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Entrevista

“Os brancos da região dos Vinhos Verdes envelhecem muito bem”

Brancos envelhecidos, tintos mais leves, rosés de cor aberta e monovarietais de castas típicas da região de Entre-Douro-e-Minho. Dora Simões, presidente da direção da Comissão dos Vinhos Verdes há cerca de um ano, conta, na primeira pessoa, a estratégia da organização interprofissional para os vinhos da região demarcada em 1908

Rita Gonçalves
Entrevista

“Os brancos da região dos Vinhos Verdes envelhecem muito bem”

Brancos envelhecidos, tintos mais leves, rosés de cor aberta e monovarietais de castas típicas da região de Entre-Douro-e-Minho. Dora Simões, presidente da direção da Comissão dos Vinhos Verdes há cerca de um ano, conta, na primeira pessoa, a estratégia da organização interprofissional para os vinhos da região demarcada em 1908

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
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Brancos envelhecidos, tintos mais leves, rosés de cor aberta e monovarietais de castas típicas da região de Entre-Douro-e-Minho. Dora Simões, presidente da direção da Comissão dos Vinhos Verdes há cerca de um ano, conta, na primeira pessoa, a estratégia da organização interprofissional para os vinhos da região demarcada em 1908

Rita Gonçalves

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A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) certificou (através da atribuição de selos de garantia de origem) 76 milhões de litros de vinho no ano passado. Cerca de metade ficou no mercado nacional e a outra metade partiu para os mercados externos.

As exportações de DOC Vinho Verde representaram 85 milhões de euros no ano passado (cerca de 35 milhões de litros), nas contas do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Eurostat.

Segundo dados da Nielsen, fornecidos pela CVRVV, as vendas dos vinhos desta região cifraram-se em 60 milhões de euros (20 milhões de litros) na grande distribuição, em 2022. Na restauração, a região vendeu cerca de seis milhões de litros que representaram 55 milhões de euros, embora, segundo a comissão, o tracking da Nielsen não inclua de forma exaustiva todos os pontos de venda.

Quando começa a sua ligação ao mundo do vinho?

Quando saí da universidade em Inglaterra fui viver para a Alemanha. Aí tive o meu primeiro trabalho no setor do vinho, na empresa californiana E & J Gallo Winery, a segunda maior produtora mundial de vinho. Foi uma das minhas primeiras experiências profissionais e marca a minha entrada no mundo do vinho.

Comecei com o cargo de responsável de marketing, numa altura que os vinhos californianos faziam as primeiras incursões na Europa Ocidental, depois de terem iniciado algum trabalho no Reino Unido.

A Gallo estava a dar início às exportações de vinhos para a Europa e, como em muitos casos, as grandes marcas vão um pouco à frente das regiões, porque têm interesses comerciais definidos e acabam por abrir caminho. Fiquei responsável, numa primeira fase, pela área de marketing e comunicação dos vinhos que iriam ser comercializados na Europa Central, na Alemanha, Suíça, Áustria e países nórdicos. Mais tarde, passei a trabalhar a categoria de fine wines, vinhos mais destinados à restauração e às lojas de especialidade, também na Europa Central.

Quando regressa a Portugal?

No final de 2002. E começo a trabalhar na ViniPortugal, recém-formada ainda sem atividade de promoção. Na altura, estava a criar-se a estratégia do estudo Porter para definir aquilo que seria a visão e a estratégia para os vinhos portugueses. Numa altura em que era preciso uma direção, uma orientação para as exportações, definir como se iria trabalhar a categoria de Vinhos de Portugal. Eu tinha acabado de chegar de fora, a ViniPortugal contratou-me para ser o pivô do estudo Porter.

Tive a sorte de integrar a equipa da Monitor Group e relacionar-me com todos os players que participaram no estudo. Foi uma forma ótima de conhecer o setor, a sua dinâmica e as pessoas chave. Depois disso, fui contratada ViniPortugal para o cargo de diretora geral que desempenhei durante seis anos. O presidente era o Vasco Avillez.

Do que se falava na altura?

Lembro-me que um dos temas era o vinho a copo. Um conceito difícil de colar e de passar em Portugal: de um consumo mais moderado, mas consistente, como forma rentabilizar a venda de vinho na restauração, e mantê-la viva, realizando mais dinheiro na venda do vinho. E até levar a uma experimentação de diferentes tipos de vinho na restauração, fosse esta mais económica ou de topo.

Naquela altura, ao contrário de muitos países na Europa, em Portugal a experiência de consumo de vinho a copo em Portugal era de muito baixa qualidade. Hoje, passados quase 20 anos, é raro ir a um restaurante, de qualquer categoria, que não tenha pelo menos um ou duas ofertas de vinho a copo.

Da ViniPortugal vai para a CVR do Alentejo.

Sim. Em 2008, a CVRA estava à procura de um novo presidente. O anterior presidente iria sair, numa altura em que as CVR deixaram de ter um representante do Estado. Candidatei-me e fiquei na posição durante sete anos. Saí no final de 2015 e dediquei-me ao negócio familiar, no Alentejo.

Dora Simões 2Entretanto, assumiu a presidência da CVRVV.

Há cerca de dois anos, estava já no Porto por motivos familiares, apresentou-se a possibilidade de me candidatar à comissão do vinho verde. Apesar de ter a minha atividade, que exercia entre o Porto e o Alentejo, tinha gostado muito de fazer este serviço na CVRA e, quando me desinquietaram para uma função similar, embora diferente, fiquei muito interessada e estou a gostar muito. Não é propriamente uma função fácil, mas tem desafios muitos interessantes, há sempre muita coisa a mudar, há muita coisa a pensar antes de mudar.

Faz, entretanto, em agosto um ano desde a sua tomada de posse.

Foi mesmo no final de julho que tomou posse a nova direção. Os meus colegas da direção são o Óscar Meireles (Quinta da Lixa) em representação do comércio e Rui Pinto (Terras Felgueiras) em representação da produção.

Que balanço faz do primeiro ano de atividade da comissão?

Numa altura em que o comércio está tão volátil e instável, e não sendo o vinho um bem essencial, é também verdade que é difícil retirá-lo dos hábitos de quem já o consome. É de facto uma forma muito gratificante de poder consumir algo que tem um apelo diferente dos outros produtos alimentares. Mas, mesmo assim, a situação económica tem vindo a dificultar a tarefa. Não é só no comércio, é em toda a cadeia, desde a viticultura à produção.

Quando entrei com os colegas desta direção, vivia-se um momento de grande incerteza que permanece. Há muitas áreas a precisarem de ser restruturadas, há os desafios da sustentabilidade, das alterações climáticas e do seu impacto na viticultura. Há muitos temas que já vêm de trás que precisam de ser pensados a médio e longo prazo para preparar a região para o futuro. É necessário priorizá-los, para os executar bem, ou pelo menos do que achamos que é bem aos olhos de hoje. Para isso, é preciso consultar bastante o setor.

Escutar. É o trabalho que têm vindo a fazer?

Sim, temos estado a fazer levantamento junto dos produtores e viticultores, a fazer visitas, comités técnicos e grupos técnicos de consulta onde vamos refletindo sobre estes levantamentos, procurando refletir as suas preocupações e expectativas no trabalho da comissão.

Não quero deixar de dizer que esta comissão está muito bem organizada, está muito sólida. Teve como presidente Manuel Pinheiro durante 22 anos, que fez um grande trabalho na área da promoção, na organização dos serviços, que permite à comissão pode fazer o seu trabalho de certificação quase sem mexidas. No entanto, é necessário ir adaptando aos tempos e às necessidades dos agentes económicos. Melhorar a eficiência dos serviços, a forma de os trabalhar, a informatização, o acesso à tecnologia por parte dos associados.

Que ilações já retiraram?

É preciso pensar em linhas gerais a Denominação de Origem (DO) e Identificação Geográfica (IP) Vinho Verde. Que caminho vão tomar? Quais as necessidades em termos de regulamentação e também daquilo que a região quer ter em termos de portefólio de produtos e estilos de vinho? Onde é que a região acha que deve ser um player e deve estar a jogar? Para nos prepararmos nessa medida, porque isso reflete-se na viticultura, na produção e nos estilos de vinho aprovados. Depois, há outras questões mais transversais e estratégicas ao setor, como as questões de auxílio aos produtores, no que diz respeito à implementação de medidas de sustentabilidade que são absolutamente necessárias. Dada a pulverização do negócio e da viticultura na região são mais difíceis de implementar porque são pequenos negócios, nos quais é necessário fazer um trabalho de proximidade no que diz respeito à formação, informação e passagem de conhecimento prático, que possa ser aplicado na viticultura no âmbito de boas práticas e que os leve a valorizar o valor da uva e do vinho.

Os desafios são muitos e estão identificados.

Sim, mas não ficam por aqui. Perceber em que áreas da investigação e desenvolvimento, e do conhecimento, é que vamos apostar para seguir caminho da melhor forma possível, como um acelerador da posição do vinho verde como um produto bem feito, de qualidade, que possa ser valorizado mais tarde.

Não quer isto dizer um produto totalmente moderno porque também é preciso valorizar a tradição, um aspeto a conhecer melhor através da história. Queremos preservar a herança da viticultura porque também é uma aposta em relação ao turismo e a uma série de outras áreas.

Falta ainda o património. Esta comissão é muito interessante e rica em património. O local onde estou a dar esta entrevista é a casa do vinho verde, o Palacete Silva Monteiro, que também necessita de ser restruturado e requalificado no sentido de servir o enoturismo e de ser o ponto de partida, o quilómetro zero, para a rota do vinho verde.

Temos ainda a Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG), localizada em Arcos de Valdevez, onde se fazia investigação, que necessita de ser revitalizada para continuar a fazer investigação e produzir essa experimentação em termos de viticultura. Este espaço deve ser exatamente um centro experimental que sirva aos produtores para se poderem ir lá informar e participar em estudos. Ter o seu próprio centro de inovação e desenvolvimento é uma coisa fantástica. Pelo que conheço não há nenhuma CVR que tenha. Demora algum tempo, mas temos de o fazer.

Já tem pistas sobre este caminho a seguir para o DO e IG? Falou por exemplo de necessidades de regulamentação.

Temos algumas pistas que resultam sobretudo de levantamentos feitos no passado. O vinho verde até há algum tempo era uma categoria muito ocupada por vinhos com um perfil mais jovem, leve e fresco. Atualmente, grande parte das empresas têm também no portefólio vinhos varietais, das castas Loureiro, Alvarinho, Avesso, Azal, entre outras, que resultam em vinhos com potencial de estágio.

A região ainda não fez, no entanto, o percurso de os colocar devidamente no conhecimento do público e deve fazer esse trabalho, porque atualmente o vinho branco está em alta, é muito procurado. Há até um défice de vinho branco de qualidade, que é o que a região mais tem, e isto está a ajudar-nos na comercialização. Uma região que quer ver a sua uva e o seu vinho valorizado tem de apostar, talvez, num menor volume dos lotes, mas ter vinhos de bastante qualidade, que estão bem em restaurantes, têm um preço mais elevado, afirmando-se pela qualidade em termos de topo de gama.

É este trabalho que é preciso ser feito. É uma das direções que é necessário continuar a trabalhar em segmentos específicos. O vinho verde tradicional tem o seu público e a sua ocasião. A ocasião de consumo determina também o tipo de vinho que bebemos. Depois, tem o outro segmento que tem de ser trabalhado e onde tem de ser feita uma aposta grande também por parte da CVR em termos de orçamento e de promoção.

Como se comportaram os vinhos verdes nos primeiros seis meses do ano?

Calculamos as vendas em função dos selos de garantia. A partir do momento em que o selo de garantia é vendido ao produtor, o vinho entrará no comércio, funcionando como uma antecipação do que vai ser comercializado. O que tem acontecido é que as vendas de vinho branco têm estado a aumentar. As vendas de selos analisadas no ano móvel de maio 2022 a maio deste ano, aumentaram 8% no vinho branco. Também aumentaram no rosado e mantiveram-se estáveis nos tintos.

É verdade que vendas estão a aumentar, em função de alguma sazonalidade neste período do ano e também das tendências de mercado.

Como estima que as vendas evoluam até ao final do ano?Dora Simões 5

A tendência não nos leva a acreditar que a situação se inverta. É verdade que pode haver alguma alteração, mas o mercado mantém-se bastante interessante pelo efeito muito positivo do turismo. Ainda que possa haver alguma estabilização no consumo de vinho por parte da população portuguesa, tem-se vindo a verificar que o consumo cresce, especialmente nos vinhos brancos.

Na exportação, se vai ter inflexão? Penso que tem muito a ver com os mercados. Há alguns mercados onde verificamos alguma retração, mercados onde o vinho verde tem posições importantes, o caso dos EUA e da Alemanha, por exemplo. Quando há retração de consumo nestes mercados em resposta a uma crise, o vinho está entre os produtos com maior decréscimo de consumo. Estamos a ver algum decréscimo nas vendas para os EUA, por exemplo, mas também há mercados onde as exportações estão a aumentar.

Se esta tendência de desvio nas exportações se mantiver, poderemos ficar numa situação mais neutra e não de grande impacto. Mas tudo depende das importações individuais de cada país. Para já, não vemos inflexão. A comercialização de selos aos produtores, que são quase de imediato colocados nas garrafas para serem comercializados está a subir e esse movimento dá-nos alguma segurança.

Quais são os mercados externos onde os verdes estão a ganhar vendas?

Há uma ideia generalizada de que tem havido uma valorização grande em todos os vinhos portugueses nos mercados de exportação. Penso que vendemos vinhos mais caros, de facto, porque os vinhos se tornaram mais caros para fazer face aos incrementos de preço nos componentes de embalagem, dos custos de produção, entre outros. Invariavelmente, todas as empresas fizeram uma atualização de preços nestes últimos dois anos. Mas esse aumento de preço está a fazer face a um aumento do custo de produção. Não é uma valorização intrínseca do produto, antes um reflexo dos seus custos.

Posto isto, o valor aumentou em todos os mercados, numa medida maior do que aumentou o volume, mas as maiores subidas em valor deram-se em Espanha, EUA, Letónia e Rússia. No Reino Unido também tem havido incremento, embora tenha um tracking diferente desde que não é membro da União Europeia, assim como na Irlanda e Polónia.

Pelo contrário, verificam-se decréscimos no Japão, no Brasil e na Estónia. Os que nos preocupam mais são países como Brasil, França, Canadá e Alemanha que tiveram algum decréscimo nas importações.

Noto que os produtores estão a dar atenção a outros mercados. Na organização da própria comissão estamos também a iniciar agora mercados onde não havia promoção, como é o caso da Coreia do Sul. Mesmo em Inglaterra não se fazia muita atividade. São iniciativas promocionais que ainda estão a arrancar, mas que têm em vista dar resposta a alterações de mercado que consideramos que vão acontecer nos próximos anos.

Quais as linhas estratégicas da promoção internacional?

A região tem vindo a acolher produtores que estão noutras regiões vinhateiras. Até pelo tipo de vinhos que aqui se pode produzir, a região tem vindo a receber uma série de novos agentes económicos. Ao ter produtores multi região, muitas vezes, por uma questão de oportunidade, a região organiza-se com a ViniPortugal mas também faz promoção com produtores locais que querem fazer parte daquilo que é a marca da região.

A região tem muita tradição de promoção no mercado nacional, mas principalmente em mercados externos. Tem uma vocação exportadora muito grande. A região dos vinhos verdes coordena-se com a ViniPortugal também no sentido de ter uma calendarização diferenciada. E temos também a possibilidade de ir a alguns mercados onde a ViniPortugal não está presente, da mesma forma que levamos produtores de menor dimensão, que de outra forma não tinham provavelmente capacidade para estar enquadrados nos programas da ViniPortugal. Os programas da região, pela sua especificidade, são ações mais micro e dedicados a determinadas categorias de produto.

Temos vindo a fazer ainda participações em feiras e recebemos a visita de jornalistas, importadores e líderes de opinião no sentido de divulgar o vinho verde e as virtudes da região.

Pode-se dizer que o alvarinho é a casta estrela da região?

É a estrela no topo de gama. Penso que talvez seja a casta mais valorizada em Portugal. Produz vinhos muito elegantes, frescos, vinhos que atualmente competem mundialmente, que estão a ganhar espaço nessa frente, e ajudam na promoção de qualidade da região.

O Loureiro é a casta mais plantada na região. Há ainda muito a descobrir sobre esta casta que já tinha alguma tradição em monovarietais e também em blends. Também o Avesso, o Azal, o Trajadura são muito utilizadas na produção de vinhos brancos.

A região faz uma produção muito baixa de vinhos tintos, dos que produz o Vinhão é a casta que se usa maioritariamente. Se bem que se começa a fazer um trabalho de descoberta de castas tintas mais aptas para fazer rosés. Este é um segmento que não existia nos verdes até há bem pouco tempo e os produtores estão a utilizar novas castas para fazer rosés de cor mais clara dando resposta às tendências de consumo.

Essa tendência já se materializa em vinhos?

Sim, o portefólio dos produtores abriu-se aos rosés. A maioria das empresas que têm castas tintas, há poucas só a fazer exclusivamente brancos, faz também rosés, com maior ou menor volume. Uma questão levantada nos comitês técnicos que temos feito com produtores e viticultores é exatamente a necessidade de plantar e saber mais sobre castas tintas que possam trazer à região bons vinhos rosés adaptados às necessidades de mercado. Porque naturalmente os vinhos da região já vão ter menos álcool e pouca acidez, sendo já muito adaptados às tendências de mercado no que diz respeito ao perfil. Vão ter de melhorar é a cor. O Vinhão não dá essa possibilidade. Dá um rosé bastante escuro. Há técnicas enológicas que permitem fazer um vinho mais claro, mas há uma necessidade de aperfeiçoar a região no que diz respeito a rosés e também tintos mais leves e de cor mais aberta.

Embora seja uma região altamente especializada em brancos e continuará a ser, quer também ter um percurso de qualidade e valor e de adaptação ao mercado nos tinto e rosés.

Qual a área cultivada de vinha na região?

São cerca de 17 mil os hectares plantados na região. Na última década e meia, a região modernizou-se. Era uma região muito tradicional nas técnicas de viticultura e de forma de condução da vinha. Apostou em conduções modernas que permitiram algum tipo de mecanização e também uma produção mais constante e com menos impacto das condições climáticas, porque permitem, por exemplo, maior arejamento e maior exposição solar.

O programa de apoio à reestruturação da vinha – o Vitis – teve um grande impacto no vinho verde. Apesar de ter diminuído a área de plantação de vinha, a modernização da viticultura no vinho verde tem aumentada a produção em virtude de um aumento da eficiência na vinha.

É preciso também ter cuidado com aquilo que é a paisagem tradicional de vinho verde, tem de haver um equilíbrio entre o que é a modernidade e a tradição para que não se percam valores importantes para o enoturismo. Ao nível da viticultura e da manutenção da paisagem, tem de haver também manutenção do enforcado, das ramadas, entre outros. Daquilo que é característico da região.

Como é que o terroir da região e as próprias castas influenciam o perfil dos vinhos e os distinguem dos restantes produzidos em Portugal?

Os vinhos verdes não são um estilo de vinho. São a DO. Há uma dificuldade em comunicar porque dizer vinho verde parece que é um tipo de vinho. Na verdade, é a DO. A região foi delimitada em 1908, assinala este ano 115 anos. Tem uma diversidade enorme, pela geografia montanhosa do próprio Minho. É quase um anfiteatro que vai até ao mar. Tem também muitos rios que são entradas de ventos do Atlântico na região. E tem altitude, uma vez que a região tem muita viticultura de montanha. Esta diversidade vai criar diferentes microclimas. A DO Vinho Verde permite assim vinhos de perfil muito diferente. Veja, por exemplo, o caso dos alvarinhos da sub-região de Monção e Melgaço.

O que se pode dizer transversalmente em relação ao vinho verde é que tradicionalmente têm acidez elevada, uma frescura aromática grande, graus de álcool inferiores e que muitas das castas utilizadas, se vinificadas da forma certa, vão ter potencial de envelhecimento. Estamos a ver esse potencial agora e já o podemos demonstrar. Há produtores que já podem fazer provas verticais com vinhos com mais de uma década de envelhecimento.

Este é um dos grandes tabus do vinho branco. Há a ideia de que o vinho branco não envelhece bem. Mas isto não é verdade em muitos vinhos brancos da região do vinho verde. Temos de alterar este paradigma que não é exclusivo dos vinhos verdes, nem de Portugal. Todos os brancos no mundo e em Portugal devem trilhar este caminho porque todos perdemos que não o fizermos.
*Entrevista originalmente publicada na edição 415

Sobre o autorRita Gonçalves

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Retalho

Personalização e investimento em tecnologia são tendências no retalho em 2025

Abordagens personalizadas, aposto em modelos de subscrição e fidelização e investimento em tecnologia são as principais tendências do retalho em 2025, identificadas pela CI&T.

Hipersuper

A CI&T destaca a aposta em modelos de subscrição e fidelização, e o investimento em tecnologia como as principais tendências. O desenvolvimento de abordagens que promovam a ligação emocional com os consumidores será outra mais-valia em 2025.

“Os dados demográficos desempenham um papel fundamental na definição das estratégias de retalho; é, por isso, essencial compreender as mudanças geracionais”, defende a empresa especialista global em transformação tecnológica. Acrescenta, por isso, que uma boa estratégia para trazer inovação ao retalho será tirar partido de tecnologias das aplicações de encontros, como a geolocalização, para a criação de ofertas e experiências hiper-personalizadas.

“Os comerciantes podem, por exemplo, possibilitar que os consumidores paguem um valor único para obter funcionalidades premium, ou ajudá-los a melhorar o ‘algoritmo’ de produtos que lhes aparecem e a atualizar as suas preferências após grandes eventos da vida, como casamentos, filhos ou mudanças de casa”, refere.

Aposta em modelos de subscrição e fidelização

Para a CI&T “será cada vez mais relevante” manter os consumidores próximos das marcas, pelo que o setor do retalho “deverá apostar na construção de comunidades digitais para aprofundar o contacto com o cliente mais além das páginas de redes sociais, websites e espaços físicos de venda”. Nesse sentido, aponta os modelos de subscrição como tendência para 2025: “os comerciantes devem procurar introduzir serviços de subscrição específicos para determinadas categorias, que proporcionem acesso ilimitado a determinados produtos ou experiências”. Outra tendência são os programas de fidelização, que proporcionam aos consumidores “um sentido de exclusividade que faça aumentar o seu interesse”. “Explorar estratégias para aumentar a sua fidelização e envolvimento será fundamental para ter sucesso num mercado altamente competitivo”, assegura.

Maior ligação emocional

SOobre esta tendência,  a CI&T avança que os comerciantes podem adotar abordagens que permitam aos clientes desfrutar de listas de reprodução relevantes para si enquanto estão na loja, ou mesmo propor-lhes ofertas e descontos específicos em função do seu estado de espírito. “Para isso, podem pedir que preencham questionários em tempo real para ajudar a conseguir a máxima personalização da sua experiência de compra”, exemplifica. Para além disso, proporcionar aos consumidores um resumo dos seus hábitos de compra, “como também o Spotify faz anualmente com o seu ‘Wrapped’”, é uma estratégia inteligente para fortalecer a ligação emocional com os consumidores, que geralmente estão interessados em conhecer os detalhes da sua própria experiência”, acrescenta.

Mais tecnologia

A empresa de tecnologia da informação e software, defende ainda que em 2025 os comerciantes devem tirar o máximo partido da GenAI e capacitar os consumidores para que, por exemplo, “personalizem a sua utilização da app ou website das marcas, escolhendo o esquema de cores que preferem, vendo modelos com as suas dimensões aproximadas/formas do corpo similares, e alternando entre os modos claro e escuro”.

Outra tecnologia que a empresa avança como tendência no retalho para este ano – e que, refere, é já amplamente utilizada na Ásia e pode ser melhor explorada na Europa – são os códigos QR, que podem ser utilizados “com grande eficácia para emitir vouchers temporários, publicidade com realidade aumentada, logins seguros em aplicações e muito mais”. Em paralelo, também ganham força as tecnologias de ‘smart shopping’, como as caixas automáticas com RFID e os carrinhos inteligentes, pois permitem diminuir os tempos de espera nas caixas e nos provadores, indica.

“À medida que os consumidores se tornam mais exigentes e procuram experiências que ultrapassam as simples transações, as marcas precisam de descobrir como aportar valor de forma única e significativa. Quer através de programas criativos de subscrição e fidelização, ou de envolvimento emocional, estar próximo dos clientes e conhecê-los profundamente será o caminho mais certo para o sucesso”, comenta Melissa Minkow, director, Retail Strategy da CI&T.

“Prevemos um 2025 cheio de oportunidades para o setor do retalho, e tudo indica que a personalização será o grande pilar que moldará o setor este ano. Os consumidores querem cada vez mais controlo sobre as suas escolhas e preferências, e o retalho tem de se adaptar a essa realidade,” conclui.

Sobre o autorHipersuper

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Retalho

Lidl investe mais de 7 milhões de euros em nova loja no concelho da Trofa

Nova loja resulta de um investimento de mais de sete milhões de euros, criando 17 novos postos de trabalho

Hipersuper

É a primeira loja Lidl no concelho da Trofa. Com uma área de vendas de 1500 m², contou com um investimento de mais de sete milhões de euros, criando 17 novos postos de trabalho.

A loja conta com uma zona de padaria e pastelaria, incluindo uma máquina de corte de pão, bem como uma zona de corte de bacalhau e de frango assado, de entre uma grande variedade de produtos alimentares e não alimentares, de máxima qualidade ao melhor preço. Para os clientes que preferem esta opção, há ainda seis caixas de pagamento rápido, três das quais adequadas para carrinhos de compras.

Reforçando o compromisso do Lidl com a sustentabilidade e o ambiente, a loja conta com iluminação LED e pré-instalação de painéis fotovoltaicos. No parque de estacionamento encontram-se dois postos de carregamento para carros elétricos, que possibilitam uma recarga de 80% da bateria em apenas 30 minutos, o que permite o abastecimento durante uma ida regular às compras. A pensar no futuro, o Lidl sublinha que foi construído um espaço que vai permitir a gestão de vasilhame que será disponibilizado em breve a todos os clientes.

No âmbito da parceria ao abrigo do seu programa Realimenta, e com o duplo objetivo de apoiar a comunidade e combater o desperdício alimentar, a nova loja da Trofa irá beneficiar a Refood 4 Good Associação, Núcleo Trofa.

No âmbito desta obra, foi também investido no espaço público através da colocação de iluminação pública e construção de passeios em redor da loja, assim como a execução de uma rotunda. De forma ajudar ainda mais aos seus clientes, esta loja conta com recetáculos para encomendas e lavandaria self-service.

A loja está aberta diariamente das 8 às 21 horas. O parque de estacionamento tem capacidade para mais de 140 lugares.

 

Sobre o autorHipersuper

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Retalho

Husky Intelligent Fridges reforça posição no retalho inteligente com a aquisição da Selfly Store

A Husky Intelligent Fridges sublinha que esta fusão tem como objetivo redefinir o panorama do vending inteligente e da refrigeração comercial conectada.

A Husky Intelligent Fridges, empresa europeia de referência em refrigeração comercial, adquiriu aa Selfly Store, referência no setor de vending inteligente na Europa, anteriormente pertencente ao grupo Stora Enso Plc.

A procura por soluções de retalho não assistido, como microlojas e máquinas de vending inteligente, tem registado um crescimento acelerado desde a pandemia de COVID-19, com previsões de aumento anual de 65%, atingindo os 3,1 mil milhões de euros até 2031, na Europa. A Husky Intelligent Fridges tem tido um papel importante nesta transformação, disponibilizando conceitos personalizáveis de self-service, que permitem a operadores de catering e restauração reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência através de ferramentas de monitorização remota.

Por sua vez, a Selfly Store consolidou uma forte presença em mais de 20 países europeus, atuando em diversos setores, como hotéis, hospitais, estações de carregamento de veículos elétricos, estádios e locais de trabalho. Em 2024, as suas máquinas de vending inteligente registaram um aumento de 52% na receita média gerada pelos operadores, em comparação com o ano anterior.

Sinergias para inovação e crescimento

Em comunicado, a Husky Intelligent Fridges sublinha que esta fusão tem como objetivo redefinir o panorama do vending inteligente e da refrigeração comercial conectada, alavancando portefólios de clientes complementares para expandir a presença de mercado. As empresas irão combinar a sua experiência em desenvolvimento de produtos, investigação e operações para acelerar a inovação, além de otimizar processos com fornecedores e parceiros, promovendo maior eficiência e valor para os clientes.

“Esta parceria exemplifica o princípio de que o todo é maior do que a soma das partes”, afirmou Serge Kremer, cofundador da Husky Intelligent Fridges. “Juntos, não apenas iremos melhorar a nossa oferta de produtos, mas também estabelecer novos padrões para a indústria da refrigeração inteligente. A nossa dedicação à inovação, crescimento e satisfação do cliente será o motor para alcançarmos novos patamares. Fiquem atentos às novidades que esta parceria trará.”, acrescentou.

Um futuro promissor no retalho autónomo

Aslak de Silva, CEO da Selfly Store, também se mostrou confiante com a aquisição: “Estamos muito satisfeitos por integrar a família Husky. Esta parceria permite-nos ampliar o nosso impacto, tirando partido da experiência da Husky para impulsionar ainda mais a nossa missão de revolucionar as compras grab-and-go através de tecnologia inovadora e orientada por dados. Juntos, iremos liderar a transformação do retalho inteligente e das microlojas potenciadas por inteligência artificial, oferecendo um valor excecional a operadores e consumidores.”.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

ESG

Auchan apoiou em mais de 1 milhão de euros ações de responsabilidade social em 2024

“O compromisso com a responsabilidade social é um pilar fundamental da nossa atuação e continuaremos a trabalhar para construir um futuro mais sustentável e solidário tal como em 2024, com o objetivo de alimentar uma vida melhor de todos”, sublinhou Rita Cruz, diretora de responsabilidade social e ambiental da Auchan Retail Portugal.

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A Auchan assinala o impacto positivo das suas ações de responsabilidade social em 2024, que totalizou um apoio superior a 1 milhão de euros, valor que reflete o compromisso da marca com as comunidades locais, materializado em várias frentes, desde o apoio a organizações sociais a ajuda direta a associações locais e corporações de bombeiros.

Os dados foram revelados esta quarta-feira, no Dia Internacional do Obrigado. Este dia “é uma oportunidade para expressarmos a nossa gratidão a todos os que tornaram possível este impacto na sociedade”, sublinhou Rita Cruz, diretora de responsabilidade social e ambiental da Auchan Retail Portugal, em comunicado. “O compromisso com a responsabilidade social é um pilar fundamental da nossa atuação e continuaremos a trabalhar para construir um futuro mais sustentável e solidário tal como em 2024, com o objetivo de alimentar uma vida melhor de todos”, acrescentou

Ao longo do ano, a Auchan dinamizou campanhas de solidariedade em parceria com sete organizações nacionais – Animalife, Banco Alimentar, Operação Nariz Vermelho, Cruz Vermelha Portuguesa, AMI, Mama Help e Make-a-Wish Portugal – e  angariaram um total de 651 122,00€.

A Fundação Auchan, focada em promover o acesso a uma alimentação saudável, distinguiu 10 projetos sociais com um apoio total de 262 983,00€. Organizações como a Comunidade Vida e Paz, Centro Social Soutelo, Associação EKOA, 55+, CEPAC, Centro Social Paroquial de Cristo Rei, AMI, ANP|WWF, Associação Fermentar e Associação Integrar beneficiaram deste investimento, que visa fortalecer o tecido social e promover o bem-estar das comunidades.

Além das parcerias estratégicas, as lojas Auchan contribuíram com mais de 90 mil euros em donativos diretos a cerca de 200 associações locais, respondendo a necessidades específicas e diversificadas em todo o país.

A inovação social também marcou 2024, com o lançamento de dois novos produtos solidários. Em parceria com a re.store, a Auchan passou a comercializar camas para animais produzidas com desperdícios têxteis por reclusos do Estabelecimento Prisional de Guimarães, uma ação que promoveu a reinserção social e a sustentabilidade. Foi também criado um vinho solidário, criado em colaboração com a Fundação LIGA e a Casa Ermelinda de Freitas que angaria fundos para apoiar o trabalho da Fundação na área da deficiência.

No combate aos incêndios florestais, a Auchan demonstrou o seu apoio a 13 corporações de bombeiros, disponibilizando bens essenciais como água e alimentos, num valor total de 4 750,00€, e vales de combustível Auchan Energy no valor de 6 500,00€, entre junho e setembro, período crítico de incêndios.

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Retalho

Compras online atingem recorde de 1,2 biliões de dólares impulsionadas por IA e redes sociais

Crescimento impulsionado pela adoção crescente de inteligência artificial (IA) e pelo impacto das redes sociais nas decisões de compra.

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A época festiva de 2024/25 registou um novo marco no comércio eletrónico global, com os consumidores a gastarem 1,2 biliões de dólares em compras online, segundo dados divulgados pela Salesforce. Este crescimento foi impulsionado pela adoção crescente de inteligência artificial (IA) e pelo impacto das redes sociais nas decisões de compra.

A IA teve um papel central ao influenciar 229 mil milhões de dólares em vendas online, representando 19% das encomendas globais. Ferramentas como recomendações personalizadas de produtos e assistentes virtuais foram amplamente utilizadas, aumentando em 25% a sua presença em comparação com o período pré-natalício.

No entanto, o volume de devoluções também cresceu de forma expressiva, atingindo 122 mil milhões de dólares, um aumento de 28% face ao ano anterior. Esta tendência levanta preocupações no setor, especialmente com a pressão sobre as margens de lucro das retalhistas.

“As marcas de retalho tiveram uma época festiva robusta, mas um aumento de 28% na taxa de devoluções em comparação com o ano passado, o que é motivo de alguma preocupação”, explica Caila Schwartz, diretora de consumer insights da Salesforce. “Os retalhistas que adotaram a IA e os agentes já estão a ver os benefícios, mas estas ferramentas serão ainda mais críticas no novo ano, à medida que as marcas tentam minimizar as perdas de receitas nas devoluções e voltar a interagir com os compradores.”, acrescenta.

Outro destaque da temporada foi o crescimento das vendas em plataformas sociais. Estratégias de social commerce garantiram 20% das vendas globais de fim de ano, com plataformas como TikTok Shop e Instagram a desempenharem um papel significativo. O tráfego gerado por redes sociais aumentou 8% face ao ano anterior, representando 14% de todas as visitas a sites de e-commerce.

O comércio mobile também registou uma evolução notável, com 70% das encomendas a serem realizadas a partir de dispositivos móveis, um aumento em relação aos 67% do ano anterior. No pico da temporada, no dia de Natal, 79% dos pedidos foram feitos via mobile.

Apesar destes resultados positivos, as marcas adotaram políticas de desconto mais moderadas. Nos EUA, os descontos médios fixaram-se em 23%, enquanto a nível global atingiram 22%. Entre os setores com maiores reduções destacaram-se a maquilhagem (36%), vestuário (30%) e cuidados com a pele (28%).

Olhando para 2025, a personalização através de IA e os programas de fidelização surgem como tendências-chave para o retalho, com 72% dos consumidores norte-americanos a indicarem que a fidelização influencia a continuidade de compras junto das mesmas marcas.

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Bebidas

35% dos Vinhos do Alentejo já são produzidos de forma mais sustentável

Mais de 35% do vinho produzido na região é feito de forma mais sustentável por produtores certificados no âmbito do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA). Iniciativa já certificou 25 produtores e mais de 7 mil hectares de vinha.

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O selo de produção sustentável do PSVA, atribuído pelos quatro organismos de certificação parceiros da CVRA, já foi obtido por 25 produtores alentejanos que incluem a produção de uvas de 404 viticultores que cuidam de 7.470 hectares de vinha – o que representa 31,8% da área de vinha do Alentejo e mais de um terço do vinho produzido, de um total de 121 milhões de litros de vinho.

“Estes resultados são a evidência do elevado compromisso que os produtores do Alentejo têm para com o desenvolvimento sustentável das vinhas e adegas, com impacto na qualidade do vinho, nos ecossistemas e biodiversidade, na escolha de materiais utilizados na produção e nas embalagens, na gestão de água e energia, na promoção da economia circular e no desenvolvimento socioeconómico de uma região onde a cultura da vinha e a produção de vinho são muito significativos”., sublinha Francisco Mateus, presidente da CVRA, em comunicado.

João Barroso, coordenador do PSVA, reconhece ainda que “a massa critica encontrada no Alentejo no que respeita à produção sustentável é única em Portugal e considerada internacionalmente uma das mais exigentes e reputadas, o que reflete o empenho dos nossos produtores em adotar práticas sustentáveis em prol da sociedade como um todo.”

O Alentejo é pioneiro em Portugal na implementação de práticas sustentáveis no setor vitivinícola e, como explica Francisco Mateus, a ambição passa por “crescer nestes resultados ao nível regional, mas também de ver os produtores a exibirem com orgulho a certificação de produção sustentável dos Vinhos do Alentejo, contribuindo para que o nosso país se destaque no panorama internacional”.

No total, o PSVA integra mais de 637 membros dos quais 25 certificados, tendo sido atribuída a primeira certificação de produção sustentável em dezembro de 2020 e, a mais recente, em novembro do ano passado. Os produtores certificados são sujeitos a auditorias anuais para avaliar o cumprimento dos 171 critérios de avaliação do PSVA, iniciativa criada pela CVRA em 2013 e lançada oficialmente em 2015.

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Bebidas

Vinalda distribui vinhos e azeites da Companhia das Lezírias

A Vinalda celebrou uma parceria com a Companhia das Lezírias para a distribuição exclusiva das principais marcas de vinhos e azeites produzidas pela maior exploração agropecuária e florestal do País.

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“Os vinhos da Companhia das Lezírias vêm complementar o portefólio da Vinalda, que já há algum tempo não tinha qualquer produtor na Região dos Vinhos do Tejo”, afirma o administrador Bruno Amaral, salientando que esta parceria assenta no facto de “as marcas da CL serem uma referência histórica na vinificação das castas Fernão Pires e Castelão, contribuindo para o fortalecimento da nossa proposta com forte ambição, uma imagem muito apelativa e uma excelente relação qualidade-preço”.

“O acordo celebrado decorre da estratégia de crescimento da nossa presença no mercado dos vinhos, nas suas várias componentes, tendo escolhido como nossa parceira a Vinalda pela sua reconhecida competência e experiência neste tão disputado setor. Acreditamos que se trata de uma parceria de excelência, assente em equipas profissionais e motivadas, que certamente apresentarão resultados à altura das expetativas”, acrescenta Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da administração da Companhia das Lezírias.

Esta parceria parte da necessidade de aumentar os canais de distribuição e o reconhecimento dos vinhos da Companhia das Lezírias no mercado, acompanhando o aumento de produção e de qualidade.

“A consolidação e o crescimento de uma marca dependem de parcerias estratégicas, que acreditam na qualidade e no valor dos nossos vinhos, dando corpo a uma nova etapa na afirmação da marca ‘Companhia das Lezírias’”, salienta o ex-presidente da CAP.

A história da Companhia das Lezírias (CL) começa em junho de 1836, decorria o reinado de Dª Maria II, mas foi em 1881 que, com a plantação da primeira vinha se iniciou a atividade vitivinícola. Hoje, a empresa pública tem 140ha de vinha e 70ha de olival, numa exploração que ultrapassa os 21.300ha.

Portefólio

Vinhos

Companhia das Lezírias:

  • Séries Singulares (Castelão, Fernão Pires, Moscatel e Colheita Tardia)
  • 1836 (Grande Reserva Branco e Tinto, Espumante Bruto Branco e Rosé)
  • Senhora Companhia (Tinto e Licoroso)

Tyto alba (Branco, Rosé, Tinto, Tinto BIO, Sauvignon Blanc, Touriga Nacional e Merlot)
Herdade de Catapereiro (Branco, Tinto, Escolha Branco e Tinto e Reserva Tinto)
Senhora de Alcamé (Tinto BiB)

Azeite

Companhia das Lezírias Virgem Extra Reserva
Alter Real Virgem Extra

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Nos dias 5 e 6 de fevereiro de 2025, os visitantes profissionais da FRUIT LOGISTICA poderão votar nas suas inovações favoritas do ano.

Exportação

Já são conhecidos os dez finalistas dos prémios de inovação da Fruit Logistica 2025

A Fruit Logistica revelou os dez finalistas para os seus  prémios de inovação. Os vencedores serão anunciados durante a edição de 2025, de 5 a 7 de fevereiro em Berlim. 

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Entre quase 70 candidaturas, foram selecionadas cinco inovações para o Fruit Logistica Innovation Award (FLIA) e cinco para o FLIA Technology.

Kai Mangelberger, diretor da feira internacional dedicada ao setor de produtos frescos, destacou a importância da participação dos visitantes profissionais na escolha dos vencedores: “Agora é a vez dos visitantes profissionais. Todos os finalistas estarão presentes na Fruit Logistica 2025, e cada visitante poderá votar na inovação que considerar mais convincente este ano. Posso adiantar que a decisão não será fácil, pois todos os produtos e serviços apresentados são simplesmente excecionais.”.

Orgânico e Sustentável: O Organic Raingrown Avocado, da empresa holandesa Eosta/Nature & More, é o primeiro abacate orgânico disponível durante todo o ano, cultivado sem irrigação artificial, utilizando apenas água da chuva. Esta abordagem oferece uma solução sustentável face à crescente procura dos consumidores e à escassez global de água.
Abacate Orgânico Raingrown, Eosta/Nature & More, Países Baixos, Pavilhão 3.2, Stand B-44

Cadeia de Abastecimento Sustentável: Sob a marca ALDINA, a cadeia de supermercados ALDI SÜD, em parceria com a Frutania, está a comercializar na Alemanha uma única variedade de morango, garantindo aos produtores a compra durante toda a temporada. Este conceito visa impulsionar a produção sustentável de morangos no país, oferecendo benefícios económicos a longo prazo para todos os envolvidos e assegurando aos consumidores um sabor consistente.
ALDINA, Frutania, Alemanha, Pavilhão 27, Stand D-32

Laranja Inovadora: A ONIX, comercializada pela AMFRESH Spain Citrus, é uma laranja de cor vibrante, com casca laranja brilhante e tons de vermelho borgonha. A polpa, rica em antioxidantes e vitaminas, é suculenta e de sabor intenso. Cultivada em Espanha, destaca-se pela sua longa vida útil e destina-se ao segmento premium.
ONIX, AMFRESH Spain Citrus, Espanha, Pavilhão 8.2, Stand A-80

Tangerina Temática: A Halloweena, apresentada pela Genesis Fresh, é uma nova variedade de tangerina com formato de abóbora, fácil de descascar, praticamente sem sementes e de sabor doce. Cultivada de forma sustentável em Espanha, amadurece pouco antes do Halloween, posicionando-se como uma alternativa saudável aos doces tradicionais desta época.
Halloweena, Genesis Fresh, Espanha, Pavilhão 8.2, Stand A-80

Couve Coração: A Samantha, desenvolvida pela Bejo Zaden, é a primeira couve-savoy com formato pontiagudo, pesando menos de 500 gramas. Com uma forma compacta, estrutura foliar firme e sabor ligeiramente adocicado, é versátil na preparação culinária e adequada para saladas, pratos wok e grelhados.
Couve-savoy pontiaguda Samantha, Bejo Zaden, Países Baixos, Pavilhão 1.2, Stand C13

Finalistas do Fruit Logistica Innovation Award Technology 2025

Drones de Precisão: A ABZ Innovation, da Hungria, equipa drones para pomares e vinhas com um sistema de deteção baseado em LiDAR. Esta tecnologia permite mapeamento 3D em tempo real, reconhecendo obstáculos e ajustando dinamicamente a altura de voo, otimizando a pulverização de culturas e reduzindo o uso de químicos.
Revolução na agricultura de precisão: Mapeamento LiDAR em tempo real para operações de drones mais seguras e eficientes, ABZ Innovation, Hungria, Pavilhão 3.1, Stand C-21

Monitorização de Irrigação com IA: O FarmRoad Irrigation Module, da WayBeyond, oriunda da Nova Zelândia, auxilia agricultores na otimização do consumo de água. Utilizando dashboards impulsionados por inteligência artificial, combina dados climáticos locais com modelos sofisticados de demanda hídrica, permitindo ajustes diários no planeamento da irrigação.
Módulo de Irrigação FarmRoad, WayBeyond, Nova Zelândia, Pavilhão 3.1, Stand C-30

Conservação de Frutas em Transporte: O RYPEN Case Liner, da empresa britânica It’s Fresh, mantém frutas frescas por mais tempo durante o transporte. A tecnologia captura moléculas excessivas de etileno dentro das caixas, prolongando a vida útil dos produtos e reduzindo o desperdício alimentar.
RYPEN Case Liner, It’s Fresh, Reino Unido, Pavilhão 5.2, Stand B-24

Análise de Imagens em Estufas: A plataforma Croptimus, da Fermata Technology Limited, oferece aos agricultores tecnologia de análise de imagens que permite detetar precocemente doenças ou infestações em vegetais cultivados em estufas, possibilitando intervenções atempadas e redução de perdas.
Croptimus, Fermata Technology Limited, Chipre, Pavilhão 3.1, Stand C-20

Sistema Inteligente de Dosagem de Fungicidas: O CATsystem, da espanhola Productos Citrosol, é um sistema de consumo inteligente para o setor pós-colheita. Mede online e em tempo real as concentrações de fungicidas e outros componentes em soluções de produção, ajustando-as imediatamente, garantindo dosagens ótimas e maior sustentabilidade.
CATsystem, Productos Citrosol, Espanha, Pavilhão 18, Stand A-24

Os vencedores serão anunciados durante a edição de 2025 da Fruit Logistica, de 5 a 7 de fevereiro em Berlim.

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cvrl lisboa portugal

Bebidas

IVV confirma previsão de quebra: produção de vinho foi de 6,9 milhões de hectolitros

O volume da campanha 2024/2025 representa um decréscimo de 8% face à colheita anterior. A instabilidade meteorológica durante o ciclo vegetativo da videira foi um dos fatores de quebra, segundo o IVV.

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As declarações de colheita e produção da campanha 2024/2025 totalizam 6,9 milhões de hectolitros, representando um decréscimo de 8% face a 2023/2024, revela o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) numa nota publicada este mês. Na campanha anterior, foram produzidos 7.542 milhões de hectolitros de vinho em Portugal.

De referir que as previsões do IVV, publicadas a 30 de julho de 2024, já apontavam para este cenário, com uma estimava uma quebra de 8% na colheita, relativamente à anterior campanha. Em relação à média das cinco campanhas anteriores, houve uma redução de 0,1% na produção.

Quebras acima dos 20% em 5 regiões

Na generalidade, as produções por região vitivinícola registaram um decréscimo comparativamente à campanha anterior. As maiores quebras foram sentidas nas regiões dos Açores, da Bairrada, do Dão, da Península de Setúbal e de Lisboa, tendo sido superiores a 20%.

Na campanha 2024/2025, a região vitivinícola dos Açores produziu cerca de 4 mil hectolitros de vinho, segundo o IVV, uma quebra de 54% em relação à campanha anterior. Na Bairrada a quebra foi de 30%, o dobro do previsto pelo IVV em julho. A região produziu 175 mil hectolitros na atual campanha, contra os 251 mil produzidos em 2023/2024.

A região do Dão viu a produção cair 24%, para 214 mil hectolitros de vinho (foram 281 mil em 2023/2024). A previsão inicial apontava para uma quebra de 15%, com o míldio, “apesar dos tratamentos efetuados”, a provocar alguns prejuízos, indicava o IVV na nota de julho.

Também na Península de Setúbal a quebra ultrapassou os 20%. A região produziu 454 mil hectolitros na campanha 2024/2025, quando na anterior tinha registado 590 hectolitros, o que corresponde a uma diminuição de produção na ordem dos 23%. Na região vitivinícola de Lisboa a quebra foi de 21%. Foram produzidos 1.212 milhões de hectolitros na atual campanha, quando na anterior a produção chegou aos 1.539 milhões de hectolitros.

Quebras menos acentuadas em 4 regiões

Nas regiões produtoras de Trás-os-Montes, Tejo, Alentejo e Madeira, as quebras ficaram abaixo dos 20%.

Na nota divulgada em julho, sobre a estimativa de colheita, o IVV previa um aumento de produção de 8% na região de Trás-os-Montes, que acabou por não se concretizar. Porém, a quebra foi baixa: 1% (correspondente a 99 mil hectolitros de vinho) em relação à campanha de 2023/2024 (101 mil hectolitros).

No Alentejo, onde o IVV previa um decréscimo de 10%, a quebra foi de 8% em relação ao ano anterior – 1.133 milhões de hectolitros contra 1.233 milhões em 2023/2024. A região vitivinícola da Madeira registou uma quebra de 13%, indica o IVV (dados previsionais), em linha com a previsão de julho, que apontava para uma redução de 14% na produção de vinho em relação ao ano anterior.

Por último, na região do Tejo, a previsão inicial do Instituto da Vinha e do Vinho era de uma quebra de 5%. “Perspetivava-se uma produção superior à do ano passado, mas os fortes ataques de míldio travaram essa estimativa”, referia o IVV na nota de julho último. Mas a quebra acabou por ser maior, na ordem dos 14%, correspondente a uma produção de 651 mil hectolitros de vinho (foram 760 mil hectolitros na campanha anterior).

Regiões com mais produção

Entretanto, a quebra não foi sentida em todas as regiões e houve, inclusive, duas, que contrariaram as previsões iniciais. Nas regiões do Algarve e da Beira Interior “registaram-se aumentos de produção, face a 2023/2024, superiores a 20%”, avança o IVV.

No Algarve a subida foi de 27%, para 21 mil hectolitros de vinho (foram 17 mil hectolitros em 2023/2024), muito acima da estimativa de “uma campanha com um aumento de 7%”, apontada pelo IVV em julho, “impulsionado pela entrada em produção de novas vinhas com uva de qualidade e boa maturação”, avançava. O Instituto referia ainda a rega localizada e a precipitação ocorrida na primavera como fatores que beneficiaram o desenvolvimento das videiras.

Já na região da Beira Interior, onde as previsões iniciais apontavam para um crescimento de 15%, a produção aumentou 21% em relação à campanha anterior: 225 mil hectolitros de vinho (186 mil hectolitros em 2023/2024).

Também na região de Távora-Varosa a produção ficou acima das previsões iniciais do IVV, que indicavam ser “semelhante à campanha passada”. A campanha 2024/2025 acabou por se traduzir num aumento de 16% em relação à anterior, para 61 mil hectolitros de vinho (52 mil em 2023/2024).

Verdes e Douro contrariam tendências

As regiões dos Verdes e do Douro acabaram mesmo por contrariar as previsões iniciais e a tendência de quebra global na produção.

Nas previsões de julho, o IVV referia que para a região vitivinícola dos Vinhos Verdes era esperada uma quebra na produção de 5%, fruto “do aumento das temperaturas médias e precipitação, face a 2023”, que favoreceriam “o desenvolvimento vegetativo, mas aumentaram a incidência de míldio e Black Rot”. Mas a região acabou por registar uma subida de 10%, para uma produção de 1.015 milhões de hectolitros (na campanha de 2023/2024 foram 924 mil hectolitros).

Já no Douro, apesar de terem ficado parcelas e hectares de vinha por vindimar, fruto do excesso de produção em relação à procura, a produção aumentou 5% em 2024/2025.

Segundo o Instituto dos Vinhos do Porto e Douro (IVDP) nesta vindima, 237 parcelas não foram vindimadas ou foram parcialmente vindimadas, com a área de vinha não vindimada a corresponder a 117,4 hectares, ou seja 0,29 % da área de vinha DOP (Denominação de Origem Protegida) da Região Demarcada do Douro.

Mas o resultado da campanha 2024/2025 acabou por saldar-se por um aumento de produção: foram 1.632 milhões de hectolitros de vinho, contra os 1.562 produzidos na campanha anterior.

DOP e IGP dominam a produção

No global do país, as produções declaradas como aptas a Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP) continuam dominantes, “atingindo nesta campanha 91% da produção nacional”, revela ainda o IVV.

E em linha com o que tem ocorrido nos últimos anos, predomina a produção de vinhos tintos, representando 57% do total. “O volume dos vinhos brancos, ligeiramente acima dos 2,5 milhões de hectolitros, tem um peso de 36% na produção nacional e os vinhos rosados de 7%”, indica ainda o Instituto  que aponta entre os fatores que contribuíram para o decréscimo global na produção, a instabilidade meteorológica durante o ciclo vegetativo da videira, “que favoreceu o surgimento de doenças, com especial incidência do míldio”.

 

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Logística

Manpower TBO com nova área de outsourcing de indústria e processos logísticos

A Manpower TBO está a reforçar a sua atividade nos setores os setores da indústria e logística com uma nova área que vai ser liderada por Paula Guedes, com a gestão operacional a cargo de Manuel Santos e João Pinto.

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Segundo a Manpower, na área de outsourcing industrial, os seus serviços permitem gerir operações industriais de mão-de-obra intensiva, como abastecimento e recolha em linhas de montagem, embalamento ou armazenamento, promovendo uma maior eficiência e flexibilidade nos processos industriais.
Já no outsourcing dos processos logísticos, é realizada a gestão de processos logísticos, que incluem logística de armazéns, manipulações de produto e embalamento, picking, operações de carga e descarga, entre outros.

“Com esta nova atividade queremos reforçar o nosso compromisso para com os nossos clientes, apoiando-os nos seus processos, ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Através desta externalização, os clientes poderão concentrar-se nos seus objetivos estratégicos, ao mesmo tempo que garantem a eficiência das suas operações e uma maior flexibilidade de custos, aumentando a sua agilidade face às variações de mercado”, sublinha Paula Guedes, manager de Indústria e Logística da Manpower TBO.

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