Lisboa cai no ranking das cidades mais caras. Luanda permanece na liderança
Lisboa permanece este ano como cidade “relativamente pouco dispendiosa”, tendo acompanhado a descida no ranking observada pela maioria das cidades da Europa Ocidental
Ana Catarina Monteiro
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Lisboa desceu três posições no ranking anual das cidades mais caras do mundo para se viver. A capital do País ocupa agora a 137ª posição da tabela que continua a ser liderada por Luanda.
A capital de Angola, seguida de Hong Kong e Tóquio são as três cidades mais caras do mundo, segundo a 23ª edição do estudo global sobre o Custo de Vida de 2017 da consultora Mercer (Cost of Living Survey).
A análise realizada em março deste ano compara o custo de mais de 200 itens (como alojamento, transporte, alimentação ou roupa) em 209 cidades e foi especificamente desenhada para apoiar empresas, organizações e Governos a definirem os subsídios de remuneração para os colaboradores expatriados.
O estudo permite verificar, por exemplo, que um T3 em Lisboa tem um custo de arrendamento a rondar os 2000 euros, enquanto em Luanda o mesmo custa o equivalente a 12 mil euros.
Assumindo a quarta posição do ranking, Zurique mantém-se a cidade mais cara da Europa e Singapura fecha o Top 5. O lado oposto, as cidades menos caras para residir, de acordo com a Mercer, são Tunis (209ª posição), Bishkek (208ª), e Skopje (206ª).
As 10 cidades mais caras do mundo:
1- Luanda
2- Hong Kong
3- Tóquio
4- Zurique
5- Singapura
6- Seul
7- Genebra
8- Xangai
9- Nova Iorque
10- Berna
Lisboa permanece este ano como cidade “relativamente pouco dispendiosa”, tendo acompanhado a descida no ranking observada pela maioria das cidades da Europa Ocidental, devido à desvalorização da moeda europeia face ao dólar norte-americano, que serviu como referência para os movimentos cambiais neste estudo. Assim, as três cidades mais caras para residir na Europa são suíças – Zurique, Genebra (7ª posição) e Berna (10ª posição).
Por sua vez, a forte valorização do rublo em relação ao dólar e ao custo de bens e serviços, fez com que Moscovo (14ª posição) e São Petersburgo (36ª posição) subissem 53 e 116 lugares, respetivamente, face ao ano passado. Já Londres caiu 13 lugares para a 30ª posição da tabela, resultado do enfraquecimento da libra face ao dólar norte-americano após a votação para a saída do Reino Unido da União Europeia. Destaque ainda para a queda de 18 lugares de Paris, fixando-se em 2017 na 62ª posição, e para Viena e Roma, que desceram das respetivas 24ª e 22ª posições para ocupar este ano as 78ª e 80ª posições.
No 17º lugar do ranking, Tel Aviv subiu dois degraus da tabela face ao ano passado e continua a posicionar-se a cidade mais cara do Médio Oriente, seguida pelo Dubai (20ª posição), Abu Dabi (23ª) e Riade (52ª). Por outro lado, Jidá (117ª), Mascate (92ª), e Doa (81ª) estão entre as cidades “mais acessíveis” da região. Cairo (183ª) é a cidade menos dispendiosa da região, tendo caído 92 posições, dada a elevada desvalorização da moeda local.