A Superbrands Portugal revelou esta quinta-feira, na Universidade Católica Portuguesa, os resultados do Estudo do Consumidor de 2024, que identificam as marcas e os segmentos com maior relevo para o consumidor português, bem como as características genéricas deste mercado. O estudo refere que o Continente, a Adidas e a Nike são as três marcas que lideram o TOP 20 em termos de referenciação geral, que é ainda composto por Delta Cafés, Samsung, Pingo Doce, Nestlé, Apple, Zara, MEO, Lidl, Coca-Cola, Vodafone, Mimosa, EDP, Mercedes, Worten, NOS, Galp e Super Bock.
Das 20 marcas mais referenciadas pelos consumidores, destacam-se 10 nacionais: Continente, Delta Cafés, Pingo Doce, MEO, Mimosa, EDP, Worten, NOS, Galp e Super Bock.
“É notório um crescimento significativo das marcas de origem portuguesa no TOP de referência espontânea. Se no ano passado tínhamos sete marcas nacionais no TOP 20, este ano esse número subiu para 10. Portanto, é com imensa satisfação que assistimos ao momento em que este TOP passa a ser 50% ocupado por marcas nacionais. Apesar de sermos um país que valoriza muito as marcas internacionais, esta evolução demonstra o reconhecimento e a relevância que os consumidores dão às marcas nacionais, bem como a importância que as empresas nacionais devem dar à valorização das suas marcas”, afirma Pedro Diogo Vaz, Country Manager da Superbrands Portugal.
Conduzido pela AMINT, uma empresa de análise e estudos de mercado, externa e independente, o Estudo do Consumidor é desenvolvido com o objetivo de identificar a forma como os consumidores encaram as maras que lhe são mais relevantes e realizado junto de um painel de consumidores representativo da população portuguesa, em termos sociodemográficos, desafiados a identificar, de forma espontânea, as três marcas que consideram mais importantes e relevantes em cada uma das cinco dimensões: notoriedade, marcas únicas, confiança, identificação e satisfação das necessidades.
Numa análise ao TOP 3 destas cinco dimensões, observa-se que a marca Continente é a única que está sempre mencionada, liderando 4 das 5 dimensões. Segue-se a Nike, com três aparições no TOP 3, e Adidas e Delta Cafés, com duas aparições no TOP 3.
Os resultados revelam que, em 2024, 79% do TOP 20 das marcas mais referenciadas pelos consumidores distribuem-se por cinco setores de atividade: retalho, alimentação, desporto, tecnologia e telecomunicações. A menção das marcas de retalho destaca-se especialmente nas dimensões “necessidades”, “confiança”, e “identificação”. Já as marcas de alimentação destacam-se na dimensão “Marcas Únicas” e as Marcas de Desporto em “Notoriedade”.
Numa comparação com os dados do Estudo do Consumidor de 2020, observa-se que os setores que mais aumentaram a sua presença no TOP 20 foram alimentação, desporto, telecomunicações e energia. O setor que mais desceu foi o da tecnologia.
Nestlé lidera na silent generation
O estudo segmenta ainda por gerações as respostas sobre a relação com as marcas, permitindo ter uma visão distinta das marcas e da razão pela qual são referenciadas. A silent generation (1928-1945), os baby boomers (1946-1964), a geração X (1965-1980), os millennials (1981-1996) e a geração Z (1997-2012) são as gerações identificadas.
A marca Continente destaca-se ao surgir no TOP 3 do ranking geral nas cinco gerações. Adidas está no TOP 3 de marcas em quatro gerações (a exceção é a Silent Generation) e Nike aparece no TOP 3 de duas gerações. Por sua vez, Nestlé, Vodafone, Delta e MEO aparecem apenas em uma geração. Observa-se ainda que Delta, Samsung, Pingo Doce e Adidas estão no TOP 10 das cinco gerações.
Comparando os dados do ano passado com os deste ano, verifica-se que o Continente continua a ser a marca de topo em todas as gerações, exceto na Silent Generation, onde a Nestlé ocupa o primeiro lugar.
Por fim, verifica-se que as marcas de retalho têm o maior peso entre as cinco gerações. As marcas ligadas à alimentação também têm um peso significativo, especialmente entre os Baby Boomers, e as marcas de tecnologia entre os Millenials.
O estudo decorreu entre 10 de janeiro e 15 de fevereiro de 2024, com uma amostra representativa da população portuguesa, em termos etários (com idade igual ou superior a 16 anos), género e distribuição geográfica. Foram realizadas 1.000 entrevistas online, com uma margem de erro de 3,2%.