A Adega Mayor assinala o dia 20 de junho como o “Dia Mayor” e desde há quatro anos que aproveita a data para lançar o Monte Mayor tinto da mais recente colheita. Esta segunda-feira, a produtora de Campo Maior, Alto Alentejo, apresentou vinho da vindima de 2014, num evento “cosmopolita”, de entrada livre, que contou com a atuação de bandas nacionais como Thunder & Co e Best Youth no Miradouro Chão do Loureiro, em Lisboa.
O novo Monte Mayor Reserva Tinto 2014 sai para o mercado com um volume de produção de cerca de “110 mil garrafas”. Além deste, a produtora deu a provar os mais recentes vinhos lançados no mercado das marcas Caiado, Monte Mayor, Solista e Reserva do Comendador. “Já introduzimos no mercado os vinhos brancos. O Caiado chegou ao mercado em fevereiro passado e depois durante março, abril e maio fomos introduzindo os brancos de uma forma global”, explica em entrevista ao HIPERSUPER, Rita Nabeiro, CEO (chief executive officer) da adega alentejana. No que diz respeito aos tintos, chegam mais novidades ao mercado “no final do ano”.
“Neste momento, já estamos a pensar no que será a próxima colheita de 2016, ao nível dos brancos. O nosso foco passa por conseguirmos, a este nível, obter vinhos frescos, apelativos, prontos para o verão e que sejam um bom complemento do nosso portefólio, ainda que a Adega Mayor tenha acima de tudo uma produção centrada em vinhos tintos”, sublinha.
Adega com crescimento de 30% este ano
Criada pela mão do Comendador Rui Nabeiro, a Adega Mayor está inserida no grupo que detém também a Delta Cafés e que é responsável pela comercialização dos vinhos. No último ano a produtora de vinhos representou uma faturação “na ordem dos cinco milhões de euros”, diz a CEO. “Este ano, até à data estamos com um crescimento de cerca de 30% em vendas, o que está acima dos objetivos aos quais nos tínhamos proposto. Ainda falta meio ano, mas tem sido um ano positivo para nós. Acreditamos que se deve ao trabalho de investimento nas marcas que temos vindo a desenvolver e na aposta num produto de qualidade, que acaba por ter reflexos na crescente procura pelo mercado”.
No entanto, Rita Nabeiro acredita que “ainda há espaço para crescer no mercado nacional” e quanto aos destinos além-fronteiras, a produtora “não quer trabalhar muitos mercados”. “Queremos tornar os destinos onde estamos presentes em mercados consistentes, onde podemos acrescentar valor à nossa marca e poder contribuir cada vez mais para um reconhecimento que temos vindo a construir, em termos da qualidade dos vinhos portugueses”.
Recentemente, a empresa conquistou quatro medalhas, de ouro e prata, no Concurso Mundial de Bruxelas 2016, que teve lugar em Plovdiv, na Bulgária. As referências Grande Reserva Pai Chão 2011, o Monte Mayor Reserva 2013, Reserva do Comendador 2014 e o Reserva do Comendador 2011 foram distinguidos entre mais de 8 750 vinhos, avaliados por um painel de 320 especialistas.
A exportação pesa atualmente “35% nas vendas” da empresa, que está presente diretamente em “Angola, França, Luxemburgo, Suíça e mais recentemente o Brasil”. Por outro lado, tem distribuidores das suas marcas em mercados como “Estados Unidos, o Canadá, Alemanha, Reino Unido, Moçambique, Cabo Verde”, entre outros.
Investimento em segunda adega superior a €1milhão A Adega Mayor, que conta com a assinatura do arquitecto Siza Vieira, foi erguida em 2007. Em 2014, a empresa investiu numa nova estrutura, também em Campo Maior, que permitiu duplicar a produção. “Tínhamos uma capacidade de produção na ordem dos 600 mil litros e passamos para mais do dobro com a nova adega. Numa primeira fase, há dois anos, construímos todo o novo armazém, as infra-estruturas, e neste momento estamos a ampliar o espaço para termos ainda mais capacidade de armazenamento. O investimento já superou um milhão de euros”, revela a CEO. “Permite-nos não só reforçar a produção, como a criação de ‘blends’ e o armazenamento do vinho. É um projeto que nos veio dar um pulmão para a produção, que nos permite crescer de forma sustentada”.