Projeção para criação líquida de emprego com crescimento de 11% entre abril e junho
Em Portugal, 42% dos empregadores esperam manter o atual número de colaboradores e 33% anteveem mesmo aumentar as suas equipas no próximo trimestre

Rita Gonçalves
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A projeção para a criação líquida de emprego no segundo trimestre do ano continua em terreno positivo, com um crescimento estimado de 11%, embora tenha arrefecido em comparação os três primeiros meses de 2023 (menos cinco pontos percentuais) e em comparação o trimestre anterior (17 pontos percentuais), segundo dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey.
A incerteza do cenário macroeconómico e político nacional e global, a continuidade das políticas monetárias restritivas, a situação geopolítica e o abrandamento das exportações estão a redobrar a cautela e a impactar negativamente as intenções de contratação.
Em Portugal, 42% dos empregadores esperam manter o atual número de colaboradores e 33% anteveem aumentar as suas equipas no próximo trimestre, enquanto 22% pretendem reduzir a força de trabalho. O nosso país apresenta a segunda maior redução trimestral das intenções de contratação a nível global, a par da Roménia.
Ainda assim, os dados mostram que a procura de talento qualificado “vai manter-se forte em muitos setores e domínios de competência em crescimento, num contexto onde a escassez de talento se mantém muito elevada”, afirma Rui Teixeira, diretor-geral do ManpowerGroup Portugal, citado em nota de imprensa.
A projeção para a criação líquida de emprego no setor de bens e serviços de consumo mostra um crescimento de 16%, em linha com o período homólogo. Os serviços de comunicação, que incluem as telecomunicações e os media, apresentam as intenções de contratação mais robustas, com uma subida de 38%, enquanto no setor de tecnologias de informação as previsões apontam uma subida de 22%. Transportes e logística são o único setor com uma projeção negativa para a criação líquida de emprego no segundo trimestre, menos 7%.
“As empresas devem navegar este cenário de incerteza e apostar de forma direcionada na atração de talento, mas também na qualificação e requalificação dos trabalhadores, para abordar o atual desencontro de competências e construir as bases de talento que permitirão o seu desenvolvimento à medida que os modelos de negócio assimilam a evolução tecnológica e a transição verde”, aconselha Rui Teixeira.