Especial

Especial Logística. Transportadoras promovem comércio sincronizado

A pressão para redução de custos, aliada à exigência de uma rede de distribuição flexível que garanta rápidas entregas, levou o setor da logística a reinventar a sua proposta de valor. Recorrendo à inovação tecnológica, hoje um poderoso aliado na gestão dos negócios

Ana Catarina Monteiro
Especial

Especial Logística. Transportadoras promovem comércio sincronizado

A pressão para redução de custos, aliada à exigência de uma rede de distribuição flexível que garanta rápidas entregas, levou o setor da logística a reinventar a sua proposta de valor. Recorrendo à inovação tecnológica, hoje um poderoso aliado na gestão dos negócios

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Ana Catarina Monteiro
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A globalização do comércio desenvolve-se à boleia das redes globais de distribuição inteligentes e dinâmicas, desenvolvidas pelas empresas de transporte. Desde a crise deflagrada em 2009, o retalho procura conter despesas e o setor dos serviços, onde se encaixam a logística e os transportes, tornou-se vulnerável a estes cortes. “A redução dos custos logísticos foi muito grande, a crise obrigou as empresas sobreviventes a repensar o negócio e a deduzir os desperdícios quer na área da produção, quer nas operações de suporte das quais a logística e transportes são parte integrante”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Sofia Ferreira, general manager da Plogistics.
Esta situação concedeu uma consciência de otimização e inovação ao setor logístico, que foi alargando a outros segmentos de negócio, como por exemplo a analítica, para uma proposta de valor acrescentado. Os serviços disponibilizados abrangem hoje muito mais do que a simples gestão da cadeia de abastecimento, estendendo-se a todos os processos de um negócio, desde a atração do cliente final à antecipação das suas exigências.

logistica“Fotografia de todos os processos”

“Os sistemas de gestão de transporte fornecem hoje uma fotografia clara de todos processos de uma empresa. Este conjunto de dados permite fazer análises rápidas e claras de forma a melhorar e otimizar as diferentes atividades, bem como as suas interligações, e, assim, gerir melhor os processos de negócio. A analítica possibilita à gestão definir a quantidade de indicadores que serão úteis na melhoria da sua performance global. Com esta tecnologia, as empresas têm todas as condições para conhecerem a sua atividade – os seus clientes e os recursos afetos à gestão das operações -, saber de forma mais fiável qual a rentabilidade de um determinado cliente e, consequentemente, decidir em conformidade”, explica em entrevista José Cardoso, administrador da portuguesa Klog, fundada em 2012.

O responsável da empresa que atua nos segmentos terrestre, aéreo, marítimo multimodal (short sea e rail) e logística contratual entende que “os retalhistas estão cada vez mais a apostar na velocidade das entregas”. Os maiores desafios que estes assumem na gestão logística prendem-se com a “conciliação da redução de custos fixos e o crescimento da atividade”. A contratação da logística em “outsourcing” permite à distribuição focar-se na qualidade de atendimento e estratégias de promoção, que formam o seu ‘core business’. “As empresas atualmente têm ‘know-how’ e experiência suficientes que lhes permitem saber o que querem, definindo um caderno de encargos claro e preciso que faz com que o parceiro logístico produza serviços com qualidade e competitividade que são medidos diariamente mediante os KPI (Key Performance Indicator) contratualizados. Juntando a todo este processo os sistemas de informação, o cliente acaba por nem se aperceber que tem a sua operação logística em outsourcing”, reforça.

Cadeia de fornecimento focada no “trade-in-time”

UPS Frota ElétricaPara Carlos Pinheiro, BD manager da UPS, “assumindo-se como uma tendência cada vez mais forte, a estratégia relativa à ‘supply chain’ passa por localizar as várias etapas da produção – investigação e desenvolvimento, produção, fabricação de componentes, montagem final, marketing, distribuição e comercialização – o mais próximo possível dos melhores recursos disponíveis, para que assim se possa acrescentar valor aos produtos”. Desta forma, “os líderes na gestão das ‘supply chains’ encontram-se focados no ‘time-in-trade’, garantindo que cada componente da cadeia de valor se encontra precisamente no local certo, no momento certo, na condição certa e com um custo altamente competitivo. Em suma, falo do comércio sincronizado”. A empresa direciona “mil milhões de euros” do seu orçamento anual para tecnologia, apostando numa “abordagem holística na gestão da cadeia de abastecimento”. Uma das prioridades da multinacional é o aumento da sua “frota alternativa ao diesel, com intenção de reduzir o uso dos convencionais combustíveis fósseis até 12% por ano”. Além disso, lançou “nos Estados Unidos a solução de processamento de dados ORION (On-Road Integrated Optimization and Navigation) que utiliza detalhes da embalagem e mapas de dados online altamente personalizados, para criar a rota de entrega mais eficiente para os nossos motoristas”.

DHLPara uma maior eficiência das redes “há uma série de facilidades que podem ser exploradas e algumas que já estão a ser testadas, como por exemplo a utilização de robots (drones) nas entregas e outros produtos inovadores, dá conta em entrevista José Ferreira, diretor de operações da DHL em Portugal. “Para isso, o grupo DPDHL tem atualmente dois Centros de Inovação, um na Alemanha e outro em Singapura”. Além disso, a empresa detém “um departamento dedicado ao estudo de tendências de mercado e respetivas soluções que possam prever, antecipar e dar resposta às necessidades mais prementes dos nossos clientes”.

Aplicar ‘big data’ à logística

Com a automatização de processos através do investimento em tecnologia, que permite retirar mais CentroInovaçãoDHLinformações e controlar toda a cadeia, o setor de logística transforma-se num poderoso aliado para os processos de gestão dos negócios. “O setor está a orientar-se para rentabilizar a informação de que dispõe e encontra-se numa posição privilegiada para beneficiar dos avanços tecnológicos e metodológicos inerentes ao conceito ‘big data’. As empresas de logística gerem ao minuto um fluxo massivo de produtos que, por sua vez, origina muita informação. Por dia são monitorizados milhões de envios, com origem e destino diversos, e dimensões, peso e conteúdo distintos”.

A DHL realizou um estudo sobre o conceito ‘big data’ na área da logística (“Big Data in Logistics”), no âmbito do programa “Logistics Trend Radar”. Segundo este estudo, “o big data pode otimizar três categorias diferentes de informação na logística: eficiência operacional (otimização de rotas, gestão massiva de recolhas e entregas, planeamento estratégico de toda a rede e planeamento da capacidade operacional); a experiência do cliente (gestão dos níveis de fidelização de clientes, melhoria contínua do serviço e inovação de produtos, avaliação de risco e planeamento da capacidade de adaptação e de renovação); e os novos modelos de negócios (‘market intelligence’ para pequenas e médias empresas, análise financeira do mercado e de toda a cadeia de valor, e ‘environmental intelligence’). Sabemos que a análise de grandes volumes de informação, pelas áreas de gestão de produto, pode permitir fornecer serviços cada vez mais adaptados às necessidades do mercado e desejos dos clientes”.

entregasEcommerce: Aposta em pontos de recolha e ‘tracing’

Segundo o BD manager em Portugal da empresa UPS, sediada em Altanta, nos Estados Unidos, “os portugueses são cada vez mais adeptos do ecommerce, estando este setor a apresentar uma dinâmica de crescimento muito interessante. Os dados apontam que cerca de 4,8 milhões de cidadãos portugueses acederam a websites de comércio eletrónico a partir dos seus computadores pessoais no último trimestre de 2014. Este número corresponde, de acordo com os resultados do Netpanel da Marktest, a 79,7% dos internautas nacionais”.

O estudo da UPS “2014 Pulse of the Online Shopper”, revelou a ascensão do “cliente flex”, um comprador online que muda facilmente de canais e dispositivos para avaliar e comprar produtos. “Este novo modelo de consumo mudou os padrões de compra dos consumidores domésticos em muitos aspetos, nomeadamente ao nível da comparação de produtos. Usando cada vez mais múltiplos dispositivos, o omnicanal é também altamente valorizado por estes consumidores que esperam uma experiência positiva e consistente em todos os canais – desde o online e ‘mobile’ até à compra na loja física”.

As novas tecnologias revolucionaram a forma de fazer negócios e a atividade das transportadoras em particular. O mundo do comércio eletrónico abriu portas ao setor para as áreas de negócios B2C (Business to Consumer), que vieram trazer uma avalanche de novas possibilidades de operação.

Para a Chornospost Portugal, o ecommerce já representa “20% do volume da atividade e 15% da faturação”, revela Carla Pereira, diretora de Marketing e Comunicação da filial portuguesa da transportadora. Com a evolução do comércio eletrónico, a empresa sentiu necessidade de “alterar toda a estratégia e reformular a sua estrutura” para dar resposta às necessidades do eshopper, introduzindo uma série de novos serviços para otimizar a entregas.

Rede de recolha dos operadores logísticos

Uma das apostas foi a construção da rede ‘Pick up’, a partir de “2010”, formada em parceria com Pick meestabelecimentos comerciais. Em Portugal já conta com “500 lojas parceiras” e previsão aponta para as “600 insígnias aderentes no final de 2016”. Além do comércio tradicional, a rede ‘Pick up’ da Chronopost integra lojas de retalhistas como o AKI ou o Jumbo.

“O nosso objetivo é melhorar a conveniência destas lojas, sendo que atualmente já temos mais de 90% da população a menos de 15 minutos de distância de um destes pontos. Estamos certos da importância que a rede ‘Pick Up’ tem para os nossos clientes, razão pela qual passámos a entregar ao sábado, na nossa rede, as encomendas recolhidas à sexta-feira. A rede ‘Pick up’ teve um reforço superior a 10% em número de lojas e celebrou, em novembro passado, a encomenda cinco milhões”, explica a diretora.

“No setor da Distribuição são cada vez mais os retalhistas que procuram um operador logístico que lhes possibilite integrar as soluções de ‘shipping’, ‘tracing’ e de escolha do tipo de entrega nos seus próprios ‘websites’. E muitos já confiam as suas entregas na nossa rede de recolha para proporcionarem aos seus clientes uma nova experiência de entrega que dê resposta àquelas que são as necessidades de proximidade e de interatividade dos clientes finais”, salienta.

ChronopostnewFocada no consumidor final, a empresa lançou no “início do verão passado”, a solução ‘LiveTracking’, que “permite ao destinatário da encomenda acompanhar o percurso da mesma em ambiente ‘Google Maps’”. Um outro dos serviços de “bandeira” é o ‘Predict’, um alerta interativo ao destinatário que lhe permite controlar o dia e hora de entrega da sua encomenda. A solução está no mercado “desde 2013”. Além disso, a empresa alargou o serviço de entregas e recolha de encomendas ao domingo, tornando-se a “primeira operadora de entregas expresso a oferecer esta possibilidade”.

Os operadores batalham pela “redução do número de tentativas” na entrega de encomendas. “Os operadores logísticos têm-se esforçado para reduzir custos, recorrendo a formas mais inteligentes de fazer entregas, evitando desperdícios”, considera Carla Pereira. Constrangimentos da entrega ao domicilio levaram também a UPS a apostar num modelo de recolha na Europa, assim como no serviço “My Choice”, que faz com que os consumidores controlem, “de forma abrangente e em vários domínios”, as suas entregas no lar.

Outras das operadoras que tem vindo a apostar num modelo de recolha associado a “lojas de dhl_vinhoproximidade” é a DHL, que assegura a distribuição em Portugal Continental e Ilhas, através de 13 centros de distribuição. Presente em mais de 220 países, a empresa também passou por uma adaptação do negócio para dar resposta à expansão do comércio online. “Com o aparecimento e o crescimento repentino do modelo de negócio B2C, passámos a pensar na ótica do destinatário final. Nesse sentindo, criámos a solução ‘On Demand Delivery’ (ODD), que permite ao destinatário ser informado assim que a encomenda é recolhia no local de origem e aceder a um link, para que de forma rápida e cómoda possa decidir em que dia, hora e local pretende receber a encomenda. Esta solução permite pensar em conjunto, com o destinatário, a forma como este pretende receber a sua encomenda aumentando decisivamente as probabilidades de as entregas serem feitas com sucesso à primeira”, dá conta o diretor de operações em Portugal.

Reduzir o ‘lead time’ com soluções flexíveis

Com três plataformas logísticas (Vila do Conde, Coimbra e Lisboa) em Portugal e dois ‘hubs’ internacionais, em França (Poitiers) e Alemanha (região de Frankfurt), a operadora nacional Klog está neste momento a “preparar uma novo segmento de negócio para responder à expansão das compras online”.
“A nossa experiência diz que os retalhistas estão cada vez mais a apostar na velocidade das entregas”, explica o administrador. A operadora portuguesa que no último ano conquistou uma faturação de 33 milhões de euros, oferece “janelas horárias fixas para realizar estas entregas no mercado de grande consumo, normalmente ao início do dia até final da manhã e já começa a “sentir necessidade de entregas frequentes noturnas”. “Temos equipas de ‘customer service’ que funcionam 24 horas, de forma a responder com eficiência a todo este processo. Disponibilizamos ainda retorno de informação e comprovativo de entrega online e fazemos toda gestão documental associada a este processo”, sustenta José Cardoso. Com seis agências no mercado nacional, que asseguram a distribuição em todo o País em 24 horas, a empresa oferece “rotas de distribuição bi-diárias nos principais centros urbanos” para reduzir o ‘lead time’.

transportes_mercadoriasSendo que hoje as lojas “não têm stock devido à elevada rotatividade dos produtos”, a escolha no mercado de grande consumo passar por “centrar em grandes polos e distribuir”. “Aposta-se muito na troca entre lojas”, diz a diretora de marketing da Chornospost. O que sobrecarrega os operadores de transporte, que se deslocam com mais frequência e com volumes de encomendas fracionados, ao mesmo tempo que são pressionados para a redução do tempo de entrega.

Por outro lado, a dinâmica de abertura de lojas de proximidade também veio trazer novas exigências para os entrepostos logísticos, sobretudo ao nível da aquisição de espaços. “A concentração dos polos logísticos situados em locais estratégicos para o abastecimento das lojas é uma das consequências destas transformações a que temos assistido nos últimos anos e que comprovadamente criam sinergias, com a consequente redução de custos. A procura de armazéns e espaços logísticos está a aumentar novamente, mas a exigência dos ‘players’ é crescente. Vemos muitos espaços “abandonados” simplesmente porque a localização não faz sentido”, indica a general manager da Plogistics.
Para Carlos Pinheiro, da UPS, há uma tendência nos últimos anos “para abandonar armazéns em ‘velhos’ setores, abrindo novas lojas de grandes dimensões em áreas mais recentes e de maior desenvolvimento. Os operadores cuja atividade se baseia numa rede à escala nacional, desde a produção até à entrega final, tem que estar bem posicionado, de preferência perto dos aeroportos e da A1, a autoestrada que liga o Porto a Lisboa, dois dos principais centros populacionais. Para os operadores logísticos nacionais é mais rentável estar perto dos grandes centros de distribuição no País, o que, no caso do mercado alimentar, é a área da Azambuja, onde os grandes distribuidores estão concentrados”.
O setor logístico impulsiona também as exportações portuguesas e os centros de distribuição dos operadores logísticos devem estar localizados em zonas estratégicas. Para apoiar as exportações, a DHL inaugurou “em 2012 um terminal de carga expresso com mais de 12 500 metros quadrados no aeroporto do Porto e está a avançar com um projeto semelhante no aeroporto de Lisboa”. Por sua vez, a Chornospost tem apostado no serviço rodoviário “Chrono Classic”, que permite entregas “por exemplo do Porto para qualquer parte de França “em dois dias”. Já a Plogistics, além de ter parceiros em “praticamente todos os países do mundo”, garante “atrativas condições para envio de pequenas encomendas para destinos em Cabo Verde e Guiné-Bissau”.

Custo logístico está estável

UPS - Worldwide ExpressA UPS apresenta uma “Rede Multimodal” conciliando soluções de transporte “marítimos, aéreo e rodoviário” para uma maior flexibilidade nas soluções que oferece a empresas exportadoras. O BD manager destaca o apoio a empresas nacionais, como o produtor de vinhos de mesa mais antigo de Portugal José Maria da Fonseca (JMF), que encontrou na empresa “um conjunto de soluções projetadas para agilizar todo o processo – carga, despacho aduaneiro e entrega das encomendas. Hoje, 75% dos vinhos de maior qualidade da marca são exportados para retalhistas de mais de 70 países”. No setor do retalho, a rede da da operadora permitiu à retalhista portuguesa Salsa reduzir o “time to market” para as suas lojas. Consegue “fazer envios em qualquer dia útil para qualquer destino com tempos de entrega reduzidos, assim como a escolha do tipo de serviço mediante a urgência no envio”.

Segundo administrador da Klog, depois de uma “ligeira queda desde 2009”, os preços no setor da logística “estabilizaram” assim devem ficar, pelo menos, até final de 2016”.

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Foto : Pedro Melim
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Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

Sobre o autorHipersuper

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

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Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

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Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

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O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

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Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

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A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

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Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

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Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

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A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

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tagsADIPA

O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

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A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

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