Especial Transporte. Combustíveis alternativos são prioridade
As novas soluções de veículos comerciais priorizam a eficiência energética e têm como pilares o desenvolvimento tecnológico, as alternativas aos combustíveis fósseis e a gestão otimizada. Conheça as soluções propostas pela Volvo e Mitsubishi para atender às necessidades de cada negócio
Ana Catarina Monteiro
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As novas soluções de veículos comerciais priorizam a eficiência energética e têm como pilares o desenvolvimento tecnológico, as alternativas aos combustíveis fósseis e a gestão otimizada. Conheça as soluções propostas pela Volvo e Mitsubishi para atender às necessidades de cada negócio.
Os veículos comerciais, pesados e ligeiros, representam o ramo do setor automóvel mais relevante para o avanço do comércio e da indústria. Com o esbater das fronteiras entre países que o ecommerce proporciona, a mobilidade apresenta-se hoje como um dos principais desafios para as empresas ligadas à distribuição de alimentos e indústria de grande consumo.
Para dar resposta às exigências atuais, uma das principais apostas dos fabricantes de veículos comerciais passa pela utilização de alternativas aos combustíveis fósseis, sem comprometer o conforto dos condutores ou a eficiência dos veículos. “A busca de energias alternativas aos combustíveis fósseis são fundamentais na distribuição, não só pela redução dos impactos ambientais mas também pela redução drástica dos custos de operação dos veículos. Em termos de conforto de conforto na condução, a disseminação das caixas automáticas em veículos comerciais ligeiros, assim como a aplicação de tecnologias de segurança passiva e ativa que hoje já são comuns nos veículos de passageiros será cada vez mais uma realidade”, afirma em entrevista ao HIPERSUPER, Miguel Santos, diretor de Marketing e Comunicação da Mitsubishi Motors e Fuso.
Canter HEV. Primeiro híbrido produzido em série
A divisão de veículos comerciais da Mitsubishi foi “a primeira a produzir em série um veículo comercial híbrido” – o Canter HEV. Comercializado desde 2013, este veículo permite poupanças de combustível na “ordem dos 20%” e, assim como toda a gama Canter, é produzido em Portugal, na unidade industrial de Tramagal, na região de Abrantes, que abastece todo o mercado europeu, Marrocos e Turquia.
Primeiro comercial pesado 100% elétrico desenvolvido em Portugal
A empresa pretende tornar-se também “a curto prazo a primeira marca a apresentar uma solução 100% elétrica. Com um investimento total de cinco milhões de euros, co-financiados pelo QREN, no âmbito do Programa Operacional Fatores de Competitividade, e com o apoio do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação) e uma parceria com o CEIIA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel), a Fuso apresentou o eCanter, “o primeiro veículo comercial pesado de produção em série 100% elétrico” no IAA Show 2016, o Salão Automóvel de Hannover, na Alemanha.
“Este foi e é mais um importante passo na mobilidade urbana ecologicamente sustentada desenvolvido pela indústria portuguesa. A marca realizou testes de frota em Portugal com oito parceiros nacionais, nomeadamente, CTT, CM [Câmara Municipal] de Lisboa, CM do Porto, CM de Abrantes, Cascais Ambiente, Goexpressby Transporta, REN e Parques Sintra”, dá conta o diretor de Marketing.
As vantagens destas novas alternativas aos combustíveis fósseis são claras, “quer em termos de redução de custos com combustíveis, desgaste de travões, entre outros aspetos, quer nas reduções de CO2 e todo o tipo de gases nocivos para o meio ambiente”.
Volvo FE CNG. Movido a gás natural
A fatura “veículo e combustível” pesa “cerca de 30%” no orçamento global anual de uma empresa de média dimensão, explica Hugo Luzia, gestor de Engenharia de Produto da Auto Sueco Portugal, produtora da marca Volvo. “Na área dos combustíveis alternativos, o grupo tem em curso diversos desenvolvimentos em diferentes tecnologias, considerando que apenas uma tecnologia alternativa não conseguirá substituir na totalidade os combustíveis fósseis”.
A empresa lançou este ano no mercado nacional o Volvo FE CNG, movido a gás natural. Além disso, “está a realizar testes com veículos movidos a GNL (gás natural liquefeito) e estudos ligados à área da eletromobilidade”, revela Hugo Luzia, acrescentando que “todos os motores Euro 6 da Volvo para o segmento de veículos comerciais pesados estão certificados para a utilização de HVO, diesel sintético, sem qualquer alteração na sua utilização”.
Com vista a incrementar a eficiência dos veículos comerciais, além dos combustíveis alternativos, a multinacional tem investido recentemente em evoluções tecnológicas no sentido de conseguir “motores mais eficientes, aerodinâmica melhorada, otimização da tara dos chassis, soluções de linha motriz adaptada para diferentes segmentos, serviços de gestão de frota e de apoio ao motorista e formação”.
Mercado de comerciais ligeiros cresce 15%
“O mercado de veículos comerciais ligeiros, considerando dados de agosto, está a crescer cerca de 15%, em comparação com período homólogo. E é expectável que o ano feche a crescer entre os 10% e os 15%”, indica Miguel Santos. As vendas da Fuso Canter – que abrange veículos entre 3.5 toneladas a 8.55 toneladas – estão a crescer em Portugal este ano “37% até à data”. O diretor de Marketing e Comunicação acredita que este será “um ano muito positivo estando, no entanto, condicionado ao comportamento do mercado no último trimestre do ano, que historicamente pesa positiva ou negativamente na evolução dos veículos comerciais em Portugal”.
Em Portugal, o mercado no qual a Fuso Canter está integrada, enfrenta “o problema da limitação da carta de ligeiros”, que apenas permite conduzir veículos até 3.500 kg. Além disso, comparado com o cenário global, o mercado nacional “tem um claro e óbvio problema de dimensão”, observa o diretor.
Gama Canter. Distribuição capilar e intercidades
O tipo de aquisição de viaturas varia consoante o setor e o tipo de utilização, no entanto, verifica-se na totalidade do mercado que “os alugueres de longa duração estão neste momento a ganhar alguma vantagem face à aquisição”, observa o responsável da divisão de veículos comerciais da Mitsubishi. Na compra de viaturas, “apesar de existir um mercado significativo de aquisição de viaturas usadas”, as viaturas comerciais novas continuam a dominar com “larga vantagem”.
No que diz respeito aos veículos comerciais ligeiros, as características dos modelos da gama Canter da Fuso, por sua vez, “acabam por se tornar ideais para um vasto espectro de utilização. Podendo ser destacadas a logística, quer para distribuição intercidades quer distribuição capilar, assim como para a construção civil, setor de reboques de viaturas, suporte à agricultura e serviços camarários”, enumera Miguel Santos.
Volvo FH 4×2 Tractor. Para empresas exportadoras
Para as empresas exportadoras, a Volvo aconselha o FH 4×2 Tractor. O modelo destaca-se pela “flexibilidade em vários tipos de transporte, habitabilidade e conforto para o motorista, que poderá pernoitar na cabina várias noites por semana”, diz o gestor de Engenharia de Produto da Auto Sueco Portugal.
A marca “procura ir de encontro à especificidade de cada cliente e oferecer uma especificação otimizada para a aplicação a que se destina”. No sentido de proporcionar uma maior conveniência aos operadores, a empresa oferece o sistema gestão de frota Dynafleet.
Sistema gestão de frota Dynafleet
O sistema gestão de frota Dynafleet compõe-se por quatro serviços diferentes: Tempos de Condução, para a gestão dos tempos de condução e “download” remoto do cartão de motorista e tacógrafo; Localização, através do qual o operador consegue aceder ao histórico do percurso e “geofencing” das viaturas; serviço de Mensagens, que permite trocar mensagens escritas e enviar endereços integrando o sistema de navegação; e serviço Combustível e Ambiente, que possibilita o controlo do desempenho, consumo e utilização da viatura/motorista. Esta última opção de controlo “pode ainda ser complementada pelo serviço Fuel Advice, através do qual um consultor de eficiência de combustível dedicado à frota fornece instruções detalhadas e personalizadas para cada motorista na área da condução económica e eficiência”, sublinha o responsável.
“O acesso a estes serviços pode ser feito num portal web ou numa aplicação para dispositivos móveis”. A solução pode ainda ser integrada com outros sistemas de “backoffice”, como tratamento de encomendas ou faturação, “permitindo assim ganhos adicionais ao nível da eficiência da operação”.