso ex-libris. De facto, é o core business da Central de Frutas do Painho e representa 97% a 98% da produção.

Os associados passaram também a investir em pomares de maçã. Que variedades produzem?
Alguns sócios têm também pomares de macieiras e recebemos à volta de mil toneladas de maçã e todo o resto é Pera Rocha. Nós fazemos parte do consórcio da maçã da Alcobaça, dessa marca coletiva. A maçã da Alcobaça agrega várias variedades e aqui no Painho temos Gala e Fuji.

Esta é uma zona que potencia a cultura destas variedades, quer de Pera Rocha, quer de maçã…
Tem características próprias. Aqui na zona Oeste, temos o oceano a 15 quilómetros, que traz ventos marítimos e uma humidade relativa bastante elevada. E temos a Serra do Montejunto, que faz com que a humidade permaneça cá, o que traz uma humidade e uma frescura à fruta muito interessante. Por isso é que a Pera Rocha tem aqueles pigmentos castanhos, que nós chamamos carepa, e que por vezes o consumidor não acha tanta piada, mas é uma fruta muito mais doce e uma fruta que se permite conservar a longo prazo.
São estas condições edafoclimáticas que fazem com que a Pera Rocha, aqui no Oeste, tenha estas características. Se formos produzir Pera Rocha no Ribatejo, no Alentejo, na Zona Norte, a árvore dá-se lá, mas a fruta não fica com as mesmas características.

E preveem a sua expansão tanto em pomares de Pera Rocha, quanto de maçã?
A Central do Painho, desde que foi constituída, tinha capacidade para 4 mil toneladas. E neste momento já recebe 14 mil toneladas. Já teve duas ampliações bastante significativas, quer em espaço, quer em termos de investimento. Portanto, a ordem natural é irmos continuando, de vez em quando, a crescer a pouco e pouco.

Em relação à maçã, diz que não são todos os produtores agregados que produzem a maçã. Acha que haverá uma tendência de crescimento da produção?
Penso que sim, penso que haverá. Porque a Pera Rocha, infelizmente, nos últimos três anos, a nível do Oeste, tem sofrido bastante com dois problemas muito graves: a estenfiliose e o fogo bacteriano. O que tem levado a que muitos produtores ponderem substituir as pereiras por macieiras.
De facto, estamos num ano que será bastante relevante para o setor, para perceber se vamos conseguir colmatar estas doenças que nos têm afetado, ou se vamos ter que ir pensando em outras alternativas, para fazer face aos custos deste tipo de estruturas e unidades. Mas também quero destacar que em 2024, o ano em que o setor foi fortemente afetado, a Central de Frutas do Painho teve um resultado brilhante em termos de produção.

Então o resultado da campanha 2024/2025 superou as expectativas iniciais?
Tivemos uma campanha que não foi ainda uma campanha normal, porque só recebemos à volta de 12.500 toneladas de fruta, portanto longe das 17 mil que já chegámos a receber. Mas, mesmo assim, para aquilo que aconteceu no Oeste damo-nos por muito satisfeitos. Os nossos produtores conseguiram, junto com o apoio dos nossos técnicos, ter uma intervenção no campo muito boa e tivemos resultados bastante positivos.

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A perspetiva era que ficasse a 50% da capacidade máxima de produção. Ficou acima, então?
Ficamos muito acima disso. Quebramos, para aí, 30% face a um ano normal.

Para onde segue a produção, seja de Pera Rocha, seja de maçã, para além dos mercados externos?
Na nossa visão, e na minha visão em particular, uma empresa deste tipo necessita ter o máximo de clientes possível e dos diversos segmentos. Nós temos clientes, quer a nível nacional, quer a nível internacional, cadeias de supermercados que querem produto muito bom, com todas as certificações, com todas as exigências. E também temos, quer de nacional, quer de exportação, clientes menos exigentes e isso faz com que se consiga valorizar ao máximo todos os lotes de fruta.

No âmbito das medidas de sustentabilidade, dão destaque às técnicas de produção integrada, que primam pela sustentabilidade ambiental. De que forma os produtores associados promovem a produção integrada?
Neste momento, e desde há vários anos a esta parte, 100% da nossa fruta é produzida sob o modo de produção integrada. E já temos fruta, para certos clientes, com resíduos zero. Mas quer uma, quer outra, é feita de acordo com todos os requisitos que a sustentabilidade o exige. Ou seja, nós fomentamos o bem-estar ambiental.
Por exemplo, os nossos pomares não são mobilizados. Temos armadilhas nos pomares para insetos, para várias situações que fazem com que a fauna e a flora existente nos nossos pomares, estejam a funcionar. Que é o que nós queremos, ter um ecossistema perfeitamente ativo. O mais natural possível. E ao longo destes anos, as próprias regras da produção integrada têm estado a ser cada vez mais apertadas, o que faz com que, de facto, a fruta tenha uma qualidade para o consumidor, espetacular.
Nós antes chamávamos-lhe proteção integrada e depois passou a ser produção integrada. Neste momento, a empresa até tem uma política de remuneração de fruta aos sócios, aos acionistas. Ou seja, quanto menos resíduos a fruta tiver, mais o acionista recebe. Portanto, estamos no caminho que o mercado assim determina.

O que significa terem obtido a certificação LEAF?
No fundo é manter da melhor forma estes ecossistemas, de fauna e de flora, todos muito ativos, o mais natural possível. Apesar de termos culturas chamadas de agricultura intensiva, o que nós fazemos nos nossos pomares não destrói os ecossistemas naturais, e a certificação LEAF é precisamente isso. Por exemplo, temos vários produtores, e é o meu caso, que têm o que chamamos de charcas grandes com água, onde têm patos, onde tem peixe e nós fazemos tratamentos ao lado. Ou seja, significa que os tratamentos que nós fazemos nas nossas árvores não são prejudiciais à vida animal que ali existe. E estamos constantemente a ser auditados, toda a fruta tem de ser analisada e nós também analisamos para o nosso controle interno.

Essa promoção levou à criação dos ‘Hotéis de Insetos’? De que forma contribuem para preservar a biodiversidade dos pomares?
É uma forma de manter tudo o mais natural possível. Tem a ver com esta linha de pensamento e com projetos que vão aparecendo. Hoje, nós temos que mostrar, quer ao cliente quer ao consumidor final, que o produto que nós vendemos é um produto natural.

Os insetos atuam de forma positiva junto dos pomares?
Sim, exatamente. Por exemplo, o caso do bichado-da-fruta, a praga que ataca a fruta, nós já há vários anos fazemos uma coisa que se chama confusão sexual. Não aplicamos produtos para combater o bichado-da-fruta. Nós pomos lá um pequeno fiozinho que se chama um difusor, que emite uma feromona, que vai provocar a confusão sexual entre os insetos do bichado-da-fruta. E como eles não fecundam, não se dá o ataque nas plantas, e não precisamos utilizar inseticidas.

O investimento em técnicas de produção sustentáveis teve continuidade no processo de conservação. Esse investimento focou-se em quê?
Fomos, salvo erro, a primeira Central no Oeste a ter aquilo que se chama Atmosfera Controlada Dinâmica, que é um sistema de conservação de fruta em que os níveis de oxigênio e de CO2 são voláteis. É o nosso técnico que, com a sua capacidade, faz com que esses valores estejam dentro dos parâmetros que nós entendemos que são os corretos para conservar a fruta a longo prazo.
Antigamente, aplicava-se o que chamamos produtos de banho na fruta, ou seja, banhávamos a fruta com antioxidantes, que mais tarde vieram a ser proibidos pela comunidade europeia. Com este sistema de atmosfera controlada dinâmica conseguimos conservar a fruta a longo prazo sem aplicar produtos nenhuns na fruta.

É conservada naturalmente? E pelo mesmo tempo de conservação que teria se fossem aplicados os banhos?
Exatamente. Nós recebemos fruta em agosto e terminamos a campanha em junho do ano seguinte. Estamos a falar de dez meses de conservação de fruta.

Que outros investimentos têm feito em investigação e desenvolvimento que considere importantes?
Temos feito, sobretudo, investimentos na tecnologia de frio, que referi. Temos uma secção, com minicâmaras frigoríficas, onde simulamos as ditas atmosferas, para verificarmos até onde podemos levar certos valores, e evitar fazer ensaios desses com câmaras grandes.
Temos painéis solares, temos sistemas ecológicos de água do calibrador, temos Etar’s na central, temos várias vertentes. A sustentabilidade é algo que não está apenas no campo.

O investimento em inovação e desenvolvimento traz ganhos também nos mercados externos. Que peso tem a exportação para a Central de Frutas do Painho?
Nós exportamos entre 50% a 60% da produção, depende dos anos. É bastante. Mas a produção tanto tem importância para a exportação, como para o mercado nacional.

A Pera Rocha é uma variedade de origem portuguesa e um dos frutos mais exportados de Portugal. No caso da Central de Frutas do Painho, que caminho tem feito na exportação?
É um produto que já se exporta há mais de 30 anos. É um dos produtos portugueses mais exportados e quer a nossa empresa, quer outras empresas do setor têm sabido fazer evoluir o produto e fazer evoluir os canais de venda. Neste momento exporta-se para vários países.
A sua mais-valia é o sabor, a crocância e o self-life. Porque depois de chegar ao cliente lá fora, quer ao supermercado, quer ao retalhista, quer ao próprio consumidor, é uma fruta que tem uma durabilidade grande, que não se degrada muito rápido. Isso também nos permite exportar para mercados mais longínquos e para mercados com menor capacidade técnica. Falamos, por exemplo, do Brasil e Marrocos, países mais quentes, em que por vezes os clientes não têm sistemas de frio muito bons e este produto aguenta. Essa característica é, de facto, uma mais-valia muito grande.
Por outro lado, quando os clientes a consomem, é um produto bom. Há clientes que querem as pernas muito verdes, Por exemplo, o mercado inglês era um mercado que queria fruta verde e muito crocante, enquanto o mercado nacional, na altura, queria fruta mais doce, um bocadinho mais amarela, mais fundente. Hoje, o mercado nacional continua a preferir o sabor e os mercados lá fora apesar de gostarem da crocância também apreciam o sabor, já estão a querer a pera também um bocadinho mais no ponto de consumo. E essa variação também é uma coisa que nós conseguimos com a Atmosfera Controlada Dinâmica.

Em relação às variedades de maçã, também já têm tido uma boa saída na exportação?
Temos estado, felizmente, com um sucesso muito grande na exportação da Gala nos últimos três anos, nomeadamente para o Brasil, que é um grande mercado quer para a Pera Rocha, quer para a maçã.

Para quantos países exportam?
Exportamos para Brasil, Marrocos, Canadá, Alemanha, França, Irlanda, Inglaterra, Polónia, Líbia, Senegal. Em termos de exportação, o forte é o Brasil.

No plano de internacionalização há novos mercados em vista ou o foco é crescer onde estão? Um foco na Europa ou o crescimento na América do Sul?
Temos vindo a verificar que, por exemplo, o mercado da Alemanha é recente, mas tem estado a crescer bastante. Nós fazemos parte de um consórcio de empresas que está a exportar para o Lidl na Alemanha, desde há 10 anos esta parte, e ano após ano o consumo tem vindo a aumentar. E neste momento outras cadeias de supermercados na Alemanha também já nos estão a procurar, pela Pera Rocha.
Em termos de Europa, este será o mercado com maior potencial, além de Portugal, porque Portugal continua também ainda a crescer. Fora da Europa, o Canadá é um mercado em crescimento e o Brasil continua a ser um mercado mais forte.

Referiram ter este ano um perfil de peras alinhado com as especificações do mercado europeu. O que significa?
No caso da Central de Frutas do Painho, devido à política da empresa de produzir fruta com muito poucos resíduos, cerca de 60% da fruta foi capaz de ir para os nossos clientes mais exigentes. Isso permite-nos nestes mercados europeus, das grandes cadeias de supermercados que exigem todas as certificações e mais algumas, que a nossa fruta possa, de facto, ser lá comercializada.

Que desafios estão a trazer, e irão trazer, as alterações climáticas à produção e de que forma os produtores estão a preparar-se?
Na minha opinião, o maior desafio do Oeste, no caso da Pera Rocha, – e este inverno está a ser um bocadinho diferente – tem sido a falta de frio. Tivemos três anos em que não existiu frio no inverno e a Pera Rocha necessita de 550 horas abaixo de 7,2 graus, entre novembro e 15 de fevereiro. E quando esse frio não acontece, as árvores dão poucas flores, ao darem poucas flores, dão poucos frutos. Este ano parece que o inverno está a ser um pouco mais nosso amigo, mas eu diria que em termos do Oeste, a falta de frio é um problema grave e não sabemos como é que o vamos colmatar.
Em termos de doenças, a estenfiliose o e o fogo bacteriano são as duas preocupações chave do Oeste. E com a União Europeia, tem vindo a retirar cada vez mais substâncias ativas do mercado, torna-se muito difícil combater estes problemas. Aquilo que nos transparece é que quem manda na União Europeia são os países do Norte da Europa, que têm um clima totalmente diferente do nosso caso. Não está fácil, mas estamos cá para lutar. Se continuarmos a ter invernos a menos, as pereiras vão deixar de dar flores, e ao deixarem de dar flores não vão dar frutos. Daí, a produção de maçã: como a árvore da maçã dá sempre muito mais flores que o necessário para a produção, a maçã adapta-se melhor à falta de frio do que a Pera Rocha. E daí alguns produtores já estarem a mudar. Mas, de facto, o core do Oeste é a Pera Rocha e a Central de Frutas do Painho é uma casa especializada em Pera Rocha. Portanto, temos que gerir de ano a ano.

Que outros desafios se apresentam? Nesta região a questão da gestão da água também é uma preocupação?
Quando temos anos de muitos sequeiros, também nos sentimos preocupados com a falta de água, porque os furos que temos nos pomares começam a não ser suficientes.

Nesse sentido, no entender dos produtores que apoios por parte de entidades oficiais serão bem-vindos?
Existem, de facto, planos de regadio já pensados quer para o Oeste, quer para o Ribatejo, que poderiam colmatar o problema da falta de água. Existem alguns projetos em curso.
Por outro lado, precisamos também de apoios para reconverter os pomares que foram afetados pelo fogo bacteriano, para fazer a reposição do potencial produtivo. Porque, apesar de nós não termos sido muito afetados, há aqui pomares na zona que ficaram reduzidos a menos de metade. E quando se corta uma árvore e se planta uma nova, são cinco anos em que o produtor não vai ter receita.
Portanto, seria importante haver no setor apoios mais fortes à plantação. Mais rápidos e com taxas de incentivo mais elevadas. Para, nesta fase em que existem os problemas, estarmos a plantar mais do que se está a arrancar, para nunca baixar as produções nacionais.

Para além da Pera Rocha e da maçã, há projetos para investimento em outra produção, tendo em conta o clima específico desta região?
Esperemos que eu esteja enganado e que estes últimos três anos não sejam significativos.
Mas se continuarmos com a falta de frio no Oeste – e isto não é uma característica do Oeste, é de Portugal, é mundial – eu penso que muitas das culturas que existem no Alentejo vão ter condições para se fazerem aqui no Oeste, nomeadamente o olival, o amendoal, esse tipo de culturas. Portanto, se aqui deixar de haver frio para a Pera Rocha e para a maçã, estas variedades terão de subir um bocadinho em termos de geografia e muitas das culturas que estão no Alentejo tenderão a subir para o Oeste. Mas cada ano é um ano e neste inverno, parece que estamos a ter frio. Há alguma esperança.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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Pedro Alves é o Head of Permanent Recruitment South da Adecco Portugal

Com mais de uma década de experiência na área de recrutamento especializado e transformação organizacional, junta-se à Adecco para fortalecer a operação em Lisboa.

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A Adecco Portugal anunciou a integração de Pedro Alves como Head of Permanent Recruitment South, um reforço estratégico que visa consolidar a posição da empresa no setor de recrutamento especializado. “Com esta nomeação, a Adecco reforça a sua aposta na inovação e na excelência operacional, garantindo um serviço ainda mais personalizado para clientes e candidatos”, refere a empresa.

Com mais de uma década de experiência na área de consultoria e recrutamento especializado, nos últimos oito anos Pedro Alves destacou-se na Michael Page e acumula experiência na liderança de equipas, desenvolvimento de talento e recrutamento especializado.
“A chegada do Pedro Alves é um verdadeiro marco para a nossa equipa. A sua experiência, aliada à capacidade de antecipar tendências e transformar desafios em oportunidades, será crucial para reforçar a nossa posição como parceiros estratégicos dos nossos clientes,” afirma Bernardo Samuel, Country Head of Permanent Recruitment da Adecco Portugal.

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Lavazza apresenta nova coleção de blends

‘Tales of Italy’ é a nova coleção da Lavazza e foi apresentada no mercado ibérico na feira HIP de Madrid

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A ‘Tales of Italy’ é uma linha de blends premium “que combinam o corpo cheio caraterístico do café italiano tradicional com um bouquet aromático excecional, dando vida a um sabor contemporâneo, redondo e distinto”, define a Lavazza. Galleria, Canal Grande, Trastevere e Riviera di Chiaia são os quatro blends da coleção.

São quatro sabores que integram como inovação o café Robusta Fermentado e o Arábica Cereja Apasita. “Estes blends oferecem uma sensação menos amarga e mais equilibrada, especificamente formulada para satisfazer os gostos das novas gerações de consumidores”, revela a marca. “Esta nova coleção substituirá parte da gama atual, que representa uma parte substancial dos volumes atuais no nosso país, numa transição destinada a adaptar-se à evolução das preferências dos consumidores modernos”, explica Victor Santos, diretor regional Ibérico da Lavazza.

O sabor Canal Grande apresenta notas de chocolate e amêndoa, enquanto o Trastevere engloba notas de chocolate preto e canela. No Galleria sobressaem notas de mel e passas e Riviera di Chiaia apresenta-se como um blend com notas de cacau e caramelo.

Para celebrar a coleção, a Lavazza recorreu ao chef pasteleiro Fabrizio Fiorani para criar um conceito experimental denominado ‘Unconventional Breakfast’, uma série de criações artesanais concebidas para complementar os blends ‘Tales of Italy’.

A Lavazza, fundada em Turim em 1895, pertence à família Lavazza há quatro gerações. Atualmente, o Grupo é um dos principais protagonistas do panorama cafeeiro mundial, com um volume de negócios superior a três mil milhões de euros. Está presente em todos os setores de atividade e opera em 140 mercados, com oito fábricas em cinco países e cerca de 5.500 colaboradores em todo o mundo.

Sobre o autorHipersuper

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Logística

Portuguesa Homycasa instala-se no Panattoni Park Porto Valongo

Com um total de 76.209 m² distribuídos por dois armazéns, o hub logístico está localizado a 25 minutos do centro do Porto.

A Panattoni, promotora imobiliária líder do setor logístico-industrial, arrendou a última fração de 7.500 m² no parque multi-inquilino Panattoni Park Porto Valongo à Homycasa, empresa portuguesa especializada em mobiliário e decoração. Com um total de 76.209 m² distribuídos por dois armazéns, este parque logístico apresenta-se como o maior projeto logístico construído a risco (sem cliente para ocupar) no norte de Portugal.

“É um prazer contar com a Homycasa no Panattoni Park Porto Valongo. A sua escolha reflete a capacidade da Panattoni Iberia em oferecer soluções logísticas adaptadas a empresas em crescimento, contribuindo para a sua eficiência e expansão”, afirma Gustavo Cardozo, diretor geral da Panattoni Iberia. O acordo com a Homycasa reforça a presença da empresa no país, uma vez que representa o último arrendamento disponível no armazém norte, que tem uma área total de 26.400 m². O armazém sul conta com uma extensão de 49.734 m², dos quais 37.000 m² estão disponíveis, a partir de 14.000 m².

Implantado a 25 minutos do centro do Porto e com acesso direto às autoestradas A41 e A4, o Panattoni Park Porto Valongo apresenta um design sustentável, apoiado pela certificação Breem Very Good, iluminação Led de baixo consumo e estações de carregamento para veículos elétricos.

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Em crescimento, setor da panificação aposta em inovação e formatos sustentáveis

Alejandro Lacorte, diretor geral do Grupo Bimbo Portugal, Sofia Miguel, diretora de marketing e comunicação do Grupo Celeste, Deborah Barbosa, CEO da Panificadora Costa e Ferreira, Ivan Mellado, general manager da Puratos, e Tiago Lameiro, diretor de marketing e vendas da Rialto, partilham a sua visão sobre a evolução do mercado, as tendências que vão marcar 2025 e as estratégias das suas empresas para continuar a crescer num cenário cada vez mais competitivo.

O setor da panificação e pastelaria industriais registou um crescimento significativo em 2023, com a faturação a atingir os 1060 milhões de euros, um aumento de 12,8% face ao ano anterior, de acordo com os últimos dados divulgados pela Informa D&B sobre este setor.

As exportações do setor totalizaram 358 milhões de euros, refletindo um crescimento de 14% em comparação com 2022, quando se situaram nos 314 milhões. Espanha manteve-se como o principal mercado externo, absorvendo 40% das vendas ao exterior. Em contrapartida, as importações ascenderam a 647 milhões de euros, um crescimento de 25,9% face ao ano anterior. Espanha destacou-se também como o principal fornecedor, representando cerca de 67% do total importado.

O setor contava com cerca de seis mil empresas no final de 2022, responsáveis por mais de 22 mil postos de trabalho. Apesar do predomínio de empresas privadas de capital nacional, existem concorrentes de maior dimensão integrados em grupos estrangeiros.

A estrutura do setor continua marcada pela presença de pequenas empresas: mais de 85% dos operadores empregam menos de dez pessoas, e apenas oito empresas têm mais de 250 trabalhadores. Nos últimos anos, tem-se assistido a um aumento da quota de mercado das maiores empresas, refletindo um contexto cada vez mais competitivo para os operadores de menor dimensão.

Os dados da Informa D&B evidenciam ainda que a produção do setor cresceu 4,2% em 2023, totalizando 771 milhões de euros. O peso das exportações sobre a produção situou-se nos 46,4%, enquanto as importações representaram 61% do mercado nacional.

“Formatos e embalagens têm um foco estratégico dentro da empresa”

A conveniência e a inovação continuam a ser eixos estratégicos para o Grupo Bimbo Portugal, que tem ajustado o seu portefólio às novas dinâmicas de consumo. Alejandro Lacorte, diretor geral do Grupo Bimbo Portugal, destaca ao Hipersuper que a proximidade com os consumidores tem sido fundamental para entender as suas necessidades e momentos de procura.

Alejandro Lacorte, diretor geral do Grupo Bimbo Portugal

“No Grupo Bimbo temos plena convicção da relevância de acompanhar os nossos consumidores no dia a dia. Com isto em mente, precisamos de ficar muito perto dos mesmos e conhecer a sua jornada. Constantemente temos contacto com os nossos consumidores, entendemos as suas necessidades e temos um foco especial em definir os momentos de procura”, afirma o responsável.

Nos últimos anos, a empresa reforçou a sua oferta com produtos e embalagens pensados para diferentes momentos de consumo, dentro e fora de casa. “Os produtos Wraps e Bagels Bimbo são claramente produtos que propõem novas formas de consumo, saborosas e focadas na satisfação das necessidades de conveniência e praticidade”, refere Alejandro Lacorte.

A inovação em formatos e embalagens tem sido uma das grandes apostas do Grupo Bimbo, permitindo ajustar os produtos às diferentes necessidades dos lares portugueses. “Definitivamente os formatos e embalagens têm um foco estratégico dentro da empresa”, afirma. E explica: “temos um portefólio completo para os nossos pães Bimbo, diversos tamanhos baseados no número de integrantes dos lares portugueses e nas formas de consumo”.

No segmento da pastelaria, a empresa tem apostado em formatos on the go para facilitar o consumo fora de casa. “No segmento de Bolos, as nossas marcas icónicas, Donuts, Bollycao e Mañhazitos, têm apresentações On the Go pensadas para estar presentes com consumidores que fazem refeições fora de casa. Adicionalmente, essas marcas têm produtos familiares e individuais para que os diversos tipos de consumidores possam desfrutar dos nossos produtos”, sublinha.

Novidades a caminho em 2025

A inovação continuará a ser uma prioridade para o Grupo Bimbo no próximo ano. Alejandro Lacorte revela que a empresa já está a preparar novos lançamentos para 2025, reforçando a sua aposta na diversificação do portefólio.

“A nossa missão no Grupo Bimbo é levar alimentos nutritivos, saborosos e de alta qualidade para as mãos dos consumidores portugueses. É por isso que o nosso portfólio está em constante evolução e 2025 não vai ser diferente, vamos ter novidades para os nossos consumidores”, afirma o diretor geral.

A empresa pretende introduzir novidades em praticamente todas as categorias, incluindo produtos desenvolvidos especificamente para o mercado português e outros que já provaram sucesso noutros países onde o Grupo Bimbo opera. “No Grupo Bimbo acreditamos na importância da inovação, teremos novidades praticamente em todas as categorias, tanto produtos desenvolvidos aqui em Portugal quanto produtos que temos em outros países onde o Grupo Bimbo tem presença e que chamam a atenção do nosso consumidor local”, conclui Alejandro Lacorte.

Inovação em formatos e embalagens tem sido um foco estratégico do Grupo Celeste

Sofia Miguel, diretora de marketing e comunicação do Grupo Celeste, fala de um crescimento moderado em 2024, com uma adaptação às novas tendências de consumo, e sublinha que, apesar das mudanças no comportamento dos consumidores, os produtos clássicos continuam a liderar as vendas.

Sofia Miguel, diretora de marketing e comunicação do Grupo Celeste

“O mercado de panificação e pastelaria em Portugal em 2024 apresentou um cenário de crescimento moderado e adaptação às novas tendências de consumo. As vendas registaram um ligeiro aumento. Os produtos clássicos, como o pão tradicional e os pastéis de nata, continuaram a liderar as vendas, mas houve uma crescente procura por opções inovadoras e saudáveis, incluindo a procura por grãos ancestrais e processos de fermentação lenta como a massa mãe”, afirma Sofia Miguel ao nosso jornal.

Na pastelaria, a evolução do mercado reflete duas realidades distintas: “verifica-se, por um lado, a procura de produtos mais saudáveis e que têm impacto na nossa saúde física e mental, mas por outro, continua a existir um grande interesse por momentos de indulgência e experiências únicas.”.

De grãos ancestrais a alternativas vegetais

O Grupo Celeste tem acompanhado a evolução do setor e identifica algumas das principais tendências para 2025. Sofia Miguel destaca que os consumidores continuam a valorizar produtos que conciliam sabor, qualidade e benefícios para a saúde.

“As principais tendências de consumo para 2025 no mercado de panificação e pastelaria incluem: pães integrais (feitos com grãos integrais e fibras), base de plantas (produtos que utilizem ingredientes de origem vegetal, indo de encontro aos consumidores que procuraram alternativas mais saudáveis ou opções vegetarianas e veganas), massa fermentada (massa mãe, de fermentação lenta), ingredientes locais e tradicionais (procura por produtos com ingredientes naturais, orgânicos, onde são valorizados os sabores e as tradições locais) e grãos e sementes (incorporação nos produtos de panificação devido à procura por opções mais nutritivas e funcionais).”.

A responsável reforça que estas tendências refletem uma mudança de mentalidade por parte dos consumidores, que procuram “não só produtos com sabor e qualidade, mas também que ofereçam benefícios para a saúde e o bem-estar, além de atenderem a preocupações relacionadas com a sustentabilidade.”

A inovação em formatos e embalagens tem sido um foco estratégico do Grupo Celeste, com impacto tanto na pastelaria como na padaria. “Ao nível de formatos, verificamos novidades ao nível da pastelaria (croissants de diferentes tamanhos e formatos, fusões entre croissants e cookies, diferentes snacks que combinam os sabores doces e salgados, etc.). Em padaria existe, por exemplo, uma maior procura por pães diferentes nos formatos de forma retangular (pães proteicos, de fibra, com cereais ou centeio)”, explica Sofia Miguel.

A responsável destaca ainda uma tendência para redução do peso e da gramagem dos produtos, aliada a uma crescente preocupação com a sustentabilidade das embalagens. “Surgem embalagens mais pequenas, mais sustentáveis (materiais recicláveis, biodegradáveis e até comestíveis)”, afirma.

Além do fator ambiental, a experiência do consumidor tem sido um ponto-chave na inovação. “Do ponto de vista visual, verificamos cada vez mais a procura por embalagens onde se consegue visualizar o interior, onde o consumidor consegue ver o produto que está dentro da embalagem (embalagens transparentes). A informação contida nas embalagens está também mais simplificada e o design é mais atrativo, mais moderno (instagramável)”, refere Sofia Miguel.

Para a responsável do Grupo Celeste, esta evolução é essencial para que as marcas se diferenciem num mercado altamente competitivo. “Estas inovações melhoram não só a experiência do consumidor, como garantem a diferenciação das marcas num mercado tão competitivo, respondendo à procura dos clientes por produtos únicos e sustentáveis.”

Produtos autênticos e ingredientes nacionais impulsionam inovação

O setor da panificação industrial tem enfrentado desafios, mas também oportunidades de crescimento. Para a Panificadora Costa e Ferreira, 2024 foi um ano de superação e adaptação, marcado por momentos desafiantes e pela aposta contínua na inovação e na valorização da tradição.

Deborah Barbosa, CEO da Panificadora Costa e Ferreira

“O mercado de panificação teve um ligeiro crescimento em 2024, tendo sido impulsionado pela crescente procura por produtos de conveniência e pela inovação contínua no setor, incluindo a introdução de novos produtos e a adaptação às preferências dos consumidores por alimentos mais saudáveis e sustentáveis”, afirmou Deborah Barbosa, CEO da Panificadora Costa e Ferreira.

A Panificadora Costa e Ferreira tem apostado em produtos que aliam tradição e inovação, valorizando ingredientes nacionais e métodos artesanais. Um exemplo desta estratégia foi o lançamento do Pão de Forma com Massa Mãe e Queijo da Ilha, que reflete as tendências de consumo atuais.

“O lançamento do Pão de Forma com Massa Mãe e Queijo da Ilha está alinhado com as tendências de consumo atuais no mercado de panificação”, destaca Deborah Barbosa. A CEO da empresa que produz o conhecido “Pão de Rio Maior” explica que os consumidores valorizam cada vez mais “produtos artesanais e autênticos, confecionados com ingredientes locais e técnicas tradicionais.”

Além disso, há uma crescente procura por produtos mais nutritivos, o que tem levado a Panificadora Costa e Ferreira a desenvolver novas opções adaptadas a esta tendência. “Verifica-se igualmente o aumento da procura por produtos mais nutritivos, evidenciando, assim, a preferência por opções mais saudáveis e por ingredientes naturais”, acrescenta Deborah Barbosa.

Apesar de manter um forte compromisso com a tradição, a Panificadora Costa e Ferreira acompanha as evoluções tecnológicas no setor. Deborah Barbosa acredita que a inovação será um fator determinante para o futuro da panificação: “a integração de tecnologias como impressão 3D e Inteligência Artificial para a personalização de receitas e para a criação de novos formatos de pães são tendências que marcarão também o setor da panificação em 2025”.

A responsável sublinha que a adaptação às novas exigências do consumidor implica uma abordagem equilibrada entre a inovação tecnológica e a preservação dos métodos tradicionais de fabrico.

A aposta na inovação em formatos e embalagens tem sido uma prioridade da empresa, refletindo a necessidade de responder às novas exigências do mercado. “Tem sido um foco estratégico importante para nós” refere.

A empresa tem explorado novas formas de apresentação dos produtos, sempre com o objetivo de melhorar a experiência do consumidor e garantir mais conveniência. “Estamos, constantemente, a explorar novas formas de apresentar os nossos produtos com vista a atender às necessidades dos consumidores modernos, abrangendo, precisamente, a criação de formatos inovadores que tenham em vista melhorar a experiência do consumidor e a conveniência”, explica.

Ano desafiante e a recuperação da empresa

2024 foi particularmente desafiante para a Panificadora Costa e Ferreira, devido ao incêndio numa das fábricas que afetou as operações da empresa. Deborah Barbosa destaca ao Hipersuper que, apesar das dificuldades, a empresa continua a recuperar e a consolidar o seu crescimento.

“2024 ficou marcado pelo incêndio que afetou o nosso rendimento e, como tal, o volume de faturação e os objetivos pensados foram afetados”, revela a CEO da empresa. No entanto, a aposta na exportação tem sido um fator de crescimento, permitindo que a empresa continue a expandir-se no mercado internacional.

“Ainda estamos em fase de recuperação, mas podemos adiantar que temos sentido um aumento nas exportações, impulsionado pela procura internacional por produtos de alta qualidade e autênticos”, conclui Deborah Barbosa.

A frequência de compra aumentou

Ivan Mellado, General Manager da Puratos, destaca que, em 2024, o setor manteve uma tendência de crescimento sustentado, impulsionado pelo comportamento dos consumidores e pela inovação das empresas.

Ivan Mellado, General Manager da Puratos

“2024 continuou a ser marcado por alguma instabilidade em matérias-primas essenciais como os cereais, ovos, açúcar e, sobretudo, chocolate. Apesar disso, e de acordo com os dados da Kantar, ao contrário do FMCG, em Padaria e Pastelaria o comprador está ainda mais regular e mais investidor, apesar das cestas serem menores”, afirma Ivan Mellado.

O responsável da Puratos destaca que o consumidor mantém um comportamento de compra positivo, mesmo após um período de restrição devido à inflação. “O consumidor continua a permitir-se comprar mais vezes um miminho diferente e mais indulgente depois de alguma restrição devido à inflação. A frequência de compra aumentou 3,9% versus 2023”, refere.

A nível de canais, Ivan Mellado aponta que “os hipers e supers, QSR e restaurantes crescem no consumo fora de casa e as Padarias e Pastelarias ganham em frequência.”.

A procura por produtos mais equilibrados nutricionalmente e com benefícios para a saúde tem sido uma das grandes tendências do setor. Ivan Mellado destaca que a aposta na massa mãe e nos alimentos funcionais continuará a ser um dos motores de inovação.

“A saúde e bem-estar foi em 2024 e continua a ser em 2025 uma das grandes tendências de lançamentos. Em panificação, a massa mãe continua a ser um dos ingredientes cada vez mais importante e cada vez mais reconhecido pelo consumidor, não só porque melhora as características do pão, assim como vários estudos apontam para a melhoria da digestibilidade do pão sempre que tem massa mãe”, explica o responsável da Puratos.

Além da massa mãe, a empresa tem apostado no desenvolvimento de pães funcionais, criando produtos adaptados às necessidades específicas dos consumidores. “Os alimentos funcionais são também uma tendência. Este ano lançámos um Puravita Proteico e Brioche Proteico, que é uma categoria em crescimento. Para além disso, lançámos também no início do ano um Puravita que ajuda ao intestino feliz”, revela Ivan Mellado.

A preocupação com o bem-estar intestinal tem sido um fator de inovação. “O equilíbrio do nosso intestino é fundamental para o nosso bem-estar, não só físico como também mental, e a Puratos está muito focada em lançar pães inovadores e que permitam novas alegações de saúde”, acrescenta o responsável.

No segmento da pastelaria, apesar da crescente preocupação com a saudabilidade, a indulgência continua a ser um fator essencial para o consumidor. “Na pastelaria, apesar de saúde e bem-estar ser também uma tendência, a indulgência não deixa de ser essencial para o consumidor. Por isso, muitas vezes, o caminho passa pela oferta de especialidades com porções mais pequenas. Temos por isso em atenção no desenvolvimento dos nossos receituários”, explica Ivan Mellado.

A preocupação ambiental tem sido outro fator estratégico para a Puratos. Segundo Ivan Mellado, os consumidores estão cada vez mais atentos à sustentabilidade das embalagens, o que levou a empresa a investir em soluções mais ecológicas.

“Segundo o nosso estudo Taste Tomorrow, 34% dos consumidores portugueses procuram embalagens recicláveis. Como estamos em fase de mudança de imagem corporativa, procurámos também que os materiais que as compõem sejam cada vez mais sustentáveis”, afirma o responsável.

Além da sustentabilidade, a empresa tem ajustado os formatos das suas embalagens para responder às diferentes necessidades dos clientes. “Para além da sustentabilidade, o formato que oferecemos aos nossos clientes é também fundamental. Como trabalhamos para várias tipologias de clientes, com necessidades diferentes, o formato tem de estar também ele adaptado”, explica Ivan Mellado.

A Puratos trabalha com clientes industriais de grande dimensão e clientes mais tradicionais, o que exige uma abordagem diferenciada. “Temos desde clientes de maiores dimensões, como são os clientes industriais, que valorizam formatos maiores, até clientes mais tradicionais que valorizam embalagens mais pequenas. O formato adaptado é fundamental para facilitar o dia a dia dos nossos clientes, assim como reduzir desperdícios alimentares”, refere

Crescimento em produtos estratégicos e perspetivas futuras

A inovação tem sido uma das grandes responsáveis pelo crescimento da empresa, que registou um aumento significativo nas vendas de produtos estratégicos. “Temos vindo a crescer em produtos estratégicos que efetivamente trazem inovação para o mercado. Em 2024, esses produtos cresceram 24% versus 2023”, revela Ivan Mellado.

O responsável da Puratos reforça que a empresa pretende continuar a investir na inovação e na saudabilidade, assegurando que os consumidores tenham acesso a produtos equilibrados, sem comprometer o sabor e a textura. “Como referimos numa questão acima, este objetivo está relacionado com o compromisso da Puratos na saúde e bem-estar, sem afetar as características fundamentais dos produtos, como o sabor, frescura e textura. Estamos focados para que a área de panificação, pastelaria e chocolate continue a evoluir de forma a podermos oferecer produtos mais equilibrados nutricionalmente”, conclui Ivan Mellado.

Aumento na procura por produtos que unem conveniência e benefícios nutricionais

2024 foi de consolidação para a Rialto, com um forte foco na adaptação às novas dinâmicas de consumo. A empresa identificou um aumento da procura por produtos que unem conveniência e benefícios nutricionais, alinhando-se com as tendências do mercado. Tiago Lameiro, diretor de marketing e vendas da Rialto, destaca esta evolução: “o último ano foi de consolidação para a Rialto, com um forte foco na adaptação às novas dinâmicas de consumo. Identificámos um aumento na procura por produtos que unem conveniência e benefícios nutricionais, como por exemplo produtos à base de farinha de espelta, algo que está alinhado com a nossa estratégia. Além disso, reforçámos a nossa presença no mercado, consolidando parcerias estratégicas dentro e fora de Portugal e explorando novas oportunidades de crescimento.”.

Tiago Lameiro, diretor de marketing e vendas da Rialto

A preocupação com a composição dos produtos e a escolha dos ingredientes tem sido uma prioridade para os consumidores, levando a Rialto a reforçar a sua aposta em produtos diferenciadores e inovadores. “Os consumidores estão cada vez mais atentos à composição dos produtos, procurando opções mais equilibradas e diferenciadoras”, afirma Tiago Lameiro. O responsável destaca que “no mercado de panificação, notamos um aumento de procura na composição primária dos produtos, como a farinha de espelta, por exemplo. É precisamente nesta vertente que desenvolvemos o nosso novo produto, o Forno D’oro Mini Grissinos 100% Espelta, que tem sido um sucesso com um dos nossos principais parceiros – Continente.”.

Além da crescente valorização dos ingredientes, a Rialto está também a acompanhar novas tendências de sabor que têm ganho expressão no mercado. “Observamos uma procura por sabores mais diferenciados. A trufa é um forte exemplo dessa tendência. Posso adiantar que, para atender às necessidades do nosso público, já estamos a desenvolver um produto com este perfil de sabor”, revela.

Inovação em formatos e embalagens como fator estratégico

A inovação em formatos e embalagens tem sido um dos pilares da estratégia da Rialto, permitindo à empresa responder melhor às exigências dos consumidores e diferenciar-se no mercado.

“Sim, a inovação é um pilar fundamental da Rialto. Temos apostado em novos formatos e texturas, respeitando sempre a tradição e qualidade dos nossos produtos. Os nossos Mini Grissinos 100% Espelta e Mini Grissinos Azeitona e Orégãos são bons exemplos dessa estratégia”, afirma Tiago Lameiro.

Além da inovação em produtos, a empresa tem investido fortemente na sustentabilidade das embalagens, um fator cada vez mais relevante para os consumidores. “No que toca às embalagens, temos vindo a trabalhar em soluções mais sustentáveis, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental”, refere o responsável da empresa de Aveiro.

A Rialto está envolvida num projeto inovador que visa reduzir o uso de plásticos fósseis na indústria alimentar. “Estamos envolvidos no projeto ‘From Fossil to Forest’, liderado pela The Navigator Company, que visa o desenvolvimento de embalagens e produtos à base de celulose para substituir os plásticos fósseis. Os resultados têm sido muito promissores”, revela Tiago Lameiro ao nosso jornal.

Apesar do aumento dos custos de produção, a Rialto conseguiu manter a sua competitividade no mercado, consolidando as suas vendas e garantindo a estabilidade dos preços para os consumidores.

“A faturação em 2024 foi em volta de 10M€. Um dos maiores sucessos e motivo de satisfação foi o facto de não termos aumentado preços na transição de 2024 para 2025, ainda que grande parte dos custos tenham aumentado. Conseguimos, assim, manter-nos competitivos no mercado e consistentes com o nosso consumidor”, conclui Tiago Lameiro.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Bebidas

Super Bock assinala os 98 anos com uma caixa que celebra a amizade

A Super Bock celebra 98 anos e, para assinalar a data, lançou uma nova caixa comemorativa que se destaca pela funcionalidade.

Hipersuper

A Super Bock comemora 98 anos e, para assinalar a data, tem disponível uma nova caixa comemorativa que se destaca pela funcionalidade. Este ano, é diferente do habitual e conta com uma novidade exclusiva. Para celebrar, a marca “mantém-se fiel ao seu espírito de partilha e convida os amigos a juntarem-se à volta da mesa – literalmente”, revela.

A caixa comemorativa chega com 98 cervejas de dez estilos distintos e proporciona uma experiência de partilha através do Party Service, um sistema de extração de cerveja. Inclui, ainda, oito copos Super Bock e uma tote bag feita de materiais reciclados. Das 98 cervejas disponíveis nesta edição, existem cervejas de 33 cl de diferentes estilos, nomeadamente Super Bock Original, Super Bock Sky, Super Bock 0.0%, Super Bock Stout, Super Bock Abadia, Super Bock Coruja IPA, Super Bock Selecção 1927 Munich Dunkel, Bavaria Weiss e Japanese Rice Lager. Existem, ainda, garrafas de 75cl de Super Bock Selecção 1927 Barrel Aged e um lote experimental.

Além do seu conteúdo, esta edição distingue-se pela sua funcionalidade, já que foi desenhada para se transformar numa mesa de jogos, seja para um jogo de cartas ou de tabuleiro. Esta é uma edição especial e limitada e será possível adquiri-la na Super Bock Store, a partir de 10 de março. No Instagram da Super Bock está a decorrer, até 14 de março, um passatempo para a oferta de seis caixas comemorativas.

O pedido de registo de marca da Super Bock, que motiva anualmente o lançamento da caixa comemorativa, aconteceu a 3 de março de 1927, tendo sido concedido a 9 de novembro desse mesmo ano.

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I&D

Programa TalentA volta a premiar o talento rural no feminino

Projeto de Daniela Lourenço, que recupera a tradição da cultura de café na Ilha Terceira, Açores, venceu a 5ª edição do programa lançado pela Corteva e pela CAP.

Hipersuper

Num país onde apenas um terço dos projetos agrícolas são liderados por mulheres, o Programa TalentA divulga e premia novos projetos desenvolvidos por mulheres empreendedoras. Lançado pela Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola, e pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) voltou a destacar iniciativas empresariais no feminino.

A organização cita dados do Ministério da Agricultura e das Pescas que indicam que apenas 33% das mulheres lideram projetos agrícolas, “sendo por isso essencial apostar na participação das mulheres para assegurar o futuro do meio agrícola em Portugal”, defende.

Nesta 5ª edição, o júri, composto por representantes especializados de ambas as entidades, avaliou diferentes critérios, como a inovação, o combate à desertificação, o impacto e a sustentabilidade dos projetos inscritos, o empoderamento económico e a possibilidade de réplica de negócio.

Um café sustentável na Terceira
O Café das Duas Ribeiras, que pretende desenvolver a cultura do café na freguesia de São Bartolomeu de Regatos, na Terceira, Açores, recuperando a tradição do café nesta região, foi o vencedor desta edição do TalentA. Daniela Lourenço, de 37 anos, oriunda de uma família de agricultores, cresceu rodeada pela natureza e pelo trabalho no campo, trabalhando com o pai e ajudando na quinta da família. Depois de muitos anos à procura de alternativas, decidiu que a cultura do café era a forma correta de recuperar o amor pela sua terra e, ao mesmo tempo, de promover um projeto agrícola sustentável na região.

Iniciado em 2023, abrange todos os aspetos da produção, transformação e comercialização do café, com a intenção de revitalizar esta atividade e fortalecer a economia local, e pretende ser um projeto sustentável do ponto de vista ambiental, social e económico através da utilização de práticas agrícolas responsáveis e da formação contínua em matéria de produção de café de qualidade.

Sabonetes artesanais de leite de ovelha

Telma Lourenço, de 32 anos, foi distinguida com um dos prémios de finalista, pelo projeto Quinta Vale do Tourão, que alia a tradição e a inovação. A empreendedora rural cresceu na Quinta Vale do Tourão, onde trabalharam o seu pai e o seu avô. Representa a terceira geração de produtores de leite de ovelha e lidera um projeto pioneiro de transformação do leite de ovelha autóctone Churra Mondegueira em sabonetes artesanais. Esta raça em vias de extinção representa o compromisso do projeto com a preservação da biodiversidade local.
“Telma Lourenço assumiu a gestão da quinta da família e, face às dificuldades do mercado de laticínios, procurou alternativas que acrescentassem valor à produção. Assim nasceu a ideia de fazer sabão a partir do leite das ovelhas, oferecendo um produto inovador e sustentável”, revela a organização do TalentA. A produção é realizada de forma sustentável, com recurso a rega alimentada por painéis solares e gestão responsável dos recursos hídricos.

Valorizar a castanha
O outro prémio de finalista foi atribuído a Filipa Barros, engenheira biológica com vasta experiência em sistemas de gestão, segurança alimentar e formação, com a Bubacaios, uma empresa inovadora que se dedica à valorização integral da castanha. A inovação neste projeto reflete-se no desenvolvimento de produtos como snacks de castanha prontos a consumir, farinhas nutritivas e biomateriais derivados de subprodutos da castanha e do castanheiro. A Bubacaios aborda desafios como as alterações climáticas, a baixa rentabilidade e a falta de inovação no setor da castanha, contribuindo para a sustentabilidade ambiental, económica e social na região.

“O papel das mulheres empreendedoras no setor agrícola português é relevante, e acreditamos que será cada vez mais nos próximos anos. O Programa TalentA tem contribuído para impulsionar o talento e o empreendedorismo rural no feminino, capacitando e dando maior visibilidade aos projetos premiados”, afirma Clara Serrano, vice-presidente, Unidade de Negócios do Sul da Europa da Corteva Agriscience.
Já Luís Mira, secretário-geral da CAP, salienta o impacto que o Programa TalentA tem no setor agrícola. “Os projetos premiados sobressaem pela inovação e pela sustentabilidade, duas características essenciais para alavancar, rentabilizar e modernizar o setor. É com agrado que constatamos que as mulheres empreendedoras rurais em Portugal têm uma voz e um papel cada vez mais ativos”.

A vencedora da 5ª edição do programa vai receber um prémio financeiro de cinco mil euros e beneficiar de uma campanha de visibilidade. As duas finalistas vão poder utilizar o valor do prémio em formação adaptada aos seus projetos , como e-commerce, redes sociais, plano de negócios, técnicas comerciais, etc., e também vão ter acesso a uma campanha de visibilidade dos projetos.
O TalentA nasceu em Espanha em 2019 com o objetivo de destacar o papel das mulheres rurais no setor e apoiá-las no desenvolvimento dos seus projetos através de formação, visibilidade e financiamento. Desde então, o programa estendeu-se a nove países, incluindo Portugal, onde mais de 2.000 mulheres foram capacitadas.

 

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Não Alimentar

Navigator lança clube de emprego para potenciar qualificação do setor

Inserido no Clube Produtores Florestais Navigator, o portal de recrutamento pretende ser uma resposta concreta às necessidades do setor.

Hipersuper

A The Navigator Company lançou o Clube de Emprego, um portal de recrutamento inserido no Clube Produtores Florestais Navigator, que pretende facilitar a ligação entre empresas e profissionais e promover um acesso direto e simplificado às oportunidades de emprego na fileira florestal.

Disponível em https://clubeprodutoresflorestais.com/careers, o Clube de Emprego estará também ligado aos sites de referência de emprego nacional, “ampliando a visibilidade das ofertas e permitindo uma maior captação de talento”, revela a The Navigator Company. “Com esta iniciativa, a Navigator pretende contribuir ativamente para a empregabilidade de uma nova geração de profissionais especializados, garantindo uma gestão florestal mais eficiente, sustentável e alinhada com as exigências ambientais e económicas do futuro”, refere ainda.

A gestão de ofertas de emprego permite a visualização de vagas em curso com detalhes completos, incluindo nome da oferta, categoria associada à função, localização por distrito e outros dados relevantes. A funcionalidade de ‘Submissão de Candidaturas Espontâneas’ oferece um espaço dedicado para que profissionais do setor possam demonstrar a sua disponibilidade e interesse em futuras oportunidades, mesmo na ausência de ofertas publicadas ou em casos em que o seu perfil não se enquadre nas vagas disponíveis.

Já a criação de ofertas de empresa, será uma opção exclusiva para membros do Clube Produtores Florestais Navigator, na qual poderão criar, gerir e acompanhar as suas próprias ofertas de emprego e candidaturas recebidas em tempo real, reforçando a autonomia das empresas na gestão do recrutamento e otimizando a captação de talentos qualificados.

O Clube Produtores Florestais Navigator foi lançado em 2023 e reúne mais de 400 membros.

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Bebidas

Vinhos Cas’Amaro premiados no Mundus Vini 2025

Os vinhos Implante Tinto Field Blend 2023, Madame Pió Reserva Branco Sercial 2021 e Bustelo  Arinto Reserva 2023 foram os galardoados neste certame.

Hipersuper

A Cas’Amaro recebeu três medalhas no concurso Mundus Vini 2025, que decorreu de 25 de fevereiro a 02 de março, na Alemanha. Os vinhos Implante Tinto Field Blend 2023, Madame Pió Reserva Branco Sercial 2021 e Bustelo  Arinto Reserva 2023 foram os galardoados neste certame. Para a empresa de vitivinicultura com produção nas regiões de Alentejo, Lisboa e Vinhos Verdes, estes prémios reforçam “a qualidade e a dedicação do produtor na produção de vinhos de excelência”.

O destaque vai para o recém-lançado Implante Tinto Field Blend 2023, galardoado com a medalha de ouro. Produzido exclusivamente com a casta Tinta Caiada, este vinho alentejano revela uma cor rubi vibrante e aromas de frutos do bosque. Com taninos redondos e suaves, é ideal para acompanhar pratos como borrego assado no forno ou javali estufado.

Galardoado com uma medalha de prata, o Madame Pió Reserva Branco Sercial 2021, da região de Lisboa, apresenta uma estrutura equilibrada e notas aromáticas distintas a frutos brancos de polpa e melão. Já o Bustelo Arinto Reserva 2023, da região dos Vinhos Verdes, com um perfil fresco e mineral, demonstra o potencial da casta Arinto, “com a acidez característica desta casta bem presente na boca, mas de forma muito bem integrada com um prolongado estágio de um ano em barricas novas de carvalho francês”, apresenta o produtor.

“Estes prémios refletem o trabalho árduo da nossa equipa e o compromisso com a qualidade e autenticidade dos nossos vinhos. Estamos extremamente orgulhosos por ver o nome da Cas’Amaro associado a estas distinções tão significativas e por contribuir para a valorização dos vinhos portugueses além-fronteiras”, afirma Rui Costa, diretor-geral da Cas’Amaro.

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Retalho

ADIPA apela a “políticas claras e eficazes” para o setor do comércio alimentar

O comércio alimentar tem um papel “essencial” no abastecimento, na dinamização da economia e no comércio de proximidade, destaca a Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares.

Hipersuper

A Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares manifesta, num comunicado, “a sua preocupação face à instabilidade política que se vive atualmente em Portugal”. No mesmo documento, a ADIPA apela ao “sentido de responsabilidade dos agentes políticos para garantir a governabilidade do país e a estabilidade económica e social”.

A organização que agrega players do setor da distribuição grossista alimentar, sublinha no comunicado que o setor do comércio alimentar desempenha um papel essencial no abastecimento da população, na dinamização da economia nacional e na sustentabilidade do comércio de proximidade. E alerta para o “clima de incerteza política” que, acrescenta, representa “um risco significativo” para a confiança dos consumidores, para o investimento empresarial e para a previsibilidade das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento do setor.

Nesse sentido, a ADIPA apela a um “compromisso alargado” das forças políticas, centrado na defesa da estabilidade económica, na criação de condições favoráveis ao crescimento das empresas e no reforço da resiliência do tecido empresarial. “É fundamental que sejam asseguradas políticas claras e eficazes, que promovam um ambiente de negócios favorável, a competitividade das empresas e a segurança no abastecimento alimentar”, define.

Apela ainda ao “diálogo construtivo, à responsabilidade e ao sentido de Estado de todos os decisores políticos, de forma a garantir que Portugal continue a avançar num quadro de estabilidade e crescimento sustentável”.

A ADIPA  representa as empresas do comércio alimentar independente em Portugal, nos canais grossista e retalhista, tendo como missão defender os interesses do setor, promover o comércio de proximidade e contribuir para o desenvolvimento sustentável da distribuição alimentar no país.

 

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Hipersuper

Carlos Rodrigues, enólogo da Adega Mayor
Bebidas

“O Adega Mayor Pai Chão branco Grande Reserva 2022 é o resultado da nossa dedicação contínua e empenho”

O Pai Chão Branco 2022 da Adega Mayor foi eleito o melhor vinho branco de Portugal. O mote para um conversa com Carlos Rodrigues, enólogo da Adega Mayor, que sublinha: “esta distinção não só comprova a qualidade deste vinho, bem como valida a nossa aposta contínua na inovação e na criação de vinhos qualidade de excelência”.

O Pai Chão Branco Grande Reserva 2022, da Adega Mayor, foi eleito o melhor vinho branco no Top 10 Vinhos Portugueses, promovido pela Essência/Revista de Vinhos.

Para Carlos Rodrigues, enólogo da Adega Mayor, esta distinção valida a aposta contínua da empresa na criação de vinhos de qualidade superior. “É uma honra receber esta distinção, que não só comprova a qualidade deste vinho, bem como valida a nossa aposta contínua na inovação e na criação de vinhos qualidade de excelência. O Adega Mayor Pai Chão branco Grande Reserva 2022 é o resultado da nossa dedicação contínua e empenho”, começa por dizer ao Hipersuper.

“Estamos muito orgulhosos desta conquista e comprometidos em manter os elevados padrões de exigência que nos têm guiado ao longo destes 18 anos”, acrescenta.

O Pai Chão Branco Grande Reserva 2022 nasce da vontade de expandir a gama Pai Chão, inicialmente composta apenas por vinhos tintos, e de criar um branco capaz de desafiar o perfil tradicional do Alentejo. “Se, no mesmo clima, quisermos fazer algo do mesmo segmento e exigência, mas com uvas brancas, temos que dominar muito bem a vinha, as plantas e perceber todo o seu potencial de modo a que se consiga, através do processo de vinificação, levar ao extremo o vinho produzido, sem perder identidade, frescura e a expressão das castas”, explica. “Este foi o nosso desafio: expandir a gama com o lançamento do inédito Adega Mayor Pai Chão branco Grande Reserva 2022. O resultado é um vinho irreverente e com personalidade. Tem longevidade e autenticidade. É fresco, com acidez equilibrada, um vinho branco que não reflete o Alentejo quente, mas que pretende ser disruptivo no perfil habitual de Alentejo”, enaltece Carlos Rodrigues.

A gama Pai Chão presta homenagem ao Comendador Rui Nabeiro, cuja paixão pelo Alentejo e pelo vinho esteve na génese da Adega Mayor. “O Comendador Rui Nabeiro foi determinante na criação e no desenvolvimento da Adega Mayor, que nasce da concretização de um sonho antigo em produzir vinhos de alta qualidade na terra que o viu crescer, através do talento da sua neta, Rita Nabeiro. A sua influência e a sua paixão pelo vinho permanecem até hoje na forma como nos empenhamos na produção de vinhos de excelência.”, sublinha o enólogo.

Mais do que um vinho…

Para enriquecer a experiência do consumidor, o Pai Chão Branco Grande Reserva 2022 é apresentado numa caixa de madeira exclusiva acompanhada pelo livro Eis a Essência, assinado pelo escritor José Luís Peixoto.

“O escritor José Luís Peixoto transpôs as memórias do Comendador para o papel e criou o romance Almoço de Domingo, em 2021. Tinham uma ligação próxima e, por isso, considerámos que as suas palavras eram a escolha perfeita para um projeto tão especial como este”, conta ainda ao Hipersuper.

Carlos Rodrigues lembra que, tal como o Comendador, também José Luís Peixoto é alentejano, e que “embora de um Alentejo diferente, domina as palavras e acompanhou a paixão de Rui Nabeiro pelos vinhos”. O livro Eis a essência é “a peça que fecha com elegância a caixa de madeira deste vinho que pretende celebrar momentos especiais e eternizar o legado do Comendador, criando uma ligação emocional às palavras e um entendimento mais profundo do vinho que está a ser saboreado”, conclui.

A seleção do “Top 10” contou com um painel de 50 especialistas — entre jornalistas, críticos, sommeliers e importadores — de 14 nacionalidades, numa prova cega. No total, 65 amostras foram avaliadas, após uma pré-seleção realizada pela Revista de Vinhos.

 

 

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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