Nuno Pinheiro, diretor de negócio da Ampere Energy Portugal
Ampere quer democratizar autoconsumo energético no País
A empresa criada em 2015 em Espanha, cujo CEO (chief executive officer), Ander Muelas, foi responsável pela construção das primeiras instalações fotovoltaicas no país vizinho, oferece sistemas “all-in-one”
Ana Catarina Monteiro
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Uma solução inteligente que liga painéis solares a uma bateria de armazenamento de energia e a sistemas de gestão, colocando nas mãos dos proprietários dos espaços o controlo integral do consumo de energia. Esta é a proposta de valor da Ampere que acaba de chegar a Portugal.
Portugal foi movido durante os dias 4 a 11 de maio de 2016 apenas por energias renováveis, acontecimento aclamado internacionalmente e que foi considerado pelo jornal britânico The Guardian o terceiro mais importante feito científico do ano. A taxa de utilização de fontes energéticas sustentáveis no País fixou-se nos 28% do total de energia consumida em 2015, a oitava maior da União Europeia (UE), de acordo com o Eurostat, o gabinete de estatísticas da UE.
Considerando que o território luso beneficia de um dos maiores índices de exposição solar na Europa, as potencialidades são elevadas e estão a atrair inovações da área energética para o mercado nacional, as quais podem dar uma ajuda para alcançar a meta dos 31% de taxa de utilização de energias renováveis traçada para 2020. É o caso da Ampere, marca de soluções de gestão de energia, tanto para o setor doméstico como para o empresarial, que chegou a Portugal em maio deste ano em parceria com o grupo nacional Casais, ligado ao setor da construção.
A empresa criada em 2015 em Espanha, cujo CEO (chief executive officer), Ander Muelas, foi responsável pela construção das primeiras instalações fotovoltaicas no país vizinho, oferece sistemas “all-in-one”, garantindo desde a implementação de painéis fotovoltaicos a sistemas de gestão, passando pelas baterias de armazenamento de energia.
Restauração e hotelaria na mira
Um dos principais “targets” da empresa é comércio, “sobretudo nos segmentos em que há maior consumo energético, como a restauração e hotelaria”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Nuno Pinheiro, diretor de negócio da Ampere Energy Portugal. O mercado residencial com “consumos de energia acima dos 100 euros” é também “muito importante” para o negócio.
“Todas as cinco soluções Ampere [Sphere, Square, Tower, Rack e Ship] se enquadram no consumo de um espaço comercial”, dependendo das necessidades. Para o pequeno comércio, os equipamentos “Sphere, Square e Tower, com capacidades de carga de 3 kWh a 12 kWh” (quilowatt-hora) são os mais indicados. “Se os consumos de energia forem mais elevados, as soluções Rack e Ship têm capacidades de armazenamento de carga até 6 Mwh” (megawatt-hora). Estes últimos modelos passam por soluções construídas “à medida de cada projeto” e são mais indicadas para aplicações industriais. Os modelos Sphere e Tower só chegam no entanto ao mercado nacional nos “últimos quatro meses do ano”.
Quais as vantagens?
“Se o proprietário da loja ostentar uma central fotovoltaica, a poupança é superior a 50%, já que os equipamentos lhe permitem armazenar a energia solar para ser usada 24 horas por dia. Caso não apresente nenhum sistema de produção de energia solar, os equipamentos Ampere permitem armazenar energia, quando esta é mais barata, para a consumir nos períodos mais dispendiosos. Nesse caso, a poupança rondará os 25%”, garante o diretor de negócio.
Além de promoverem o autoconsumo, os equipamentos estão ligados à internet, o que permite obter informação sobre a previsão meteorológica, a necessidade de utilização de energia da rede e o preço da eletricidade. Cruzando todos estes parâmetros, o próprio sistema inteligente calcula a melhor opção para o consumidor de forma a alcançar a eficiência energética.
Numa lógica de IoT (Internet of Things), a empresa desenvolveu ainda a aplicação AMPi, através da qual os utilizadores podem consultar o estado da bateria e os consumos em tempo real.
Qual o custo e o retorno garantido?
Para os clientes que já detêm central fotovoltaica, o investimento em um sistema da Ampere pode ir dos 5500 euros aos 10 500 euros, consoante o modelo. Quando necessária a instalação de painéis para captação de energia solar, o valor começa nos 10 000 euros. O retorno do valor aplicado é garantido em “entre sete a dez anos”, com uma parcela média de “6% a 12%” por ano, nas contas de Nuno Pinheiro.
Além Península Ibérica, a Ampere está presente desde final de 2016 na Alemanha e tem representação em Itália desde a mesma altura. A filial portuguesa, instalada em Lisboa, detém também a distribuição exclusiva para os países lusófonos, vendendo a marca quer a empresas instaladoras quer a clientes finais. A empresa espera entrar na Bélgica e no Reino Unido em 2018.