Olitrem reforça investimento em inovação com dois novos laboratórios próprios
Ao Hipersuper, Gonçalo Ferreira, manager business development do Grupo Olitrem, garante que a “aquisição de mais laboratórios permitirá testar mais equipamentos em simultâneo e dessa forma duplicar a velocidade de integração de novas soluções no mercado”.
Ana Rita Almeida
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A Olitrem está a reforçar o investimento em inovação com dois novos laboratórios próprios em 2025, num investimento de 120 mil euros. A iniciativa insere-se na estratégia de inovação e sustentabilidade da empresa, que investe anualmente mais de 400 mil euros em investigação e desenvolvimento (I&D). Ao Hipersuper, Gonçalo Ferreira, manager business development do Grupo Olitrem, garante que a “aquisição de mais laboratórios permitirá testar mais equipamentos em simultâneo, e dessa forma duplicar a velocidade de integração de novas soluções no mercado”.
Com esta expansão, a Olitrem passará a contar com quatro infraestruturas dedicadas à pesquisa e teste de soluções eco-friendly, focadas na eficiência energética e na redução do impacto ambiental. Os novos laboratórios permitirão simular diversas condições de utilização, como variações de temperatura e humidade, assegurando que os equipamentos cumprem as normativas em vigor e maximizam o desempenho energético.
“A Olitrem tem uma gama de produtos muito alargada para vários segmentos de negócio, que têm especificidades muito particulares. No desenvolvimento de um produto são efetuados vários testes a diversas temperaturas e humidades para validar o comportamento dos equipamentos em ambiente real”, explica Gonçalo Ferreira. “Estes testes levam vários dias a ser efetuados pelo que a aquisição de mais laboratórios permitirá testar mais equipamentos em simultâneo, e dessa forma duplicar a velocidade de integração de novas soluções no mercado”, garante. “Por exemplo um teste de consumo energético de um equipamento leva em média 5 dias a ser efetuado, qualquer melhoria que façamos levará novamente 5 dias a ser comprovada”, exemplifica o manager business development do Grupo Olitrem. “Com mais câmaras de testes teremos uma maior capacidade e rapidez em implementar melhorias, pois neste momento temos equipamentos em fila de espera na nossa empresa para serem testados nos nossos laboratórios”, afirma.
Liderar a transformação para um futuro mais sustentável
Em 2023, a Olitrem registou um volume de negócios de 21 milhões de euros, tendo produzido 25.400 equipamentos frigoríficos, cerca de 110 unidades por dia. A empresa prevê aumentar a produção para mais de 30 mil unidades anuais nos próximos três anos, o equivalente a cerca de 132 unidades diárias.
Este crescimento reforça o compromisso empresa familiar especializada na produção, assistência e comercialização de equipamentos de refrigeração em liderar a transformação para um futuro mais sustentável. Exemplo disso, é a sua inclusão no Beverage Industry Environmental Roundtable (BIER): “o facto de integrarmos este grupo de trabalho internacional, que reúne os maiores players internacionais de bebidas como Coca-cola, Heineken, Carlsberg, ABInbev, Pepsi, Redbull, entre outros fabricantes de equipamentos frigoríficos/fornecedores de componentes, permite um diálogo direto entre os vários elos integrantes na cadeia de frio, partilhando experiências, dificuldades, visões e traçando objetivos e estratégias comuns para um futuro mais sustentável neste setor”, refere Gonçalo Ferreira.
“Dentro desta coligação existem vários grupos de trabalho dedicados a temas específicos como a Eficiência energética dos equipamentos, circularidade e Retro-fit de equipamentos e, em conjunto, tentamos encontrar soluções para os desafios do mercado procurando sempre responder às necessidades de uma forma mais sustentável e amiga do ambiente”, enaltece.
“Nem sempre o equipamento com o preço mais baixo é o mais barato”
Apostando em inovação contínua e no desenvolvimento tecnológico responsável, a Olitrem posiciona-se como uma referência no setor, com 70% da produção destinada a mercados de exportação.
Gonçalo Ferreira avança que os principais mercados de exportação da empresa são mercados do centro e norte da Europa, nomeadamente o Reino Unido, França, Bélgica, Suíça, a Holanda, entre outros. E explica: “atualmente, estes mercados já estão muito sensibilizados para o consumo energético dos equipamentos e circularidade dos mesmos a nível de materiais. Neste tipo de mercados, apesar do preço ser um fator relevante, os restantes fatores também devem ser determinantes na escolha dos produtos, principalmente pela visão a longo prazo dos prós e contras na sua compra”. “É preferível pagar um pouco mais no custo de aquisição do equipamento e recuperar esse investimento no seu consumo energético em 3/4 anos”, sublinha.
“A visão destes mercados leva-nos a investir cada vez mais no desenvolvimento de soluções sustentáveis e na redução do consumo de equipamentos, pois se não o fizermos certamente deixaremos de ser competitivos face a outros fabricantes. Infelizmente, em Portugal e nos mercados do sul da Europa, em muitos canais o custo de aquisição é ainda o fator mais importante”, lamenta. “Estamos convencidos de que esta tendência seguirá o alinhamento europeu e que cada vez mais será fundamental ter em atenção o custo de vida útil global do equipamento e não apenas o seu investimento inicial, uma vez que nem sempre o equipamento com o preço mais baixo é o mais barato”, conclui.