Continente investe €1milhão por ano na Escola de Frescos (com imagens)
Há um segredo escondido nos bastidores do hipermercado Continente de Telheiras, em Lisboa. Chama-se Escola de Frescos, um dos sete pólos de formação em produtos frescos que a Sonae instalou por todo o País. O grupo investe “um milhão de euros por ano” na aprendizagem dos colaboradores ligados aos perecíveis
Ana Catarina Monteiro
Está a IA a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos?
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Há um segredo escondido nos bastidores do hipermercado Continente de Telheiras, em Lisboa. Chama-se Escola de Frescos, um dos sete pólos de formação em produtos frescos que a Sonae instalou por todo o País. O grupo investe “um milhão de euros por ano” na aprendizagem dos colaboradores ligados aos perecíveis.
O Continente criou há cerca de sete anos o projeto Sonae Retail School, que visa qualificar os profissionais das diferentes áreas de retalho. A escola interna do grupo da Maia ganhou no último ano reconhecimento por parte do Ministério da Educação e Ciência, que celebrou um protocolo com a Sonae para alargar as formações na sua academia a talentos externos à empresa.
Sob o chapéu da Sonae Retail School atuam várias academias dedicadas à aprendizagem dos colaboradores, quer da divisão de retalho especializado (Sonae SR) quer de retalho alimentar (Sonae MC). Uma dessas academias é a Escola de Frescos, fundada em 2009 como Escola de Perecíveis e que após uma reformulação no último ano adotou a atual designação. Para as insígnias da divisão alimentar existem ainda a Escola de Logística e a Escola de Operações.
O HIPERSUPER foi conhecer um dos sete pólos de formação da Escola de Frescos espalhados pelo País. Recebem cinco mil alunos por ano, aos quais garantem 160 mil horas de formação. “O custo anual desta escola é de um milhão de euros”, explica em entrevista Henrique Barbosa, diretor da Escola de Frescos, que conduziu a visita guiada.
Escola de Frescos de Telheiras
Longe dos olhares dos clientes do Continente de Telheiras, um dos três maiores hipermercados do grupo ostentando dez mil metros quadrados de área de venda, estão as salas de aula e laboratórios por onde passam os colaboradores das áreas de Talho, Peixaria, Charcutaria, Frutas e Legumes, Padaria e Pastelaria, Cafetaria e Take Away. Recebem formação teórica e prática.
Nos bastidores da loja de Telheiras estão três laboratórios que preparam os colaboradores para o contacto com o cliente e com os alimentos. No primeiro, um formador exemplifica perante um grupo de colaboradores como cortar uma peça de carne. Ensina as regras de segurança e, ao mesmo tempo, dá recomendações para apoiar o cliente no momento de compra, como qual a melhor peça para assar ou ainda os diferentes nomes atribuídos ao mesmo tipo de carne no norte e sul de Portugal.
A segunda sala é uma mini peixaria, na qual se aprende a amanhar o peixe. Ao fundo do corredor está o laboratório das frutas e legumes, onde a formadora explica à equipa o que se deve e não deve fazer quando se trata dos frutícolas em loja.
Além das salas de aula e laboratórios, desde a edição deste ano (há uma edição por ano) que a escola se dirige também ao próprio espaço de venda para acompanhar os formandos em ambiente de loja física. A transformação surgiu depois de um “rebranding” pelo qual a Escola de Frescos passou em 2015.
Reformulação da Escola de Frescos
“Construímos a equipa de formação em 2009 e iniciámos as aulas em 2010. Passados estes anos, achámos que seria importante fazer uma reflexão sobre este processo e fizemos um ‘workshop’ em 2015 com as equipas das divisões de Operações, Comercial e Recursos Humanos para refletir o que fizemos bem e o que poderíamos melhorar para responder de forma mais eficaz às necessidades do negócio, uma vez que este é mutável e está em permanente desenvolvimento. Parte das indicativas que saíram desse ‘workshop’ já foram refletidas na formação 2016 e outras irão sendo introduzidas daqui para a frente”.
Do “workshop” nasce o “rebranding” da Escola de Frescos que, até ao ano passado, se chamava Escola de Perecíveis, passando a integrar novos métodos de formação. “Na estrutura inicial da escola, a formação passava apenas pelas salas de aula e laboratórios. Criámos agora conceitos formativos de ‘e-learning’, com vídeos de técnicas de produção e, além disso, a escola desloca-se também à loja. É uma forma de validar o conhecimento que se adquire nas salas de aula e laboratórios”, sublinha o diretor.
Neste momento, são 11 os formadores da Escola de Frescos, complementados por mais dois profissionais em “backoffice”, que se deslocam pelo País para dar formação a todos os colaboradores.