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Exportações de frutas, legumes e flores atingem recorde

Dados do INE revelam que, em 2022, as vendas internacionais de frutas, legumes e flores alcançaram o maior valor de sempre e ultrapassam os 2000 milhões de euros.

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Dados do INE revelam que, em 2022, as vendas internacionais de frutas, legumes e flores alcançaram o maior valor de sempre e ultrapassam os 2000 milhões de euros.

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As exportações portuguesas de frutas, legumes e flores atingiram, em 2022, o maior valor de sempre: 2040 milhões de euros. Este resultado significa um aumento de 15,6% em comparação com 2021. Os dados divulgados, pelo INE, permitem concluir que, em volume, as vendas internacionais também cresceram 13,6% para 1835 milhões de quilos.

Fruit-Logistica-2023_2 Espanha continua a ser o maior cliente de Portugal na compra de frutas, legumes e flores (com um peso de 35%).  França, Países Baixos, Alemanha, Reino Unido e Bélgica seguem-se como os principais destinos da produção nacional em 2022. A União Europeia absorve 80% do total das exportações.

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Os principais produtos exportados foram o tomate processado (330 milhões de euros), os pequenos frutos (260 milhões de euros), os citrinos (172 milhões de euros), as peras (111 milhões de euros) e o tomate fresco (79 milhões de euros).

“Este é um marco histórico para todo o setor e o resultado de mais de uma década de investimento, não só na promoção internacional, mas também em inovação e tecnologia. As empresas portuguesas estão de parabéns! Nestes últimos anos em particular, e num contexto particularmente adverso, demonstraram uma enorme capacidade de resiliência, o que só prova que a aposta no setor é uma aposta ganha e que é, de facto, estratégica para o desenvolvimento económico do país”, refere Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, que fez esta quinta-feira o anúncio destes números ao lado do embaixador português na Alemanha, Francisco Ribeiro de Menezes, na Fruit Logistica.

A Portugal Fresh está em Berlim, onde 27 empresas, parceiros e organizações marcam presença na Fruit Logistica, a maior feira empresarial do setor.

“Reafirmamos, mais uma vez, a urgente necessidade de valorizar o setor agroalimentar. Precisamos de um Ministério da Agricultura e Alimentação que corresponda a esta ambição de crescimento, com uma estrutura robusta e competente que trabalhe em estreita colaboração com o sector”, acrescenta Gonçalo Santos Andrade.

A participação da Portugal Fresh é realizada no âmbito do Projeto Conjunto de Internacionalização 2022/2023 apoiado pelo Portugal 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização. Prevê um investimento global de 948.900,85€ euros, financiado em 54% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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Foto: Expo Fish Portugal

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Expo Fish Portugal vai reunir importadores de pescado de 25 países

As exportações de produtos da pesca em Portugal reforçaram o crescimento e ultrapassaram 1.366 milhões de euros em 2023, mais 4,2% face a 2022. O setor vai estar em destaque, na Expo Fish Portugal, a 2 e 3 de dezembro.

A 4ª edição da Expo Fish Portugal, marcada para os dias 2 e 3 de dezembro, reunirá importadores de pescado de 25 mercados internacionais, incluindo Espanha, Hong Kong, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Itália, Irlanda, Sérvia, entre outros, anunciou a Docapesca.

O evento contará ainda com mais de 50 expositores nacionais e será realizado na plataforma digital Expo Fish Portugal, com um espaço expositivo virtual e uma área dedicada a reuniões B2B.

Com o lema ‘Do Mar Português para o Mundo’, a Expo Fish Portugal integra também uma conferência presencial no Auditório do IPMA, em Algés, no dia 02 de dezembro, que reunirá especialistas e empresas dos mercados prioritários para o setor das pescas, e painéis temáticos sobre diversos países importadores a partir do tema ‘O Desafio do Peixe no Mundo’, apresentado por Manuel Tarré, presidente da ALIF (Associação Nacional da Indústria pelo Frio e Comércio de Produtos Alimentares?

Durante o evento, no dia 03, serão anunciados os vencedores do 3º Prémio Inovação Expo Fish Portugal, que premiará as melhores ideias no âmbito da inovação e investigação alimentar ligada ao mar. Com mais de 40 projetos submetidos, esta iniciativa destaca-se como um incentivo à criatividade e ao desenvolvimento sustentável do setor.

1,7 mil milhões em VAB

Atualmente, o pescado é o produto agroalimentar com maior peso nas exportações portuguesas, superando o vinho e o azeite. O setor emprega cerca de 60 mil pessoas.

“O setor da pesca, aquacultura e transformação do pescado continua a ser um pilar da economia nacional”, que em 2023, apresentou um Valor Acrescentado Bruto (VAB) “estimado em 1,7 mil milhões de euros, com crescimento sustentado na última década”, destaca a Docapesca.

No âmbito das exportações, destacam-se as conservas e pescado congelado, que cresceram mais de 12% e 13%, respetivamente e ultrapassaram 1.366 milhões de euros (+4,2% face a 2022), “contrastando com a tendência de queda global nas exportações de bens (-1,1%)”. “Além disso, o preço médio do pescado fresco transacionado registou um aumento de 5,2% até setembro”, informa ainda a organização da Expo Fish Portugal.

A Docapesca é uma empresa do setor empresarial do Estado, tutelada pelo Ministério da Agricultura e Alimentação e pelo Ministério das Finanças, que tem a seu cargo, em Portugal continental, a gestão dos portos de pesca e a organização do serviço público de primeira venda de pescado, assim como atribuições de autoridade portuária nas áreas sob sua jurisdição.

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Alimentar

Portugal Fresh defende papel das organizações de produtores para o crescimento do setor das frutas e legumes

Durante três dias, 140 delegados de 17 países estiveram reunidos em Vilamoura, no Algarve, para a Conferência Internacional de Organizações de Produtores de Frutas e Legumes que debateu as últimas tendências do setor das frutas e legumes.

A 18ª Conferência Internacional de Organizações de Produtores de Frutas e Legumes (ICOP) juntou representantes do setor de diversos países europeus.

A iniciativa é promovida anualmente pela empresa austríaca de consultoria gfa-consulting gmbh, fundadora do ICOP, e contou com a co-organização da Portugal Fresh, da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas e da CCDR Algarve.

O ICOP tem como objetivo debater as mais recentes tendências económicas e políticas, promover o intercâmbio entre produtores e divulgar o setor hortofrutícola europeu. Além de debates, incluiu visitas a organizações de produtores.

Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh-Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal é o chairman deste evento desde 2017 e presidiu os trabalhos que se concentraram nas tendências de mercado, oportunidades de exportação, internacionalização e sustentabilidade.

Para a Portugal Fresh é fundamental valorizar as organizações de produtores e aumentar o grau de organização em Portugal, para que o setor das frutas e legumes se aproxime da média europeia. “Só assim é possível ganhar maior escala na oferta e poder negocial”, defende Gonçalo Santos Andrade.

“Este é o evento anual mais importante na União Europeia para as Organizações de Produtores (OPs) de frutas e legumes. Termos a possibilidade de realizar a 18ª conferência em Portugal permitiu reforçar a notoriedade do nosso sector a nível internacional e a cooperação entre as OPs da União Europeia. Durante estes dias conseguimos identificar as diferenças entre os programas operacionais dos vários Estados-membros e avaliar as oportunidades de mercado”, comenta, acrescentando que a União Europeia continua a ser o principal destino das exportações portuguesas, representando mais de 80% do valor.

Programas operacionais e competitividade das empresas

Outro ponto sublinhado pela Portugal Fresh no contexto da conferência prende-se com os novos programas operacionais, debaixo do novo Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) para Portugal no período 2023-2027. Gonçalo Santos Antes afirma que estes programas operacionais “não podem diminuir a competitividade das empresas portuguesas que estão com dificuldades para conseguir cumprir as novas regras e exigências”.

“Há que criar mais ações ambientais exequíveis elegíveis, de forma a ser possível maximizar os investimentos nos programas operacionais. Ao mesmo tempo, a nível da investigação, inovação e sustentabilidade é urgente dar resposta às necessidades dos produtores, e o espectro elegível e a flexibilidade têm de ser maiores nas despesas elegíveis”, defende o presidente da Portugal Fresh.

A Associação tem em curso um Projeto Conjunto de Internacionalização que, até 2025, inclui a realização de missões empresariais e ações de prospeção em quatro novos mercados, a participação em seis feiras internacionais, e várias iniciativas de promoção para acelerar a presença internacional do setor. Este projeto tem o apoio do Portugal 2030 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, e prevê um investimento global de 1.561.663,52€ euros, financiado em 48,8% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

A Portugal Fresh tem 112 sócios que representam cerca de cinco mil agricultores. Foi criada em dezembro de 2010 com a missão de valorizar a origem ‘Portugal’ e as características dos produtos nacionais, para além de promover as frutas, legumes e flores nos mercados interno e externo.

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Bebidas

Campanha da ViniPortugal e OIVE chegou a mais de 100 milhões de consumidores europeus

Durante três anos, a campanha europeia ‘Uma Paixão Partilhada’ promovida pelas duas interprofissionais do vinho, ViniPortugal e OIVE (Espanha), destacou a qualidade e a inigualável versatilidade dos vinhos ibéricos junto do público europeu.

Dinamizada pela ViniPortugal e pela OIVE, a campanha europeia ‘Uma Paixão Partilhada’ encerrou na passada semana, com um evento que reuniu no World of Wine, em Vila Nova de Gaia, figuras de destaque do setor vitivinícola em Portugal. O evento decorreu, também, em Madrid, no topo da Calle Alcalá, onde o melhor do universo vitivinícola espanhol esteve em destaque.

No total, mais de 140 convidados marcaram presença em ambos os eventos, que celebraram o sucesso da campanha realizada pelas duas associações interprofissionais do vinho durante os últimos três anos, tendo cativado a atenção dos consumidores para o panorama vitivinícola europeu na Península Ibérica.

Nos dois eventos foi feito o balanço dos principais resultados da campanha, apresentados pela diretora de Marketing da ViniPortugal, Sónia Vieira, e pela diretora do OIVE, Susana García. Ambas destacaram os mais de 79,2 milhões de viajantes alcançados através de ações em aeroportos e estações de comboio.

Outra componente fundamental da campanha foram as 22 viagens de estudo que permitiram a 150 jornalistas e outros influenciadores do setor do vinho conhecer, em primeira mão, uma grande parte da geografia vitivinícola portuguesa e espanhola. “O alcance das suas publicações, chegou a cerca de 15 milhões de consumidores europeus, muitos deles amantes do vinho e interessados em adquirir mais informações sobre este universo”, indicam as duas associações num comunicado, referindo ainda que a estas ações juntaram-se as redes sociais, com destaque para o Instagram, onde o perfil da ‘A Shared Passion’ “conta com mais de 15 mil seguidores, e, ainda, outras atividades dirigidas a um público profissional, como workshops ou jantares VIP”. No total, o impacto da campanha “ultrapassou largamente os 100 milhões de consumidores europeus”.

O programa europeu ‘Uma Paixão Partilhada’ procura transmitir a qualidade dos vinhos de Portugal e Espanha graças à riqueza de castas e ao número de denominações de origem e indicações geográficas do vinho e, sobretudo, à paixão com que são elaborados. Financiada pela União Europeia destaca também a importância do setor vitivinícola em ambos os países pelo seu papel fundamental na sustentabilidade económica, social e ambiental de muitos dos seus municípios.

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Alimentar

Indústria alimentar e bebidas aumenta exportações em 10,2% entre janeiro e setembro

Dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgados pela FIPA., indicam que nos primeiros nove meses do ano as exportações da indústria alimentar e das bebidas cresceram 10,20% face a igual período de 2023.

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Entre janeiro e setembro deste ano, as exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional registaram um crescimento de 10,20% face a igual período de 2023.  O setor exportou, em valor, 5.969 milhões de euros, indicam os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados pela FIPA (Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares).

Especificamente para a União Europeia, as exportações revelaram um crescimento maior em termos percentuais: nos primeiros nove meses do ano, a indústria alimentar e das bebidas exportou 4.044 milhões de euros, com aumentos de 14,27% em setembro e uma variação de 15,17% no acumulado dos nove meses do ano, relativamente ao ano passado.
Já as exportações para países extra União Europeia demonstraram um desempenho mais estável, com uma ligeira queda em setembro, mas com um aumento acumulado no período entre janeiro e setembro deste ano, alcançando 1.925 milhões de euros, o que significa um crescimento de 1,04% face a igual período do ano passado.

“Ainda por comparação a igual período de 2023, os dados do INE deixam perceber uma tendência de redução do défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas. No acumulado de janeiro a setembro a diminuição é de 7,96%. A redução do défice em relação aos países da União Europeia e a transações fora dos 27 Estados-membros também é positiva. O défice com a UE registou uma melhoria de 7,51%, enquanto o défice com países fora da EU recuou para 6%”, indica a FIPA num comunicado.

Para Jorge Henriques, presidente da FIPA, os dados do INE indicam um crescimento consistente nas exportações, “refletindo o dinamismo do setor da indústria alimentar e das bebidas” e indicam também que a economia nacional “se tem mostrado mais competitiva, o que é um sinal positivo para os próximos tempos”. “Relevam ainda que as empresas têm conseguido contornar fatores adversos e de imprevisibilidade, como os relacionados com a situação geopolítica e a cadeia de distribuição”, acrescenta o responsável.

Segundo o presidente da FIPA, “tudo indica que o setor deverá continuar a evoluir em direção à sustentabilidade, inovação e adaptação às novas exigências do consumidor, o que poderá gerar oportunidades significativas para as empresas que se ajustem a estas tendências”.
A indústria alimentar e das bebidas contribui para a economia nacional com 22,4 mil milhões de euros em volume de negócios e com 3,8 mil milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto. É a indústria transformadora que mais emprega gera, sendo responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos.

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Bebidas

CVRA elegeu o embaixador dos Vinhos do Alentejo no Brasil

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana elegeu Luís Otávio Álvares Cruz como o embaixador dos Vinhos do Alentejo no Brasil, principal mercado de exportação da CVRA.

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O sommelier foi o vencedor da 11ª edição do seu concurso ‘Melhor Sommelier do Alentejo no Brasil’, realizado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).

Luís Otávio Álvares Cruz é, assim, o melhor sommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2024 e será o embaixador da CVRA, e dos saberes e sabores alentejanos, naquele que é o seu principal mercado de exportação.

A final do concurso realizada na histórica cidade de Évora, e, oara além de Luís Otávio Álvares Cruz, foram finalistas Marina Garritano, Marcos Paulo, Leandro Bernardo Silveira Melo, Hugo Castro e José Eduardo Barboza. O painel de jurados foi composto por Ricardo Morais, head of operations no JNcQUOI Delibar Comporta, Gabriela Marques, sommelier e maître d’ no Restaurant Loco, Marc Pinto, wine director no Fifty Seconds Martin Berasategui, Domingos Meirelles, diretor geral da Exponor Brasil e Tiago Caravana, diretor de marketing dos Vinhos do Alentejo.

O vencedor da 11ª edição do ‘Melhor Sommelier do Alentejo no Brasil’ é head sommelier do restaurante Emiliano, em São Paulo, e foi também reconhecido como Melhor Sommelier do Brasil em 2023, tendo representado o Brasil no concurso mundial.

“Com esta vitória, Luís Otávio junta-se ao grupo de vencedores que promove e difunde a riqueza dos vinhos alentejanos no mercado brasileiro. Este concurso, que tem várias etapas de seleção durante um ano, fortalece a ligação entre o Alentejo e o Brasil, um dos principais mercados de exportação da região vitivinícola”, destaca a CVRA.

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Bebidas

Tour de promoção de vinhos da CAP passou por oito países em 2024

A promoção de vinhos nacionais organizada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) no continente asiático chega ao fim, com as ações que decorreram, nas últimas semanas, nas Filipinas, Vietname, Tailândia e Índia.

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Depois de, em maio, ter passado por Taiwan, Malásia, Hong-Kong, Cazaquistão, agora foi a vez de a Confederação dos Agricultores de Portugal levar o vinho português às Filipinas, Vietname, Tailândia e Índia. No total, em 2024, o tour de promoção passou por oito países e deu a provar algumas das melhores referências nacionais a muitas centenas de consumidores asiáticos. Balanço é muito positivo.

Esta última etapa do périplo da CAP e dos vinhos portugueses pela Ásia, em 2024, iniciou-se em Manila, capital das Filipinas, que acolheu uma Masterclasse e uma Grande Prova de vinhos portugueses de 12 produtores nacionais de várias regiões vitivinícolas. Tratou-se da primeira visita a este mercado e revelou-se promissora, com um balanço bastante positivo por parte dos produtores que destacam o potencial de negócio nesta geografia, avança da CAP.

A comitiva portuguesa seguiu, depois, para o Vietname, um país em que os produtores portugueses já atuam de forma consistente e em que o consumo de vinho está a crescer, impulsionado pelo aumento do interesse em torno da restauração de excelência. Neste país do sudeste asiático, a CAP promoveu uma abordagem diferenciada face às suas habituais Masterclasses, realizando um evento de harmonização com vinhos e alta gastronomia, apresentando os diferentes sets de vinhos. A passagem por este país culminou com uma Grande Prova, em que, mais uma vez, vinhos portugueses superaram, de acordo com o feedback recebido pela organização, as expectativas de todos os participantes.

Depois a Tailândia, onde a CAP voltou após um interregno de cinco anos, devido à pandemia do Covid-19, com o objetivo de promover um novo jantar vínico para importadores e as já tradicionais Masterclasse e Grande Prova.

A viagem dos vinhos portugueses pela Ásia terminou na Índia, onde a CAP esteve com o este programa de promoção pela terceira vez, e onde participou, com a comitiva de empresas produtoras portuguesas, na ProWine Mumbai, um dos maiores eventos do género naquele continente, que reúne profissionais de todo o mundo do setor do vinho e outras bebidas.

Nesta viagem por quatro países, estiveram presentes os produtores nacionais Abegoaria, Adega Cooperativa de Almeirim, Barcos Wines – Adega Cooperativa de Ponte da Barca, Viniverde, Casa Ermelinda Freitas, Casa Relvas, Casa Santos Lima, Caves Campelo, Quinta da Lixa, Quinta das Arcas, Santos & Seixo Wines e Vallegre.

“Fechámos 2024 com chave de ouro, atendendo ao feedback muito positivo que fomos recebendo por parte dos importadores, retalhistas e consumidores com quem nos cruzámos ao longo deste ano, nas diferentes geografias que visitámos. O continente asiático tem cada vez maior apetência para o consumo de vinho e é com naturalidade que, nos últimos anos, nos temos focado na promoção internacional dos nossos vinhos nestas geografias.”, sublinha Luís Mira, secretário-geral da CAP.

Recorde-se que, em 2024, a CAP viajou com dezenas de produtores nacionais para os mercados de Taiwan, Malásia, Hong-Kong, Cazaquistão, além das Filipinas, Vietname, Tailândia e Índia.

“A CAP está comprometida em colocar nas ‘bocas do mundo’ o vinho português, dar a provar a sua qualidade, diversidade e excelência, procurando diversificar mercados e entrar em novas geografias. Este é um trabalho que desenvolvemos em parceria e lado a lado com os produtores, com vista a garantir um futuro mais sustentável para o setor.”, acrescenta Luís Mira.

 

 

 

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Fruit Attraction acolheu exposição e lançamento da nova imagem dos WFPA

Lançado em 2011, o concurso, anteriormente conhecido como Pink Lady Food Photographer of the Year, passou a chamar-se World Food Photography Awards e na edição de 2025 passou a patrocinado pela Bimi Tenderstem Broccolini, marca global desta variedade de brócolos que pertence à Sakata, empresa multinacional japonesa de sementes.

Os prestigiados World Food Photography Awards marcaram presença na edição 2024 da Fruit Attraction Madrid, evento líder para o setor de frutas e vegetais. A exposição, que reuniu um leque variado de fotografias galardoadas ao longo dos dez anos do concurso, chamou a atenção dos participantes da feira internacional, que foi ainda escolhida como local de apresentação da nova imagem dos WFPA.

A Fuit Attraction recebeu exposição dos World Food Photography Awards. Lançado em 2011, o concurso, anteriormente conhecido como Pink Lady Food Photographer of the Year, passou a chamar-se World Food Photography Awards e na edição de 2025 passou a patrocinado pela Bimi Tenderstem Broccolini, marca global desta variedade de brócolos que pertence à Sakata, empresa multinacional japonesa de sementes.

O mais importante prémio de fotografia gastronómica do mundo estreou-se na Fruit Attraction com uma galeria situada no corredor central, entre os pavilhões 6 e 8 do centro de congressos e feiras Ifema, numa cortesia do seu novo patrocinador principal. Teve a presença de chefes e fotógrafos de renome mundial, entre os quais os Hermanos Torres, chefs famosos galardoados com Estrelas Michelin, de María José Sánchez, diretora da Fruit Attraction, além de meios de comunicação nacionais e internacionais e foi apresentado pela sua fundadora, Caroline Kenyon, pelo presidente do júri, David Loftus, e por Dave Samuels, diretor global da Bimi.

Aos jornalistas, Caroline Kenyon revelou que aprendeu a gostar de fotografia há 30 anos atrás, quando teve que deixar o seu trabalho numa publicação jornalística e mudar-se com o marido para o condado de Lincolnshire, uma zona predominantemente agrícola. Criou com um amigo uma agência de relações públicas que tinha entre os seus clientes, vários fotógrafos especializados em alimentação. Em 2011, questionou-se sobre o facto de não existir, a nível mundial, nenhum concurso sobre fotografia de comida, “que contasse todas as histórias de imagens de alimentação”, e decidiu lançá-lo. “Sabia que era possível fazê-lo e criei um website, falei com jurados, contatei uma galeria no centro de Londres e possíveis patrocinadores, falei com amigos na área de agências de relações públicas e comunicação”, contou na apresentação da exposição e lançamento da nova imagem que vai acompanhar a edição de 2025, e que decorreu a 9 de outubro.
O resto, é história. O prémio começou por ter 14 categorias e envolver um painel de 20 jurados. Ao longo dos 10 anos de realização, a organização recebeu cerca de 110 mil fotografias.


Atualmente divide-se por mais de 25 categorias, com um júri composto por 70 especialistas, e criou uma parceira com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas e com a James P. Foundation, de Nova Iorque. Recebe milhares de imagens enviadas por fotógrafos, profissionais e amadores, de cerca de 100 países. “Tornou-se um concurso muito grande, estimulante, que está a sempre em mudança e evolução. É um projeto que me apaixona e à minha equipa”, sublinhou Caroline Kenyon.

Anónimo e aberto a profissionais e amadores

O concurso convida os fotógrafos, amadores ou profissionais, a mostrarem a sua criatividade na captação de histórias relacionadas com a alimentação em todo o mundo.

As fotografias são analisadas e escolhidas pelo júri de forma anónima, o que significa que os jurados não sabem se pertencem a um fotógrafo profissional ou amador, de renome ou desconhecido. As milhares de imagens passam por várias etapas de seleção até o júri chegar às 850 semifinalistas e depois às 180 finalistas, num processo que demora alguns meses.

“É um desafio presidir ao júri, por reunir profissionais de variadas áreas. Alguns membros exprimem mais a sua opinião do que outros e é sempre uma discussão que envolve muitas sensibilidades. O júri, com membros de países ao redor do globo, trabalha conjuntamente até à ultima fase de seleção”, explicou David Loftus, o mais conceituado fotógrafo de comida a nível mundial e presidente do júri há seis anos.

Referiu o caráter anónimo do concurso, facto que garante que não haja “nenhum favori tismo na escolha dos finalistas”. “É algo realmente especial, porque ninguém sabe se os vencedores serão profissionais com 30 anos de experiência ou fotógrafos amadores”, acrescentou, revelando que pessoalmente, as suas escolhas envolvem instinto “e coração”. “É o melhor e maior concurso mundial de fotografias de comida e o universo de imagens abarca tantos países e realidades, tantos momentos e significados, que na verdade trata-se de escolher com o coração e celebrar todos os aspetos relacionados com a partilha de comida”, sublinhou David Loftus, defendendo que, à partida, “são todos vencedores”.

Bimi patrocina “uma celebração única”

“Temos o prazer de anunciar o primeiro ano da Bimi como principal patrocinador do maior prémio de fotografia de comida do mundo, firmando a nossa posição como marca global de vegetais, apoiando todos os aspetos relacionados com a cultura da alimentação e ajudando a fazer brilhar a beleza dos alimentos e vegetais”, destacou Dave Samuels, diretor global da Bimi, na Fruit Attraction, no lançamento da nova imagem dos WFPA.

O responsável afirmou ainda que ao patrocinar este concurso, a Bimi pretende honrar estes “maravilhosos e cotidianos momentos”, que validam todo o trabalho realizado pelas pessoas nas várias etapas da indústria alimentar.

Num comunicado prévio ao evento na Fruit Attraction Madrid, Dave Samuels já tinha afirmado que estes prestigiados prémios “são uma celebração única da forma como a comida toca vidas em todo o mundo, e uma iniciativa que, como marca global de alimentos, é crucial que apoiemos”.

A Bimi está em Portugal, sobretudo na região Oeste. A área de produção passou de 10 hectares em 2021 para 80 hectares, com uma produção anual que já ascende aos 80 mil quilos. Cerca de 65% do Bimi produzido em Portugal é exportado e tem o Reino Unido como principal destino, refere a Sakata Ibérica. A marca tem como objetivo manter o crescimento de dois dígitos no mercado nacional e, ao mesmo tempo, diversificar as exportações para outros mercados internacionais, como França, Alemanha e Polónia.

Este artigo foi publicado na edição 427 do Hipersuper

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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Exportação

Exportações de bens aumentaram 9,9% no 3º trimestre

As exportações portuguesas de bens aumentaram 9,9% no 3º trimestre, comparativamente ao mesmo período de 2023. As importações também cresceram, mas menos do que as exportações.

Hipersuper

Os dados foram divulgados esta terça pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo a estimativa rápida do comércio internacional de bens para o 3º trimestre de 2024, cresceram as exportações e as importações, respetivamente 9,9% e 6,6%, em termos nominais e em relação ao período homólogo.

A subida das exportações em percentagem superior à das importações permitiu diminuir o défice comercial de bens de Portugal com o exterior.

Segundo a estimativa rápida do INE, estas variações “refletem, em grande medida, acréscimos significativos nas transações de bens com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, sem mudança de propriedade”. 

Acrescenta que as transações de bens aumentam pelo segundo trimestre consecutivo, “tendo as variações homólogas no trimestre anterior sido de 2,9% nas exportações e 0,8% nas importações”.

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Exportação

Balanço positivo da participação portuguesa na Chillventa 2024

“Durante os três dias de exposição as empresas tiveram a possibilidade de refortalecer relações comerciais com parceiros e de criar novos contatos que certamente irão contribuir para o crescimento e expansão deste setor em Portugal”, sublinha Christelle Domingos, diretora executiva da InovCluster, que organiza a participação das PME nacionais neste certame.

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A Chillventa 2024 reuniu 1.010 expositores de 49 países – entre elas a Centauro Internacional – Trocadores de Calor, a Brisa Nova – Trocadores de Calor e a Castanheira, Henriques e Companhia – e mais de 32.796 visitantes que participaram no evento que junta profissionais da indústria de refrigeração, ar condicionado, ventilação e bombas de calor. A inovação e sustentabilidade foram temas centrais que fizeram parte de um extenso programa com mais de 250 apresentações técnicas. Os debates ocorreram em fóruns especializados e no Chillventa Congress, que aconteceu um dia antes da feira e atraiu cerca de 300 delegados internacionais.

“A participação na Chillventa 2024, em Nuremberga, foi uma experiência excecional e bastante positiva para as nossas empresas. A feira, reconhecida como um dos maiores eventos internacionais na área de refrigeração, climatização, ventilação e bombas de calor, ofereceu a oportunidade às empresas de apresentarem as suas mais recentes inovações e soluções tecnológicas a um público alargado e especializado”, sublinha Christelle Domingos, diretora executiva da InovCluster, em comunicado.

“Esta edição teve desde tecnologia de refrigeração, isolamento e ACI até ao ar condicionado e ventilação, passando pelas bombas de calor, distribuídos pelos oito pavilhões da feira, cobrindo assim toda a cadeia de valor do setor. Durante os três dias de exposição as empresas tiveram a possibilidade de refortalecer relações comerciais com parceiros e de criar novos contatos que certamente irão contribuir para o crescimento e expansão deste setor em Portugal”, acrescenta.

Fazendo um balanço geral do certame, a diretora executiva da InovCluster conclui que “a aceitação dos visitantes aos produtos apresentados foi bastante positiva, a partilha de conhecimento e a troca de experiências com outros profissionais do setor permitiu identificar novas oportunidades e ajustar as estratégias para que as empresas consigam responder melhor a desafios futuros. Estamos extremamente satisfeitos com os resultados obtidos e confiantes de que esta participação trará frutos duradouros para as nossas empresas”.

A Centauro, uma das empresas participantes na feira, considera que “a Chillventa é um evento de presença obrigatória e muito importante para a nossa empresa. Desde 2016 que participamos neste certame. Esta é uma das principais feiras do nosso setor, para além de um ponto de encontro com os nossos clientes e parceiros, é também nesta feira que são divulgadas novas inovações”, afirma Roberto Antunes, diretor industrial, da Centauro Internacional.

“A nível de organização da participação, a Inovcluster foi incansável e muito importante para nós, porque a Inovcluster ao tratar da organização da feira deixou-nos livres para nos focarmos no que é importante, negócios. No global, a participação foi positiva e prevemos participar na próxima edição em 2026”, diz ainda Roberto Antunes.

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Exportação

Mafalda Franco Frazão: “Precisamos de ser mais ambiciosos”

A peak season está aí e é o motivo perfeito para uma conversa com Mafalda Franco Frazão, head of sales da Google Portugal.

A peak season está aí e este é o momento ideal para conversar com Mafalda Franco Frazão, head of sales da Google Portugal, que sublinha a importância estratégica do e-commerce para o crescimento do retalho em Portugal, num contexto marcado pela rápida evolução tecnológica e pelo crescimento do uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) que, entre várias vantagens, pode trazer valor para as marcas.

“O E-commerce e todas estas áreas têm vindo a impulsionar a economia do crescimento. Quem trabalha nestas áreas tem visto muita disrupção e muita inovação, e tem estado na frente daquilo que traz o crescimento”, explica Mafalda Franco Frazão ao Hipersuper, realçando que este setor tem sido a força motriz da economia. O e-commerce nos próximos anos vai crescer mais de 50% do crescimento de todas as vendas do retalho”, sublinha. “Estar do lado desta equação traz muitos desafios” lembra, “mas é aquilo que está a trazer o crescimento”.

A IA surge como uma das principais alavancas para maximizar as oportunidades de crescimento no setor, ajudando a resolver desafios complexos e a responder a consumidores cada vez mais exigentes e dispersos. “A IA ajuda-nos a fazer esta combinação, de poder usar os dados de forma eficaz”, sublinha. Contudo, alerta para o facto de que Portugal tem sido lento na adoção de novas tecnologias, como aconteceu com a chegada da internet e do mobile. “Temos sido lentos, mas estamos a convergir”, diz, lembrando que, embora o número de compradores online esteja a aumentar, o país ainda está abaixo da média europeia.

Para a responsável do Google Portugal, a digitalização e o e-commerce têm potencial para transformar significativamente o mercado retalhista português. “Estamos a ver um crescimento de cerca de 9% globalmente para o e-commerce nos próximos anos, e em Portugal as estimativas são igualmente otimistas”, afirma. As categorias de produtos mais compradas pelos consumidores portugueses, como vestuário, beleza e refeições entregues em casa, já estão acima da média da União Europeia, o que revela sinais positivos de adesão ao digital, sobretudo nas faixas etárias mais jovens.

Contudo, o grande desafio para os retalhistas está em enfrentar a concorrência dos gigantes internacionais, como Amazon e AliExpress, que têm captado uma fatia significativa do mercado. “Os portugueses estão a investir muito do seu dinheiro em players internacionais, seja a Shein, a AliExpress, a Amazon, a Temu. Todos eles têm conquistado muito market share em Portugal e, no fundo, é aqui que eu acho que nós, os players portugueses, devíamos fazer melhor”, alerta Mafalda Franco Frazão, referindo-se ao aumento de market share que estas plataformas têm conseguido no nosso país, sobretudo durante períodos promocionais como a Black Friday e os Prime Days.

Uma das principais recomendações de Mafalda Franco Frazão é que os retalhistas portugueses comecem a pensar a longo prazo, e não apenas nos ganhos imediatos durante a peak season. “Os players internacionais já incorporam o lifetime value dos clientes”, explica, sublinhando que o investimento a longo prazo é o que diferencia os líderes de mercado. Embora reconheça progressos na antecipação e planeamento das campanhas, sublinha que ainda há um longo caminho a percorrer.

“Precisamos de ser mais ambiciosos”, defende Mafalda Franco Frazão, sugerindo que os retalhistas devem apostar em estratégias que garantam o crescimento sustentado do e-commerce em Portugal. “Estamos a perder market share para os players internacionais”, alerta, chamando a atenção para a necessidade de adotar uma abordagem mais arrojada e focada no longo prazo.
“Temos de incorporar um bocadinho a aposta do ano que vem. E eu acho que aí nós ainda estamos a olhar a curto prazo e temos de ser mais ambiciosos e olhar a longo prazo para ganhar market share. “Não estamos a pôr essa lente que eu acho que é crítica para o sucesso do e-commerce”, afirma.

A internacionalização como solução

A expansão para mercados externos é vista por Mafalda Franco Frazão como uma oportunidade fundamental para os retalhistas portugueses. “A internacionalização é crítica”, afirmou Mafalda Franco Frazão, destacando exemplos de empresas nacionais que já começaram a dar passos nesse sentido. “Temos empresas como Indie Campers ou a Care to Beauty a vender para todo o mundo, e isso mostra que é possível”, acrescenta a responsável.

Com o apoio das ferramentas de IA, torna-se mais acessível internacionalizar, mesmo para pequenas e médias empresas (PMEs), que antes enfrentavam grandes dificuldades em competir a nível global. “A IA permite automatizar processos e escalar negócios de uma forma que antes era impensável”, frisa, sublinhando que este tipo de tecnologia democratiza o acesso ao crescimento global. “Em Portugal sempre sofremos de um problema de escala e o digital permite resolver isso. Cada vez mais a inteligência artificial tem-nos vindo a dar ferramentas, seja de produção, seja de automatização, de criatividade”, frisa. “Acho que a inteligência artificial pode ajudar a dois níveis. Sermos todos mais produtivos e eficientes, sermos curiosos para utilizar estas ferramentas e começar a testá-las. Por outro lado, aplicá-las depois, então, aos grandes desafios das organizações, aqueles que sempre existiram e que agora efetivamente podemos tentar utilizar para melhorar a experiência do nosso cliente”, acrescenta.

Para além da internacionalização, Mafalda Franco Frazão lembra que a personalização pode ser um fator-chave para o sucesso no e-commerce. As ferramentas de IA estão a revolucionar a forma como as marcas interagem com os consumidores, permitindo campanhas automatizadas e personalizadas que respondem de forma mais eficaz às necessidades dos clientes. E exemplifica: “as nossas ferramentas, como o Performance Max e o Demand Gen, ajudam a automatizar todo este processo”. “Estas nossas ferramentas de inteligência artificial aplicadas aos anúncios e às campanhas digitais automatizam, criam uma melhor performance e permitem maior personalização, que é super importante”, sublinha.
Mafalda Franco Frazão destaca ainda que o papel da IA no futuro do e-commerce será crucial, não só em termos de produtividade, mas também na melhoria da experiência do cliente. As empresas que conseguirem usar bem estas ferramentas vão ganhar eficiência e oferecer uma experiência de compra melhorada, conclui. H

 

67% dos consumidores portugueses compram em sites internacionais

Numa peak season que se prolonga no tempo, é crucial para qualquer marca estar presente na mente dos consumidores e ao longo de toda a sua jornada de compra. De acordo com o Google Consumer Survey, 44% dos consumidores afirmam que vão esperar por promoções, enquanto 25% planeiam as suas compras com antecedência, o que sugere que as campanhas de marketing para esta temporada podem começar mais cedo.

Além disso, um em cada três inquiridos considera gastar até 300 euros durante a Black Friday deste ano. Estas são algumas das principais conclusões do estudo realizado pelo Google em setembro de 2024.

Consumidores, marcas e retalhistas preparam-se para a Peak Season, uma das épocas de maior consumo, que começa com o Dia de Compras na Net e se prolonga até ao início do ano seguinte, abrangendo eventos como o Prime Day, Black Friday, Cyber Monday, Natal e os saldos.

Ainda segundo o estudo que envolveu 1070 entrevistas, 36% dos inquiridos ponderam fazer compras na Black Friday, sendo que 8% têm a certeza de que o farão. Entretanto, 50% consideram os saldos como o momento promocional mais importante para as suas compras. Embora os saldos e a Black Friday sejam as ocasiões preferidas pelos consumidores em Portugal, o estudo da Google revela ainda que o Prime Day já ultrapassa a Cyber Monday em intenção de compra (7% contra 6%, respetivamente), destacando a crescente relevância desta data no país. 67% dos consumidores portugueses que compram online fazem-no em sites internacionais.

Este artigo foi publicado na edição 427 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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