Edição digital
PUB
Distribuição

Susana Correia de Campos (Jerónimo Martins): “Não existem pessoas sem capacidades. Existem pessoas sem oportunidades”

O Hipersuper visitou o Centro Incluir da Jerónimo Martins, em Lisboa. Susana Correia de Campos, diretora de relações laborais do grupo Jerónimo Martins, e Cláudia Varela, coordenadora de recrutamento, formação e desenvolvimento de inclusão social, contam, na primeira pessoa, o trabalho pioneiro desenvolvido pela empresa portuguesa junto de pessoas com desvantagem no acesso ao mercado de trabalho ou em risco de exclusão social

Rita Gonçalves
Distribuição

Susana Correia de Campos (Jerónimo Martins): “Não existem pessoas sem capacidades. Existem pessoas sem oportunidades”

O Hipersuper visitou o Centro Incluir da Jerónimo Martins, em Lisboa. Susana Correia de Campos, diretora de relações laborais do grupo Jerónimo Martins, e Cláudia Varela, coordenadora de recrutamento, formação e desenvolvimento de inclusão social, contam, na primeira pessoa, o trabalho pioneiro desenvolvido pela empresa portuguesa junto de pessoas com desvantagem no acesso ao mercado de trabalho ou em risco de exclusão social

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
Artigos relacionados
Rachel Muller é a nova diretora-geral da Nestlé Portugal
Festival do Azeite Novo reúne sete produtores e sete restaurantes em Évora
Alimentar
Azeite
Eurofirms Foundation assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com nova campanha
ESG
Paulo Figueiredo assume direção comercial da Cofidis
Retalho
Vanessa Silva: “Acreditamos que a inovação e a paixão são os ingredientes-chave para o futuro da gastronomia em Portugal”
Entrevista
Porto Ferreira celebra o Natal com rótulos exclusivos inspirados na cultura portuguesa
Bebidas
Luís Vieira: “25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”
Bebidas
Simple Foods lança nova gama de cereais funcionais
Alimentar
Quinas Beverage Industries lança nova gama de refrigerantes de bagas Goji
Bebidas
Rita Mendes Coelho é a nova Country Manager da Visa Portugal
Retalho
PUB

Susana Correia de Campos, diretora de relações laborais do grupo Jerónimo Martins, e Cláudia Varela, coordenadora de recrutamento, formação e desenvolvimento de inclusão social

O Hipersuper visitou o Centro Incluir da Jerónimo Martins, em Lisboa. Susana Correia de Campos, diretora de relações laborais do grupo Jerónimo Martins, e Cláudia Varela, coordenadora de recrutamento, formação e desenvolvimento de inclusão social, contam, na primeira pessoa, o trabalho pioneiro desenvolvido pela empresa portuguesa junto de pessoas com desvantagem no acesso ao mercado de trabalho ou em risco de exclusão social.

PUB

Fotos: Just Frame It

A Jerónimo Martins tem o programa Incluir desde 2015 mas o primeiro Centro Incluir, em Lisboa, abre no final de 2021, e o do Porto em julho de 2022.

Susana Correia de Campos (SCC): O programa Incluir existe formalmente desde 2015 mas veio dar corpo a algumas práticas que já tínhamos, práticas espontâneas da comunidade local, nomeadamente as nossas lojas poderem facilitar estágios a pessoas com deficiência para o desenvolvimento de competências. Depois de observarmos todas essas práticas, depois de termos a consciência enquanto empregador que estão muitas pessoas fora do mercado de trabalho, pessoas que não estão devidamente representadas no mercado de trabalho, sendo que as pessoas com deficiência e incapacidade são apenas um grupo sub-representado no mercado de trabalho, resolvemos formalmente dar corpo ao programa Incluir.

O programa Incluir nasce com a missão de dar uma oportunidade a quem está numa situação de desvantagem no acesso ao mercado de trabalho.

Não são apenas pessoas com incapacidade física e intelectual, o programa é mais abrangente.

SCC: Exatamente, não são apenas pessoas com deficiência e incapacidade, mas também pessoas em situação de risco social de risco, como são exemplo ex-toxicodependentes, migrantes e refugiados. Temos vários projetos também nestas áreas que, no fim de contas, visam uma integração em mercado de trabalho de pessoas que têm uma diferente cultura, uma diferente língua.

Oportunidade é a palavra chave?

SCC: Sim, oportunidades, que é o que estes públicos não têm. E, depois, a adaptação dos percursos de empregabilidade, através de formação e da customização de cada oportunidade para que, cada um dos candidatos e formandos, tenha as melhores condições para poder desenvolver o seu potencial e as suas capacidades. O que é ainda mais complexo no caso das pessoas com deficiência e incapacidade. Não porque não tenham competências ou capacidades, muito pelo contrário, mas porque queremos adaptar as nossas estruturas, os postos de trabalho, a adaptação física do posto de trabalho, da função, da metodologia de formação, para garantir que têm uma oportunidade concreta para ganhar essa capacidade de não apenas vir trabalhar connosco mas ficar a trabalhar connosco.

Em que contexto nasceu o primeiro Centro Incluir?

SCC: Começámos com projetos piloto, através da nossa rede de parceiros, que hoje conta com mais de 100 instituições e organizações que, de norte a sul do país, nos vão ajudando a identificar os candidatos. Inicialmente, começámos a trabalhar projetos piloto, no sentido de ir percebendo como é que nós próprios podíamos adaptar os nossos caminhos de recrutamento, formação e desenvolvimento. Porque se a primeira palavra e a mais importante do programa Incluir é oportunidades, dar oportunidade a quem não as tem, a segunda é adaptação. É trabalhar caminhos equitativos. Aqui, a igualdade não é o que queremos. A igualdade é de oportunidades, mas a equidade é dar a cada um aquilo que ele precisa, seja do ponto de vista físico seja da metodologia de formação, para que o desenvolvimento de competências aconteça. Há todo um caminho de reforço de motivação e de desenvolvimento, muitas vezes, de competências de natureza relacional.

Durante a formação?

SCC: Durante a formação. Porque muitas das nossas pessoas nunca tiveram oportunidades de trabalho. Ou, se tiveram, foram muitas vezes fruto de processos de rejeição. Há um grande salto entre os projetos pilotos e o dia de hoje. O que é que fizemos? Dois grandes investimentos. Primeiro, tendo a consciência da complexidade deste trabalho, que, no fim de contas, implica uma adaptação customizada e uma abordagem técnica para garantir que compreendemos e conseguimos ajudar a desenvolver as competências dos candidatos, criámos uma equipa técnica, coordenada pela Cláudia. A responsável por dar a cada um dos candidatos este processo de integração e empregabilidade. O outro investimento que fizemos foi na construção destes centros. O Centro Incluir de Telheiros é um espaço que tem como objetivo ser uma casa de acolhimento.

Como funciona o processo de acolhimento?

SCC: Conhecemos os nossos candidatos, muitas vezes acompanhados pelas suas famílias ou pelas pelas instituições, por isso construímos um espaço acolhedor, informal, onde se sentem bem quando chegam. Está totalmente adaptado a todas as deficiências.

Além da entrevista, é no centro que acontece o processo de recrutamento, a avaliação de competências com a equipa técnica, desde a motricidade fina, à comunicação, a todos os aspetos relacionados com aquilo que são as competências a desenvolver.

Procuram pessoas que já tenham algumas competências?

SCC: Não, procuramos potencial. O que fazemos é desenvolver o potencial dos nossos candidatos para que possam ter uma oportunidade de trabalho.

E, depois, é também aqui que acontece a formação, técnica e prática. Este centro é irmão gémeo de outro, queabrimos em Salgueiros, no Porto, e que serve a região do norte com os mesmos objetivos.

Há mais empresas com projetos desta natureza e dimensão em Portugal?

SCC: Que conheçamos, não. Nem em Portugal, nem na Europa. O desenvolvimento que fazemos é muito trabalhado a partir daquilo que são as nossas necessidades. Queremos, cada vez mais, trabalhar a inclusão sob o ponto de vista do que os nossos negócios precisam. Queremos, assumidamente, que as companhias do grupo possam ser o mais inclusivos e acessíveis possível.

As pessoas formadas integram, depois, as empresas do grupo?

SCC: Integram. Damos formação tendo em vista a contratação. O que queremos, efetivamente, é contratar. Nos últimos anos, e depois de criarmos os centros e constituirmos a nossa equipa técnica, acelerámos muito o processo de contratação, entendendo que esta é hoje uma área estratégica para a Jerónimo Martins. Por sermos um grande empregador, temos consciência de quem está no mercado de trabalho mas, também de quem não está. Queremos dar oportunidade a todos. E esse é o primeiro aspeto. O segundo é que acreditamos não existem pessoas sem capacidades.

Ninguém está excluído, é isso?

SCC: Não. Acreditamos que não existem pessoas sem capacidades. Existem pessoas sem oportunidades. É exatamente nesta oportunidade que queremos fazer a diferença.

Desde 2015 até hoje, quantos oportunidades de formação e de emprego criaram?

Cláudia Varela (CV): Já demos cerca de 1200 oportunidades. Entre 2015 e 2023, passaram pelos dois centros mais de 1700 pessoas. Ou seja, foram entrevistadas e foram feitas as avaliações funcionais. Nem todas as pessoas, depois, continuam connosco. O que fazemos em termos de encaminhamento é uma intervenção muito holística. Fazemos o nosso trabalho de forma muito responsável e consciente. Não ficamos por aqui. Caso seja formado e encaminhado para as nossas companhias, mas que não seja o local certo para a pessoa certa, porque, às vezes, são outros os caminhos de resposta para aquela pessoa, o que fazemos é um encaminhamento. Direcionamos ou para outras formações ou para outro tipo de estratégias terapêuticas de especialidades próprias.

O caminho não se esgota nos nossos dois centros ou nas nossa companhias é mais abrangente. Mas o objetivo principal é a contratação.

Como é que se constitui a equipa técnica?

SCC: A Cláudia é coordenadora de uma equipa de gestores de casos. Cada candidato tem um gestor de caso, uma pessoa da equipa da Cláudia que faz todo o processo de processo de acompanhamento – entrevista, formação, processo de avaliação, desenvolvimento das competências, muitas vezes já no local de trabalho, e contratação. Esse acompanhamento continua a acontecer depois da contratação. Porque, muitas vezes, é preciso ajustar metodologias. A própria organização. A nossa operação evolui, desenvolve-se, altera-se, modifica-se e nós também temos que garantir que aquela oportunidade continua a ser uma oportunidade acessível. Que o colaborador está a ter todas as oportunidades para desenvolver o seu potencial e as suas competências.

Isso passa pela progressão na carreira?

CV: Exatamente. Ao longo do tempo criamos oportunidades para que a pessoa evolua, não só na sua função, mas até em mobilidade interna, progredir na carreira.

Para isso, também criámos processos de avaliação qualitativos. Permitindo a progressão salarial, na carreira, na sua ambição. Temos um sistema de avaliação de qualidade de vida. Questionamos os colaboradores ao longo do tempo. A qualidade de vida aumentou? Não analisamos só a parte económica.

SCC: Diria que a mais impactante é o salário. Porque a verdade é que muitos dos nossos candidatos nunca tiveram verdadeiramente um salário, uma oportunidade de trabalho.

Estava a falar sobre o modelo de tutoria.

SCC: Certo. Cada candidato, além de ser acompanhado por um gestor de caso, tecnicamente especialista nesta área da integração de pessoas com deficiência – fomos buscar uma equipa com muitos anos de experiência na área da integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho – é acompanhado por um tutor. O tutor é uma pessoa da nossa equipa, a maior parte das vezes um responsável de equipa, que vai acompanhar a pessoa no local de trabalho, que pode ser uma estrutura central ou operação de loja. O tutor faz o acompanhamento do desenvolvimento de competências, muitas vezes ajustando, adaptando, o plano de formação.

Que tipo de formação têm os tutores?

SCC: Formação técnica que lhes permite estarem aptos para poder proceder a esse acompanhamento. Um tutor que vai acompanhar alguém com uma deficiência visual ou auditiva, por exemplo, tem que ter conhecimento sobre as limitações daquela pessoa. Não nos norteamos a diagnósticos, não trabalhamos caminhos de desenvolvimento para todas as pessoas que são autistas ou cegas, trabalhamos caminhos de desenvolvimento customizados à pessoa. Penso que o mais inovador que a equipa da Cláudia faz é olhar para aquilo que as pessoas sabem fazer e não para aquilo que as pessoas não sabem fazer.

CV: Acima de tudo, é avaliar as capacidades e não as limitações. Costumamos dizer que não há guiões. Cada pessoa é uma pessoa à parte do seu diagnóstico. Tem a sua especificidade comportamental e de personalidade. Fazemos um plano customizado à pessoa e, quando formamos o tutor, formamos para aquela pessoa, com estratégias e formas de comunicação para aquela pessoa. Somos um bocadinho mais abrangentes, porque formamos as nossas equipas não só para receber colaboradores e formandos com deficiência. mas também para o atendimento de clientes com deficiência.

SCC: Temos dois momentos de formação para um tutor. Uma formação global e comum a todos os líderes da nossa organização. Estamos quase nas três mil pessoas – gerentes de loja, responsáveis da área – com a formação que chamamos de liderança para a diferença. Esta formação técnica é dada pela equipa da Cláudia. Hoje em dia, um líder da Jerónimo Martins, é um líder que integra também esta componente de inclusão. E, depois, uma formação mais prática, orientada para a pessoa que vai receber. Porque, efetivamente, depois ali já existem alguns aspetos específicos daquela pessoa que têm que ser acautelados.

Quais os perfis da equipa técnica?

CV: É uma equipa multidisciplinar. Temos terapeutas da fala, terapeutas operacionais, psicólogos, terapeutas de reabilitação e de inserção socioprofissional.

SCC: A equipa que fomos buscar já tinha experiência nesta área em instituições. O objetivo era trazer esse know-how para dentro da nossa organização. Claramente que, hoje em dia, a equipa técnica está a trabalhar de forma muito especializada aos nossos negócios. Isso faz toda a diferença. Ou seja, quer o retalho, os escritórios, a logística, são áreas com distintos desafios. O que a Cláudia faz ao alocar a sua equipa às diferentes áreas de negócio, é garantir, de facto, que vamos também criando esse know-how. E, claramente, desenvolvendo também os nossos processos, tendo em vista sempre o melhor resultado possível. Hoje em dia, todos os nossos locais de trabalho já foram impactados, entre estrutura, logística e lojas.

CV: Para nós, o recrutamento inclusivo passa por conhecer o candidato que nos chega, as suas competências e capacidades, mas também conhecer a função. Na minha equipa, ninguém começou a recrutar sem conhecer o que é ser peixeiro, talhante ou padeiro.

Todos passamos pelas operações, em todas as funções de todas as companhias, porque esta avaliação funcional tem de conjugar o que é expectável ser executado para aquela função, as tarefas a realizar e o que, depois, a pessoa, com as suas competências e capacidades, vai conseguir realizar. Só assim é que há um match entre as competências e capacidades e a função. Depois, vem a necessidade de adaptação. Se houver necessidade de adaptar o posto de trabalho para uma pessoa cega, fazemos essa adaptação, conjuntamente, com os médicos de medicina no trabalho e os médicos de segurança e saúde no trabalho.

SCC: Quer a medicina, quer a saúde no trabalho, quer as nossas operações, estão envolvidas neste programa. Este é um programa que verdadeiramente é hoje das companhias. Não é um programa de recursos humanos, que os recursos humanos vendem à organização. O que verdadeiramente queremos é que os nossos gerentes, os gestores, responsáveis de área, líderes, as nossas equipas, vejam este trabalho como uma mais-valia. E isso passa muito por dar formação e criar esta cultura de inclusão.

É possível enumerar o top 5 de funções maioritariamente ocupadas pelas pessoas formadas?

SCC: Não temos nenhum top 5 porque em bom rigor não temos funções que não possam ser exercidas ou que sejam mais adequada para pessoas com deficiência ou incapacidade. Isto não existe, ou seja, potencialmente a função é desenhada, claro que temos algumas funções com oportunidades, e outras que não temos oportunidades em aberto, mas este processo de recrutamento acontece a par daquilo que são as necessidades recrutamento das nossas companhias. E assim funciona bem, porque funciona organicamente, sistemicamente e não é artificial. Norteamos e desenhamos aquela oportunidade em função das competências. O caminho é desenhado em função do candidato.

Os nossos candidatos já estão em funções absolutamente distintas, ou seja, daquilo que era, se calhar, inicialmente o que nós pensaríamos. Vou-lhe dar um exemplo de uma função de loja. Obviamente que temos mais funções de loja porque contratamos mais para loja. Mas para essas funções vão para pessoas cujo perfil se adequa a essa oportunidade.

Ia dar um exemplo?

SCC: Sim, temos uma operadora de loja que está trabalhar com uma máquina embaladora de pão cujo teclado foi traduzido para braille. Ao início, há muitos anos, pensávamos que a cegueira, pelos riscos que envolve, na logística, na operação de loja, seria mais difícil, mas a experiência demonstrou-nos que fazer é colocar a pessoa certa no lugar certo.

CV: Outro exemplo são os quatro colaboradores surdos na logística. Estamos à falar de uma plataforma gigante, com muitos colaboradores e muito ruído. O que fizemos foi adaptar o local com espelhos múltiplos para a pessoa perceber as aproximações, e impactámos as equipas. Os colaboradores que convivem com estas pessoas aprenderam língua gestual, por exemplo.

Estes trabalhadores têm as mesmas oportunidades que os restantes em matéria de igualdade salarial e progressão na carreira?

SCC: Em relação à remuneração, isso é para nós um ponto de honra. Estes colaboradores são tratados na mesma igualdade de condições de qualquer outro colaborador. O processo formativo é logo retribuído. Não há estágios não remunerados no grupo. Queremos garantir igualdade de oportunidades. A única diferença é que olhamos para esta poll de candidatos com tendo necessidade de processos de adaptação. E é só. No resto, não há diferença no tratamento.

Voltando aos centros, estes foram desenhados à medida das necessidades dos formandos.

CV: Os nossos dois centros são design for all, todas as pessoas que chegam conseguem aceder a todos os espaços do centro, porque estão adaptados a todo o tipo de deficiências, desde o piso podotátil, para as pessoas cegas ou com baixa visão, a planta tátil logo à entrada para a pessoa saber a disposição das divisões do centro, uma plataforma de acesso ao piso superior, onde estão as salas de formação e a loja escola, para pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência reduzida, os códigos de daltonismo, as mesas adaptadas para cadeiras de rodas.

SCC: No piso superior, acontece o processo formativo. Os formadores que aqui estão não são apenas os da equipa da Cláudia, são os formadores da companhia. Quem vem aqui é o formador da caixa ou da padaria, por exemplo.

CV: Estamos na sala de formação cerca de duas semanas, uma primeira onde conhecemos os candidatos, com a aplicação de estratégias e dinâmicas, desenvolvemos as competências relacionais e sociais, abordamos a gestão de conflitos, ensinamos o que são as nossas companhias, os nossos direitos e deveres enquanto trabalhadores, a segurança alimentar, entre outros temas. Na segunda semana formamos tecnicamente com simulação de tarefas na loja escola, onde estão também formadores especializados em diferentes áreas da loja. Aqui, despistamos várias situações em termos de funcionalidade, desde a função do operador de frente de loja, padaria, take away, despistamos amplitude, motricidade fina, operação monetária, a relação com o cliente.

SCC: A loja escola é uma antecâmara para o mundo real da operação de loja. O nível de exigência é igual para todos os trabalhadores, mas com adaptação. Esta é a palavra chave. Não fazemos isto por generosidade ou filantropia porque acreditamos que todas as pessoas têm capacidades, o problema são as oportunidades. E muitas vezes este talento não está tão visível aos olhos do empregador. Nós queremos olhar para esse talento com olhos de ver, de forma atenta, e conseguir encontrar oportunidades que permitam àquelas pessoas desenvolverem as suas competências e ter acesso a uma verdadeira oportunidade de trabalho que vai permitir depois exercer uma cidadania de plenos direitos. E há muitas vidas que começaram de novo entre as 1200 pessoas que passaram pela Jerónimo Martins desde 2015. O trabalho é maior forma de inclusão. Dar esta oportunidade é, muitas vezes, o recomeço de uma vida que ficou adiada.

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

Artigos relacionados
Rachel Muller é a nova diretora-geral da Nestlé Portugal
Azeite
Festival do Azeite Novo reúne sete produtores e sete restaurantes em Évora
Alimentar
Eurofirms Foundation assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com nova campanha
ESG
Paulo Figueiredo assume direção comercial da Cofidis
Retalho
Vanessa Silva: “Acreditamos que a inovação e a paixão são os ingredientes-chave para o futuro da gastronomia em Portugal”
Entrevista
Porto Ferreira celebra o Natal com rótulos exclusivos inspirados na cultura portuguesa
Bebidas
Luís Vieira: “25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”
Bebidas
Simple Foods lança nova gama de cereais funcionais
Alimentar
Quinas Beverage Industries lança nova gama de refrigerantes de bagas Goji
Bebidas
Rita Mendes Coelho é a nova Country Manager da Visa Portugal
Retalho

Rachel Muller é a nova diretora-geral da Nestlé Portugal

Rachel Muller, atualmente vice-presidente de operações para a América Latina, será, a partir de fevereiro, a nova diretora-geral da Nestlé Portugal. Anna Lenz vai integrar o comité executivo da multinacional e liderar a área de recursos humanos a nível mundial.

Rachel Muller, atualmente VP Operations Manager Zone LATAM, será a nova country manager da Nestlé Portugal, cargo que assume a partir de 1 de fevereiro de 2025. Sucede a Anna Lenz, no cargo desde julho de 2022, após a sua nomeação como a nova responsável mundial de Recursos Humanos do Grupo e membro do Executive Board da Nestlé, S.A..

Rachel Muller tem 49 anos, é licenciada em Odontologia com Pós-Graduação em Comunicação e Marketing, e começou a sua carreira no McCann Worldgroup e chegou à Nestlé no México em 2010, como Dairy Consumer Marketing Manager. Em 2014, foi nomeada Executive Marketing Manager Dairy na Nestlé Brasil para, em 2018, ser promovida a Business Executive Officer Coffee, com responsabilidade pelas marcas Nescafé, Nescafé Dolce Gusto e Starbucks. Nesta função, a responsável brasileira transformou o negócio de café num novo pilar para a Nestlé Brasil e posicionou a Nescafé na vanguarda da agenda de sustentabilidade. Em janeiro de 2022, Beverages & Cereals foram adicionados ao seu portefólio. Nesta função, liderou a transformação, “revitalizando as marcas Nestlé e impulsionando o negócio de cereais”, sublinha a Nestlé em comunicado.
Em agosto de 2023, passa a fazer parte da Zone Latin America Leadership Team em Vevey, como VP de Operações na América do Sul, responsável pelo Brasil, Chile, Plata Region e Perú-Bolívia, e por impulsionar categorias como Cafés, Chocolates, Cereais, CMB, Gelados e Águas em toda a América Latina, orientando estes mercados na procura de crescimento num contexto complexo e volátil.

“Assumir este novo cargo e liderar a Nestlé Portugal é uma honra e um privilégio que me enche de entusiasmo. Estou ansiosa para dar continuidade ao excelente trabalho realizado até agora, contribuindo para levar esta empresa a novos patamares de sucesso, e, também, para conhecer de perto as pessoas por detrás de toda esta dedicação e fantástica reputação”, afirma a nova diretora-geral

“O meu compromisso é manter o legado de excelência e inovação que foi estabelecido, procurando incessantemente novas oportunidades de crescimento e de criação e partilha de valor económico, social e ambiental no país. Com uma equipa talentosa e dedicada ao meu lado, estamos prontos para enfrentar os desafios do mercado português, reforçar a excelente relação com os nossos parceiros no retalho e no Horeca e superar as expectativas dos nossos Consumidores. Acredito na importância de uma visão holística em toda a cadeira de valor (farm to fork) e tenho como objetivo fortalecer ainda mais a nossa posição como líderes, priorizando as nossas pessoas, as comunidades e o planeta, e investindo nos nossos produtos e nas nossas marcas, trazendo novas soluções que ajudem a impulsionar o nosso crescimento sustentável.”, acrescenta.

“Juntos, vamos continuar a construir um futuro brilhante para a Nestlé Portugal, mantendo o nosso compromisso inabalável de desenvolver o poder da alimentação para melhorar a qualidade de vida de todos, hoje e para as gerações futuras”, conclui.

Anna Lenz vai integrar o comité executivo da multinacional e liderar a área de recursos humanos a nível mundial

Após 2 anos e meio em Portugal, Anna Lenz demonstrou uma liderança impactante que levou a Nestlé Portugal a comemorar com grande sucesso os seus 100 anos de história, lembra a Nestlé. Agora, como nova responsável global de Recursos Humanos do Grupo Nestlé e membro do Executive Board, Anna Lenz desempenhará um papel fundamental na orientação estratégica das iniciativas de Recursos Humanos em toda a organização, sublinha também.

“Sinto-me grata e honrada pelo percurso que fiz no mercado português. Sou muito apaixonada por Portugal, pelo negócio e, sobretudo, pelas pessoas. Foram anos bastante enriquecedores e memoráveis, tanto na perspetiva profissional, como pessoal. Ao longo deste tempo, tive a honra de liderar uma equipa excecional e trabalhar ao lado de profissionais talentosos, cuja dedicação e paixão por este mercado foram fundamentais para o nosso sucesso. Por ter este carinho e apreço tão especial pela Nestlé em Portugal, tenho a certeza que não poderia ter sido escolhida pessoa mais indicada para me suceder. Estou muito confiante na visão e no sucesso que a Rachel irá trazer à Nestlé Portugal.”, afirma Anna Lenz.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Azeite

Azeite

Alimentar

Festival do Azeite Novo reúne sete produtores e sete restaurantes em Évora

O CEPAAL- Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo quer impulsionar a divulgação, o conhecimento e a valorização do património olivícola nacional, com esta iniciativa em Évora

O 2º Festival do Azeite Novo, organizado pelo CEPAAL, com o apoio da Câmara Municipal de Évora, realiza-se a 6 e 7 de dezembro em Évora para celebrar o azeite recém produzido. Sete restaurantes emblemáticos da cidade juntam-se a sete produtores e um reputado Chef, uma conferência, um workshop, um mercadinho, stands de exposição e comercialização do azeite, um workshop, uma visita de campo, provas de azeite, e um showcooking.

O objetivo é “promover e divulgar os azeites do Alentejo recém-produzidos na campanha 2024/2025, impulsionar o consumo de azeite de qualidade e fomentar o conhecimento sobre um produto extraordinariamente rico e saudável, que faz parte do património alimentar e cultural do nosso país, sendo um dos principais alicerces da dieta mediterrânica”, destaca o CEPAAL.

Os restaurantes Piparoza boutique bar, Adega Típica Vinho e Noz, Mercearia Eborim, Pizza no Mercado, Dona Laura, S. Luís da Praça e Luar de Janeiro vão oferecer pratos dedicados ao azeite do Alentejo e uma carta digital que dá a conhecer os azeites e os restaurantes participantes. O Chef André Cabrita junta-se à festa num showcooking que irá decorrer dia 7 de dezembro das 12h às 13h no Mercado Municipal de Évora. Os produtores Mainova, Tratturo de Fronteira, Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, Monte de Portugal, Casa Relvas, Fundação Eugénio de Almeida e Azeite Saloio vão dar a conhecer os azeites recém produzidos este ano.

Também no dia 7, o Palácio D. Manuel  acolhe uma prova de azeites. entre as 9h e as 13h, Já o Mercadinho do Azeite Novo, estará aberto a 6 e 7 de dezembro, no mesmo espaço, das 9h às 18h. A participação na prova de azeites é gratuita mas está sujeita a inscrição que pode ser feita aqui.

A 2ª edição do Festival do Azeite Novo conta igualmente com uma vertente mais vocacionada para a área profissional, que integra uma conferência, um workshop e uma visita de campo. A conferência assinala a abertura do festival, no dia 6 de dezembro às 9h no Palácio D. Manuel e será dedicada ao tema ‘As características das variedades portuguesas de azeitona’. No mesmo dia terá lugar, pelas 14h, a visita de campo. A participação na conferência e na visita de campo são gratuitas mas de inscrição obrigatória e podem ser feitas mediante o preenchimento de um formulário para a conferência e outro para a visita de campo.

O workshop terá lugar dia 7 de dezembro das 9h às 13h, também no Palácio D. Manuel. A participação é gratuita, mas está sujeita a inscrição obrigatória que pode ser feita aqui.

O CEPAAL, associação sem fins lucrativos sedeada em Moura, foi fundado em 1999 com a missão de valorizar e promover o azeite do Alentejo em Portugal e no resto do mundo. Conta atualmente com 30 produtores e 12 instituições ligadas ao sector olivícola e oleícola, incluindo organismos do Estado, municípios e universidades, como seus associados.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Eurofirms Foundation assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com nova campanha

A Eurofirms Foundation assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com a campanha #TalentIsEverywhere que quer valorizar o talento das pessoas com deficiência.

A Eurofirms Foundation assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se celebra esta terça-feira, dia 3 de dezembro, com a campanha #TalentIsEverywhere que quer valorizar o talento das pessoas com deficiência e sublinhar a importância de construir locais de trabalho mais inclusivos.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apenas 44% das pessoas com deficiência em idade ativa estão empregadas, razão pela qual esta campanha realça o talento de todas as pessoas com deficiência e a importância de criar ambientes de trabalho que lhes permitam atingir todo o seu potencial.

“Na Eurofirms Foundation acreditamos firmemente que o talento está em todas as pessoas. A nossa missão é ajudá-las a ter a oportunidade de o desenvolver. Na Fundação, trabalhamos para mostrar que a diversidade não é apenas um motor de inovação e criatividade, mas também um pilar essencial para o bem-estar social. É por isso que, este ano, promovemos a campanha TalentIsEverywhere, que nos convida a refletir sobre os nossos preconceitos, porque só tomando consciência deles seremos capazes de ver além de quaisquer limitações”, sublinha María Jordá, diretora da Eurofirms Foundation.

A imagem escolhida pela Eurofirms Foundation para a campanha #TalentIsEverywhere mostra os CVs de duas pessoas com deficiência, nos quais as suas fotografias foram substituídas por um código QR.  A leitura dos códigos dá acesso aos vídeos da campanha, onde Eloi e Marisa explicam como o seu talento é muitas vezes ofuscado pela sua deficiência.

Eloi reconhece que as pessoas com deficiência têm menos oportunidades para participar nos processos de recrutamentos das empresas, e ainda menos oportunidades para conseguirem um contrato de trabalho. De acordo com o estudo “Hiring Discrimination: An Overview of (Almost) All Correspondence Experiments Since 2005” as pessoas com deficiência têm menos 48% de probabilidade de serem chamadas para uma entrevista de emprego.

Marisa salienta a importância de olhar além da fotografia e da verificação da deficiência no CV para descobrir todo o talento que vai além da deficiência. Neste sentido, um estudo da Deloitte revela que 80% das pessoas com deficiência não sentem que podem “ser elas próprias” no local de trabalho, o que tem um impacto negativo no seu desempenho e na permanência nas empresas.

Desde 2020 que a Eurofirms Foundation tem lançado campanhas para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A multinacional espanhola de gestão de talento sublinha em comunicado que, a cada ano, sente que dá um passo em frente no seu compromisso para sensibilizar e transformar a sociedade. “Criamos campanhas que abrem os olhos, tocam os corações e transformam as pessoas em agentes de mudança, promovendo a inclusão das pessoas com deficiência”, refere María Jordá.

Em 2023, a Eurofirms Foundation apostou na campanha “Muda o teu foco”, que incentivou a sensibilização para as primeiras impressões, uma vez que um ser humano demora apenas 9 segundos a criar uma primeira imagem de alguém que acabou de conhecer. Em 2022, “Olá, Estou aqui!” refletiu sobre como as pessoas com deficiência podem liderar equipas e construir o futuro.

Por sua vez, a campanha de 2021, “Igualmente profissionais”, aludiu ao talento que muitas vezes se esconde atrás da cortina de preconceitos e estereótipos. Em 2020, na primeira campanha, a Eurofirms Foundation colaborou na iniciativa “Igualmente diferentes” com 4 ilustradores de renome, que, sob a premissa de o fazer de um ponto de vista positivo e com humor, desenharam situações quotidianas de pessoas com deficiência para desmistificar mitos sobre elas.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Paulo Figueiredo assume direção comercial da Cofidis

“É com grande entusiasmo e sentido de responsabilidade que me junto à Cofidis, e espero conseguir transmitir os meus conhecimentos e experiência, de forma que, em equipa consigamos acrescentar valor à Cofidis, aos nossos clientes, parceiros, e claro, às nossas equipas internas.”, afirma Paulo Figueiredo.

Hipersuper

A Cofidis reforça o seu Comité de Direção com a entrada de Paulo Figueiredo, que ocupa o cargo de diretor comercial desde outubro. Responsável pela gestão e implementação da estratégia comercial da Cofidis, vem assim liderar uma equipa de mais de 80 colaboradores.

O novo diretor comercial da Cofidis tem como principal objetivo alavancar a gestão e coordenação de sete áreas de negócio estratégicas, nomeadamente, Comercial Auto, Motas, Cofidis Pay, Comercial Distribuição, Consultores e Angariação, Marketing Business to Business, Monitorização e Suporte Comercial.

“É com grande entusiasmo e sentido de responsabilidade que me junto à Cofidis, e espero conseguir transmitir os meus conhecimentos e experiência, de forma que, em equipa consigamos acrescentar valor à Cofidis, aos nossos clientes, parceiros, e claro, às nossas equipas internas.”, afirma Paulo Figueiredo.

Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, conta com mais de 20 anos de experiência profissional, desenvolvida em áreas comerciais, marketing e gestão de negócio, tendo passado por empresas como Banco Credibom, OLX, Deco PROteste ou Barclays.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Vanessa Silva, Diretora de Marketing do Recheio

Entrevista

Vanessa Silva: “Acreditamos que a inovação e a paixão são os ingredientes-chave para o futuro da gastronomia em Portugal”

O Recheio patrocina o concurso Jovem Talento da Gastronomia 2024 (JTG), direcionado a jovens estudantes de restauração e hotelaria de todo o país. Fomos conversar com Vanessa Silva, diretora de marketing do Recheio.

O Recheio patrocina o concurso Jovem Talento da Gastronomia 2024 (JTG), direcionado a jovens estudantes de restauração e hotelaria de todo o país e organizado pelas Edições do Gosto. Uma parceria que se enquadra no compromisso da insígnia de apoiar os futuros talentos da gastronomia nacional. Vanessa Silva, diretora de marketing do Recheio, sublinha: “consideramos fundamental incentivar a criatividade e a inovação e acreditamos que a participação neste concurso é uma boa forma de o fazermos”.

Qual é a importância desta parceria com o Jovem Talento da Gastronomia para o Recheio?
A proximidade com os clientes e parceiros é um fator critico de sucesso para nós. É por isso mesmo que, ao longo destes anos, temos desenvolvido um trabalho em conjunto com Chefs e cozinheiros portugueses, através de várias iniciativas e é neste âmbito que se enquadra esta associação ao concurso Jovem Talento da Gastronomia. Acreditamos que a inovação e a paixão são os ingredientes-chave para o futuro da gastronomia em Portugal, e este concurso potencia estes valores entre os jovens Chefs. Consideramos fundamental incentivar a criatividade e a inovação e acreditamos que a participação neste concurso é uma boa forma de o fazermos.

De que forma esperam que este apoio ao concurso contribua para fortalecer a ligação com os chefs de amanhã?
O Jovem Talento da Gastronomia é o principal concurso direcionado para jovens da restauração e hotelaria. É o movimento dos profissionais do futuro, e permitir-nos-á, sem dúvida, estabelecer laços importantes com os Chefs de amanhã. Além da nossa presença no concurso, em que visamos fomentar o empreendedorismo e estar ao lado dos novos talentos, reforçamos a relação de parceria com as escolas, contribuindo para a formação de jovens que serão a próxima geração à frente da hotelaria e restauração no nosso país e nos quais acreditamos.

Para além do patrocínio e da presença nas provas, que tipo de apoio adicional, como formação ou mentoring, o Recheio planeia disponibilizar aos participantes?
Temos várias iniciativas planeadas para desenvolvimento durante e após este concurso. Nas semifinais, por exemplo, antes e depois da realização da prova, os concorrentes são convocados para assistir e participar nas sessões do Roadshow que se realizam no auditório, onde podem contactar com várias marcas e beneficiar do seu conhecimento. Criámos também a Masterclass Boca Cheia com o Chef Miguel Neves, em que os participantes são desafiados a contactar com diferentes texturas e sabores.
Por fim, teremos o prémio para o grande vencedor do concurso, que é um curso presencial no Basque Culinary Center, reforçando assim o nosso objetivo de ajudar os Chefs de amanhã a ter a formação de que precisam.

A sustentabilidade é um tema central. Que mensagem pretendem transmitir aos jovens chefs sobre práticas sustentáveis? A visita à exploração Best Farmer do Grupo Jerónimo Martins é um exemplo?
No Recheio olhamos para a sustentabilidade de forma holística e incorporamos as suas várias dimensões na gestão do nosso negócio. A visita à exploração Best Farmer do Grupo Jerónimo Martins, no Cartaxo, será uma excelente oportunidade para os jovens Chefs conhecerem um exemplo prático de uma exploração que conjuga produção sustentável e bem-estar animal assegurando o equilíbrio entre a viabilidade económica do negócio e a mitigação dos seus impactos ambientais.

No que toca à inovação, quais são as expectativas sobre as novas tendências gastronómicas que poderão emergir deste concurso?
Acima de tudo, o que queremos é dar oportunidade aos Chefs do futuro de terem a possibilidade de criar livremente, de incorporarem e de testarem novas tendências. A luta contra o desperdício alimentar, a par da alimentação saudável, são tendências que vão certamente marcar os percursos destes jovens talentos. Por outro lado, a incorporação de ingredientes e de técnicas de várias partes do mundo, derrubando barreiras geográficas, levará, certamente a cruzamentos culinários muito interessantes. Para inovar e criar novas tendências é preciso reunir as condições para o fazer e o Jovem Talento da Gastronomia tem, também, esse propósito.

Entrevista publicada na edição 428

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Bebidas

Porto Ferreira celebra o Natal com rótulos exclusivos inspirados na cultura portuguesa

“Este ano, seguindo este objetivo, Porto Ferreira apresenta uma solução que elimina a embalagem que acompanha a garrafa, mantendo uma apresentação elegante e tornando-a uma excelente opção de presente para esta época festiva.” afirma Filipe Gonçalves, chief marketing officer da Sogrape.

Hipersuper

Os rótulos dos vinhos Tawny, Branco e Ruby vestem-se de bordados tradicionais portugueses, em homenagem à riqueza cultural do nosso país. Para substituir ainda as habituais caixas individuais, Porto Ferreira opta por um laço reutilizável, pensado especialmente para quem deseja oferecer um presente nesta época festiva. Com esta opção, a marca pretende destacar a importância de adotar comportamentos mais sustentáveis e de procurar materiais com ciclos de vida mais duradouros, alinhando-se com os princípios da economia circular.

A Porto Ferreira sublinha em comunicado que esta decisão vem também na sequência da alteração que havia já sido feita às garrafas da sua gama de vinhos clássicos, que passaram a ser mais leves, de 485 gramas para 420 gramas, o que permitiu uma redução de 13% nas emissões de carbono por garrafa, em comparação com as anteriores.

“Esta edição especial reforça a ligação de Porto Ferreira à cultura tradicional portuguesa e ao compromisso com práticas mais sustentáveis. Este ano, seguindo este objetivo, Porto Ferreira apresenta uma solução que elimina a embalagem que acompanha a garrafa, mantendo uma apresentação elegante e tornando-a uma excelente opção de presente para esta época festiva. A oferta de visitas às Caves Ferreira alinha-se ainda com a essência de Porto Ferreira, que assenta na criação de relações e momentos de proximidade entre família e amigos.” afirma Filipe Gonçalves, chief marketing officer da Sogrape, em comunicado.

A marca sublinha que aos primeiros 3.00 clientes que adquirirem uma garrafa de Vinho do Porto Tawny, Branco ou Ruby, entre 21 de outubro de 2024 e 28 de fevereiro de 2025, nos pontos de venda aderentes, será oferecida uma visita às históricas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Luís Vieira: “25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”

“25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”, foi assim que começou o emotivo discurso de Luís Vieira, perante família, clientes, fornecedores, amigos e colaboradores na gala comemorativa que assinalou um quarto de século do grupo Parras Wines.

Hipersuper

Na semana passada, a Quinta do Gradil foi palco da gala comemorativa de um quarto de século de carreira de Luís Vieira e do grupo Parras Wines, e foi num ambiente de festa que o proprietário do Grupo Parras Wines agradeceu a todos os presentes e recordou as dificuldades dos primeiros anos e como as foi superando com o apoio de colaboradores dedicados que o acompanham desde o início e dos primeiros clientes que acreditaram no seu projeto.

“A diferença entre a audácia e a loucura vê-se pelo resultado. Ainda hoje não sei qual o adjetivo a empregar no meu percurso. Mas também ainda estamos a meio”, afirmou.

Com uma herança familiar ligada ao comércio de vinho desde 1945, Luís Vieira aprendeu com o avô António Gomes Vieira, conhecido por Ganita, todos os segredos do negócio. Foi através dele que herdou a paixão pelo vinho que ainda o move até aos dias de hoje e que está presente no seu dia-a-dia enquanto líder da Parras Wines, um dos maiores grupos vinícolas de Portugal, e detentor de marcas como Quinta do Gradil, Herdade da Candeeira, Casa das Gaeiras e, na moderna distribuição, Mula Velha, Pêra Doce, Cavalo Bravo, entre outras.

Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola de Lisboa, parabenizou Luís Vieira pelos seus 25 anos de carreira e também toda a sua equipa, reforçando a importância da Quinta do Gradil para a região. “Para nós, a Quinta do Gradil é uma bandeira, é verdade, mas é muito mais do que isso. É muito estratégica para a Região de Vinhos de Lisboa, por vários motivos”, afiançou Francisco Toscano Rico, acrescentando que “desde a comunicação até toda a parte comercial, tem ajudado a região a crescer cá dentro, mas também muito mais lá fora”, rematando ser “o primeiro fã de tudo o que sai da Quinta do Gradil”.

Luís de Castro, presidente da Comissão Vitivinícola da Região do Tejo, também presente na Gala, defendeu que o proprietário do Grupo Parras Wines “tem sido um elemento muito útil na direção da CVR Tejo”, e parabenizou Luís Vieira, família e colaboradores “por tudo o que conseguiram até aqui”.

Homenagem à avó Emília

Um dos pontos altos da noite foi a homenagem de Luís Vieira à sua Avó Emília, esposa do Avô Ganita, com um novo produto da Quinta do Gradil: Aguardente Vínica Velhíssima. Recorde-se que o empresário já havia homenageado também o seu avô, em 2019, aquando das comemorações do seu centenário, com o vinho ícone Ganita.

Esta aguardente, que chega brevemente ao mercado, é um tesouro bem guardado há mais de 50 anos e que serve de homenagem à Avó Emília, matriarca da família Vieira, carinhosamente conhecida por Dona Emília. A família teve o privilégio de celebrar o seu centenário e de partilhar bons momentos com esta Aguardente especial, uma das preferidas da Avó.

A vinificação desta Aguardente iniciou em 1970, com a destilação de várias castas autóctones da região de Lisboa em alambiques “charentais”, caracterizados pelo seu lento processo de destilação, típico de nobres destilados de elevadíssima qualidade. Após a destilação cuidada, estagiou esquecida e tranquila nas caves do Avô Ganita e da Avó Emília, em tóneis de carvalho português e francês, desenvolvendo uma complexidade e suavidade únicas.

O prolongado estágio conferiu-lhe uma cor âmbar dourada, com notas de frutos secos e especiarias, harmonizadas com a perfeição que só o tempo consegue proporcionar, aliadas a uma textura aveludada e elegante.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Simple Foods lança nova gama de cereais funcionais

A clean-label Simple Foods, marca que integra o portefólio da Farmodiética, lança a gama de cereais funcionais Simple Bite.

Hipersuper
Bebidas

Quinas Beverage Industries lança nova gama de refrigerantes de bagas Goji

Com esta nova gama, criada em parceria com a Sanaberry, a Quinas Beverage Industries torna-se o primeiro produtor português a explorar o potencial das bagas Goji na indústria de refrigerantes.

Hipersuper
tagsQuinas

A Quinas Beverage Industries apresenta uma nova gama de refrigerantes de bagas Goji, criada em parceria com a Sanaberry.

“Com o desenvolvimento deste tipo de produtos, voltamos a destacar-nos pela capacidade de resposta personalizada às necessidades dos nossos parceiros, oferecendo serviços de produção que resultam em produtos verdadeiramente originais e que oferecem ao mercado alternativas mais saudáveis.”, sublinha Luís Costa, diretor de marketing do grupo Quinas Beverage Industries, em comunicado.

Com esta nova gama, a Quinas Beverage Industries torna-se o primeiro produtor português a explorar o potencial das bagas Goji na indústria de refrigerantes. Originárias do noroeste da China e utilizadas há milénios na medicina tradicional, as bagas Goji distinguem-se pelo seu perfil nutricional único e pela sua elevada concentração de antioxidantes, amplamente reconhecidos pelos benefícios para a saúde.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Rita Mendes Coelho é a nova Country Manager da Visa Portugal

Com o objetivo de continuar a impulsionar a estratégia e a presença da Visa no mercado nacional, Rita Mendes Coelho reportará diretamente a Bea Larregle, diretora-geral regional da Visa para o Sul da Europa. Gonçalo Santos Lopes, country manager para Portugal durante os últimos anos, foi promovido a senior director para o negócio de Visa Value Added Services no Sul da Europa.

Hipersuper

Rita Mendes Coelho é a nova nova country manager da Visa para Portugal. Com o objetivo de continuar a impulsionar a estratégia e a presença da Visa no mercado nacional, Rita Mendes Coelho reportará diretamente a Bea Larregle, diretora-geral regional da Visa para o Sul da Europa.

Com vários anos de experiência nas áreas da Banca de Investimento, desempenhou funções de responsabilidade crescente na PwC, BNP Paribas e Millennium bcp. Juntou-se à Visa em 2021, e liderava a equipa de Client Engagement.

Gonçalo Santos Lopes, country manager para Portugal durante os últimos anos, foi promovido a senior director para o negócio de Visa Value Added Services no Sul da Europa e fica com a responsabilidade de garantir aos clientes e parceiros da Visa em Portugal, Espanha, Itália, Turquia, Grécia, Israel, Malta e Chipre soluções inovadoras, flexíveis e centradas nas suas necessidades.

“Tenho plena confiança de que a Rita trará um contributo valioso para os nossos clientes e parceiros em Portugal, que vai promover novas oportunidades e impulsionar a inovação”, afirmou Bea Larregle, Diretora-Geral Regional para o Sul da Europa da Visa. “As nomeações de Rita Mendes Coelho e Gonçalo Santos Lopes são um testemunho do compromisso da Visa em continuar a apoiar os nossos clientes e consumidores em Portugal”, acrescentou

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Hipersuper. Todos os direitos reservados.