A beer sommelier Sofie Vanrafelgen e Francisco Gírio, da APCV
Casa portuguesa, pão e cerveja sobre a mesa
A Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV) organizou o primeiro workshop de harmonização de cerveja para os profissionais da indústria, que se realizou-se entre 14 a 18 de novembro, em Oliveira de Azeméis. A iniciativa contou com uma formadora com provas dadas nos mercados internacionais, a beer sommerlier belga Sofie Vanrafelgen
Ana Catarina Monteiro
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A Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV) organizou o primeiro workshop de harmonização de cerveja para os profissionais desta indústria, que se realizou-se entre 14 a 18 de novembro, em Oliveira de Azeméis. A iniciativa contou com uma formadora com provas dadas nos mercados internacionais, a beer sommerlier belga Sofie Vanrafelgen.
Esta será “a primeira de muitas formações, nas mais diversas áreas da cultura cervejeira, que a APCV pretende realizar, com o objetivo de dignificar a cerveja junto do consumidor, trabalhando as competências internas do setor”, garante em entrevista ao HIPERSUPER Francisco Gírio, secretário-geral da associação, sublinhando que a sustentabilidade do setor passa por uma maior aproximação à gastronomia.
O consumo de cerveja em Portugal caiu 22% entre 2010 e 2015, dos 59 litros per capita para os 46 litros, derivado sobretudo da redução do consumo fora de casa, uma vez que 63% da cerveja consumida no País, serve-se em restaurante, cafés e bares. A queda, todavia, não se refletiu tanto na produção, “devido às exportações”, mas ainda assim houve um “recuo de 11%” no fabrico interno nestes cinco anos, período em que a carga fiscal para o setor “aumentou 28%”. Além disso, no próximo ano, os produtores de cerveja veem-se a braços com o novo agravamento de 3% do Impostos sobre Bebidas Alcoólicas, que exclui o vinho.
A entidade que promove o a indústria cervejeira nacional nota que há uma falta de notoriedade da cerveja junto dos consumidores (e do Governo também), comparativamente com o vinho, no sentido de ser um produto igualmente diversificado e adaptado a diferentes ocasiões de consumo. “A cerveja pode também ser um produto sofisticado que se adapta ao perfil dos consumidores, cada vez mais exigentes e com preferência por produtos que lhe proporcionem novas experiências”.
Foi para aguçar o apetite dos produtores portugueses para o potencial da harmonização da gastronomia com a bebida milenar, que a APCV convidou a beer sommelier Sofie Vanrafelgen para se deslocar a solo luso e demonstrar como se confere sofisticação à cerveja.
Depois de uma experiência no mundo do vinho, a especialista belga apaixonou-se pela complexidade da indústria cervejeira. “Os consumidores olham para a cerveja como algo simples mas não é. Estas ideias erróneas levaram-me a querer saber mais e trabalhar com a este produto”, explica ao HIPERSUPER a sommelier belga, que através do projeto “Sofie’s World” desenvolve atividades que vão desde a formação de quadros da indústria mundial de hotelaria e turismo à consultoria para restaurantes, empresas e escolas.
Os cervejeiros nacionais têm desenvolvido uma oferta “cada vez mais diversificada e orientada para diferentes momentos de consumo” para dinamizar as vendas. Este ano, associação aponta para uma “ligeira subida do volume de vendas, tendo em conta o verão quente e prolongado que se fez sentir”.
*Pode ler mais sobre este tema na próxima edição impressa do HIPERSUPER.