Edição digital
Hipersuper - 415
Consumo

Já pode ler a edição de Julho/Agosto do Hipersuper

Já pode ler a edição de Julho/Agosto do Hipersuper que tem Dora Simões, presidente da Comissão dos Vinhos Verdes,  em destaque, que conta, na primeira pessoa, qual a estratégia da […]

Hipersuper
Hipersuper - 415
Consumo

Já pode ler a edição de Julho/Agosto do Hipersuper

Já pode ler a edição de Julho/Agosto do Hipersuper que tem Dora Simões, presidente da Comissão dos Vinhos Verdes,  em destaque, que conta, na primeira pessoa, qual a estratégia da […]

Hipersuper
Sobre o autor
Hipersuper
Artigos relacionados
Sabores do Brasil regressam às lojas Aldi até 18 de março
Retalho
Grupo Lego alcança receitas e lucros recordes em 2024
Não Alimentar
“The New Strategic Drivers”: QSP Summit 2025 aborda cultura, estratégia, inovação e os novos motores do sucesso
BRANDED
Fundação Auchan apoia projetos sociais que promovem alimentação saudável
Retalho
Enoturismo no Alentejo recebeu 195 mil visitantes em 2024
Bebidas
Recolha de eletrodomésticos porta a porta do Eletrão chega a Sintra
ESG
Mercadona rentável em Portugal: lucro de 7 milhões de euros
Retalho
EcoPack Solidário Acreditar disponível no mercado
Bebidas
Prémio Inovação Expo Fish Portugal da Docapesca abriu candidaturas
I&D
Dachser apresenta serviços integrados para vinhos e bebidas espirituosas na ProWein
Logística
PUB

Já pode ler a edição de Julho/Agosto do Hipersuper que tem Dora Simões, presidente da Comissão dos Vinhos Verdes,  em destaque, que conta, na primeira pessoa, qual a estratégia da organização interprofissional para os vinhos da região demarcada em 1908. Uma entrevista dada ao nosso jornal quando está a fazer 1 ano que tomou posse como presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

A Couto faz 105 anos e o Hipersuper conversou com Alexandra Matos Gomes da Silva, administradora da histórica empresa portuguesa.

PUB

O mercado de produtos de grande consumo cresceu 14,5%, em valor, nos primeiros cinco meses do ano. O crescimento passa exclusivamente pelas marcas da distribuição que atingem máximos históricos. Até onde poderão ir, num contexto em que que as marcas próprias têm uma inflação superior às marcas dos fabricantes? Fomos ouvir Ana Paula Barbosa (Nielsen), Carlos Cotos (Kantar), Nuno Afonso (Daymon) e Pedro Pimentel (Centromarca).

Também nesta edição, um especial sobre vinhos em lata. Descritos como inovadores, convenientes e apelativos, os vinhos em lata têm registado uma elevada procura por parte das faixas etárias mais jovens, com uma atitude mais informal e descomprometida perante o vinho. Ouvimos vários produtores que sublinham o crescimento deste formato.

Também os Molhos e Condimentos estão em destaque. Novos sabores, produtos de origem local e um estilo de vida mais saudável são tendências na categoria molhos e condimentos. O Hipersuper ouviu Dina Letras, Joana Oliveira, Joaquim Piçarra, Marta Bello e Nuno Crispim que enaltecem o dinamismo desta categoria.

A Kaffa acaba de entrar no segmento de solúveis e consolidar a presença no mercado do café onde é já um dos principais players mundiais no fabrico de cápsulas. Kaffa Tradição e Kaffa Saudade são as novas referências já disponíveis no mercado. O Hipersuper conversou com Pedro Henriques, diretor comercial e marketing da empresa de origem familiar, fundada em 1960 e que fechou 2022 com uma faturação na ordem dos 32 milhões de euros depois de vender 270 milhões de cápsulas.

Também quisemos saber mais sobre a Vadia, cerveja criada em 2010 por Nicolas Billard, que tem nova imagem e pretende reforçar a sua irreverência e inconformismo, lançando um desafio ao mundo: “é sempre tempo de vadiar”. Uma conversa a ler.

Fomos conhecer o gelado português com alma italiana. Dinamizar as vendas no canal horeca, expandir a rede de gelatarias e apostar na internacionalização, são os três eixos estratégicos definidos pela marca de gelados Santini para crescer.

Num mês com muitos lançamentos, assinam os artigos de opinião Ana Patrícia Gonçalves da SAS, Sara Monte e Freitas da ERA, Cátia Fernandes do Sabor do Ano, António Costa e Silva da Happen, Mário de Sousa da Portocargo, Daniela Lourença da Manpower.

Nesta edição pode também ler a entrevista a Pedro Figueiras, diretor do departamento de indústria & logística da Savills. Com os modelos de gestão de stocks a transitarem de uma filosofia “just in time” para “just in case” aumentou a procura de espaços logísticos. Há vontade, dinheiro para investir, mas não há terra disponível” conta ao nosso jornal.

Uma coleção única celebra 38º título do Benfica com novos vinhos do alentejo. O Hipersuper lançou o desafio ao sommelier Rodolfo Tristão, da equipa da Super Grapes, responsável pela enologia da Garrafeira Benfica, que apresenta os novos membros desta coleção.

Numa altura em que arrancam as vindimas no Alentejo, fomos ouvir Nuno Brito, diretor-geral da Adega de Borba. “Nos últimos anos temos investido fortemente em práticas sustentáveis em toda a operação” sublinha.

A edição 415 tem ainda um especial sobre Pet Food, que tem registado uma forte dinâmica de crescimento, de Logística, onde ouvimos alguns dos mais importantes players do mercado que falaram sobre os desafios e constrangimentos deste setor, e de Conservas e Enlatados, onde os consumidores procuram por produtos saudáveis e sustentáveis.

Por falar em inovação, a Renova tem uma nova linha de Pet Care e claro quisemos saber mais sobre este lançamento. Luís Saramago, diretor de marketing, respondeu às nossas perguntas.

Como habitual, a análise da Kantar, que nesta edição dupla apresenta as conclusões do Estudo Brand Footprint que demonstra, mais uma vez, que consumidor português está a ajustar-se com uma rapidez incrível e até mesmo difícil de acompanhar por parte das marcas.

Para ler a edição 415 siga este link

Artigos relacionados
Sabores do Brasil regressam às lojas Aldi até 18 de março
Retalho
Grupo Lego alcança receitas e lucros recordes em 2024
Não Alimentar
“The New Strategic Drivers”: QSP Summit 2025 aborda cultura, estratégia, inovação e os novos motores do sucesso
BRANDED
Fundação Auchan apoia projetos sociais que promovem alimentação saudável
Retalho
Enoturismo no Alentejo recebeu 195 mil visitantes em 2024
Bebidas
Recolha de eletrodomésticos porta a porta do Eletrão chega a Sintra
ESG
Mercadona rentável em Portugal: lucro de 7 milhões de euros
Retalho
EcoPack Solidário Acreditar disponível no mercado
Bebidas
Prémio Inovação Expo Fish Portugal da Docapesca abriu candidaturas
I&D
Dachser apresenta serviços integrados para vinhos e bebidas espirituosas na ProWein
Logística
Retalho

Sabores do Brasil regressam às lojas Aldi até 18 de março

Até 18 de março, a Aldi convida os seus clientes a embarcar numa viagem gastronómica ao Brasil, com o regresso de uma seleção especial de produtos tradicionais da culinária brasileira, a preços acessíveis.

Durante esta semana temática, vão estar disponíveis mais de 30 referências que prometem trazer o autêntico sabor do Brasil para a mesa dos consumidores portugueses, sublinha a Aldi Portugal em comunicado.

Entre as opções em destaque encontram-se clássicos como pão de queijo, tapioca, farofa e brigadeiro, bem como bebidas típicas, como sumo de goiaba e água de coco, refere.

Na secção de charcutaria, os clientes poderão encontrar salsichas de churrasco, linguiça e um misto de enchidos, ideais para preparar uma autêntica feijoada brasileira, acrescenta.

A Aldi destaca que as semanas temáticas são um sucesso entre os consumidores portugueses, oferecendo produtos típicos de diversos países com a promessa de qualidade e preços competitivos e que estas iniciativas permitem aos clientes explorar novos sabores e recriar experiências gastronómicas sem sair de casa.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Juan Roig, CEO da Mercadona
Retalho

Mercadona rentável em Portugal: lucro de 7 milhões de euros

“Portugal foi rentável pela primeira vez”, sublinhou Juan Roig, CEO da Mercadona, na apresentação dos resultados referentes ao exercício de 2024. No total, a Mercadona terminou o ano com 38.835 milhões, sendo que 1.778 milhões de euros correspondem à faturação da empresa de Portugal.

Cinco anos após a sua chegada a Portugal, a Mercadona assinala pela primeira vez um resultado positivo, registando 7 milhões de euros de lucro. Em 2024, consolidou a sua posição no mercado português, alcançando um volume de negócios de 1.778 milhões de euros, um crescimento de 27% face ao ano anterior, anunciou Juan Roig na apresentação de resultados, esta terça-feira.

“Este ano, ganhámos 7 milhões em Portugal” sublinhou na conferência de imprensa realizada em Valência, avançando que apesar do valor ter sido menor do que o esperado, “estamos contentes” com a operação em Portugal. E garantiu querer continuar a desenvolver este mercado. Sobre Portugal referiu ainda que a Mercadona prevê que os lucros da operação “dupliquem” para 14 milhões de euros este ano. Para isso, acredita que irá fazer a diferença melhorar o sortido e a relação com os fornecedores nacionais.

A Mercadona encerrou o ano com 60 lojas em território nacional, de um do total de 1.674, após um investimento acumulado de mais de 1.000 milhões de euros desde 2019. Só em 2024, a empresa investiu 219 milhões de euros. Para o abastecimento da sua rede, a Mercadona trabalhou em proximidade com fornecedores nacionais, registando compras no valor de 1.400 milhões de euros, foi ainda avançado.

A estratégia de crescimento incluiu ainda a redução de preços de 1.500 produtos, garantindo um sortido eficaz e competitivo, que permitiu atrair mais clientes e fortalecer a sua posição no setor da grande distribuição em Portugal.

No que diz respeito à contribuição fiscal, a Mercadona pagou 237 milhões de euros em impostos em Portugal, através da sua filial Irmãdona Supermercados, sediada em Vila Nova de Gaia.

Para 2025, a Mercadona prevê continuar a sua expansão, com um investimento de 157 milhões de euros e a abertura de 10 novas lojas. Um dos marcos mais esperados será a chegada à cidade de Lisboa, onde a empresa abrirá dois supermercados.

A nível global, a empresa antecipa um crescimento de 3,5% nas vendas, atingindo os 40.100 milhões de euros, e a criação de mais de 1.000 novos postos de trabalho.

 

 

 

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Bebidas

EcoPack Solidário Acreditar disponível no mercado

O EcoPack Solidário Acreditar da Água Monchique, a mais recente edição da campanha “Água por uma Causa”, já está disponível no mercado. Com esta iniciativa, cada unidade vendida contribui diretamente para a Acreditar, associação que apoia crianças e jovens com cancro e as suas famílias.

Hipersuper

A edição especial EcoPack Solidário Acreditar, da Água Monchique, já se encontra disponível no mercado, dando continuidade à campanha “Água por uma Causa”. Esta iniciativa solidária tem como objetivo apoiar instituições com impacto social, destinando €0,25 por cada unidade vendida à associação Acreditar, que presta suporte a crianças e jovens com cancro, bem como às suas famílias.

Depois das edições anteriores dedicadas à Kastelo e aos Palhaços d’Opital, os consumidores podem agora encontrar nos pontos de venda esta nova versão do EcoPack Solidário, contribuindo ativamente para a missão da Acreditar.

“A Acreditar é a terceira instituição que apoiamos no âmbito desta iniciativa solidária. Tem sido um caminho incrível aquele que temos trilhado ao longo dos últimos meses com o apoio e o contributo fundamental de todas as famílias portuguesas. Estas associações desempenham um papel crucial na nossa sociedade e no apoio aos mais necessitados”, sublinha Vítor Hugo Gonçalves, CEO da Água Monchique.

A campanha “Água por uma Causa” foi lançada em outubro e, ao longo dos últimos meses, tem disponibilizado sequencialmente no mercado edições especiais dos EcoPacks Solidários, personalizadas com a imagem de cada instituição beneficiária.

Os EcoPacks Solidários Monchique estão disponíveis em vários pontos de venda, incentivando os consumidores a participar nesta iniciativa que apoia três instituições: Kastelo (Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos Pediátricos, que acolhe crianças e jovens até aos 18 anos),  Palhaços d’Opital (Primeira associação europeia dedicada a levar humor e alívio emocional aos mais velhos em ambiente hospitalar) e Acreditar (Associação que apoia crianças e jovens com cancro e as suas famílias, ajudando-as a enfrentar os desafios da doença).

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

Dachser apresenta serviços integrados para vinhos e bebidas espirituosas na ProWein

Multinacional aposta em soluções logísticas especializadas para a indústria do vinho e bebidas espirituosas.

Hipersuper

A Dachser vai estar presente na ProWein 2025, de 16 a 18 de março, em Düsseldorf. No pavilhão 4, stand D18, a empresa apresentará as suas soluções logísticas globais para este setor, incluindo transporte de aprovisionamento e distribuição, serviços de logística contratual e gestão aduaneira.

“A nossa gama de serviços é tão sofisticada como os vinhos e bebidas espirituosas do mundo”, afirma Stefan Käufer, key account manager da Dachser Food Logistics.

“Na ProWein, queremos falar com os vários produtores e retalhistas de vinho e bebidas espirituosas e apresentar-nos como um parceiro logístico integrado, internacional e fiável. Com a nossa capacidade inovadora e experiência em logística, combinadas com qualidade superior, flexibilidade e uma rede conectada, estamos muito bem posicionados”, acrescenta.

Sob o lema “Descubra o sabor de amanhã”, a Dachser contará com a presença de Martin Göbl, professor de Administração de Empresas e sommelier certificado, que conduzirá provas comparativas de vinhos do Velho e Novo Mundo. Durante a manhã, serão apresentados vinhos brancos, enquanto a tarde será dedicada aos vinhos tintos.

Os vinhos do Velho Mundo terão origem na Europa, enquanto os do Novo Mundo representarão regiões como América do Sul, Oceânia e África do Sul.

“Ao interligar estreitamente os serviços dos nossos segmentos de negócio de Road Logistics e Air & Sea Logistics, conseguimos oferecer aos nossos clientes soluções integradas eficientes e sem interrupções”, afirma Stefan Behrendt, Managing Director da Dachser Food Logistics, resumindo a estratégia de crescimento internacional. Refira-se, igualmente, que, este ano e pela primeira vez, dois colaboradores da Dachser da Argentina estarão presentes no stand da multinacional.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

ADIPA apela a “políticas claras e eficazes” para o setor do comércio alimentar

O comércio alimentar tem um papel “essencial” no abastecimento, na dinamização da economia e no comércio de proximidade, destaca a Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares.

Hipersuper

A Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares manifesta, num comunicado, “a sua preocupação face à instabilidade política que se vive atualmente em Portugal”. No mesmo documento, a ADIPA apela ao “sentido de responsabilidade dos agentes políticos para garantir a governabilidade do país e a estabilidade económica e social”.

A organização que agrega players do setor da distribuição grossista alimentar, sublinha no comunicado que o setor do comércio alimentar desempenha um papel essencial no abastecimento da população, na dinamização da economia nacional e na sustentabilidade do comércio de proximidade. E alerta para o “clima de incerteza política” que, acrescenta, representa “um risco significativo” para a confiança dos consumidores, para o investimento empresarial e para a previsibilidade das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento do setor.

Nesse sentido, a ADIPA apela a um “compromisso alargado” das forças políticas, centrado na defesa da estabilidade económica, na criação de condições favoráveis ao crescimento das empresas e no reforço da resiliência do tecido empresarial. “É fundamental que sejam asseguradas políticas claras e eficazes, que promovam um ambiente de negócios favorável, a competitividade das empresas e a segurança no abastecimento alimentar”, define.

Apela ainda ao “diálogo construtivo, à responsabilidade e ao sentido de Estado de todos os decisores políticos, de forma a garantir que Portugal continue a avançar num quadro de estabilidade e crescimento sustentável”.

A ADIPA  representa as empresas do comércio alimentar independente em Portugal, nos canais grossista e retalhista, tendo como missão defender os interesses do setor, promover o comércio de proximidade e contribuir para o desenvolvimento sustentável da distribuição alimentar no país.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Carlos Rodrigues, enólogo da Adega Mayor
Bebidas

“O Adega Mayor Pai Chão branco Grande Reserva 2022 é o resultado da nossa dedicação contínua e empenho”

O Pai Chão Branco 2022 da Adega Mayor foi eleito o melhor vinho branco de Portugal. O mote para um conversa com Carlos Rodrigues, enólogo da Adega Mayor, que sublinha: “esta distinção não só comprova a qualidade deste vinho, bem como valida a nossa aposta contínua na inovação e na criação de vinhos qualidade de excelência”.

O Pai Chão Branco Grande Reserva 2022, da Adega Mayor, foi eleito o melhor vinho branco no Top 10 Vinhos Portugueses, promovido pela Essência/Revista de Vinhos.

Para Carlos Rodrigues, enólogo da Adega Mayor, esta distinção valida a aposta contínua da empresa na criação de vinhos de qualidade superior. “É uma honra receber esta distinção, que não só comprova a qualidade deste vinho, bem como valida a nossa aposta contínua na inovação e na criação de vinhos qualidade de excelência. O Adega Mayor Pai Chão branco Grande Reserva 2022 é o resultado da nossa dedicação contínua e empenho”, começa por dizer ao Hipersuper.

“Estamos muito orgulhosos desta conquista e comprometidos em manter os elevados padrões de exigência que nos têm guiado ao longo destes 18 anos”, acrescenta.

O Pai Chão Branco Grande Reserva 2022 nasce da vontade de expandir a gama Pai Chão, inicialmente composta apenas por vinhos tintos, e de criar um branco capaz de desafiar o perfil tradicional do Alentejo. “Se, no mesmo clima, quisermos fazer algo do mesmo segmento e exigência, mas com uvas brancas, temos que dominar muito bem a vinha, as plantas e perceber todo o seu potencial de modo a que se consiga, através do processo de vinificação, levar ao extremo o vinho produzido, sem perder identidade, frescura e a expressão das castas”, explica. “Este foi o nosso desafio: expandir a gama com o lançamento do inédito Adega Mayor Pai Chão branco Grande Reserva 2022. O resultado é um vinho irreverente e com personalidade. Tem longevidade e autenticidade. É fresco, com acidez equilibrada, um vinho branco que não reflete o Alentejo quente, mas que pretende ser disruptivo no perfil habitual de Alentejo”, enaltece Carlos Rodrigues.

A gama Pai Chão presta homenagem ao Comendador Rui Nabeiro, cuja paixão pelo Alentejo e pelo vinho esteve na génese da Adega Mayor. “O Comendador Rui Nabeiro foi determinante na criação e no desenvolvimento da Adega Mayor, que nasce da concretização de um sonho antigo em produzir vinhos de alta qualidade na terra que o viu crescer, através do talento da sua neta, Rita Nabeiro. A sua influência e a sua paixão pelo vinho permanecem até hoje na forma como nos empenhamos na produção de vinhos de excelência.”, sublinha o enólogo.

Mais do que um vinho…

Para enriquecer a experiência do consumidor, o Pai Chão Branco Grande Reserva 2022 é apresentado numa caixa de madeira exclusiva acompanhada pelo livro Eis a Essência, assinado pelo escritor José Luís Peixoto.

“O escritor José Luís Peixoto transpôs as memórias do Comendador para o papel e criou o romance Almoço de Domingo, em 2021. Tinham uma ligação próxima e, por isso, considerámos que as suas palavras eram a escolha perfeita para um projeto tão especial como este”, conta ainda ao Hipersuper.

Carlos Rodrigues lembra que, tal como o Comendador, também José Luís Peixoto é alentejano, e que “embora de um Alentejo diferente, domina as palavras e acompanhou a paixão de Rui Nabeiro pelos vinhos”. O livro Eis a essência é “a peça que fecha com elegância a caixa de madeira deste vinho que pretende celebrar momentos especiais e eternizar o legado do Comendador, criando uma ligação emocional às palavras e um entendimento mais profundo do vinho que está a ser saboreado”, conclui.

A seleção do “Top 10” contou com um painel de 50 especialistas — entre jornalistas, críticos, sommeliers e importadores — de 14 nacionalidades, numa prova cega. No total, 65 amostras foram avaliadas, após uma pré-seleção realizada pela Revista de Vinhos.

 

 

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Bebidas

Carvalhelhos elimina cor das tampas das garrafas e reforça compromisso ambiental

A Águas de Carvalhelhos reforça o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental ao eliminar a cor das tampas das garrafas PET com capacidade inferior a três litros.

Hipersuper

Esta mudança está em conformidade com as melhores práticas de reciclagem, e contribui, ao mesmo tempo, para uma maior eficiência na produção do rPET (PET reciclado) e para a redução do impacto ambiental das embalagens, sublinha a marca centenária do concelho de Boticas em comunicado.

A decisão de adotar tampas translúcidas “faz parte de um conjunto de ações estratégicas que visam melhorar a reciclabilidade, simplificando a sua composição e eliminando pigmentos e aditivos que dificultam o reaproveitamento do plástico. Para além disso, a nova tampa confere às garrafas uma apresentação mais moderna e elegante”, afirma Daniel Soares, administrador da Águas de Carvalhelhos.

O plástico translúcido reciclado apresenta uma vantagem significativa: pode ser reaproveitado para fabricar novos produtos transparentes, ao contrário do plástico pigmentado, que tem um processo de reciclagem mais complexo e oneroso, explica a marca em comunicado.

Além das tampas, foi também ajustada a tonalidade das suas garrafas – as de água natural apresentam-se agora menos azuis e as gaseificadas menos verdes -, reduzindo, uma vez mais, o impacto dos pigmentos no processo de reciclagem. Estas práticas refletem o compromisso contínuo da marca em adotar soluções mais sustentáveis e eficazes para a gestão dos resíduos plásticos.

Nos últimos meses, a empresa implementou também outras medidas ambientais de grande impacto, como a adoção de energia solar, a eletrificação total da frota automóvel e a incorporação de 30% de rPET em seis tipos de embalagens, o que acabou por representar uma antecipação de cerca de seis anos em relação à meta estabelecida pela União Europeia. De acordo com a Diretiva de Embalagens e Resíduos de Embalagens, a incorporação de 30% de material reciclado nas garrafas PET será obrigatória a partir de 2030 para todos os fabricantes.

Agora, com a eliminação do pigmento das tampas, a Carvalhelhos dá mais um passo fundamental para o aumento da taxa de reciclagem e redução do impacto ambiental das suas embalagens.

Para o administrador da Águas de Carvalhelhos, “a sustentabilidade é um ativo estratégico essencial na criação de valor a longo prazo. Como empresa de referência no setor das águas em Portugal, o seu impacto social, económico e ambiental assume uma importância acrescida”.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Nestlé Kéfir reconhecido com o selo da Associação Portuguesa de Nutrição

Nestlé Kéfir  é o primeiro Kéfir do mercado a ser distinguido com o selo da Associação Portuguesa de Nutrição (APN).

Hipersuper

O Selo da APN é atribuído a produtos que cumprem rigorosos critérios nutricionais definidos pela Associação Portuguesa de Nutrição. Com a aquisição deste selo, Nestlé Kéfir dá destaque à sua composição nutricional equilibrada e aos seus benefícios para a saúde.

“Já são amplamente conhecidos os benefícios do Kéfir, reconhecido como um produto muito valioso para quem procura um estilo de vida saudável, que promove a saúde intestinal e aumenta a imunidade. Nestlé Kéfir destaca-se pela sua composição nutricional única, rica em proteínas, cálcio, vitamina D e probióticos” afirma Ana Leonor Perdigão, Nutrition, Health and Wellness Manager da Nestlé Portugal. “O selo da APN, mediante um parecer técnico, vem confirmar e validar os benefícios deste produto e facilita a escolha informada dos consumidores.”, acrescenta em comunicado.

“Estamos muito orgulhosos por ser a primeira marca de Kéfir em Portugal a ser reconhecida com o Selo da APN, uma distinção que reforça os benefícios de Nestlé Kéfir para a saúde digestiva e o bem-estar” afirma Joana Dias, Group Brand Manager de Nestlé Kéfir. “Este selo oferece aos consumidores a garantia de que o nosso produto cumpre rigorosos padrões de qualidade nutricional. O nosso objetivo é facilitar a escolha de alimentos saudáveis e saborosos, que se integrem num estilo de vida equilibrado”, refere ainda.

Disponível em formato mini e 500g nos sabores natural e morango, este produto é fonte de cálcio e vitamina D, contém 16 tipos de fermentos lácteos e leveduras e grãos de Kéfir, alto teor de proteínas, baixo teor de gordura e nutrientes que promovem a saúde digestiva.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Fotografia de arquivo
Retalho

Abriram 83 lojas de comércio de luxo nas 20 principais artérias da Europa em 2024

A Avenida da Liberdade, em Lisboa, continuou a atrair novas marcas de luxo em 2024, com um total de cinco lojas abertas ao longo do ano.

Hipersuper

O mercado imobiliário europeu de retalho de luxo continua a demonstrar resiliência com a abertura de novas lojas em 2024. Esta é uma das conclusões do relatório European Luxury Retail 2025 da Cushman & Wakefield.

Em 2024, abriram 83 novas lojas de luxo nas 20 principais artérias da Europa, localizadas em 16 cidades de 12 países, em comparação com as 107 aberturas registadas em 2023. O segmento de moda e acessórios representou quase metade do total de inaugurações (41), enquanto as marcas de joalharia e relojoaria abriram um total de 26 lojas, acima das 21 aberturas de 2023, mostrando que o “luxo tradicional” continua a atrair os consumidores deste setor.

As marcas detidas pelas grandes casas de luxo LVMH, Richemont e Kering foram responsáveis por mais de um terço das novas lojas. Este total está em linha com 2023, apesar da proporção entre as três marcas se tenha alterado já que a LVMH liderou o setor com 15 aberturas em 2024.

Avenida da Liberdade continua a atrair marcas de luxo

A Avenida da Liberdade continuou a atrair novas marcas de luxo em 2024, com um total de cinco novas aberturas. Em dezembro, a marca de moda italiana Paul & Shark abriu uma loja de 190 m² no edifício Liberdade 242, e em maio, a marca de design de mobiliário italiano Molteni&C inaugurou a sua primeira flagship em Lisboa (Liberdade 254), com cerca de 400 m² distribuídos por dois pisos.

As marcas de relojoaria também estiveram ativas na Avenida da Liberdade ao longo de 2024. Em setembro, a Patek Philippe (em parceria com a David Rosas) abriu a sua primeira boutique no edifício Liberdade 12. Com cerca de 200 m², esta loja acolhe um bar e uma sala VIP privada.

Em dezembro, a IWC Schaffhausen, em parceria com o Grupo Tempus, abriu também a sua primeira boutique em Portugal no nº 117 da Avenida, integrando igualmente um bar e obras da artista portuguesa Camila Nogueira.

Após uma extensa renovação, a Cartier reabriu a sua principal loja em Lisboa, no nº 240, e a loja do antigo edifício do Diário de Notícias (Liberdade 266) foi recentemente arrendada a uma marca a divulgar brevemente, com abertura prevista para este ano.

“A Avenida da Liberdade é o destino por excelência das marcas de luxo internacionais, e o facto de estar no prime CBD – onde se localizam as sedes das grandes empresas e hotéis de 5 estrelas – cria o habitat perfeito para estas marcas. Alguns edifícios têm boas fachadas e áreas que vão ao encontro dos requisitos das marcas, mas o grande desafio continua a ser o número de unidades disponíveis”, comenta Maria José Almeida, Associate e especialista em retalho de luxo da Cushman & Wakefield Portugal.

“A taxa de desocupação na Avenida da Liberdade é de apenas 2%, idêntica à registada no final de 2023. A contínua procura nesta artéria da capital tem impulsionado o crescimento das rendas, que subiram mais de 9% desde o final de 2023”, conclui a responsável.

Falta de espaços impulsiona subida das rendas em toda a Europa

A análise da Cushman & Wakefield mostra também que as taxas de desocupação diminuíram consideravelmente em todos os mercados envolvidos, com 17 das 20 ruas principais a registarem menos de 5% de disponibilidade, e 6 delas não apresentando qualquer espaço disponível. Por essa razão, a ligeira redução no número de aberturas na Europa reflete não só um crescimento mais moderado das vendas no comércio de luxo, mas também a dificuldade das marcas em encontrar espaços adequados num quadro de quase total ocupação, refere a empresa em comunicado.

A escassez de oferta e o desejo de concentração dos retalhistas num punhado de artérias impulsionaram o crescimento das rendas nessas ruas em 3,6% em 2024 (3% em 2023), sendo que esses valores estão atualmente 3% mais elevados, em média, do que em 2018. Um terço das ruas de luxo em toda a Europa atingiu rendas recorde em 2024, incluindo a Via Montenapoleone de Milão, que é agora o destino de retalho mais caro do mundo. A Cushman & Wakefield prevê que as rendas nas ruas de luxo aumentem, em média, 1-3% ao ano entre 2025 e 2028.

“Enquanto os retalhistas se adaptam e inovam num contexto marcado por consumidores exigentes, pressões globais e desafios nos mercados locais, as lojas físicas continuam a desempenhar um papel fundamental no relacionamento com o cliente. As lojas são vistas como o “universo da marca” onde os consumidores podem explorar e comprar produtos de luxo e desfrutar de experiências personalizadas que criam conexões significativas e duradouras com as marcas. A preocupação dos retalhistas em ter os imóveis certos nas localizações certas significa que os espaços de comércio de luxo de primeira linha continuam a ser procurados”, refere Rob Travers, diretor de Retalho EMEA da Cushman & Wakefield.

O relatório “European Luxury Retail 2025”, segunda edição de uma série que fornece uma análise
aprofundada do estado atual e das perspetivas futuras do mercado de retalho de luxo na Europa, abrange
as principais tendências, o desempenho do segmento, a abertura de lojas, as tendências imobiliárias e os
investimentos estratégicos, oferecendo informações valiosas às partes interessadas do setor.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Entrevista

Paulo Mota: “Na nossa quinta apenas praticamos o Modo de Produção Biológico”

A inovação na Quinta da Caramuja já se traduziu na criação de produtos diferenciados, como o Queijo Kefir Bio e os bombons de chocolate com recheio de Queijo Serra da Estrela. “Estamos sempre a fazer experiências e a testar novos produtos”, assegura Paulo Mota em entrevista ao Hipersuper.

O projeto é recente, mas, fruto da visão e do respeito pelo saber ancestral, os responsáveis pela Quinta da Caramuja viram o seu Queijo de Cabra Bio Conde de Vinhó ser premiado nos World Cheese Awards 2024. A inovação já se traduziu na criação de produtos diferenciados, como o Queijo Kefir Bio e os bombons de chocolate com recheio de Queijo Serra da Estrela.
“Estamos sempre a fazer experiências e a testar novos produtos”, assegura Paulo Mota, responsável pela Quinta da Caramuja, em entrevista ao Hipersuper.

São 70 hectares de uma propriedade agrícola inserida num projeto de agroturismo. A Quinta da Caramuja conta com um rebanho de ovelhas da raça Serra da Estrela e cabras da raça Serrana e pratica apenas o modo de Produção Biológico, com certificação desde o ano 2007. Os produtos que cria, para além da qualidade intrínseca, contribuem para a sustentabilidade da região onde se insere, para a preservação das raças autóctones e para a continuidade do saber fazer. “Na nossa quinta apenas praticamos o Modo de Produção Biológico e estamos certificados desde o ano 2007”, sublinha Paulo Mota.

A Quinta da Caramuja é um projeto de agroturismo? O que os levou a investir nesta quinta e quantos hectares tem?
A Quinta da Caramuja iniciou a sua atividade na agropecuária e, hoje, é um projeto de agroturismo, que alia a atividade agrícola ao turismo, seja com alojamento, seja com visitas à propriedade. Neste momento, contamos com cerca de 70 hectares de propriedade agrícola, dividida por várias culturas. O fato de ter nascido no campo e de ter gosto pela atividade, levou-me a estudar agricultura, tanto no ensino secundário como no ensino superior, portanto, faltava mesmo a ‘terra’ para aplicar os conhecimentos adquiridos.

O projeto inicial foi o turismo rural ou nasceu já com a componente de produção de queijos?
O projeto inicial previa a componente agrícola e de agroturismo. Mais tarde, surgiram os animais, primeiro os bovinos de carne, depois, as galinhas poedeiras. Em 2023, na sequência da compra de outra quinta confinante com a primeira, iniciámos a produção de vinho, de queijo e a produção de leite de ovelha e de cabra para abastecimento da própria queijaria.

Tinham experiência nestas áreas ou foi um ‘começar do zero’?
Até à entrada neste negócio não tinha experiência na produção de queijo, apenas na ótica do apreciador, pois sou grande apreciador de queijo. Também não tinha nenhuma experiência na produção de vinho. Nas restantes atividades da quinta, atividade agropecuária, principalmente, na produção de ovos, tenho muita experiência acumulada. De qualquer forma, a minha formação base permite-me aprender com relativa facilidade sobre as novas atividades da quinta.

O leite é de produção própria? O modo de produção biológica é comum a todos os produtos?
Neste momento temos cerca de 260 ovelhas da raça Serra da Estrela para produção de leite, das quais 30 ainda são borregas – este é o leite que nos permite produzir Queijo Serra da Estrela DOP. Para além das ovelhas, também temos cerca de 160 cabras de raça Serrana, para produzir o nosso queijo de cabra.
Na nossa quinta apenas praticamos o Modo de Produção Biológico e estamos certificados desde o ano 2007. No entanto, alguns animais de produção convencional que comprámos recentemente ainda estão em período de conversão, por isso, não estamos a certificar o Queijo Serra da Estrela como biológico. A nossa expectativa é certificar a partir do próximo alavão, ou seja, a partir da próxima campanha de produção de leite.

Que variedades de queijo produzem? E quantos queijos produzem por ano?
Dentro dos queijos de ovelha, produzimos Queijo Serra da Estrela e Queijo Serra da Estrela Velho. Pontualmente compramos leite para produzir queijo de ovelha amanteigado e queijo de ovelha curado, ou seja, queijo mais duro do que o amanteigado, um queijo específico para quem queira queijo que seja possível cortar à fatia. Quanto ao queijo de cabra, produzimos o queijo fresco, a nossa queijeta e o queijo de cabra curado ou de cura prolongada.
Quanto à quantidade, produzimos ainda poucas unidades pois ainda estamos na fase de acréscimo de produção.

Em que aspetos seguem a forma tradicional de fazer o queijo da região e, por outro lado, que técnicas inovadoras introduziram?
Uma vez que produzimos Queijo Serra da Estrela, temos de seguir o método tradicional e ancestral de produzir este queijo e, obrigatoriamente, temos de respeitar o que está definido no caderno de especificações do produto – caso contrário não poderíamos utilizar a designação Queijo Serra da Estrela, mas sim Queijo de Ovelha. Os únicos processos mais mecanizados na queijaria são o corte da coalhada e a prensagem, os restantes são manuais, desde o enchimento das formas, até à salga e lavagem do queijo.

Em novembro do ano passado viram o vosso Queijo de Cabra Bio Conde de Vinhó conquistar a medalha de Ouro dos World Cheese Awards, depois de já ter sido distinguido no concurso Queijos de Portugal. O que o fez destacar-se, o que tem de diferenciador?
O nosso queijo de cabra é um produto distinto dos restantes. Na minha opinião tem um aroma especial, que se deve a vários fatores. Em primeiro lugar trata-se de um queijo produzido com leite pasteurizado que permite agradar aos consumidores que gostam de queijo de cabra, mas também permite agradar aos consumidores que não gostam deste tipo de queijo, pois a pasteurização retira-lhe alguma intensidade ao aroma a cabra característico deste tipo de queijo.
Em segundo lugar, o nosso queijo é produzido com leite de cabra Serrana, ecótipos Jarmelista e da Serra, uma raça autóctone nacional em vias de extinção, cuja genética também contribui para qualidade do queijo, enquanto outros queijos existentes no mercado são produzidos com leite produzido por cabras de raças seletas, raças estrangeiras.

Em relação à inovação, como surgiu o projeto de produção do Kefir Bio? Porque este queijo e como é feito? Abre portas a outros possíveis clientes?
O Kefir é uma bebida produzida com leite fermentado, com benefícios para a saúde intestinal. É um alimento probiótico. Após pesquisa no mercado, verificámos que o kefir comercializado nos supermercados era todo importado, logo, vimos aqui uma oportunidade pois tínhamos condições para o produzir. Tínhamos pasteurizador de leite de cabra e tínhamos a matéria-prima (o leite de cabra), ainda por cima produzido por animais de raça autóctone. Rapidamente concluímos que tínhamos condições para fazer um produto diferente dos restantes, mais suave, menos ‘amargo’, com características que iriam agradar a mais consumidores. Foi então que decidimos avançar com a produção, ainda que em pequena escala.

Que outros produtos diferenciados lançaram? Como os bombons de chocolate com recheio de queijo Serra da Estrela DOP…
No início de 2024, lançámos os Bombons de Chocolate com recheio de Queijo Serra da Estrela, e, mais recentemente, Queijo Serra da Estrela em Azeite aromatizado e Queijo de Cabra Bio em azeite Bio aromatizado, fruto de uma parceria com o Chef Flávio Silva. Proporcionámos aqui alguns casamentos felizes entre o Chocolate negro 72% e o Queijo Serra da Estrela, o Queijo Serra da Estrela e o azeite e o Queijo de cabra com azeite, aos quais juntamos as aromáticas da Milastas e da Ervas do Zoé, neste caso, dos Biológicos.

Que entraves encontram à produção e comercialização dos queijos? Que apoios são necessários?
É um mercado muito competitivo, com muita oferta, com grande recurso a mão de obra. Por outro lado, são poucos os consumidores que valorizam os queijos provenientes de pequenas produções, ou mesmo os produtos produzidos com recurso a raças autóctones. Como são raças menos produtivas há, naturalmente, um impacto no preço do produto final e o poder de compra da maioria dos portugueses pode ser um obstáculo.

Até onde querem levar a Queijaria da Caramuja? Que investimentos têm projetados?
Vamos continuar a crescer na produção de leite, com mais animais e consequente acréscimo na produção de queijo. Também pretendemos vinificar todas as uvas produzidas na quinta, uma vez que os nossos vinhos monocasta Encruzado e Gouveia têm tido muito boa aceitação. Em relação à atividade turística, pretendemos aumentar a visitação à quinta, com venda direta dos nossos produtos, para isso, estamos a equacionar a requalificação de uma antiga adega da quinta de forma a criar condições para receber grupos maiores.

Os vinhos são também produzidos em modo biológico?
A Quinta da Caramuja está incluída na região do Dão, Sub-Região Serra da Estrela, assim, ambos os vinhos aqui produzidos foram classificados como vinhos do Dão, Sub-Região Serra da Estrela. Quer os monocastas Encruzado e Gouveio, quer o blend das duas castas, têm uvas produzidas em Modo Biológico, ainda que em conversão. Por este motivo ainda não estamos a certificar os vinhos no Modo de Produção Biológico, mas pretendemos comercializar vinho Bio no final do período de conversão, que se espera que aconteça em 2026.

Porque esta aposta nos vinhos?
A produção de vinhos tem a ver com a nossa estratégia de diversificação de produtos, de forma a valorizar o potencial da quinta. Pretendemos oferecer ao consumidor um leque diversificado de produtos, mas que se complementam entre si e que têm um denominador comum: são todos produzidos na Quinta da Caramuja. Desde o queijo até aos vinhos, passando também pelo azeite, todos são produzidos de forma tradicional, respeitando a natureza e valorizando as raças autóctones, em Modo de Produção Biológico e em pequenas quantidades, mas de excelente qualidade. Os nossos produtos são comercializados com duas marcas, a marca Caramuja, no azeite e vinho, e a marca Conde de Vinhó, nos queijos e derivados.

A exportação é já uma realidade? Caso seja, para onde exportam?
Atualmente exportamos pequenas quantidades de alguns queijos para o mercado da saudade, França, Suíça e Luxemburgo.

2025 vai trazer novos queijos?
Estamos sempre a fazer experiências e a testar novos produtos, caso se entenda que algum tem “pernas para andar”, faremos o seu lançamento pois fazemos questão de partilhar aquilo que gostamos com os nossos clientes.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Hipersuper. Todos os direitos reservados.