Investimento imobiliário comercial em Portugal desacelera em 2019
Abriram cerca de 160 novos espaços de retalho na cidade de Lisboa entre janeiro e agosto de 2019. A maioria dedicados à restauração
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Ana Catarina Monteiro
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O segmento de investimento imobiliário comercial ficou acima dos 1,1 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, de acordo a Worx – Real Estate Consultans. O valor representa uma queda face ao ano anterior, quando em junho o investimento já chegava aos 1,4 mil milhões de euros.
O setor do retalho captou 311 milhões de euros em investimento comercial imobiliário no primeiro semestre deste ano. Um valor abaixo dos 800 milhões de euros registados no primeiro semestre do ano passado, segundo dados da mesma empresa.
Uma amostra levantada pela consultora imobiliária indica a abertura de cerca de 160 novos espaços comerciais na cidade de Lisboa entre janeiro e agosto de 2019. A maioria dedicados à restauração.
No que diz respeito ao segmento industrial e de logística, a Worx prevê que o “expectável aumento do comércio eletrónico e a necessidade de agilização de tempos de entrega façam aumentar a procura por espaços logísticos próximos dos centros urbanos”.
O ecommerce B2B representou em 2017 cerca de 70 mil milhões, 38% do PIB nacional, e o segmento B2C representou 4,6 mil milhões de euros, 2,6% do PIB, segundo dados da ACEPI e do IPC citados pela consultora.
Para o mercado de escritórios, no total de nove meses de 2019 o volume de absorção foi de 136.008 metros quadrados, o que representa um aumento de 6% comparativamente ao período homólogo de 2018.
Em termos gerais, o mercado imobiliário para fins comerciais evidencia uma “estabilização dos níveis de liquidez”, que deve “manter-se direcionada para ativos prime que se adequam a investidores com perfil core”, observa a Worx realçando que até agosto 70% do investimento nacional resulta de operações superiores a 50 milhões de euros.
“O mercado manter-se-á em alta, impulsionado pela entrada crescente de empresas internacionais no mercado português, pela necessidade de expansão e mudança de instalações de empresas que veem crescer a sua atividade ou procuram realizar um upgrade às suas atuais condições de trabalho. A escassez de oferta continuará a ser uma realidade até ao final do ano, o que constitui um maior obstáculo à manutenção do dinamismo do mercado de escritórios e coloca a tónica nas operações de pré-arrendamento no que diz respeito à ocupação de áreas de grande dimensão. Os valores de renda prime irão continuar a verificar margem para progressão”, explica a Worx na sua análise.