Clube dos Produtores Continente celebra 25 anos com prémios que destacam inovação, sustentabilidade e excelência
No ano em que celebra bodas de prata, e durante o seu encontro anual, que decorreu no Centro Cultural de Belém, o Clube de Produtores Continente premiou seis empresas nacionais que desenvolvem projetos de destaque pela sua excelência, inovação e sustentabilidade.
Ana Grácio Pinto
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No ano em que celebra bodas de prata, e durante o seu encontro anual, que decorreu no Centro Cultural de Belém, o Clube de Produtores Continente premiou seis empresas nacionais que desenvolvem projetos de destaque pela sua excelência, inovação e sustentabilidade. Fundada há 25 anos, a plataforma “é um modelo único de parceria entre produção e retalho a nível europeu”, sublinhou a sua presidente, Ondina Afonso na cerimónia.
Com membros distribuídos de norte a sul de Portugal continental, Açores e Madeira, o Clube voltou a atribuir os prémios de reconhecimento, que visam distinguir o que de melhor se cria na produção agroalimentar nacional.
Os galardões reconheceram as boas práticas destas empresas, nas vertentes de inovação, sustentabilidade e excelência.
Os prémios Inovação foram atribuídos à Pec Nordeste, empresa do Grupo AGROS que opera no apoio à produção pecuária nacional, e à Sociedade Panificadora Costa & Ferreira, panificadora tradicional portuguesa, produtora do conhecido pão de Rio Maior.
O projeto que valeu à PEC Nordeste um dos prémios Inovação, promove a economia circular e tem por base o aproveitamento de um subproduto da sua produção, como resposta a novas dietas alimentares: o caldo carnes da montanha, feito a partir de ossos provenientes da desmancha de animais de raças autóctones e produzido de acordo com sistemas tradicionais de produção.
A Sociedade Panificadora Costa & Ferreira recebeu o prémio Inovação pelo lançamento de uma variante do pão que nasceu do objetivo de criar um produto ideal para acompanhar o molho do frango assado. Surgia assim o pão de Rio Maior vitamina D+, apropriado a dietas vegan e vegetariana.
Os prémios na categoria de Sustentabilidade foram atribuídos a uma parceria entre dois membros do Clube de Produtores Continente – a Queijaria Guilherme e a Sociedade Agrícola Monte Novo e Figueirinha – e a EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva).
Os três parceiros dinamizam, no Baixo Alentejo, um projeto de compostagem que visa melhorar os solos agrícolas através da produção de composto orgânico para utilização na fertilização desses solos.
Já o prémio Excelência foi entregue à Campotec – Organização de Produtores da Região Oeste, com mais de 250 trabalhadores, pela parceria de longos anos com a MC, empresa do universo SONAE para o retalho e distribuição, e pela qualidade e frescura dos produtos hortofrutícolas que diariamente entrega nas lojas Continente. Foi a primeira empresa a desenvolver para a MC, uma marca de hortícolas embalados.
Um “Clube de parceria”
“Temos que estar focados no produto e na variedade e só realizamos a nossa atividade se tivermos connosco bons produtores. Temos que trabalhar constantemente a qualidade e o sabor dos produtos porque os clientes estão cada vez mais exigentes. Este é um Clube realmente de parceria, que aceita esta exigência progressiva”, sublinhou Luís Moutinho, CEO da MC, na abertura do encontro.
O encontro anual do Clube juntou mais de 400 produtores e contou com a presença da Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Durante o encontro, subordinado ao tema ‘A Criar Raízes Sustentáveis para o Futuro’, que assinalou os 25 anos daquela plataforma, foram debatidos os cinco temas para a sustentabilidade do agroalimentar, as competências e formação necessárias para o futuro do setor, a legislação europeia e os desafios atuais e futuros para o Clube e os produtores nacionais.
“Atualmente, os desafios são muito diferentes de há 25 anos atrás”, sublinhou Ondina Afonso, que deu como exemplos os fenómenos climáticos externos, que impactam a cadeia de abastecimento, e as questões geopolíticas. “Temos de produzir mais com menos, a Europa sofre com a crise migratória mas precisa dos migrantes para a agricultura”, acrescentou a presidente do Clube de Produtores Continente.
Ondina Afonso lembrou ainda que a estratégia europeia ‘Do prado ao prato’ e o novo quadro dos sistemas alimentares sustentáveis vieram colocar a saúde do cidadão europeu no centro a atividade política e sublinhou os cuidados a ter com a natureza, que afetam todos e têm que sr tidos em conta pelos produtores.
“A biodiversidade e os serviços de ecossistemas são vitais para todos. Conservar a natureza e garantir a segurança alimentar do ponto de vista da disponibilidade e também da qualidade são tarefas que os nossos produtores terão de acautelar, e já acautelam”, afirmou.
Os membros do Clube de Produtores Continente representam categorias como talho, frutas e legumes, charcutaria & queijos, padaria e pastelaria, peixaria, azeite, arroz, leguminosas, mel e compotas, pasta e patés, farinhas, congelados, ovos, produtos lácteos e vinhos.
São 340 produtores espalhados por todo o país, que operam em cerca de 200 mil hectares de terra produtiva e empregam diretamente 11 mil trabalhadores.
Ao longo de 2022, o Clube comprou 520 milhões de euros em produtos nacionais certificados, mais 22,6% face ao ano anterior, correspondentes a 240 mil toneladas, e vendidos em mais de 300 lojas da marca Continente.