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Espanhola Loop New Business quer instalar centro de inteligência em Portugal

Depois de conquistar clientes portugueses como Sonae, Delta ou Sumol+Compal, a consultora estabeleceu no ano passado em Lisboa o primeiro escritório além-fronteiras. O fundador e atual CEO, António Flores, conta em entrevista ao HIPERSUPER que oportunidades vê em Portugal, onde pretende instalar também o ‘Knowledge Center’ internacional

Ana Catarina Monteiro
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Espanhola Loop New Business quer instalar centro de inteligência em Portugal

Depois de conquistar clientes portugueses como Sonae, Delta ou Sumol+Compal, a consultora estabeleceu no ano passado em Lisboa o primeiro escritório além-fronteiras. O fundador e atual CEO, António Flores, conta em entrevista ao HIPERSUPER que oportunidades vê em Portugal, onde pretende instalar também o ‘Knowledge Center’ internacional

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Ana Catarina Monteiro
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floresDepois de conquistar clientes portugueses como Sonae, Delta ou Sumol+Compal, a consultora estabeleceu no ano passado em Lisboa o primeiro escritório além-fronteiras. O fundador e atual CEO (Chief Executive Officer) conta em entrevista ao HIPERSUPER que oportunidades vê em Portugal, onde pretende instalar também o ‘Knowledge Center’ internacional. 

Formado em ‘design’ industrial, António Flores fundou a Loop New Business há 25 anos em Barcelona, Espanha. Desde então, a consultora estratégica especializada em engenharia de produto tem vindo a alargar competências, oferecendo hoje às marcas modelos de negócio.

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Como nasceu a Loop New Business?

Nasceu há 25 anos entre um grupo de colegas da universidade. Tivemos a sorte de encontrar a Hewlett Packard (HP), que foi o nosso primeiro cliente e nos estabeleceu contato desde logo com a costa oeste dos Estados Unidos da América (EUA). Com Silicon Valley basicamente. Éramos uma equipa de ‘designers’ e engenheiros mas trabalhávamos com os processos e métodos de consultoria utilizados nos EUA, onde já se misturava o ‘design’, a engenharia, o marketing e modelos de negócio. Por isso, fomos adquirindo essência de mercado em marketing, em inovação e finalmente em modelos de negócio.

O que a diferencia das restantes consultoras?

A grande diferença entre os nossos serviços e os das outras consultoras de negócios é que centrarmo-nos no produto ou serviço que os clientes desenvolvem. Não tanto em melhorar a empresa e os processos internos mas sim o produto e o serviço, através de um modelo de negócio. Somos uma empresa completa ao fornecer conhecimento. Normalmente, as consultoras ou são muito boas em tecnologia ou muito boas em termos de experiência de negócio mas todas impactam o produto. E para impactar o produto com uma visão holística – esta é a dificuldade de empresas como a nossa – tem que se formar um grupo de profissionais dedicado à estratégica, que trabalhe as várias partes necessárias para construir um modelo de negócio distinto.

No contexto de mercado atual, uma estratégia funcional está equilibrada entre tecnologia e modelos económico e social. Consideramos a consultoria tradicional obsoleta porque melhora os negócios mas não cria novas referências, a principal vantagem competitiva que oferecemos. Somos bons a dar às empresas novas plataformas de desenvolvimento. Criamos e o cliente explora-as.

 

Primeira em Espanha a oferecer ‘rapid prototyping

 

Como evoluíram de um negócio de desenvolvimento de produto até à deteção de novas oportunidades e criação de modelos de negócio? 

A empresa original, agora uma das divisões, chamava-se “Compras e Tipos de Design”, direcionada para a área de desenvolvimento de produto. Esta área há 25 anos era uma grande novidade e a empresa era muito solicitada. Fomos a terceira empresa na Europa com todo o processo de ‘design’ e engenharia digitalizado – desenho, engenharia e protótipos – e a primeira empresa em Espanha a fazer ‘rapid prototyping’.

JU7A1348Inicialmente, a nossa mentalidade passava por trabalhar o ‘design’ de produtos em código digital e apresentar aos clientes para que os desenvolvam. Depois adquirimos uma mentalidade de serviços.

Começamos a pensar em que mais poderíamos ajudar os nossos clientes além do ‘design’ e a adotar inteligência para termos uma perspetiva neste sentido. Isto fez também com que fossemos formatando muitos serviços de inteligência de mercado. Em 1998, começamos a trabalhar em inovação estratégica, área em que somos pioneiros. Há oito anos, em 2007, iniciamos a atividade de modelar oportunidades de negócio, que nos levou a fornecer também modelos de negócio. Esta evolução é pouco habitual na Europa.

Em que áreas atuam? Quem são os vossos clientes?

Trabalhamos em cinco categorias. No grande consumo – em Portugal, trabalhamos, por exemplo, com a Sumol+Compal, Delta e Unicer e temos também a Coca Cola e a Danone como clientes. No retalho, quer B2B (business to business) quer B2C (business to consumer). Neste setor o nosso grande cliente é a Sonae, para a qual fornecemos modelos de negócio para a Zippy, Worten, Continente, por exemplo. Fomos responsáveis pelo modelo de retalho da marca Imaginarium com as portas para crianças e adultos nas lojas.

Desenvolvemos projetos para a área dos serviços também. Trabalhamos com empresas de energia, como a portuguesa EDP, de utilidades, de telecomunicações, como a espanhola Movistar, entre outras.

A nível de tecnologia, o nosso maior cliente em Espanha é a Mondragon [grupo de cooperativas e empresas do País Basco], uma associação de corporações muito grande. Por último, operamos na área de produto de negócio, que engloba todo o tipo de bens, uma vez que os nossos clientes desenvolvem desde brinquedos até impressoras eletrónicas.

Estes são os nossos cinco pontos verticais. Dependendo da categoria do cliente desenvolvemos o modelo de negócio.

Como evoluiu o volume de negócios global da empresa no último ano?

Vamos fechar o exercício a 31 de março. O volume de faturação ronda os cinco milhões de euros. Crescemos cerca de 28%.

 

Fornece estratégia a Portugal há sete anos

 

Já trabalhavam o mercado português a partir de Espanha?

Quando entramos na área de modelos de negócio nas nossas instalações em Espanha, já estávamos a trabalhar para o mercado português e, quando alcançamos um volume de negócios relevante, expandimos os escritórios para aqui. Nesta evolução, quando estávamos focados no ‘design’ do produto e engenharia, comprávamos moldes de plástico para os nossos clientes à indústria portuguesa, em Leiria e Marinha Grande, por exemplo.

Já tínhamos muito conhecimento do mercado português mas não trabalhávamos estratégia no País. Só há cerca de sete anos é que começamos a fornecer estratégia para o mercado português. Primeiro, a partir de Barcelona e agora a partir do nosso escritório em Lisboa.

Porque escolheram Lisboa para se estabelecerem em Portugal?

antonioEstamos a crescer de forma distinta, sendo que a expansão internacional é feita por cidades – Lisboa, Madrid, Paris – não tanto por países. Abrimos em julho de 2015 um escritório em Lisboa com vários objetivos: operar com a fiscalidade local, ter uma base para quando os nossos consultores vierem trabalhar a Portugal e fomentar a relação de proximidade com os clientes. Também porque fazemos muitos eventos de conhecimento, para os quais convidamos pessoas que não são nossos clientes e consideramos que a capital de um país, mesmo estando longe da indústria, é a melhor opção para alcançarmos estes objetivos. Queríamos estar numa localização central e este espaço perto do Marquês de Pombal é conveniente. Queremos sentir a cidade.

Qual foi o investimento?

Não procuramos instalações muito grandes porque não vamos ter consultores. São escritórios de 200 metros quadrados, num edifício emblemático da cidade, que representa um investimento de cerca de 600 mil euros.

Mas há um investimento maior, relacionado com o conhecimento de mercado feito antes. Durante cerca de dois anos estudamos os potenciais clientes, os que são adequados para o nosso negócio. Estabelecemos e desenvolvemos relações, operando intensamente a partir de Barcelona, antes de abrir os escritórios. “Intensamente” quer dizer com pessoas todas as semanas em Portugal.

 

‘Knowledge Center’ em Lisboa

 

Que planos têm para Portugal?

Abrimos em Portugal para trabalhar o marketing do País, para entender melhor o cliente português. Também porque estamos a pensar instalar o nosso ‘Knowledge Center’ em Lisboa para trabalhar a inteligência dos clientes – se tivermos, por exemplo, um cliente que se dedica ao negócio do café, todo o conhecimento sobre café se vai desenvolver a partir deste centro. É um exercício transversal a toda a nossa atividade. Estamos a trabalhar neste projeto, à procura das pessoas certas.

Quanto estimam faturar no final deste ano?

A ambição para Portugal é atingir os dois milhões de euros. Estamos já em um milhão e pouco.

Como vai prosseguir a expansão da empresa?

JU7A1350Instalamo-nos em Portugal pela proximidade – não só geográfica como de mentalidade, pela matéria-prima que nos oferece e, porque numa primeira fase da expansão, queremos ter uma equipa em cada país para o qual fornecemos serviço. Trabalhamos para Portugal, França, Suíça e Itália. Por enquanto temos apenas espaços físicos em Espanha, Portugal e estamos agora a abrir na capital de França. Além de estarem próximos, estes países têm uma base mental latina, com a exceção da Suíça, e na nossa atividade é importante entender a mentalidade das pessoas.

O problema é que para desenvolvermos modelos de negócio necessitamos de um ecossistema de pessoas muito completo e é muito difícil ter equipas deslocadas com a mesma qualidade. Todos os consultores da empresa estão em Barcelona, porque a cidade apresenta uma elevada atração para se viver e capta muito talento de fora.

Antes de nos transportamos para outros países, construímos primeiro um espaço piloto em Madrid com o conceito estratégico de ‘data center’, que é moldável e nos permite montar uma equipa de trabalho para amanhã, se for preciso. O mercado seguinte foi Portugal porque tivemos um grande desenvolvimento económico, atingimos o volume de contratação que pretendíamos.

 

“Mercado português é muito polarizado”

 

Que vantagens estratégicas veem no mercado português?

Portugal é um mercado muito polarizado. Em quase todos os setores há dois principais operadores. Por exemplo, no mercado de cerveja há duas marcas principais – a Sagres e a Super Bock. É um País onde há poucos ‘players’ mas com empresas muito interessantes e amplas. As empresas espanholas estão estruturadas por indústria e em Portugal há empresas estão estruturadas por negócios muito distintos. Estas companhias estão num momento de expansão internacional e dos seus modelos de negócio e nós podemos ajudar. Portugal é um País com poucos clientes, que não competem entre si. Procuramos clientes que tenham o objetivo de alcançar mercados internacionais.

Que principais diferenças encontram na forma de trabalhar o mercado português, em comparação com o espanhol por exemplo?

Muitas. Boas e menos boas. O mercado interno português é mais pequeno que o espanhol. A parte boa é que as empresas que queiram crescer têm que o fazer fora de Portugal. A menos boa é que têm uma base mais pequena.

JU7A1313Portugal entende muito bem o valor do conhecimento, melhor que Espanha. As empresas portuguesas com que trabalharmos valorizam ter uma fonte de conhecimento, valorizam trabalhar com consultoria. Em Espanha, esta conceção é mais especuladora.

As empresas com que trabalhamos em Portugal entendem muito bem o conceito de inovação e diversificação estratégica. Encontramos grupos industriais que têm uma posição nos serviços, na alimentação, na indústria. Em Espanha, as empresas são mais verticais – se trabalham em alimentação, desenvolvem-se apenas nesse setor – enquanto cá podemos encontrar um grupo que opera ao mesmo tempo em infraestruturas, em hospitais, na indústria e na química.

Além disso, Portugal tem uma característica muito interessante: tem mercados externos “naturais”, muito diversos e em maior número que Espanha. Por exemplo, o mercado brasileiro e sul-americano, assim como os mercados das ex-colónias africanas, são naturais para Portugal. Macau é uma porta natural para a Ásia.

Com a crise, as empresas deram conta desta posição, que está a permitir uma atividade de exportação muito interessante. Em Espanha, também se tem passado algo semelhante mas Portugal mostra-se melhor preparado para este tipo de atividade. Além de dominar melhor os idiomas estrangeiros, tem uma saída natural para outros países, que representam muitas oportunidades. Em alguns casos, falta apenas um pouco mais de confiança. As empresas portuguesas necessitam de se convencer que podem apresentar um nível europeu ou mundial.

Leia Também: Três perguntas a… António Flores, CEO Loop New Business

*Alteração às 15h09 do dia 24 de março de 2015 – António Flores é fundador e CEO, diretor executivo, da Loop New Business.

 

 

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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Legado 2020 homenageia o passado e o saber geracional da Sogrape

Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 é um brinde à memória de Fernando Guedes e também “uma promessa de futuro”.

“Desde a primeira colheita, em 2008, que em cada garrafa de Legado reside um vinho que honra a memória, a paixão e a visão de um homem que sonhava em transmitir um testemunho às gerações vindouras”, apresenta a Sogrape, que está lançar o Legado 2020. A colheita, que chega em maio ao mercado, e é um tributo de Fernando Guedes à herança que recebeu de seu pai, “à vinha velha que o emocionou e a quem permitiu que esta história inspiradora se continuasse a escrever”.

Proveniente das vinhas centenárias da Quinta do Caêdo, em Ervedosa do Douro, o Legado resulta do sonho de Fernando Guedes de criar um vinho que homenageasse o Douro, a paixão e os valores de uma família dedicada ao vinho. “O vinho ensinou-me que o tempo não se mede apenas em colheitas, mas em emoções partilhadas e em memórias que perduram. Legado é o sonho vivo do meu pai, um testemunho silencioso do que somos, do que recebemos e do que desejamos deixar a quem vem depois de nós”, sublinha Fernando da Cunha Guedes, atual presidente da Sogrape e filho do criador de Legado.

A Sogrape destaca, num comunicado, que o ano vitícola de 2020 trouxe uma primavera generosa em chuva, o que permitiu restaurar o equilíbrio da terra, embora com menor produção, e um verão quente e seco, que foi suavizado por uma chuva inesperada em agosto, “suficiente para permitir às uvas uma maturação pausada, proporcionando uma grande elegância e expressão aromática aos vinhos”. Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 brinda à memória de Fernando Guedes, sendo também “uma promessa de futuro”.

Sobre o autorHipersuper

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Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

Sobre o autorHipersuper

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Foto : Pedro Melim
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Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

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O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

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Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

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Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

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O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

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Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

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A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

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Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

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Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

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A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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