Trabalho temporário diminuiu no 1º trimestre face ao mesmo período de 2023
O ensino básico mantém-se como nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (55% a 57%, no 1º trimestre do ano). As colocações de ensino secundário (entre 31% a 37%) ocupam o segundo lugar.
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A APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos e o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) divulgaram os Barómetros do Trabalho Temporário relativos aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2024, fazendo a comparação com o período homólogo do ano anterior.
No 1º trimestre de 2024, menos 13.324 pessoas foram colocadas em trabalho temporário, comparativamente ao mesmo período de 2023. No total, a diminuição no número de colocações no 1º trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de -13,5%: no período em análise em 2023 foram 98.696 as pessoas colocadas em trabalho temporário, enquanto em 2024 foram 85.372.
Por mês, verifica-se que em janeiro de 2024 houve menos 4.075 pessoas (-12,5%) colocadas em trabalho temporário. Uma diminuição que se verificou também em fevereiro – menos 4.393 pessoas (-13,5%) – e em março deste ano – menos 4.856 pessoas (-14,5%).
“Os valores estão ainda -24,3% abaixo das colocações do 1º trimestre de 2019 (112.781 colocações), -17,7%, -15,1% e -11,2% abaixo do mesmo período em 2020, 2022 e 2021 (103.945, 100.606 e 96.099 colocações, respetivamente)”, revela o barómetro.
Básico é a escolaridade predominante
O Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), que desde junho de 2023 apresenta um decréscimo gradual, continua a diminuir desde o início do ano, fixando-se em 0,87 em janeiro e fevereiro e 0,86 em março. Estes valores são inferiores ao índice registado nos meses homólogos do ano anterior.
Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, “verifica-se uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em janeiro (44%), em relação a 45% em fevereiro e março” refere o estudo, indicando ainda que ao nível da distribuição etária, entre 26% a 27% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos, no 1º trimestre de 2024.
O ensino básico mantém-se como nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (55% a 57%, no 1º trimestre do ano). As colocações de ensino secundário (entre 31% a 37%) ocupam o segundo lugar. Em fevereiro e março, as pessoas com licenciatura representavam cerca de 10% das colocações, quando em janeiro foram aproximadamente 6%.
As empresas de ‘fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis’ continuam a ser as que mais contratam em regime de trabalho temporário: cerca de 11% a 13% no 1º trimestre deste ano. Seguiram-se as empresas de ‘fornecimento de refeições para eventos e outras atividades’ (cerca de 8% a 9%) e as empresas de ‘atividades de serviços de apoio prestados às empresas’ (cerca de 7% a 8%).
‘Outras profissões elementares’ (entre 32% e 34%) e ‘Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes’ (17% a 19%) foram as profissões com mais trabalhadores neste regime, no 1º trimestre do ano.
“Temos consciência que o barómetro não espelha a totalidade das empresas que operam em território nacional e que têm o alvará regularizado, mas, por outro lado, acreditamos que, pela amostra setorial e pela representatividade que as empresas que servem de base ao barómetro que o mesmo reflete sem dúvida o estado atual deste setor”, sublinha o presidente da APESPE-RH.
Afonso Carvalho acrescenta que existem vários fatores que podem ajudar a explicar estes valores, “nomeadamente os setores de atividade que predominantemente utilizam mais ou menos trabalhadores com contrato de trabalho temporário e que, de uma forma geral, estão em baixa, a situação económica, a instabilidade que vivemos atualmente, os receios de contratação, o aumento da inflação e os excessivos custos associados à contratação de trabalhadores, independentemente do tipo de contrato, o que faz com que as empresas estejam muito mais prudentes e outras a travarem a fundo”.