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Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser

Pedro Serra defendeu no 10ª edição do Congresso Nacional de Rega e Drenagem que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva, impondo-se a necessidade urgente de criar um quadro legislativo novo.

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Pedro Serra defendeu no 10ª edição do Congresso Nacional de Rega e Drenagem que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva, impondo-se a necessidade urgente de criar um quadro legislativo novo.

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A 10ª edição do Congresso Nacional de Rega e Drenagem organizado pelo COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio, com o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça, da Associação de Beneficiários de Cela, da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, da APDEA, da APRH, do COTHN, da DGADR, da FENAREG, do INIAV, do Politécnico de Coimbra, da SCAP e da Universidade de Coimbra, reuniu mais de 30 oradores e especialistas nacionais e internacionais  durante 3 dias, além de profissionais do ecossistema da agricultura e do regadio.

Presidente do COTR, Gonçalo Morais Tristão

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O programa do X Congresso incluiu uma sessão de abertura a cargo do presidente do COTR, Gonçalo Morais Tristão, de Hermínio Rodrigues – Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, e de José Manuel Gonçalves da Escola Superior Agrária de Coimbra, 5 keynotes, várias apresentações, 4 mesas-redondas e 2 fóruns de comunicações, estruturados em torno de 13 painéis dedicados aos temas: Água, Agricultura e Ambiente: Uma Abordagem Integrada da Gestão da Água; Regadio, Inovação e Tecnologia; Alterações Climáticas e Regadio: Medidas de Adaptação; Comunicar Agricultura e Regadio. Durante o Congresso foi também efetuada a apresentação da Agenda de Investigação e Inovação para o Regadio, e ocorreu uma visita técnica à Campotec.
Nuno Canada, Presidente do INIAV, e Hermínio Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, foram os responsáveis pela sessão de encerramento.

Modelo de gestão dos recursos hídricos deve ser semelhante a Alqueva

Pedro Serra, que teve a seu cargo a primeira keynote do Congresso, defendeu que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva, impondo-se a necessidade urgente de criar um quadro legislativo novo que tenha em conta o momento atual e que traga a Lei da Água de 2005 para o presente. Dando a conhecer o retrato de Portugal e da Península Ibérica no que diz respeito ao clima e ao regadio, aquele responsável revelou a posição de privilégio de que Portugal desfruta no contexto europeu, dispondo, além disso, do dobro da quantidade de água per capita face ao resto da Europa, ainda que o nível de pluviosidade seja mais irregular e a variabilidade se venha a acentuar cada vez mais, mercê também do impacto das alterações climáticas.

Referindo a assimetria existente entre as zonas húmidas de Portugal (norte) e as zonas secas (sul) que justificam uma maior apetência para agricultura de regadio na zona sul do país com o Alentejo a apresentar um crescimento de mais 60% nos últimos anos, Pedro Serra afirmou que em Portugal são os privados quem tem vindo a fazer investimentos avultados, na ordem dos vários milhões de euros, no regadio durante a última década, criando o seu próprio Plano e impulsionando a sua modernização. Destacando a necessidade de se criar uma gestão integrada dos recursos hídricos em Portugal, o orador deu como exemplo o enorme sucesso de Alqueva que já rega cerca de 150 mil hectares, e sublinhou que o nível de eficiência do regadio privado no nosso país está nos 90%, enquanto o regadio público/coletivo não vai além dos 40%.

Pedro Serra também defendeu que os planos hídricos são essenciais para o futuro da água no nosso país, onde considerou que temos tudo, exceto vontade política e estratégia para termos mais e melhores recursos hídricos, e que é urgente mudar o paradigma da água na agricultura, porque dele depende a nossa segurança e autonomia alimentar.

A mudança de paradigma, segundo Pedro Serra, tem de assentar numa gestão estruturada que inclua a rega, a agricultura e a sustentabilidade, de modo a termos uma política da água que se articule com política do regadio e a nova política energética, porque a mudança de paradigma na agricultura e na água, é também uma questão de transição energética. Desde logo porque é preciso evitar o desperdício da água através do planeamento da utilização da água para fins múltiplos, tornando-se essencial aproveitar o excesso produzido pelas energias renováveis através de melhor ligação às hidroelétricas. Aquele orador, defendeu ainda que o modelo de gestão de recursos hídricos em Portugal deve ser de fins múltiplos e idêntico ao concebido para o Alqueva.

Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser

Seguiu-se uma mesa-redonda, moderada pela jornalista Teresa Silveira, onde participaram Jorge Froes do Projeto Água no Oeste, José Núncio da Fenareg e Rogério Ferreira da DGADR. Os intervenientes foram unânimes em considerar que é preciso desburocratizar, simplificar o licenciamento e criar enquadramentos legais novos e ajustados à presente realidade do país.

Jorge Froes defendeu que Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser, e precisa de planos hídricos que permitam fazer a gestão integrada, envolvendo cada região e criando um plano hídrico nacional que contemple as vertentes local, regional, particulares e nacional. Sublinhando o papel dos privados ao longo dos últimos anos no que diz respeito ao investimento e desenvolvimento dos recursos hídricos e relembrando que para se fazer agricultura – da qual depende a segurança alimentar do país, é preciso regadio, José Núncio referiu que temos água, temos dinheiro, recursos e tecnologia e que só falta vontade política para se avançar com um plano e uma estratégia de Resiliência Hídrica.

Portugal terá de investir 3 a 4 mil milhões de euros para reabilitar as águas residuais urbanas nos próximos anos

Os participantes referiram ainda a necessidade de reduzir as perdas de água e de a levar para a rega, algo que impõe um esforço de modernização urgente, e no qual devem ser respeitadas as especificidades do território em matéria de construção e gestão de barragens e da água. Um cenário onde adquirem particular importância as barragens de fins múltiplos e onde a questão da reutilização da água e das ETARS terá de ser também equacionada. Sobretudo, porque, com a entrada em vigor da nova diretiva europeia, Portugal nos próximos anos terá de investir entre 3 e 4 Mil Milhões de Euros para reabilitar as águas residuais urbanas, implicando a construção de mais ETARS e a remoção das mais poluentes.

Durante a mesa-redonda, o responsável da DGADR referiu que a iniciativa Água Que Une – cujo trabalho será apresentado em janeiro de 2025, constitui uma oportunidade única para se criar um ponto de encontro de toda a fileira e a possibilidade de termos uma visão do país como um todo no que diz respeito ao tema da água. Neste contexto, a vertente da Governança, que irá ser abordada no trabalho de levantamento que está a ser feito, adquire particular relevância. Sublinhando o potencial das águas Residuais Tratadas no Regadio, Rogério Ferreira, alertou para a necessidade de se reformular a lei do Regadio (RJOAH) que tem quarenta anos e que há 20 que não é alterada, e revelou que a taxa de execução do PDR 2020, que só em 2023 deu 350 Milhões de Euros à agricultura, é já neste momento de 96%, faltando apenas executar apenas 4% daqui até ao final de 2025.

O responsável da DGADR, que defendeu que é preciso fazer uma reflexão profunda em Portugal sobre os licenciamentos, para se encontrarem soluções e fazer alterações que permitam reduzir os atuais prazos demasiado longos das candidaturas (5 e 7 anos entre o estudo prévio e o momento da execução) e assim sermos mais eficientes, destacou a importância do PEPAC na desburocratização e encurtamento dos prazos de decisão sobre os financiamentos dos projetos dos agricultores, que neste contexto passam a ser de um máximo de 60 dias.

Tecnologia ajuda a fazer uso mais eficiente e racional da água

A tarde do primeiro dia foi dedicada ao Regadio: Inovação e Tecnologia e contou com duas apresentações e uma mesa-redonda.

Na sua apresentação, José Maria Tarjuelo, Professor da Universidade de Castilla-La Mancha (UCLM), sublinhou a importância dos dados e das ferramentas digitais no contexto do regadio, e deu a conhecer o SAR (servicios de asesoramiento al regante). Trata-se de um sistema criado pela UCLM com o intuito de ajudar os agricultores a fazerem uma utilização eficiente e racional dos meios de produção, em especial da água e da energia, proporcionando-lhes o apoio científico e técnico adequado para otimizarem a sua gestão, e contribuindo para tornar a agricultura numa atividade económica, social e ambientalmente sustentável. José Maria Tarjuelo, sublinhou ainda a importância do uso de sistemas digitais na compreensão e monitorização do consumo de água e seu respetivo impacto nas culturas, determinando as necessidades e racionalizando os consumos. Desta forma é possível conjugar o regadio com a água da chuva, adequar os sistemas de rega à evolução concreta de cada uma das fases das culturas e obter poupanças muito significativas.

Por seu turno, Joan Girona, responsável do IRTA – Institut de Recerca i Tecnología (Catalunha) falou sobre o Uso Eficiente da Água na Agricultura e o seu papel na produção dos alimentos. Este orador referiu a crescente importância da tecnologia neste âmbito desde os programas de software, à IA, aos drones, às aplicações, aos sensores (aéreos e enterrados) até às sondas e satélites, etc, defendendo que o mais importante não é a quantidade de água que está afeta a cada cultura, mas sim a porção que cada cultura tem possibilidade de absorver. Dois conceitos distintos e que importa trabalhar a bem do aumento da eficiência do consumo e da produção e da poupança de recursos. Neste contexto, relembrando que a maior parte da água absorvida pelas plantas é depois devolvida ao meio ambiente através da transpiração, o responsável do IRTA chamou atenção para o papel da rega e do regadio de precisão, apoiados em sensores que medem as culturas continuamente cruzando os dados, guiando e otimizando a produção e os respetivos consumos de água.

Segundo Joan Girona, os sistemas de rega são cada vez mais eficientes, fornecendo informação cada vez mais detalhada sobre o estado hídrico das culturas e permitindo ajustar a utilização da rega com a água da chuva, otimizando os consumos e tornando a agricultura muito mais sustentável. Um esforço que é preciso continuar a fazer, dadas as alterações climáticas e a sua repercussão no aumento dos períodos de seca e de escassez da água.

A tecnologia terá um papel fulcral a desempenhar no contexto da sustentabilidade e da otimização do consumo da água, mas importa encontrar um equilíbrio que inclua o conhecimento humano, e que advém de se ir a campo e de se observarem as plantas e os solos in loco, até para podermos manter toda a riqueza do conhecimento agronómico do qual dependemos para programarmos corretamente e com precisão as ferramentas, concluiu.

É fundamental aumentar a literacia dos agricultores e impulsionar a capacitação digital do setor

A mesa-redonda do período da tarde, que foi moderada por Luís Alcino Conceição do InvoTechAgro, teve como participantes Miguel Tavares da Sysmart, Paula Paredes do ISA Rui Sousa do INIAV, e Tiago Sá da Wisecrop. Os participantes consideraram que não obstante os grandes avanços do regadio, desde que foi implementado o primeiro pivot de rega nos anos 90 do séc. XX, passando depois pelo projeto do Alqueva e pela introdução dos sistemas gota a gota, o atual movimento de transformação digital exige mais literacia e capacitação dos agricultores. Um esforço que obriga à criação de equipas multidisciplinares, que trabalhem em conjunto no sentido de maximizar a aplicação da tecnologia na agricultura e no regadio, integrando e passando conhecimento técnico para o setor. A academia tem um papel importante a desempenhar neste contexto, onde a tecnologia não pode fazer perder o foco na agronomia e na produção de alimentos.

A par desta abordagem abrangente, onde o dimensionamento no campo para se ver o que se está a fazer é uma peça chave, os vários intervenientes consideraram que os agricultores precisam de ser apoiados na adoção e na implementação da tecnologia para que este processo possa ser verdadeiramente eficaz. A assessoria, a par da formação, é outra vertente a desenvolver e ampliar, porque não basta ter a tecnologia e os sistemas inteligentes implementados. É preciso saber usá-los e tirar partido deles, percebendo que o seu propósito é dar opções para se gerir melhor, quais são as vantagens da sua utilização, e que a inovação é um processo contínuo. Agilidade e simplicidade são por isso dois aspetos fundamentais a ter em atenção, para se poder aumentar a literacia digital do setor e reduzir o gap existente entre o nível de maturidade do setor e o novo universo que a IA está a abrir em todos os setores de atividade, incluindo na agricultura e no regadio.

O primeiro dia do Congresso terminou com um Fórum de Comunicações onde foram apresentados vários projetos como:  Serviço Irriwatch; Avaliação Da Espectroscopia De Campo Na Gestão Da Rega Em Kiwicultura; Potencial De Reutilização De Águas Residuais Em Contexto Agrícola; Qualidade Da Água De Rega E Dos Fluxos De Retorno Em Áreas De Culturas Anuais E Perenes – Um Caso De Estudo No Aproveitamento Hidroagrícola Da Campina Da Idanha; Análise Comparativa Da Utilização De Diferentes Tipos De Disposição De Painéis Fotovoltaicos Na Rega Da Cultura Da Amendoeira; Proteção Dos Recursos Hídricos Nos Agroecossistemas Orizícolas – Contributo Do Projeto Promedrice, Programa Prima; e Estimativa Do Consumo De Água, Assistida Por Deteção Remota, Em Pomares De Macieiras Com Enrelvamento Permanente – Estudo Sobre A Produção De Maçã De Alcobaça IGP.

 

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Pipedrive anuncia nova funcionalidade de criação de relatórios de vendas baseados em inteligência artificial

“A tomada de decisão baseada em dados é essencial para alcançar o sucesso no setor de vendas, mas diversos profissionais desperdiçam tempo a criar relatórios ao invés de transformarem dados em informações aplicáveis”, sublinha Viktoria Ruubel, CPO da Pipedrive.

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A Pipedrive anuncia uma nova funcionalidade de criação de relatórios baseada em inteligência artificial. Esta solução permite às equipas de vendas simplificar a gestão de informações baseadas em dados com um simples clique, explica a empresa. Graças à tecnologia de IA generativa da OpenAI, esta inovação permite que os utilizadores criem relatórios personalizados através das suas instruções, acrescenta em comunicado.

“A tomada de decisão baseada em dados é essencial para alcançar o sucesso no setor de vendas, mas diversos profissionais desperdiçam tempo a criar relatórios ao invés de transformarem dados em informações aplicáveis. Esta funcionalidade baseada em inteligência artificial permite que as equipas de vendas se concentrem no que é realmente importante: analisar tendências, identificar oportunidades e tomar decisões informadas em segundos, em vez de se perderem com configurações de relatórios complexos. As equipas de vendas que utilizam estas informações de forma eficaz atingem taxas de sucesso mais elevadas.”, aponta Viktoria Ruubel, CPO da Pipedrive.

Esta inovação surge na sequência da recente geração de CRM baseada em IA da Pipedrive e numa experiência de agentes.

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Maior centro logístico do Lidl Portugal foi inaugurado em Loures

O novo centro logístico do Lidl Portugal reafirma “algo maior”, que representa o compromisso, propósito e visão para o futuro da insígnia de retalho no país, afirmou Hélder Rocha, CEO do Lidl Portugal, na cerimónia de inauguração.

O novo, e maior, centro logístico do Lidl no país foi inaugurado esta sexta-feira, 21 de março, em Loures e espelha “o investimento numa região da máxima importância para a nossa visão estratégica de crescimento futuro, aumentando a nossa capacidade logística, trazendo maior conforto e eficiência aos colaboradores que nele trabalham e melhorando o nosso serviço prestado à comunidade”, destacou Hélder Rocha, CEO do Lidl Portugal.

Mais de 115 milhões de euros em investimento, mais de 200 novos postos de trabalho na região de Loures, uma área de 54 mil m2 com capacidade para mais de 44 mil paletes e a possibilidade de abastecer até 100 lojas, são alguns números que envolvem esta estrutura.

O novo centro logístico do Lidl Portugal reafirma “algo maior”, que representa o compromisso, propósito e visão para o futuro da insígnia de retalho no país, afirmou Hélder Rocha, CEO do Lidl Portugal, na cerimónia de inauguração que contou com a presença do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, do presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão e do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira.

Aquilo que construímos aqui em Loures não é apenas um edifício, é um símbolo de inovação, de progresso e de um futuro mais sustentável”, destacou Hélder Rocha

O maior centro logístico da empresa em Portugal está implantado em Loures e resultou de um investimento de mais de 115 milhões de euros, dos quais cinco milhões foram destinados a obras de urbanização, vias estruturantes e de acesso a zonas habitacionais e de futura indústria, e gerou cerca de 200 novos postos de trabalho diretos e mais de 300 indiretos naquela região. Com uma área de mais de 54 mil metros quadrados, tem uma capacidade de armazenamento de mais de 44 mil paletes, 111 cais de carga/descarga de mercadorias e uma capacidade de abastecimento de até 100 lojas. “Aquilo que construímos aqui em Loures não é apenas um edifício, é um símbolo de inovação, de progresso e de um futuro mais sustentável”, destacou Hélder Rocha.

Investimento privado: parceria e geração de riqueza

Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, referiu a parceria entre o Lidl Portugal e o município e sublinhou que as autarquias locais e os investidores privados têm que ser parceiros. “O investimento privado é quem promove, em muitas circunstâncias, o desenvolvimento do concelho”, defendeu, dando como exemplo os postos de trabalho criados pelo centro logístico do Lidl, com ênfase na contratação local.

Já o ministro da Agricultura e Pescas sublinhou a dimensão do investimento, que cria riqueza e postos de trabalho e que respeita os mais elevados padrões de sustentabilidade ambiental. Destacou que as empresas “são essenciais para o desenvolvimento”, acrescentando que “não as podemos sobrecarregar com carga fiscal que não permita o reinvestimento” e referiu o sinal de confiança que representa a abertura deste centro logístico, em Loures.

Em relação ao trabalho desenvolvido pelo Lidl em Portugal realçou a contribuição para o PIB nacional e recordou o facto de exportar anualmente cerca de 156 milhões de euros em produtos portugueses para 29 países europeus. “É uma mais-valia”.

O novo centro logístico vai dar suporte à área da Grande Lisboa e fortalecer o abastecimento das lojas Lidl da zona centro do país, garantindo mais eficiência e qualidade na cadeia de distribuição. O espaço está equipado com tecnologia de ponta mais eficiente e sustentável, com a implementação de um sistema de gestão de energia que aproveita a luz solar para reduzir o consumo da energia artificial, com painéis fotovoltaicos capazes de abastecer o equivalente ao consumo de 800 moradias por um ano e com sistemas de captação e reaproveitamento de águas pluviais, entre outras medidas.

O edifício recebeu a certificação BREEAM, que classifica os edifícios sustentáveis tendo em conta categorias como gestão, saúde e bem-estar, energia, transporte, água, materiais, resíduos, utilização do solo e ecologia e contaminação.

O Lidl está em Portugal desde 1995 e detém atualmente uma rede de mais 280 lojas de norte a sul do país. Em 30 anos investiu cerca de 2 mil milhões de euros no país. Em 2024, enviou 31 mil toneladas de produtos portugueses para as lojas Lidl em toda a Europa e 50% dos produtos de marca própria do Lidl Portugal provêm de fornecedores nacionais.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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Os erros mais comuns ao usar cashback e como evitá-los

“Porque razão o cashback não acumulou?” Esta é uma das perguntas mais frequentes entre os consumidores que utilizam esta funcionalidade de poupança

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Na maioria dos casos, este problema pode ser evitado com algumas dicas simples. A seguir, veja os erros mais comuns e como garantir que recebe sempre o seu cashback.

Não Ler os Termos e Condições: O Que Pode Impedir o Cashback de Ser Creditado?

Uma das razões mais comuns para a não atribuição de cashback em portugal está na falta de leitura dos termos e condições do serviço.

Nestes documentos encontram-se informações essenciais, tais como:

● Percentagens de cashback disponíveis e respetivos limites mínimos e máximos. Se não atingir o mínimo exigido num determinado mês, não receberá o reembolso. Por outro lado, se ultrapassar o limite máximo, o valor extra não será creditado.
● Prazos de pagamento do cashback, permitindo-lhe saber exatamente quando receberá o montante acumulado.
● Lista de lojas parceiras onde o cashback é válido. Muitos cartões de crédito e programas de recompensa apenas atribuem cashback para compras feitas em estabelecimentos específicos.

Antes de fazer qualquer compra, confirme sempre se a loja em questão faz parte da lista de parceiros do seu cartão ou plataforma de cashback.

Esquecer-se de Ativar o Cashback Antes de Comprar

Outro erro comum é não ativar o cashback antes de efetuar a compra, especialmente no caso de cartões de crédito com cashback.

Para evitar perder dinheiro:

● Consulte a aplicação ou o site do seu banco e verifique se o cashback está ativado. Caso contrário, ative-o antes de fazer a compra.
● Nos programas de recompensa, aceda à sua conta na plataforma ou aplicação e confirme se a funcionalidade está ativa e a acumular cashback corretamente.

Fazer Compras Impulsivas Só Para Ganhar Cashback

O cashback pode ser uma excelente ferramenta de poupança, mas só quando utilizado de forma racional e ponderada.

Um dos erros mais comuns é gastar dinheiro desnecessariamente apenas para acumular cashback. Isto pode levar ao sobre-endividamento e ao pagamento de juros elevados no cartão de crédito.

Para evitar este problema:

● Planeie as suas compras e foque-se no que realmente precisa.
● Aproveite as épocas de saldos, promoções e descontos oferecidos pelos programas de recompensa para compras de maior valor.
● Pague sempre o valor gasto com o cartão dentro dos prazos definidos, evitando juros e encargos desnecessários.

Escolher Plataformas de Cashback Não Confiáveis

As plataformas de cashback oferecem maiores percentagens de reembolso do que os cartões de crédito, além de condições mais vantajosas, como limites de cashback mais amplos, uma maior rede de lojas parceiras e benefícios extra, como descontos e programas de fidelização.

No entanto, existem plataformas fraudulentas que prometem percentagens de cashback irrealistas e ofertas demasiado boas para serem verdade, com o objetivo de roubar dados pessoais e financeiros.

Para evitar fraudes:

● Verifique se a plataforma está registada em Portugal e se as lojas parceiras anunciadas realmente trabalham com essa plataforma.
● Consulte os sites das lojas parceiras para confirmar se mencionam a parceria com a plataforma de cashback.
● Leia avaliações online deixadas por outros utilizadores e consulte entidades como a DECO Proteste para verificar a reputação da plataforma.
● Caso detete irregularidades após se registar, contacte as autoridades competentes, como a ASAE.

Com estas precauções, pode garantir que usa o cashback com segurança e maximiza os benefícios desta funcionalidade.

 

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Alimentar

Nova colheita do Azeite Pintas Virgem Extra 2024 já está disponível

Com uma produção limitada a apenas 7.000 garrafas, o Azeite Pintas Virgem Extra 2024 reafirma o compromisso da Wine & Soul com a criação de produtos de excelência no Douro.

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Desenhado a partir das oliveiras centenárias que rodeiam as vinhas do icónico vinho tinto Pintas, este azeite biológico distingue-se pelo seu equilíbrio, frescura e complexidade aromática, sublinha a Wine & Soul.

Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges iniciaram a produção de azeite em 2007, com o objetivo de expressar a riqueza do terroir duriense através de um produto autêntico e de qualidade superior. “O Azeite Pintas reflete a essência dos nossos olivais históricos, captando a intensidade e frescura das variedades das azeitonas Cobrançosa, Madural e Verdeal, num perfil equilibrado e sofisticado”, afirma Jorge Serôdio Borges.

A colheita de 2024 seguiu o habitual processo artesanal e sustentável. As azeitonas foram cuidadosamente colhidas à mão na última semana de outubro e submetidas a uma extração suave e a frio, garantindo a preservação de todo o seu potencial aromático. O resultado é um azeite virgem extra de acidez extremamente baixa (<0,1%), que combina notas vibrantes de erva fresca, maçã e banana verde com um final de boca elegante e persistente. No paladar, revela ainda nuances de pimenta preta e casca de noz verde, proporcionando uma experiência sensorial única.

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Bebidas

Primeira garrafa de água portuguesa produzida em alumínio chega ao mercado

A Monchique Can insere-se no objetivo de redução efetiva do impacto ambiental da Água Monchique, sendo infinitamente reciclável. “A nova embalagem espelha o nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade e a inovação. Queremos oferecer aos nossos consumidores soluções que representem um impacto ambiental reduzido”, refere Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Água Monchique.

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Com o lançamento da Monchique Can, uma garrafa fabricada em alumínio, material que assegura uma vida útil mais longa, a  Sociedade da Água de Monchique reforça os valores sustentáveis da marca, já que esta inovação está “livre de BPA (Bisfenol A)” e, à semelhança das demais embalagens da Água Monchique, “é infinitamente reciclável”, sublinha a empresa.

A marca apresenta esta novidade como “o complemento perfeito” para o EcoPack Monchique 10L, a embalagem bag-in-box sustentável que facilita o refill e contribui para a redução da pegada ecológica. A Água Monchique selecionou o alumínio como a matéria-prima de eleição para a produção desta garrafa, por este ser 100% e infinitamente reciclável, sem perda de propriedades. “A sua capacidade térmica é outra grande vantagem, pois permite manter a água fresca por mais tempo”, detalha a marca. O design “arrojado e distintivo”, disponível em três versões, é outro elemento de destaque da Monchique Can que, segundo a Água Monchique, estará “dentro em breve” disponível nos pontos de venda habituais.

“A nova embalagem espelha o nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade e a inovação. Queremos oferecer aos nossos consumidores soluções que representem um impacto ambiental reduzido”, assegura Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Água Monchique.

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Retalho

Portugal Duty Free renova conceito de loja nos aeroportos nacionais

A Portugal Duty Free, empresa detida pela ARI e pela Ana | Vinci Airports, responsável pela gestão de mais de 30 lojas nos aeroportos nacionais, apresenta um novo conceito de loja, que assinala um novo padrão de excelência no comércio a retalho de viagens.

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A empresa avança que o objetivo desta remodelação, que envolveu um elevado investimento em mais de 10.000m2 de espaço comercial, foi captar a essência da Portugalidade – desde as icónicas paisagens de Portugal à sua arte e património, aos sabores e aromas da sua gastronomia de renome mundial – criando uma experiência de retalho memorável para os passageiros.

Cada local tem uma identidade única, permitindo que os passageiros da Lisbon Duty Free, Porto Duty Free, Faro Duty Free, Madeira Duty Free e Azores Duty Free experimentem a energia e tradição de cada região dentro do aeroporto, acrescenta.

A Portugal Duty Free oferece assim mais de 1.000 produtos locais, muitos deles exclusivos da Portugal Duty Free. O conceito Sabores de Portugal celebra a melhor gastronomia portuguesa, incluindo os icónicos Pastéis de Nata, entregues diariamente no aeroporto. O espaço Port Cellar, por sua vez, apresenta a melhor oferta de vinho do Porto do país, com mais de 230 referências.

A nível internacional, a Portugal Duty Free incrementou a sua oferta com novas marcas de beleza como a Charlotte Tilbury, Le Labo, Sol de Janeiro e Creed.

A sustentabilidade foi uma componente fundamental da remodelação das lojas, sendo que o design, a instalação e a gama de produtos refletem os compromissos ESG da ARI e da Ana | Vinci Airports. Foi criada uma área dedicada à sustentabilidade na Lisbon Duty Free, que alberga mais de 100 produtos sustentáveis para o consumidor consciente, desde garrafas de água a artigos de papelaria, lembranças e presentes.

As novas lojas Portugal Duty Free proporcionam uma experiência de retalho de viagens única. Foram implementadas soluções digitais para melhorar a experiência do cliente. O sense of place é reforçado com entradas digitais nas lojas, onde paredes de painéis LEDs exibem imagens as paisagens e pontos de referência locais. Foram instalados mais de 2.000 painéis LED e 450 LCDs nas lojas, o que resulta numa experiência sensorial única. As caixas de self-checkout e mais de 40 unidades móveis de pagamento facilitam uma experiência de compra mais conveniente para os clientes.

“A experiência na Portugal Duty Free é única”, sublinha Alain Brun, CEO da Portugal Duty Free. “Hoje proporcionamos uma experiência de retalho de viagens inigualável em cada uma das nossas lojas, elevando o sense of place a novos patamares. Os portugueses têm um maravilhoso sentido de orgulho, e nós capturámos isso em todas as nossas lojas com uma experiência moderna de compras em aeroportos que também celebra a cultura e o património. Isto não teria sido possível sem o compromisso das nossas equipas, cuja dedicação à excelência e à superação das expectativas dos clientes continua a inspirar-nos.”, acrescenta.

Thierry Ligonnière, CEO da Ana | Vinci Airports, comenta: “Concluir as renovações das lojas Portugal Duty Free é um marco significativo no nosso compromisso contínuo de melhorar a experiência dos passageiros, e a PTDF com o apoio da ARI e da VINCI AirPorts, fez um trabalho incrível: estes espaços renovados oferecem uma seleção diversificada de retalho, proporcionando uma experiência de compra tranquila que eleva cada viagem. Como parte do investimento mais amplo da ANA|VINCI Airports na modernização das infraestruturas aeroportuárias em toda a nossa rede em Portugal, esta transformação reflete a nossa dedicação em criar ambientes de excelência, ao mesmo tempo que apoiamos o desenvolvimento económico das regiões onde os nossos aeroportos operam. Estamos orgulhosos de dar as boas-vindas aos passageiros a estes novos espaços excecionais.”.

Ray Hernan, CEO da ARI, refere: “Estamos incrivelmente orgulhosos de apresentar as novas Lojas Portugal Duty Free, que acreditamos terem elevado o nível da nossa indústria em termos de experiências de retalho excecionais. Demonstrámos como a ARI está empenhada em cumprir as suas promessas, pegando em conceitos e tornando-os realidade – os designs, renders e planos apresentados na nossa proposta original à ANA/VINCI Airports foram agora trazidos à vida para os passageiros. As parcerias colaborativas são a base do nosso negócio e temos grandes ambições de continuar a expandir as nossas operações em Portugal em conjunto com os nossos parceiros, ANA|VINCI Airports.”.

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Produção

Carmo Wood instala mais de 2,5ha de estruturas anti-granizo em Odemira e Alcobaça

A Carmo Wood tem registado um aumento na procura por soluções de proteção agrícola e já tem várias intervenções planeadas para 2025 em todo o território nacional.

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A Carmo Wood continua a reforçar o seu compromisso para com a proteção das culturas agrícolas face aos desafios climáticos e acaba de anunciar duas novas grandes obras com fornecimento e instalação de mais de 2,5ha de estruturas anti granizo para a proteção de mirtilos em Odemira e de pomares de maçãs em Alcobaça, salvaguardando as colheitas destes dois clientes e assegurando a sustentabilidade económica destes produtores locais.

David Santiago, diretor comercial Agricultura da Carmo Wood, sublinha a importância destas soluções no contexto atual, afirmando que “à medida que as alterações climáticas intensificam fenómenos meteorológicos extremos, como as tempestades de granizo, torna-se crucial adotar medidas de proteção para salvaguardar as colheitas, sejam elas de maçãs, frutos vermelhos, kiwis, uva ou outras”.

Não obstante a sua relevância, o responsável explica que ainda há muito caminho a percorrer: “Em Portugal, estas estruturas ainda representam uma fatia reduzida do setor, mas a crescente imprevisibilidade climática tem levado cada vez mais agricultores a adotá-las para proteger as suas colheitas. A Carmo Wood continua a investir nas melhores tecnologias para disponibilizar soluções eficazes que garantam maior estabilidade e segurança no investimento agrícola”, conclui.

A Carmo Wood tem registado um aumento na procura por soluções de proteção agrícola e já tem várias intervenções planeadas para 2025 em todo o território nacional. Atualmente, as maiores intervenções concentram-se em Odemira, onde a empresa está a instalar cerca de 1,5 hectares de estruturas de proteção anti-granizo para mirtilos, e em Alcobaça, onde está a implementar 1 hectare das mesmas redes para salvaguardar pomares de maçãs.

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MO
Retalho

MO reabre loja em Barcelos com novo design

Com 335 m² de área de vendas, a renovação reforça o compromisso da MO com a região.

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A MO, marca de moda portuguesa do grupo Sonae, reabriu a sua loja em Barcelos, no distrito de Braga, com um espaço renovado e mais moderno. Localizada na Galeria Continente Modelo Barcelos, a nova loja reforça a presença da marca na região.

Com 335 m² de área de vendas, a renovação reforça o compromisso da MO com a região. A loja funcionará de segunda a sexta-feira das 09h00 às 21h00 e aos sábados, domingos e feriados das 9 às 21 horas.

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Retalho

Banca de retalho com dificuldade em fidelizar clientes

86% dos quadros superiores da banca de retalho tencionam dar prioridade às experiências omnicanal nos próximos 12 meses para melhorar a experiência e conseguir fidelizar clientes.

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O World Retail Banking Report 2025,  Attract, engage, and delight: Spin the customer centricity flywheel do Research Institute da  Capgemini, revela que os bancos de retalho estão a responder de forma inadequada às exigências dos clientes urbanos nativos digitais, com idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos.

Para 73% dos clientes titulares de um cartão de pagamento, o que mais interessa são as experiências exclusivas a que este dá acesso, as recompensas e /ou as ofertas de cashback. No entanto, 74% afirmaram que neste momento ou estão totalmente insatisfeitos ou indiferentes às experiências proporcionadas pelos cartões.

Bancos têm dificuldade em diferenciar-se

A maioria dos responsáveis do setor da banca de retalho que foi inquirida (88%) no âmbito do estudo em todo o mundo, considera que um ecossistema de recompensas dinâmico e em expansão é essencial para satisfazer os clientes e constitui a  forma mais eficaz de aumentar os níveis de engajamento.

Porém, o estudo mostra que nem todos os programas de recompensas são capazes de satisfazer os clientes e de os fidelizar. Apenas 26% dos titulares estão satisfeitos com os seus cartões atualmente, 50% manifestam indiferença face a este instrumento e  24% disseram estar completamente insatisfeitos. Estes resultados, indicam também que os níveis de lealdade dos clientes estão muito baixos, sendo que 74% poderão mesmo vir a mudar de instituição financeira.
O estudo também conclui que os bancos de retalho têm dificuldade em conseguir diferenciar-se, apesar de terem acesso a fontes de dados muito abrangentes e robustas.

As equipas de marketing dos bancos consideram que os principais desafios com que se confrontam hoje são: a forte concorrência entre bancos tradicionais e bancos de nova geração (83%); mensagens e propostas de valor ineficazes (72%); falta de informação acerca dos clientes (66%); e a complexidade dos processos de abertura de conta (34%).

“Numa época em que os clientes privilegiam acima de tudo a conveniência e a personalização, o nosso estudo revela uma enorme fragilidade no nível de satisfação dos titulares de cartões de pagamento. Para atraírem os consumidores urbanos, que privilegiam sobretudo a experiência, os bancos terão de mudar a abordagem, passando a ter o cliente no centro de cada uma das etapas do processo de utilização dos cartões de pagamento – desde a identificação do produto à abertura de conta, passando pela ativação e até à obtenção das primeiras recompensas,” refere Gareth Wilson, Global Banking Industry Leader da Capgemini, acrescentando que: “os contact-centers são o primeiro ponto de contacto dos clientes com os bancos e têm, por isso, um papel determinante na formação da perceção das marcas. Porém, continuam a ser o grande calcanhar de Aquiles do setor. Esta é a oportunidade de os bancos os transformarem em centros inteligentes que sejam verdadeiros hubs de engajamento com os clientes e polos de criação dos fatores de diferenciação .”.

Os bancos estão a perder um número significativo de potenciais clientes e de respetivas receitas, simplesmente porque o processo de integração não responde às expectativas dos consumidores. Os dados do estudo revelam que quase metade (47%) dos potenciais clientes em todo o mundo, que escolheram o seu cartão de pagamento preferido, abandonaram os respetivos processos de adesão a meio devido a experiências insatisfatórias.

Por outro lado, só para 3% das equipas de marketing dos bancos de retalho é que o processo de integração de clientes é perfeito. Na região das Américas,  a percentagem é de 6%, enquanto na APAC é de 2% e na Europa é de apenas 1%. Para tal contribuem em particular 3 aspetos:

• 75% dos clientes enviam frequentemente documentação incompleta, o que causa atrasos significativos;
• 75% dos funcionários enfrentam processos de verificação da identidade dos clientes que são demorados;
• 61% dos funcionários estão sobrecarregados com o grande volume de pedidos que recebe porque não há automação.

Atualmente, só 29% do processo de recolha de dados durante a integração dos clientes está totalmente automatizado com tecnologias de IA ou de IA generativa (GEN AI). O potencial da IA/GEN AI para superar estes obstáculos é enorme, e nesse sentido, 41% dos responsáveis do setor revelaram que os processos de adesão e abertura de conta serão prioritários.

Contact centers inteligentes podem ser chave para fidelização

Os contact centers desempenham um papel fulcral no atendimento ao cliente e são essenciais no processo de formação da perceção das marcas. No entanto, o estudo conclui que apenas 24% dos clientes têm uma experiência satisfatória durante as interações com os seus bancos. Para muitos dos potenciais clientes que procuram cartões de pagamento, as principais razões de insatisfação devem-se aos tempos de espera longos, à comunicação inconsistente e à falta de ligação entre o atendimento nos canais digitais e  nos balcões físicos.

A maioria (86%) dos responsáveis dos bancos revela que tenciona dar prioridade às experiências omnicanal para aumentar o nível de envolvimento dos clientes nos próximos 12 meses.

O estudo conclui igualmente que, ao modernizarem os contact centres digitais, os bancos podem redefinir o seu impacto e lidar com grandes volumes de interações com os clientes, através de:

• Contacto proativo: 43% dos clientes entram em contato com os bancos para reportarem situações de cartões perdidos ou roubados. Esta é uma oportunidade de usar os dados do cliente para antecipar as suas necessidades e oferecer um atendimento que seja oportuno e  relevante.

• Soluções em tempo real: 48% dos clientes procuram ajuda para a ativação do cartão. Os bancos devem estar equipados com opções self-service orientadas por IA para permitirem atualizações fluídas e a resolução mais rápida dos problemas em todos os canais.

• Suporte orientado pelo sentimento: 65% dos clientes contacta os bancos para contestar as transações. A análise de sentimento baseada em IA pode ajudar a interpretar o tom e a intenção, a abordar a insatisfação de forma proativa e contribuir para oferecer respostas mais empáticas e personalizadas.

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Produção

AJAP alerta para a necessidade de intensificar o apoio aos Jovens Agricultores

A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) alerta para a necessidade de medidas estruturais urgentes que garantam um futuro sustentável para os jovens agricultores.

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tagsAJAP

Portugal volta às urnas em maio para novas eleições legislativas, num momento crítico para o setor agrícola. A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) alerta para a urgência de reforçar o apoio aos Jovens Agricultores (JA), acelerar a implementação da Estratégia Água que Une, essencial para a sustentabilidade do país, e combater as crescentes assimetrias entre o meio rural e urbano. Para tal, sublinha a importância dos Jovens Empresários Rurais (JER) como agentes-chave na luta contra a desertificação do interior, promovendo uma verdadeira coesão territorial.

A AJAP sublinha em comunicado que os apoios disponibilizados ao longo dos quadros comunitários de financiamento têm impulsionado a modernização e competitividade da agricultura portuguesa e que estes incentivos contribuíram para melhorar a qualidade dos produtos, reforçar a segurança alimentar, tornar o setor mais sustentável e aumentar as exportações. No entanto, alerta, os números positivos mascaram a perda de peso das pequenas e médias explorações, que enfrentam abandono e falta de rejuvenescimento.

Atualmente, apenas 15% a 20% do território beneficia destas políticas de modernização, deixando vastas áreas rurais expostas a desafios estruturais, como o risco acrescido de incêndios e o agravamento das desigualdades entre regiões. A centralização das medidas, apesar da diferenciação da Valia Global da Operação (VGO), tem dificultado a sua aplicabilidade em algumas regiões, penalizando territórios de baixa densidade. A AJAP defende que, embora Portugal não seja regionalizado, a descentralização dos fundos e estratégias agrícolas permitiria um apoio mais eficaz e ajustado às realidades locais.

Reforço do prémio de primeira instalação

O Governo tem demonstrado intenção de apoiar o rejuvenescimento do setor, com um prémio de instalação que pode atingir os 55 mil euros. No entanto, a AJAP alerta para a necessidade de criar um escalão intermédio para jovens que ainda não conseguem depender exclusivamente da exploração agrícola, mas que podem evoluir para esse regime. A proposta da associação inclui os seguintes escalões: Base: 25.000€, com um acréscimo de 5.000€ para territórios vulneráveis; Intermédio: 35.000€, para jovens com 50% do rendimento proveniente da exploração, mais 5.000€ para zonas vulneráveis; Exclusivo: 45.000€, para jovens com 100% do rendimento da exploração, acrescidos de 5.000€ em zonas vulneráveis.

A introdução desta modalidade permitiria apoiar jovens agricultores no período crítico de instalação, garantindo maior estabilidade financeira e evitando o abandono precoce da atividade, refere.

A AJAP lembra também que Portugal enfrenta um dos piores índices de rejuvenescimento agrícola na Europa, com uma média de idade dos agricultores singulares de 65 anos, apenas superado por Chipre. O PEPAC prevê a instalação de 2.061 jovens agricultores até ao final do programa, mas a AJAP considera essa meta insuficiente e defende um objetivo mínimo de 2.500 instalações. Para tal, é essencial um ecossistema mais favorável ao empreendedorismo jovem, que inclua simplificação de processos burocráticos, acesso facilitado à inovação, tecnologias avançadas e incentivos específicos para a digitalização e sustentabilidade agrícola, defende.

Além disso, desafios crónicos como o acesso à terra e ao crédito continuam a ser entraves significativos. A burocracia associada à instalação, a instabilidade dos mercados e a falta de mão de obra agravam ainda mais a situação, tornando o setor pouco atrativo e dificultando a entrada de novas gerações, lembra.

A implementação do Apoio Técnico Especializado é uma reivindicação antiga da AJAP e considerada essencial para o sucesso dos jovens agricultores. Estudos académicos e institucionais confirmam que este suporte técnico contribui para a sustentabilidade e eficiência das explorações. A AJAP defende que a medida seja gerida em parceria com organizações do setor, garantindo um acompanhamento eficaz em áreas como gestão eficiente de recursos, combate às alterações climáticas e preservação da biodiversidade.

Financiamento é um dos principais entraves

O financiamento continua a ser um dos maiores desafios para os jovens agricultores, que muitas vezes enfrentam dificuldades na obtenção de crédito bancário. O pagamento dos apoios percentuais a fundo perdido só ocorre após a realização dos investimentos, o que exige um capital próprio significativo. A AJAP apela à criação de linhas de financiamento específicas para a agricultura, com juros bonificados, prazos de pagamento alargados e condições adaptadas à realidade do setor.

O acesso à terra também deve ser facilitado, através da revitalização da Bolsa de Terras e do Banco de Terras do Estado. Paralelamente, os seguros agrícolas precisam de uma revisão profunda para aumentar a adesão e oferecer melhores coberturas, ajustadas às necessidades dos agricultores.

Estratégia ‘Água que Une’: um compromisso essencial 

A Estratégia Água que Une, foi recentemente apresentada pelo Governo,e  a AJAP sublinha a importância de garantir a execução deste plano, independentemente dos ciclos políticos, e reforça que a resiliência hídrica é essencial para a competitividade do setor. O aumento da área de regadio em 30% previsto no plano poderá ser determinante para enfrentar futuras carências, aponta.

Coesão territorial e o impulso do Jovem Empresário Rural (JER)

A revitalização do interior passa pela fixação de jovens empresários, não só na agricultura, mas também em setores como inovação, tecnologia e turismo rural. A figura do JER, criada em 2019, é vista como um instrumento estratégico para dinamizar a economia rural. No entanto, a AJAP alerta para a necessidade de um compromisso político forte que valorize e incentive esta medida, promovendo o desenvolvimento de novos negócios e travando o despovoamento.

A associação defende que o próximo Governo deve integrar a coesão territorial como um eixo prioritário, articulando políticas dos Ministérios da Coesão, Agricultura, Juventude e Economia. O envelhecimento e abandono do mundo rural exigem respostas concretas, e a aposta no JER e nos JA pode ser decisiva para inverter esta tendência.

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