com Pedro Devesa, membro do Conselho de Administração da DIA Portugal
“Contamos continuar a crescer nos próximos anos”
O Minipreço Online completou dois anos de atividade no início de junho deste ano tendo, de acordo com o estudo da Nielsen Homescan S12, duplicado a sua quota de mercado […]
Ana Rita Almeida
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O Minipreço Online completou dois anos de atividade no início de junho deste ano tendo, de acordo com o estudo da Nielsen Homescan S12, duplicado a sua quota de mercado para os 2,8%. Este foi o mote para uma conversa com Pedro Devesa, membro do Conselho de Administração da DIA Portugal, que não esconde a ambição de colocar a plataforma online como a maior loja da companhia em Portugal.
Lançada em plena pandemia, em julho de 2020, a plataforma de comércio eletrónico do Minipreço rapidamente começou a fazer parte das escolhas dos clientes que optam exclusivamente pelo e-commerce como principal método de comprar ou como complemento à loja física.
Pedro Devesa, membro do Conselho de Administração da DIA Portugal, não tem dúvidas em afirmar que o balanço é claramente positivo. “Após dois anos de atividade, o Minipreço Online já é o ponto de partida de muitos dos nossos clientes e representa uma complementaridade sólida e testada ao desígnio de proximidade que nos distingue. Aquilo que podemos afirmar com toda a segurança é que o balanço da operação é bastante positivo” diz em entrevista ao Hipersuper.
“O que temos de capitalizar é garantir uma perfeita conjugação da loja física com a plataforma online, sabendo que para muitos dos nossos clientes, o comércio online representa o desafio de ser uma linha avançada da conveniência do processo integrado de compra, contribuindo para uma maior satisfação global da oferta que disponibilizamos” acrescenta.
O gestor não esconde a ambição de ver o Minipreço Online crescer ano após ano tornando-se num player importante neste setor: “Sempre manifestámos a ambição e o desejo da nossa plataforma online ser a maior loja da companhia em Portugal. Atualmente, a plataforma online tem um peso de cerca de 2,0% nas vendas totais da companhia em Portugal e contamos que continue a crescer nos próximos anos, até nos tornarmos numa das principais referências em termos de supermercados online” refere.
“Mas, mais do que apenas o peso transacional direto que o e-Commerce pode trazer, entendemos que a nossa presença online é um motor para o crescimento total do negócio, que se baseia na complementaridade entre o digital e o físico, entendida como a melhor forma de oferecer uma experiência de compra ótima para os consumidores” explica em declarações ao Hipersuper.
“O Minipreço Online tem registado um crescimento sustentado a dois dígitos altos, com uma forte fidelidade e um grande reconhecimento dos clientes através do NPS muito alto (>85) e melhor votação no recente estudo desenvolvido pela DECO sobre comércio online no retalho alimentar, garantindo uma perfeita conjugação com as lojas físicas e contribuindo decisivamente para uma maior satisfação global da oferta disponibilizada pelo Minipreço” remata Pedro Devesa.
Complementar a oferta física com o online
Atualmente, o Minipreço online continua a sua expansão para todo o território nacional, crescendo com a ambição de cobrir 60 por cento da população nacional diretamente através da plataforma online em minipreco.pt e depois, em parceria com empresas de delivery como a Glovo, Uber Eats e 360hyper, chegar a todo o país.
Sobre o caminho a percorrer, Pedro Devesa não tem dúvidas: complementar a oferta física com o online é o sentido certo. “Recentemente apresentámos dados de um estudo da NielsenIQ que vêm confirmar a firme aposta que estamos a fazer na complementaridade da nossa oferta no físico e no online, sabendo que para muitos dos nossos clientes, o comércio online constitui uma linha avançada da conveniência do processo integrado de compra” diz.
“O desafio que transpusemos para a nossa plataforma online foi o de garantir a mesma premissa de proximidade da loja física. Será sempre isso que distinguirá o Minipreço e os nossos clientes do online reconhecem a excelência do serviço e do atendimento como fatores que muito contribuem para a fidelização ao serviço. Para além de duplicar a sua quota total para 0s 2,8%, o Minipreço Online foi a única insígnia a ganhar quota de lares e a aumentar a sua penetração. São dados extremamente animadores e que confirmam e validam o caminho que estamos a seguir nesta área” reforça.
Com a atual pandemia, o comércio online sofreu grandes mudanças. O Hipersuper quis saber se há uma mudança no perfil do consumidor online do Minipreço. Pedro Devesa clarifica que a plataforma online e o recurso aos parceiros de delivery foi pensado para uma total abrangência de perfis e comportamentos de compra, “mantendo inteiramente válidas e concretizadas as nossas premissas de proximidade e a conveniência que sempre nos caracterizou”. “O Minipreço enraizou-se nos bairros onde está inserido numa lógica de complementaridade às necessidades específicas das comunidades que serve em cada localidade. Nesse sentido, a nossa oferta física sempre foi uma extensão do próprio bairro. Quando introduzimos a plataforma online, o que conseguimos foi uma extensão dessa presença e uma conjugação de serviços que se traduziu em duas tipologias de clientes. Por um lado, temos os clientes que privilegiam as compras curtas e rápidas, servidas pelas Glovo e Uber Eats, e que apresentam um comportamento muito semelhante aos clientes das lojas físicas. Mas, por outro lado, temos os clientes que acedem à nossa plataforma online ou ao 360hyper, que apresentam um comportamento de compra bastante diferente com uma cesta média 4 vezes superior ao da loja física” acrescenta.
É inquestionável que o consumidor que compra online espera uma alta disponibilidade de produtos e rapidez na entrega. Mas será este o maior desafio nesta área? “Os consumidores estão hoje cada vez mais exigentes nos processos logísticos de entrega da sua encomenda e nos conceitos de proximidade, a última milha já não se mede em metros, mas em satisfação plena” responde Pedro Devesa. “Numa cadeia de supermercados como o Minipreço, com uma capilaridade única no mercado da distribuição alimentar com cerca de 500 lojas em todo o território nacional, os desafios da proximidade traduzem-se na complementaridade do processo de compra física e online. Se é certo que, para muitos clientes, a experiência de compra no online já superou muitos obstáculos, em muitas categorias de produtos que são a base da oferta do Minipreço, como os produtos frescos e os perecíveis, a loja física ainda é o principal ponto de atração e a razão maior de ser da conveniência absoluta. Nesse sentido, o comércio online representa o desafio de ser uma linha avançada da conveniência do processo integrado de compra numa omnicalidade que beneficia e conforta o cliente e contribui, decisivamente, para um consumo mais consciente e com menos desperdício alimentar” sublinha ainda.
“Aliada a esta componente, a capacidade da entrega em tempo útil, numa franja horária que sirva o propósito global da intenção de compra, interage com a disponibilidade de repetir todo o processo. É nesse sentido que estamos a trabalhar na concretização da promessa de entrega em 2 horas garantindo, logisticamente, que a compra online não desvirtua o conceito de proximidade, mas antes intensifica-o e torna-o premente e indispensável. E é aqui que entra todo processo de modernização e aperfeiçoamento da oferta online do Minipreço e na conjugação de todos estes fatores críticos para o sucesso da operação” destaca também.
Sustentabilidade: avanços fundamentais em várias áreas
É público que o Grupo DIA tem um papel ativo quanto à sustentabilidade. Com o objetivo de cumprir o seu propósito de estar mais perto de todos os seus stakeholders, iniciou em 2021 a execução do seu primeiro Plano de Sustentabilidade, um instrumento alinhado com as prioridades estratégicas do negócio em cada um dos países em que opera e que procura responder aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização de Nações Unidas (ONU), como a redução do gap alimentar, reduzir a desigualdade ou promover a produção e o consumo responsáveis.
“O primeiro ano de execução mostra avanços fundamentais em áreas como o acesso a alimentos e cuidados básicos, a diversidade e inclusão laboral ou a relação com franquiados e fornecedores” refere Pedro Devesa.
“No que diz respeito ao acesso a cuidados alimentares e de qualidade, tal como estabelecido no Plano, a ambição do Grupo DIA é criar valor para os seus stakeholders e uma das formas de o conseguir é facilitar o acesso aos cuidados básicos e que a alimentação de qualidade esteja disponível para todos. Em 2019, o Grupo iniciou um profundo processo de transformação do seu negócio que envolveu a implementação de uma nova proposta de valor para o cliente. Isto reflete-se não só na renovação das suas lojas, mas no compromisso com os produtos frescos e na melhoria da marca própria da DIA” explica Pedro Devesa.
“Esta oferta de frescos e a proposta da marca própria da DIA responde às necessidades dos vizinhos oferecendo uma oferta de qualidade ao melhor preço. No final de 2021, o peso das vendas de produtos frescos aumentou 21% a nível do Grupo e, desde o início da transformação, a empresa lançou mais de 2.700 referências de marca própria no âmbito da Nova Qualidade DIA e 209 referências foram reformuladas para melhorar o seu perfil nutricional. Para além disso, a capilaridade das lojas da DIA, com presença em todos os tipos de bairros e num grande número de municípios mais pequenos, e o seu investimento na expansão do serviço online em Espanha, Portugal, Brasil e Argentina, permite à empresa reforçar o seu objetivo de facilitar o acesso a alimentos de qualidade” conclui.