FMCG

O metaverso explicado em dez ideias

Ainda não entendeu o conceito de metaverso? É mais comum do que imagina. Se juntar dez entendidos no tema, o mais provável é cada um dar uma resposta diferente. Enquanto a definição não é consensual entre a comunidade tecnológica, reunimos em dez pontos as principais ideias sobre a tecnologia que ainda está numa fase embrionária

Rita Gonçalves
FMCG

O metaverso explicado em dez ideias

Ainda não entendeu o conceito de metaverso? É mais comum do que imagina. Se juntar dez entendidos no tema, o mais provável é cada um dar uma resposta diferente. Enquanto a definição não é consensual entre a comunidade tecnológica, reunimos em dez pontos as principais ideias sobre a tecnologia que ainda está numa fase embrionária

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
Artigos relacionados
Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030
Retalho
Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente
Logística
Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp
Alimentar
Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais
Bebidas
Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses
Alimentar
Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito
Retalho
Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas
Bebidas
Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024
Retalho
Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril
Retalho
Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi
BRANDED
PUB

_Tharso Vieira_CapgeminiAinda não entendeu o conceito de metaverso? É mais comum do que imagina. Se juntar dez entendidos no tema, o mais provável é cada um dar uma resposta diferente. Enquanto a definição não é consensual entre a comunidade tecnológica, reunimos em dez pontos as principais ideias sobre a tecnologia que ainda está numa fase embrionária

Tharso Vieira, head of pratical innovation na Capgemini, a partir da cidade de São Paulo, faz parte do grupo internacional que lidera a plataforma “Applied Innovation Exchange” da multinacional da área da consultadoria, que integra 21 unidades espalhadas pelo mundo. “O nosso objetivo é trabalhar na interseção entre tecnologia, experiência e business” em diversas áreas de inovação, disse, em entrevista ao Hipersuper, acrescentando que, como este tema tem vindo a ganhar peso mediático, desde há quase dois anos que tudo o que faz está ligado ao metaverso. Com a ajuda de Tharso Vieira, reunimos em 10 ideias o que se sabe sobre a tecnologia.

PUB
  1. O que é o metaverso

Se perguntar a dez pessoas que trabalham com metaverso em que consiste a tecnologia, o mais provável é cada uma delas dar uma resposta diferente. “Não há ainda muito consenso sobre este tema, não é um conceito consolidado, as coisas estão a ser criadas agora”, explica o head of practical innovation da Capgemini.

Vamos, então, aos factos. O conceito do metaverso nasceu em 1992. Apesar de experiências anteriores como o Second Life, em 2003, a tecnologia ganhou tração há cerca de dois anos, quando Mark Zuckerberg anunciou a troca do nome da rede social Facebook para Meta.

Sem entrar no jargão técnico, pode definir-se o metaverso como uma simulação digital da realidade. A ideia é transportar o utilizador para outra dimensão (realidade virtual) ou para uma camada digital dentro da nossa dimensão (realidade aumentada). Ou seja, podemos ter um universo puramente digital ou um universo digital dentro do mundo físico. “A realidade virtual implica entrar num outro mundo. Se o consumidor está a contruir uma casa, posso colocá-lo dentro da casa, que ainda não existe, para escolher, por exemplo, os elementos de decoração”, exemplifica.

  1. Experiência imersiva e metaverso

O metaverso está dentro das experiências imersivas? “Penso que é ao contrário embora, em rigor, uma experiência imersiva não está necessariamente dentro do metaverso”, explica Tharso Vieira, dando um exemplo. “Imagine uma experiência imersiva de uma montanha-russa. O utilizador coloca os óculos, anda na montanha-russa através da experiência de realidade virtual e acabou. Quando amanhã regressar à montanha-russa vai começar a experiência no início”.

Ou seja, em tese o metaverso oferece a experiência imersiva, permitindo que o utilizador interaja com outras pessoas dentro dessa experiência, tem uma economia no interior, mas pressupõe uma continuidade. “Se eu largar um copo numa experiência de metaverso em determinado sítio e depois sair, quando alguém passar ali o copo vai lá estar. A história continua independentemente de eu lá estar. Hoje é mais ou menos consensual que é assim, amanhã ninguém sabe”, salienta.

  1. Ambiente digital versus mundo real

“Num momento ideal do metaverso, como toda em todas as simulações, o ideal é que não se consiga distinguir o que é simulação do que é realidade”, considera Tharso Vieira, deixando claro que isto está longe de acontecer, mas arriscando uma previsão. “É difícil fazer conjeturas, mas, talvez, em 30 a 40 anos cheguemos a um ponto em que não conseguimos perceber se estamos num ambiente digital ou no mundo real”. E explica melhor a ideia que parece saída de um filme de ficção científica. “Atualmente, quando falamos em realidade virtual temos uma limitação de sentidos. O tato, o olfato, as sensações gustativas, não são ainda simulados. Mas, se estas sensações estão no nosso cérebro, a tecnologia pode evoluir para um ponto em damos indicação ao cérebro para nos fazer sentir estas sensações”. É claro que, depois, entramos noutra discussão. “Isto é bom ou ruim? Na verdade, é os dois. Pode ser fascinante e assustador, as duas coisas ao mesmo tempo”, acredita o profissional que se especializou em inovação.

  1. As tecnologias do metaverso

O metaverso trabalha em cima de tecnologias como a internet, “o que possibilita toda a experiência”, o 3D, que permite criar os espaços imersivos, além de game engine, salienta Tharso Vieira, elucidando que, em linha paralela, podem estar as tecnologias NFT e a blockchain, também associadas ao metaverso, mas não necessariamente. “Há quem diga, por exemplo, que todas as transações no metaverso irão ser feitas com criptomoedas. Isso não é verdade. Hoje existem vários metaversos que permitem comprar com o cartão de crédito”, exemplifica.

Outra questão importante é que não existe um metaverso, mas, sim, muitos metaversos. Existem diferentes plataformas com diferentes propósitos e modelos de negócio, das quais são exemplo Spatial, Space, Decentraland e Sandbox.

“Ouvimos muitas vezes dizer ‘vou entrar no metaverso’ e parece que vão entrar num lugar único. Quando na verdade existem vários metaversos, alguns feitos para trabalhar lá dentro, como ter reuniões de trabalho, por exemplo, outros para a parte social e de convívio, outros para educação e entretenimento”, ilustra.

A plataforma Decentraland, por exemplo, é muito utilizada pelas marcas de luxo para realizar eventos. “Tem de se comprar um terreno que custa uma fortuna. É muito caro e dá status. Gasta-se 50 milhões de dólares para fazer um evento no metaverso que três pessoas viram, mas todo o mundo ficou a saber, saiu em todos os jornais e nas redes sociais”, ironiza.

Tharso Vieira_capgemini15. Quanto vale o metaverso?
Antes de mais, é preciso separar a indústria do gaming da equação, “um mercado muito maduro, desenvolvido e consolidado”. O setor de gaming é atualmente maior do que a indústria de cinema e música juntas, atira o head of practical innovation, para concluir que a tecnologia ainda está a dar os primeiros passos nas áreas de educação, entretenimento, saúde e retalho.

“As grandes empresas estão a investir para tentar criar casos de uso relevantes. Na hora que as pessoas adotarem, a tecnologia corre atrás e a experiência melhora”. É um círculo virtuoso. Para Tharso Vieira ainda estamos no início desse ciclo. “As grandes empresas e marcas estão a tentar criar coisas que sejam relevantes para as pessoas usarem, reusarem e gerar tração”.

Segundo algumas previsões, a indústria do metaverso pode valer biliões de dólares daqui a uns anos. “Quando se avançam com estes números superlativos há muita especulação porque se consideram ações de empresas ligadas ao metaverso”. No metaverso também há especulação imobiliária. “Vi uma notícia que indicava que alguém comprou um NFT de um iate por oito milhões de dólares. Não faz sentido”, desabafa.

  1. O modelo de negócio

Alertando que não tem capacidade para “prever o futuro”, Tharso Vieira enumera as possibilidades de modelo de negócio. “Se somos pessoas dentro do metaverso, à partida, iremos consumir lá dentro”. Ou seja, é preciso existir uma economia dentro do metaverso. Mas, como é vai funcionar? “Existem atualmente jogos que têm uma moeda própria. Outros, onde circulam criptomoedas. E ainda outros, onde utilizamos o cartão para comprar. No Decentraland, por exemplo, é necessário comprar um terreno e construir. Em outras plataformas, para termos acesso a serviços, pagamos uma assinatura. Em outros, podemos ter um ambiente no qual a publicidade paga o serviço que é gratuito para o utilizador, como é o caso do Facebook”.

Por outro lado, dentro do metaverso não só é possível comprar bens digitais como físicos. Há exemplos de marcas que, na aquisição de uns ténis em loja, oferecem o mesmo modelo em NFT para usar no avatar. Ou o contrário, na compra de uns ténis para o avatar recebem um vale para uma loja física.

O responsável sublinha que o estado de maturidade do metaverso atualmente se assemelha ao que vivíamos no final da década de 90 com a internet. “A tecnologia ainda está a gatinhar. O que dizemos aos nossos clientes é que não adianta estar hoje no metaverso com a ideia de que vão ter uma operação rentável ou aumentar as vendas das suas marcas”.

A ideia é experimentar, aprender, fomentar a inovação e criar um mindset de que que a inovação é cíclica e é necessário estar sempre pensar em coisas novas, defende, acrescentando que, em alguns anos, vamos chegar a um ponto em que a tecnologia vai atingir uma massa crítica de utilizadores e ser rentável.

“O Mark Zuckerberg avançou um horizonte de 10 a 15 anos. Eu penso que é um bom palpite, mas vivemos num mundo tão louco que dez anos facilmente podem virar seis ou 15”.

  1. A publicidade no metaverso

É “assustadora” a ideia de ter a publicidade a pagar o metaverso, frisa o responsável da Capgemini. “Imagine que sai de casa para ir a um shopping comprar um par de sapatos, da sua casa até à loja tem contacto com muito ruído e interferências. Vai ver muitas coisas a acontecer, o seu telefone toca, olha pela janela e vê algo, escuta uma música, do caminho do estacionamento até ao ponto de venda vê outras lojas. Ou seja, se estiver no metaverso pago pela publicidade, tudo o que vai ver foi criado com um objetivo. O dono daquilo tem o controlo total. É possível criar um ambiente, sem qualquer interferência, em que tudo é feito para te convencer a comprar alguma coisa”. É “assustador e fascinante” ao mesmo tempo.

 

  1. Os meios de acesso

Podemos aceder ao metaverso através do smartphone ou do browser, por exemplo, mas a experiência de acesso com óculos de realidade virtual é única, frisa o responsável da Capgemini. Os óculos de realidade aumentada ainda são muito caros e oferecem uma experiência pobre. Os óculos de realidade virtual são melhores e oferecem uma experiência que, apesar de ainda não ser a ideal, está muito mais avançada, explica o responsável.

“A internet é em última instância uma experiência solitária no sentido em que até podemos estar a falar pelo zoom, eu na minha casa e você na sua, a ver-nos pela câmara, mas sabemos que estamos em locais distintos. No momento em colocamos o headset, temos a sensação de estarmos fisicamente na mesma sala. Sentimos a presença das outras pessoas. Por exemplo, numa reunião, as pessoas ficam muito mais focadas e as conversas acontecem de um a forma mais natural e interessante”.

Tharso Vieira acredita que a massificação dos óculos de realidade virtual ditará a democratização do metaverso. Ressalvando a ideia de que não são necessários os óculos para aceder à tecnologia, “o metaverso vai chegar ao mainstream quando esses gadgets chegarem a um número de pessoas suficiente”.

  1. Estar no metaverso para criar no metaverso

“Para criar coisas no metaverso é preciso estar no metaverso”, atira Tharso Vieira. “A Capgemini tem promovido algumas reuniões dentro do metaverso, tipo uma reunião por dia, porque usar o headset mais de uma hora e meia, duas horas, torna a experiência desconfortável”.

E dá um exemplo de um caso de estudo para a marca de moda Tommy Hilfiger. “Criámos um prédio para o lançamento de uma flaghship store da marca. No dia um, desenhamos o projeto no papel e no metaverso, uma planta baixa do prédio e o chão. A partir do dia dois, todas as reuniões aconteceram lá dentro. E fomos construindo o projeto. É como se estivéssemos na obra, mas as coisas acontecem mais depressa. As paredes sobem de um dia para o outro”. A colocação das paredes acontece em tempo real? “Não é assim, aperta-se um botão e nasce a parede. Mas é da seguinte forma: ‘vamos fazer aqui uma parece daqui a aqui. Marca aí as dimensões no chão’. Quando acaba a reunião, um artista 3D monta e amanhã quando regressamos já temos a parede. Foi assim durante três semanas, todos os dias, e no final tínhamos a flagship store para apresentar à marca”, recorda.

  1. Privacidade e segurança

Segundo um estudo da Capgemini, 70% dos consumidores a nível global consideram o tema do metaverso muito interessante, gostavam de saber mais e já levantam preocupações em relação à privacidade e segurança dos utilizadores no metaverso. Há legislação na calha para salvaguardar os utilizadores? “Ainda não estamos num ponto em que as empresas tenham esse nível de dilema ético. O que temos hoje ainda não atinge uma massa de pessoas que leve a ter esse tipo de preocupação”, salienta Tharso Vieira, lembrando que são sempre temas relevantes e a considerar, não apenas no metaverso mas em todas as áreas. “Quando se trabalha em tecnologia o tema da cibersegurança está sempre acoplado”, finaliza.

 

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

Artigos relacionados
Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030
Retalho
Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente
Logística
Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp
Alimentar
Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais
Bebidas
Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses
Alimentar
Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito
Retalho
Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas
Bebidas
Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024
Retalho
Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril
Retalho
Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi
BRANDED
Retalho

Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030

Estudo da DS Smith revela que, até 2030, serão utilizados quase 22 mil milhões de sacos de plástico nas entregas online de artigos de moda em seis grandes economias europeias, o equivalente a mais de 400 000 sacos de plástico entregues por hora. As medidas para limitar a utilização de sacos de plástico reduziram significativamente a sua presença no comércio tradicional, mas o aumento das compras online fez aumentar a sua utilização no e-commerce.

Hipersuper

Apesar dos avanços no retalho físico na redução do uso de plásticos, o comércio eletrónico de moda está a gerar volumes alarmantes de resíduos plásticos. De acordo com uma análise da Development Economics, encomendada pela empresa de packaging sustentável DS Smith, uma empresa da International Paper, só em 2024, os seis principais mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Polónia) receberam 2,9 mil milhões de sacos de plástico “secundários” — utilizados para transporte — nas suas compras online, o equivalente a 7,8 milhões de unidades por dia.

Ao contrário do que se verifica no retalho tradicional, onde medidas como a cobrança obrigatória dos sacos reduziram significativamente o seu uso, o crescimento das vendas online tem impulsionado o consumo de embalagens plásticas. A tendência é preocupante: estima-se que, até 2030, o número de sacos secundários aumente 47%, atingindo os 4,2 mil milhões anuais, o que poderá resultar num total acumulado de 21,8 mil milhões de sacos nos próximos cinco anos.

O estudo revela também que apenas 7% destes sacos são atualmente reciclados ou reutilizados. Os restantes 93% — cerca de 2,6 mil milhões em 2024 — acabam em aterros ou incinerados. Mantendo-se o atual ritmo de crescimento do e-commerce e das baixas taxas de reciclagem, este número poderá ultrapassar os 3,8 mil milhões por ano até ao final da década.

“Em parceria com algumas das maiores marcas do mundo, estimamos que, nos últimos quatro anos, substituímos mais de mil milhões de elementos de plástico, mas precisamos de fazer mais”, refere Luis Serrano, sales, marketing & innovation Diretor da DS Smith Ibéria. “Embora as compras online tenham crescido, os retalhistas de e-commerce estão atrasados em relação às grandes superfícies no que diz respeito à substituição dos sacos de plástico”, acrescenta.

“As empresas podem sentir-se tentadas a focar-se apenas no preço, mas manter o plástico tem um custo: os consumidores não o querem e as marcas arriscam a sua reputação se o ignorarem. Acreditamos que a legislação pode e deve ser mais exigente para todos nós, eliminando gradualmente determinados plásticos para ajudar a criar um contexto de mercado que incentive a inovação e o investimento e gere uma concorrência saudável para os substituir”, sublinha ainda.

Algumas marcas já iniciaram a transição. A Zalando, por exemplo, substituiu desde 2020 os sacos de plástico por alternativas em papel com certificação FSC e conteúdo reciclado. A mudança teve impacto direto na perceção do consumidor: a satisfação com o packaging aumentou 16 pontos percentuais após a introdução da nova solução.

“A substituição dos sacos de plástico por sacos de papel mudou as regras do jogo. Após a introdução dos nossos primeiros sacos de papel nas entregas, a satisfação dos clientes com o nosso novo packaging registou um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A elevada taxa de aceitação deixa-nos confiantes de que estamos no caminho certo com sacos de papel que são fáceis de reciclar na maior parte da Europa.”, afirma David Fischer, director logistics sustainability & packaging da Zalando.

Contudo, e como sublinha a DS Smith em comunicado, persistem desafios. A escalabilidade das alternativas sustentáveis e o cumprimento dos requisitos logísticos continuam a limitar uma adoção mais abrangente. Ainda assim, o inquérito conduzido pela DS Smith revela que 74% dos consumidores apoiam a eliminação progressiva dos sacos de plástico, sempre que existam alternativas viáveis. E 68% preferem embalagens em papel ou cartão.

Além disso, metade dos inquiridos afirma sentir-se culpada pela quantidade de plástico recebida com as suas encomendas, e 55% mostra-se mais propensa a comprar a retalhistas que utilizem embalagens recicláveis.

A análise conduzida pela Development Economics avaliou o potencial de crescimento do mercado de embalagens secundárias – aquelas utilizadas para o transporte de produtos – no setor do e-commerce de moda em seis dos maiores mercados europeus. O estudo baseou-se em dados sobre o volume e valor do comércio eletrónico de moda, a utilização de embalagens plásticas, a proporção de embalagens de transporte, bem como nas taxas de reciclagem, reutilização e destino final dos resíduos plásticos, como a deposição em aterro ou a incineração.

Para sustentar as projeções até 2030, foram analisados dados publicados e não publicados, recolhidos através de uma pesquisa bibliográfica extensa, incluindo estatísticas do Eurostat e documentação política da União Europeia e do Governo do Reino Unido. O objetivo foi modelar cenários de evolução do setor em condições de mercado estáveis e em contextos de políticas mais ambiciosas. Complementarmente, foi realizada uma sondagem junto de 12.000 consumidores nos seis países abrangidos — Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia e Reino Unido — entre 19 e 24 de fevereiro de 2025, seguindo os princípios de rigor metodológico estabelecidos pelas normas da ESOMAR e da Market Research Society.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer”, defende Afonso Almeida, presidente da APLOG.

Apresentar, e discutir, os desafios e destacar as soluções para uma logística urbana mais eficiente, inovadora e sustentável é o objetivo da 6ª edição da conferência Cidades & Logística, que a APLOG (Associação Portuguesa de Logística) realiza esta quarta-feira, 2 de abril.

A logística urbana continua a ser um grande desafio para os players do setor. O aumento exponencial das entregas de artigos do compras on-line que veio influenciar a mobilidade na entrega de mercadorias, as infraestruturas, os meios de transporte, o aumento da frequência da entrega com consequências no aumento do tráfego e no congestionamento das cidades, são alguns desses desafios, aos quais as empresas estão a responder, mas que têm que ser trabalhados em parceria com autarquias.

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer. É um tema que nunca está terminado e deve ser importante envolver todas as partes interessada, no sentido de conseguir arranjar as melhores soluções para a cidade”, defendia o presidente da APLOG, Afonso Almeida, ao Hipersuper no seguimento da conferência Cidades & Logística de 2024.

A edição deste ano da conferência Cidades & Logística tem lugar no Templo da Poesia, Parque dos Poetas, em Oeiras, com início às 11h. Vai receber os profissionais e decisores “que querem estar na vanguarda da mobilidade urbana, logística sustentável e inovação nas cidades”, para um programa que ao longo do dia vai debater a logística urbana sustentável, a descarbonização na última milha, o estacionamento, o armazenamento urbano, as entregas silenciosas. Vai ainda apresentar a visão de quem abastece, as novas abordagens à última milha e ainda divulgar o projeto Standtrack.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Alimentar

Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp

O Chocolate do Dubai, a barra de chocolate de leite recheada de pistácio e Kadaif, que se tornou viral é a mais recente novidade na oferta de conveniência da Galp.

Hipersuper
A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes
Bebidas

Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais

O Grupo Bacalhôa anunciou uma reorganização estratégica na sua estrutura de Enologia, com o objetivo de reforçar a competitividade no mercado nacional e internacional.

Hipersuper

A medida, liderada por Luís Ferreira, CEO do grupo desde dezembro de 2024, integra a criação de uma nova direção e uma renovação significativa na equipa técnica, refletindo o compromisso da empresa com a inovação, a qualidade e a excelência enológica.

Nova Direção de Relações Institucionais sob liderança de Vasco Penha Garcia

Vasco Penha Garcia

Como parte desta reorganização, o grupo criou a Direção de Relações Institucionais, confiada a Vasco Penha Garcia, que durante décadas liderou a área de Enologia da Bacalhôa. A nova função terá como foco o fortalecimento dos laços com parceiros estratégicos e entidades do setor, num esforço de aproximação institucional que visa sustentar a presença da empresa junto dos principais atores do mercado.

Francisco Antunes lidera renovação geracional da Enologia

A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes, um dos nomes mais reconhecidos da enologia portuguesa. Com mais de 35 anos de experiência, o enólogo – distinguido com os prémios de Melhor Enólogo em 2006 (Essência do Vinho) e Enólogo do Ano em 2023 (revista Grandes Escolhas) – assume a missão de elevar a qualidade dos vinhos Bacalhôa. A sua carreira inclui a direção enológica da Aliança Vinhos de Portugal, abrangendo múltiplas regiões vitivinícolas, e é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma abordagem versátil à vinificação.

Continuidade e reforço nas adegas do grupo

A nova estrutura mantém figuras históricas como Filipa Tomaz da Costa, que, após 42 vindimas, cede a direção enológica da Adega de Azeitão, mantendo-se como Enóloga Consultora. João Ramos, com formação internacional em viticultura e enologia, assume agora a responsabilidade pelos vinhos produzidos em Azeitão.

Na Aliança Vinhos de Portugal, Magda Costa, Enóloga Assistente desde 2022, sucede a Francisco Antunes na liderança dos vinhos, espumantes e aguardentes das regiões do Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada. No Alentejo, Rui Vieira manterá a direção enológica da adega de Estremoz, assegurando a continuidade da certificação PSVA e o compromisso com a sustentabilidade.

Compromisso com a modernização e o legado

Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa

Para Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa, estas mudanças estratégicas reforçam o compromisso “com a inovação, a qualidade e a sustentabilidade e com o reforço desta nova geração de Enólogos na equipa de Enologia, estamos preparados para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo, mantendo o legado das gerações anteriores, quer na tradição de excelência na produção de vinhos, quer no compromisso de crescimento e transformação. Sendo a inovação um dos maiores desafios do nosso setor, estamos certos de que esta equipa dará continuidade à missão de posicionar a Bacalhôa na vanguarda do vinho português, reforçando a nossa modernidade e capacidade de marcar a agenda do setor.”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses

A Vitacress aliou-se à Flama para lançar um passatempo dirigido ao consumidor final, com o objetivo de promover a conveniência e versatilidade das Batatas Vitacress.

Hipersuper

A iniciativa decorre ao longo do mês de abril e inclui prémios diários e um prémio final: um Micro-ondas Air Fryer & Forno 3 em 1 da FLAMA.

Segundo Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress, esta ação procura valorizar a utilização das batatas em diferentes momentos de consumo: “Na Páscoa, a batata assume um protagonismo especial à mesa. Por isso, criámos um passatempo que destaca toda a versatilidade das Batatas Vitacress: podem ir diretamente ao micro-ondas, ficam especialmente estaladiças na air fryer e são ideais para os tradicionais assados no forno, pela sua textura e sabor únicos. Para celebrar esta tripla versatilidade, estabelecemos uma parceria com a FLAMA, cujo inovador eletrodoméstico 3 em 1 permite aos consumidores desfrutar plenamente das Batatas Vitacress em qualquer ocasião.”.

Para participar, basta adquirir uma embalagem de Batata Branca Vitacress (Mini 400g ou Média 500g), submeter o talão de compra e responder de forma criativa à pergunta: “Quais são as três razões que tornam as Batatas Vitacress práticas no seu dia a dia?”. A resposta mais original será premiada no final da campanha, com o vencedor anunciado a 9 de maio.

Durante os 31 dias da campanha, será atribuído diariamente um cabaz de produtos Vitacress ao participante que interagir com a marca no momento do passatempo. O prémio final – o eletrodoméstico 3 em 1 da FLAMA – pretende sublinhar a praticidade na preparação de refeições, reunindo três funções num único equipamento.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito

Este momento marca o início da comunicação oficial da celebração dos 100 anos da Portugália.

Hipersuper

Reabriu restaurante da Portugália de Alvalade, agora renovado e adaptado ao novo conceito e imagem da marca.

“A reabertura do restaurante de Alvalade é mais um importante momento na estratégia de transformação da marca Portugália. Mais uma vez demonstra que a marca se consegue modernizar e transportar para os dias de hoje sem perder aquilo que faz da Portugália uma marca única. Representa a harmonia entre a tradição e a modernidade, preservando o legado gastronómico que há mais de um século define a marca. Este momento também assinala o início das comemorações do centenário da Portugália, que será celebrado este ano.”, sublinha José Maria Carvalho Martins, diretor-geral da Portugália.

A arte continua a desempenhar um papel central nos espaços da Portugália. No restaurante de Alvalade, mantém-se o emblemático painel de azulejos de Júlio Pomar, uma obra que ocupa uma das paredes do interior do restaurante. Este painel foi idealizado pelo artista antes do seu falecimento, em maio de 2018, e concretizado pela Fábrica Viúva Lamego, reforçando a ligação da marca à cultura e ao património artístico.

O restaurante está aberto todos os dias das 12 às 23 horas e sextas, sábados e domingos das 12h00 às 00h00.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas

No âmbito da celebração dos seus 70 anos, a Adega de Borba promove, entre abril e setembro, visitas gratuitas às suas instalações.

Hipersuper

Para assinalar sete décadas de fundação, a Adega de Borba vai realizar visitas gratuitas e provas de vinhos, que decorrem no primeiro sábado de cada mês, de abril a setembro.

As visitas dão a conhecer ao público a história e os bastidores da produção vitivinícola alentejana e incluem uma prova de vinhos e azeite, mediante reserva prévia. “Com esta ação, a Adega de Borba convida o público a conhecer de perto a sua história, os processos de produção e a qualidade dos seus produtos, numa verdadeira viagem ao coração da enologia alentejana”, convida.

O percurso inicia-se no edifício original da Adega, onde os visitantes poderão explorar espaços como a garrafeira histórica e a cave de estágio em garrafa. Segue-se o edifício mais recente, que integra o centro de vinificação com diferentes tecnologias de fermentação e um imponente espaço dedicado ao envelhecimento em barricas de carvalho francês, americano e português.

A experiência inclui uma prova de três vinhos: Adega de Borba Reserva Branco, Montes Claros Reserva Tinto e Senses (à escolha entre as diferentes monocastas disponíveis). A degustação decorre na sala de provas da Adega de Borba, com vista para a sala de barricas e para o centro de vinificação, e além da prova de um vinho branco e de dois tintos, contempla também o azeite virgem extra da marca, servido com pão regional. A visita termina na loja da Adega, onde os participantes poderão adquirir os produtos degustados e outras referências da Adega de Borba.

As visitas guiadas realizam-se às 11h e às 15h, com capacidade limitada a 50 pessoas por grupo. As reservas devem ser feitas através do email enoturismo@adegaborba.pt ou do telefone 268 891 660.

Fundada em 1955, a Adega de Borba tem 230 viticultores associados que cultivam cerca de 2.200 hectares de vinha distribuídos por 75% de castas tintas e 25% de castas brancas. A par da produção vinícola, a diversificação do negócio sob a sua marca estende-se a produtos como o azeite e vinagre e ao enoturismo.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024

As vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja.

Hipersuper

O Grupo Decathlon fechou 2024 com um aumento de 5,2% face a 2023, tendo registado um volume de receitas de 16,2 mil milhões de euros, refere num comunicado onde revela ainda que as vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, “incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja”.

“Medidas rigorosas de controlo de custos mitigaram o impacto da inflação, permitindo que a Decathlon mantivesse o seu dinamismo comercial, ao mesmo tempo que assegurava preços acessíveis para os clientes. A otimização das despesas operacionais continua a ser uma prioridade para 2025, com o objetivo de apoiar o crescimento a longo prazo”, define ainda no comunicado.

Presente em 79 territórios, a Decathlon mantém o foco na expansão internacional. Na Índia, a empresa anunciou um investimento significativo de 100 milhões de euros nos próximos cinco anos para aumentar o número de lojas e melhorar a capacidade de produção. Na Alemanha, planeia investir até 100 milhões de euros até 2027, tanto na abertura de novas lojas como na modernização das já existente. Também a Fundação Decathlon ampliou a sua área de atuação, tendo apoiado, em 2024, “96 novos projetos em 21 países, beneficiando mais de 395 mil pessoas”, destaca a multinacional.

O Grupo, que tem mais de 101.000 colaboradores e 1.750 lojas em todo o mundo, destaca ainda o investimento em sustentabilidade no centro das operações, através, entre outras medidas, do aumento da colaboração com parceiros industriais para descarbonizar processos produtivos e expandir modelos de negócios circulares. “Prolongar a vida útil dos produtos continua a ser uma prioridade, tornando mais fácil para os clientes reutilizarem, repararem e reciclarem o seu equipamento”, assegura.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Foto de arquivo
Retalho

Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril

A Action vai abrir em Abril a 13ª, 14ª e 15ª lojas em Portugal, localizadas, respetivamente, em Ovar, Évora e Sintra.

Hipersuper

A Action, discount store de produtos não alimentares, abre a nova loja de Ovar no próximo dia 3 de abril, enquanto as de Évora e Sintra serão inauguradas a 24 de abril. Com estes novos espaços, a insígnia alarga a presença em Portugal.

A marca chega a estas três cidades com a mesma fórmula aplicada nas lojas já abertas: um protfólio de seis mil produtos em 14 categorias – como brinquedos e produtos para a casa, produtos de jardinagem, DIY (‘do it yourself’), alimentação – com o compromisso de preços mais baixos. “A Action oferece uma seleção de 150 novos produtos todas as semanas” e assume que “o preço médio de todos os produtos é inferior a 2 euros”, destaca.

“Estamos muito satisfeitos por abrir as primeiras lojas em Ovar, Évora e Sintra, apenas um ano depois de termos apresentado a nossa primeira loja em Portugal. Os clientes receberam-nos calorosamente e estamos felizes por podermos trazer a fórmula Action para mais perto deles. O nosso sucesso assenta na nossa fórmula forte e no empenho e compromisso das nossas equipas, de que muito nos orgulhamos. Quero agradecer a todos os que contribuíram para esta conquista: os nossos clientes, os nossos colegas, os nossos fornecedores e todos os que nos apoiaram,” afirma Sofia Mendoça, diretora-geral da Action em Portugal.

A nova loja de Ovar (Next Retail Park) tem 1088 metros quadrados, a de Évora terá 1125 metros quadrados e a de Sintra 1147 metros quadrados. A Action contratou uma equipa de 20 colaboradores para gerir a loja de Ovar, 24 para Évora (R. Armando Antunes da Silva) e 28 para a loja de Sintra ( Rua Do Urano, Rio de Mouro). As lojas estão abertas das 09h às 21hs, de segunda a domingo.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

BRANDED

Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi

Com vantagens como taxa de entrega de 100%, impressão biodegradável e uma frota exclusiva de pombos, a proposta promete revolucionar a comunicação digital.

BRANDED

Em plena era da inovação tecnológica, a E-goi, plataforma de marketing omnicanal, surpreende hoje com o lançamento da tecnologia “Pidgital“, o primeiro sistema de mensagens inteligentes via pombos-correio do mundo. Uma proposta que combina nostalgia, tecnologia e sustentabilidade.

Entre as vantagens do serviço, a E-goi destaca:

  • Taxa de entrega de 100% (exceto se o pombo se perder)
  • Impressão biodegradável
  • Frota exclusiva de pombos “alimentados com os melhores grãos”
  • Tracking 360º com registos de abertura e leitura
  • Envio otimizado por IA com o algoritmo “Sending Optimisation”
  • Geolocalização em tempo real das rotas dos pombos
  • Testes A/B com dois pombos para análise comparativa
  • Retargeting com um segundo pombo reforçando a comunicação

Fiel à sua reputação de alta entregabilidade, a E-goi garante que o serviço conta com as autenticações clássicas do email marketing: DKIM (para evitar adulterações), SPF (para identificar falsificações) e BIMI (para identificação imediata do remetente).

Saiba mais sobre o Pidigital aqui.

Sobre o autorBRANDED

BRANDED

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.