FMCG

O metaverso explicado em dez ideias

Ainda não entendeu o conceito de metaverso? É mais comum do que imagina. Se juntar dez entendidos no tema, o mais provável é cada um dar uma resposta diferente. Enquanto a definição não é consensual entre a comunidade tecnológica, reunimos em dez pontos as principais ideias sobre a tecnologia que ainda está numa fase embrionária

Rita Gonçalves
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O metaverso explicado em dez ideias

Ainda não entendeu o conceito de metaverso? É mais comum do que imagina. Se juntar dez entendidos no tema, o mais provável é cada um dar uma resposta diferente. Enquanto a definição não é consensual entre a comunidade tecnológica, reunimos em dez pontos as principais ideias sobre a tecnologia que ainda está numa fase embrionária

Rita Gonçalves
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_Tharso Vieira_CapgeminiAinda não entendeu o conceito de metaverso? É mais comum do que imagina. Se juntar dez entendidos no tema, o mais provável é cada um dar uma resposta diferente. Enquanto a definição não é consensual entre a comunidade tecnológica, reunimos em dez pontos as principais ideias sobre a tecnologia que ainda está numa fase embrionária

Tharso Vieira, head of pratical innovation na Capgemini, a partir da cidade de São Paulo, faz parte do grupo internacional que lidera a plataforma “Applied Innovation Exchange” da multinacional da área da consultadoria, que integra 21 unidades espalhadas pelo mundo. “O nosso objetivo é trabalhar na interseção entre tecnologia, experiência e business” em diversas áreas de inovação, disse, em entrevista ao Hipersuper, acrescentando que, como este tema tem vindo a ganhar peso mediático, desde há quase dois anos que tudo o que faz está ligado ao metaverso. Com a ajuda de Tharso Vieira, reunimos em 10 ideias o que se sabe sobre a tecnologia.

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  1. O que é o metaverso

Se perguntar a dez pessoas que trabalham com metaverso em que consiste a tecnologia, o mais provável é cada uma delas dar uma resposta diferente. “Não há ainda muito consenso sobre este tema, não é um conceito consolidado, as coisas estão a ser criadas agora”, explica o head of practical innovation da Capgemini.

Vamos, então, aos factos. O conceito do metaverso nasceu em 1992. Apesar de experiências anteriores como o Second Life, em 2003, a tecnologia ganhou tração há cerca de dois anos, quando Mark Zuckerberg anunciou a troca do nome da rede social Facebook para Meta.

Sem entrar no jargão técnico, pode definir-se o metaverso como uma simulação digital da realidade. A ideia é transportar o utilizador para outra dimensão (realidade virtual) ou para uma camada digital dentro da nossa dimensão (realidade aumentada). Ou seja, podemos ter um universo puramente digital ou um universo digital dentro do mundo físico. “A realidade virtual implica entrar num outro mundo. Se o consumidor está a contruir uma casa, posso colocá-lo dentro da casa, que ainda não existe, para escolher, por exemplo, os elementos de decoração”, exemplifica.

  1. Experiência imersiva e metaverso

O metaverso está dentro das experiências imersivas? “Penso que é ao contrário embora, em rigor, uma experiência imersiva não está necessariamente dentro do metaverso”, explica Tharso Vieira, dando um exemplo. “Imagine uma experiência imersiva de uma montanha-russa. O utilizador coloca os óculos, anda na montanha-russa através da experiência de realidade virtual e acabou. Quando amanhã regressar à montanha-russa vai começar a experiência no início”.

Ou seja, em tese o metaverso oferece a experiência imersiva, permitindo que o utilizador interaja com outras pessoas dentro dessa experiência, tem uma economia no interior, mas pressupõe uma continuidade. “Se eu largar um copo numa experiência de metaverso em determinado sítio e depois sair, quando alguém passar ali o copo vai lá estar. A história continua independentemente de eu lá estar. Hoje é mais ou menos consensual que é assim, amanhã ninguém sabe”, salienta.

  1. Ambiente digital versus mundo real

“Num momento ideal do metaverso, como toda em todas as simulações, o ideal é que não se consiga distinguir o que é simulação do que é realidade”, considera Tharso Vieira, deixando claro que isto está longe de acontecer, mas arriscando uma previsão. “É difícil fazer conjeturas, mas, talvez, em 30 a 40 anos cheguemos a um ponto em que não conseguimos perceber se estamos num ambiente digital ou no mundo real”. E explica melhor a ideia que parece saída de um filme de ficção científica. “Atualmente, quando falamos em realidade virtual temos uma limitação de sentidos. O tato, o olfato, as sensações gustativas, não são ainda simulados. Mas, se estas sensações estão no nosso cérebro, a tecnologia pode evoluir para um ponto em damos indicação ao cérebro para nos fazer sentir estas sensações”. É claro que, depois, entramos noutra discussão. “Isto é bom ou ruim? Na verdade, é os dois. Pode ser fascinante e assustador, as duas coisas ao mesmo tempo”, acredita o profissional que se especializou em inovação.

  1. As tecnologias do metaverso

O metaverso trabalha em cima de tecnologias como a internet, “o que possibilita toda a experiência”, o 3D, que permite criar os espaços imersivos, além de game engine, salienta Tharso Vieira, elucidando que, em linha paralela, podem estar as tecnologias NFT e a blockchain, também associadas ao metaverso, mas não necessariamente. “Há quem diga, por exemplo, que todas as transações no metaverso irão ser feitas com criptomoedas. Isso não é verdade. Hoje existem vários metaversos que permitem comprar com o cartão de crédito”, exemplifica.

Outra questão importante é que não existe um metaverso, mas, sim, muitos metaversos. Existem diferentes plataformas com diferentes propósitos e modelos de negócio, das quais são exemplo Spatial, Space, Decentraland e Sandbox.

“Ouvimos muitas vezes dizer ‘vou entrar no metaverso’ e parece que vão entrar num lugar único. Quando na verdade existem vários metaversos, alguns feitos para trabalhar lá dentro, como ter reuniões de trabalho, por exemplo, outros para a parte social e de convívio, outros para educação e entretenimento”, ilustra.

A plataforma Decentraland, por exemplo, é muito utilizada pelas marcas de luxo para realizar eventos. “Tem de se comprar um terreno que custa uma fortuna. É muito caro e dá status. Gasta-se 50 milhões de dólares para fazer um evento no metaverso que três pessoas viram, mas todo o mundo ficou a saber, saiu em todos os jornais e nas redes sociais”, ironiza.

Tharso Vieira_capgemini15. Quanto vale o metaverso?
Antes de mais, é preciso separar a indústria do gaming da equação, “um mercado muito maduro, desenvolvido e consolidado”. O setor de gaming é atualmente maior do que a indústria de cinema e música juntas, atira o head of practical innovation, para concluir que a tecnologia ainda está a dar os primeiros passos nas áreas de educação, entretenimento, saúde e retalho.

“As grandes empresas estão a investir para tentar criar casos de uso relevantes. Na hora que as pessoas adotarem, a tecnologia corre atrás e a experiência melhora”. É um círculo virtuoso. Para Tharso Vieira ainda estamos no início desse ciclo. “As grandes empresas e marcas estão a tentar criar coisas que sejam relevantes para as pessoas usarem, reusarem e gerar tração”.

Segundo algumas previsões, a indústria do metaverso pode valer biliões de dólares daqui a uns anos. “Quando se avançam com estes números superlativos há muita especulação porque se consideram ações de empresas ligadas ao metaverso”. No metaverso também há especulação imobiliária. “Vi uma notícia que indicava que alguém comprou um NFT de um iate por oito milhões de dólares. Não faz sentido”, desabafa.

  1. O modelo de negócio

Alertando que não tem capacidade para “prever o futuro”, Tharso Vieira enumera as possibilidades de modelo de negócio. “Se somos pessoas dentro do metaverso, à partida, iremos consumir lá dentro”. Ou seja, é preciso existir uma economia dentro do metaverso. Mas, como é vai funcionar? “Existem atualmente jogos que têm uma moeda própria. Outros, onde circulam criptomoedas. E ainda outros, onde utilizamos o cartão para comprar. No Decentraland, por exemplo, é necessário comprar um terreno e construir. Em outras plataformas, para termos acesso a serviços, pagamos uma assinatura. Em outros, podemos ter um ambiente no qual a publicidade paga o serviço que é gratuito para o utilizador, como é o caso do Facebook”.

Por outro lado, dentro do metaverso não só é possível comprar bens digitais como físicos. Há exemplos de marcas que, na aquisição de uns ténis em loja, oferecem o mesmo modelo em NFT para usar no avatar. Ou o contrário, na compra de uns ténis para o avatar recebem um vale para uma loja física.

O responsável sublinha que o estado de maturidade do metaverso atualmente se assemelha ao que vivíamos no final da década de 90 com a internet. “A tecnologia ainda está a gatinhar. O que dizemos aos nossos clientes é que não adianta estar hoje no metaverso com a ideia de que vão ter uma operação rentável ou aumentar as vendas das suas marcas”.

A ideia é experimentar, aprender, fomentar a inovação e criar um mindset de que que a inovação é cíclica e é necessário estar sempre pensar em coisas novas, defende, acrescentando que, em alguns anos, vamos chegar a um ponto em que a tecnologia vai atingir uma massa crítica de utilizadores e ser rentável.

“O Mark Zuckerberg avançou um horizonte de 10 a 15 anos. Eu penso que é um bom palpite, mas vivemos num mundo tão louco que dez anos facilmente podem virar seis ou 15”.

  1. A publicidade no metaverso

É “assustadora” a ideia de ter a publicidade a pagar o metaverso, frisa o responsável da Capgemini. “Imagine que sai de casa para ir a um shopping comprar um par de sapatos, da sua casa até à loja tem contacto com muito ruído e interferências. Vai ver muitas coisas a acontecer, o seu telefone toca, olha pela janela e vê algo, escuta uma música, do caminho do estacionamento até ao ponto de venda vê outras lojas. Ou seja, se estiver no metaverso pago pela publicidade, tudo o que vai ver foi criado com um objetivo. O dono daquilo tem o controlo total. É possível criar um ambiente, sem qualquer interferência, em que tudo é feito para te convencer a comprar alguma coisa”. É “assustador e fascinante” ao mesmo tempo.

 

  1. Os meios de acesso

Podemos aceder ao metaverso através do smartphone ou do browser, por exemplo, mas a experiência de acesso com óculos de realidade virtual é única, frisa o responsável da Capgemini. Os óculos de realidade aumentada ainda são muito caros e oferecem uma experiência pobre. Os óculos de realidade virtual são melhores e oferecem uma experiência que, apesar de ainda não ser a ideal, está muito mais avançada, explica o responsável.

“A internet é em última instância uma experiência solitária no sentido em que até podemos estar a falar pelo zoom, eu na minha casa e você na sua, a ver-nos pela câmara, mas sabemos que estamos em locais distintos. No momento em colocamos o headset, temos a sensação de estarmos fisicamente na mesma sala. Sentimos a presença das outras pessoas. Por exemplo, numa reunião, as pessoas ficam muito mais focadas e as conversas acontecem de um a forma mais natural e interessante”.

Tharso Vieira acredita que a massificação dos óculos de realidade virtual ditará a democratização do metaverso. Ressalvando a ideia de que não são necessários os óculos para aceder à tecnologia, “o metaverso vai chegar ao mainstream quando esses gadgets chegarem a um número de pessoas suficiente”.

  1. Estar no metaverso para criar no metaverso

“Para criar coisas no metaverso é preciso estar no metaverso”, atira Tharso Vieira. “A Capgemini tem promovido algumas reuniões dentro do metaverso, tipo uma reunião por dia, porque usar o headset mais de uma hora e meia, duas horas, torna a experiência desconfortável”.

E dá um exemplo de um caso de estudo para a marca de moda Tommy Hilfiger. “Criámos um prédio para o lançamento de uma flaghship store da marca. No dia um, desenhamos o projeto no papel e no metaverso, uma planta baixa do prédio e o chão. A partir do dia dois, todas as reuniões aconteceram lá dentro. E fomos construindo o projeto. É como se estivéssemos na obra, mas as coisas acontecem mais depressa. As paredes sobem de um dia para o outro”. A colocação das paredes acontece em tempo real? “Não é assim, aperta-se um botão e nasce a parede. Mas é da seguinte forma: ‘vamos fazer aqui uma parece daqui a aqui. Marca aí as dimensões no chão’. Quando acaba a reunião, um artista 3D monta e amanhã quando regressamos já temos a parede. Foi assim durante três semanas, todos os dias, e no final tínhamos a flagship store para apresentar à marca”, recorda.

  1. Privacidade e segurança

Segundo um estudo da Capgemini, 70% dos consumidores a nível global consideram o tema do metaverso muito interessante, gostavam de saber mais e já levantam preocupações em relação à privacidade e segurança dos utilizadores no metaverso. Há legislação na calha para salvaguardar os utilizadores? “Ainda não estamos num ponto em que as empresas tenham esse nível de dilema ético. O que temos hoje ainda não atinge uma massa de pessoas que leve a ter esse tipo de preocupação”, salienta Tharso Vieira, lembrando que são sempre temas relevantes e a considerar, não apenas no metaverso mas em todas as áreas. “Quando se trabalha em tecnologia o tema da cibersegurança está sempre acoplado”, finaliza.

 

Sobre o autorRita Gonçalves

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Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

Sobre o autorHipersuper

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Foto : Pedro Melim
Bebidas

Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

Sobre o autorHipersuper

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

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Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

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Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

Hipersuper

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

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Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

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A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

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Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

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Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

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A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

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tagsADIPA

O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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