Bel tem planos para produzir leite biológico nos Açores
O projeto-piloto arranca em 2018 com um processo de reconversão dos produtores para cumprir os requisitos que a produção biológica exige
Ana Catarina Monteiro
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A Bel tem planos para começar a produzir nos Açores leite biológico, revelou à Lusa Ana Cláudia Sá, diretora-geral do grupo francês em Portugal.
O projeto-piloto arranca em 2018 com um processo de reconversão dos produtores para cumprir os requisitos que a produção biológica exige, os quais proibem quaisquer vestígios de químicos como fertilizantes, entre outros.
Esta adaptação durará “no mínimo dois anos para cada produtor”, sendo que o primeiro leite biológico produzido nos Açores deve chegar ao mercado em 2020. Até lá, serão precisas mudanças na pastagem e nas unidades fabris. A Bel está instalada na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.
Segundo a diretora-geral, a multinacional de lácteos e o Governo Regional açoriano estão neste momento em fase de definição da melhor forma para efetuar a reconversão, para que se “evitem desequilíbrios a curto prazo”.
Depois de lançar em 2015 o programa Vacas Felizes, que resultou no Leite de Pastagem cuja produção já “pesa 25% do total produzido pela empresa em Portugal, a Bel pretende com este novo projeto dar seguimento à estratégia de valorização do leite açoriano.
Ana Cláudia Sá acredita que o leite biológico apresenta um elevado potencial de venda no mercado europeu, onde a procura é “gigante”. Em França, apenas “cerca de 3% do leite produzido é biológico e há uma procura enorme”.
Até agora, a região insular portuguesa ainda não produz leite biológico e no resto do País as produções deste tipo “são pequenas e não têm o mesmo potencial” que apresenta os Açores. A líder sublinha ainda a “vantagem competitiva” de nos no arquipélago os animais serem alimentados através de pastagem.
Durante a reconversão, “a indústria irá pagar um valor superior” pelo leite adquirido, como forma de compensar a esperada “queda do volume de produção e rendimento dos produtores”.