Lidl reage à greve convocada para este sábado: “não nos revemos nas reivindicações”
“O Lidl Portugal pauta-se por ouvir e falar com os seus colaboradores, privilegiando o diálogo com os sindicatos, que foram informados dos novos benefícios em dezembro passado, pelo que não […]
Ana Catarina Monteiro
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“O Lidl Portugal pauta-se por ouvir e falar com os seus colaboradores, privilegiando o diálogo com os sindicatos, que foram informados dos novos benefícios em dezembro passado, pelo que não nos revemos nas reivindicações desta greve”, declara a cadeia de distribuição, ao Hipersuper, em reação à greve dos trabalhadores convocada para amanhã, 29 de fevereiro, pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
O órgão sindical afirma, num comunicado divulgado esta sexta-feira, que a cadeia “não respondeu praticamente a nada” proposto no caderno reivindicativo para o ano de 2020.
Uma das exigências, explica o sindicato, foi a introdução de um subsídio de frio, que a empresa acatou mas que foi implementado de “forma discriminatória”, acusa.
O Lidl refuta dizendo que entrará em vigor “no próximo ano fiscal” o pagamento de um suplemento para quem desempenha funções “de forma continuada em temperaturas negativas nos entrepostos, em função do tempo de permanência produtivo na câmara. Este será 20% do ordenado base pago”. Segundo a retalhista, os sindicatos foram informado desta nova medida em dezembro.
Outras das reivindicações que baseiam a greve convocada para amanhã são também o aumento dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores e a “reposição dos três escalões remuneratórios”, incluindo o pagamento dos retroativos aos trabalhadores “penalizados com a criação de um quarto escalão”.
O Lidl lembra que em 2019 aumentou para 670 euros o ordenado auferido “no primeiro ano de trabalho”. Um valor “superior ao ordenado mínimo nacional, de 635 euros mensais, desde janeiro deste ano”.
Além disso, “desde 1 de janeiro de 2020, aumentámos o valor do subsídio de refeição para 7,63 euros, que se traduz num aumento adicional líquido de 192 euros ao final do ano (16 euros por mês) para os colaboradores a tempo inteiro”.
O processo de desenvolvimento de carreira na empresa “prevê que, inicialmente, num período de dois anos, a cada 12 meses, seja dada a possibilidade a todos os colaboradores de subirem de escalão, traduzindo-se esta subida num aumento remuneratório. Findo este período, a evolução faz-se de acordo com os parâmetros de gestão de talento da empresa, diretamente relacionados com o desempenho das funções”, explica ainda a cadeia.
O CESP denuncia, por fim, que “nos últimos tempos, em particular nos entrepostos, os trabalhadores têm vivido momentos de enorme pressão e repressão, desrespeito e chantagem sobre os trabalhadores que a empresa, apesar de conhecer, tarda em resolver”, lê-se também no comunicado.
Afirmando que dispõe de um provedor do colaborador, “em cada uma das regionais e sede e que visa ser um interlocutor independente e neutro, incentivando a um clima positivo de trabalho”, a cadeia garante também que disponibiliza a todos os colaboradores “um seguro de saúde valorizado em mais de 400 euros anuais, independentemente da sua carga horária, com extensão ao agregado familiar com condições vantajosas”.
Estão previstos para amanhã piquetes nos entrepostos do Lidl em Linhó (Lisboa) e Marateca (Setúbal), assim como nas lojas Lidl de Torres Novas (Santarém) e do distrito de Braga.
Esta é já a segunda greve de trabalhadores da distribuição que o CESP convoca este ano, depois da paralisação em várias cadeias que decorreu a 31 de janeiro.