Como poupar em packaging? A resposta está mesmo ‘dentro de portas’
Sara Monte e Freitas, partner da Monte e Freitas | Expense Reduction Analysts Pandemia, lockdown, restrições em viajar, escassez de componentes e matérias-primas – como cartão-, aumento de preços, interrupções […]
Hipersuper
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Sara Monte e Freitas, partner da Monte e Freitas | Expense Reduction Analysts
Pandemia, lockdown, restrições em viajar, escassez de componentes e matérias-primas – como cartão-, aumento de preços, interrupções nas cadeias de abastecimento, atrasos na produção e entrega, valores recorde no transporte marítimo, ou inexistência de contentores no mercado.
A voracidade dos tempos frenéticos que vivemos parece colocar esta realidade dramática, que todos vivemos, em tempos longínquos. Contudo, foi ainda ‘ontem’ e sentimos hoje muitos destes efeitos.
As consequências da pandemia acordaram a Europa para as suas vulnerabilidades, de entre as quais a importância de reduzir a dependência de fornecedores asiáticos, diversificar as cadeias de abastecimento globais e incrementar a sua capacidade de produção.
E, o que têm estes três parágrafos a ver com formas de as empresas de grande consumo pouparem em packaging? Aparentemente, pouco; de facto, tudo.
Havia, no mercado, a convicção instalada de que acordos globais anuais, com fornecedores internacionais e em grandes quantidades, por atacado e formatadas, eram os mais competitivos em preço, prazo de entrega e qualidade. Uma convicção que defino em duas palavras: um mito.
A pandemia teve a virtude de fazer com que cadeias de retalho e grande distribuição saíssem da sua zona de conforto e olhassem para a oferta europeia em embalagem.
É aí que se ‘descobre’ que, em Portugal, o mercado que mais nos interessa analisar, temos fornecedores de soluções de packaging em plástico, vidro, cartão ou papel, que respondem às mais exigentes necessidades de qualquer cadeia de distribuição ou retalho, independentemente da sua dimensão. Mas não só. Têm tecnologia, capacidade de produção e entrega, preços competitivos, a que se soma a inovação e capacidade de adaptação da embalagem, o que os diferencia dos standards monolíticos de grandes fornecedores globais.
A produção nacional permite adaptação da embalagem, independentemente da escala, à realidade do ponto de venda, criando diferenciação na apresentação do produto, com um tipo de embalagem distinto e adaptado às necessidades específicas, por exemplo, da padaria, frutaria, vinhos ou take away.
É essa capacidade criativa, inovadora e de co-criação que permite ao retalhista diferenciar -se com base na embalagem, poupar, diminuir o impacto ambiental e pegada de carbono, aumentar o goodwill e incrementar a reputação da sua marca junto dos consumidores.
Neste contexto, como podem então as empresas de grande consumo poupar em packaging, com fornecedores nacionais, conseguindo ainda outros ganhos relevantes, como os que acabo de elencar?
Desde logo, reduzindo o tamanho de muitas das embalagens que têm tamanhos excessivos. Não estando reféns de standards globais, podem produzir embalagens mais pequenas, até mesmo personalizadas, em função das necessidades, economizar nos materiais e reduzir custos de produção, logística, transporte e armazenagem.
A utilização de materiais alternativos é uma outra possibilidade, substituindo as embalagens convencionais, por exemplo em plástico, por materiais sustentáveis, como papel reciclado. Uma opção que pode ajudar, em muitas circunstâncias, a reduzir o custo e o impacto ambiental.
Outra das soluções apresentadas por fornecedores nacionais e europeus, que permite reduzir custos, são as embalagens reutilizáveis e retornáveis. Um passo semelhante ao já dado noutro campo, e com grande sucesso, com a adoção, por muitas insígnias, dos sacos de compras. As embalagens reutilizáveis têm ainda um ganho suplementar, para além da poupança económica e ambiental, que é o reforço do branding.
Poderíamos ainda falar das embalagens biodegradáveis e muitas opções disponíveis no mercado, que permitem ao grande consumo poupar e, simultaneamente, inovar e reforçar a sua comunicação.
A aldeia global, tal como a conhecíamos está a mudar, o que nos levou a verificar que, afinal, no campo do packaging, a melhor e mais barata solução está mesmo ‘dentro de portas’.