Investimento em imobiliário comercial diminui 8% no primeiro semestre
Apesar da desaceleração, a consultora imobiliária evidencia um “maior dinamismo da atividade na passagem para o segundo trimestre, ao longo do qual foram transacionados 485 milhões de euros, correspondentes a 64% do montante acumulado”
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O volume de investimento em imobiliário comercial caiu 8% no primeiro semestre de 2023, em termos homólogos, para 760 milhões de euros, segundo o relatório “Portugal Market Pulse”, da JLL. Apesar da desaceleração, a consultora imobiliária evidencia um “maior dinamismo da atividade na passagem para o segundo trimestre, ao longo do qual foram transacionados 485 milhões de euros, correspondentes a 64% do montante acumulado”.
“2023 marcou o arranque de um novo ciclo económico na Europa e isso reflete-se no mercado imobiliário. Continua a haver muita liquidez e vontade de investir, e as pessoas e empresas não deixaram de crescer e de necessitar de ocupar imóveis, contudo, as condições mudaram e, por isso, estes últimos meses têm sido tempos de adaptação da procura aos ajustes no contexto macroeconómico”, afirma Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal.
“Em todo o caso, a economia nacional continua a crescer, e a um ritmo superior ao estimado, sendo expectável que o mercado imobiliário também responda de forma alinhada nos longos dos próximos meses. Na área de investimento, que é um dos barómetros mais importantes da atividade do mercado, o redobrado dinamismo na passagem para o trimestre confirma estas perspetivas mais otimistas para o restante do ano, ao longo do qual a dinâmica investidora deverá retomar gradualmente”, acredita o gestor.
A atividade no setor do retalho continua a mostrar resiliência perante a mudança, “evoluindo positivamente em praticamente todos os formatos”, com os segmentos dos centros comerciais e do comércio de rua a liderarem em termos de subida de rendas, indica o estudo. Com os operadores a prosseguirem os seus planos de expansão, “é evidente uma reorganização no comércio de rua de Lisboa e Porto, onde os diferentes eixos concentram focos de comércio cada vez mais segmentados”.
No mercado industrial e logístico, a ocupação praticamente duplicou 308.000 metros quadrados no primeiro semestre. “Contudo, a criação de nova oferta continua a ser uma necessidade premente neste mercado, no qual a procura não mostra sinais de abrandamento, sustentando assim o reforço do investimento no lançamento de novos projetos de promoção, contabilizando-se atualmente mais de 700.000 metros quadrados em construção”, lê-se no estudo.
“O mercado logístico praticamente duplicou os níveis de ocupação, enquanto no retalho as rendas seguiram, comprovando que o comércio físico parece ter saído com uma força renovada da pandemia. Já o turismo continua a solidificar o seu posicionamento enquanto uma das forças motrizes da economia portuguesa, com níveis de atividade que já ultrapassam os anteriores recordes do pré-pandemia”, comenta, por sua vez, Joana Fonseca, head of strategic consultancy & research da JLL.