Rendas para lojas de rua sobem em 2015. Porto regista aumento de 17%
Os espaços de comércio de rua, nomeadamente em Lisboa e Porto, mantém um “dinamismo positivo” em 2015 devido sobretudo ao turismo e à reabilitação urbana, revela a mais recente Análise do Mercado Imobiliário em Portugal da consultora imobiliária CBRE
Ana Catarina Monteiro
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Os espaços de comércio de rua, nomeadamente em Lisboa e Porto, mantém um “dinamismo positivo” em 2015 devido sobretudo ao turismo e à reabilitação urbana, revela a mais recente Análise do Mercado Imobiliário em Portugal da consultora imobiliária CBRE.
O mercado de espaços de retalho nas ruas de Lisboa manteve um desempenho positivo em 2015, com a renda ‘prime’ nas artérias Avenida da Liberdade e Chiado a evidenciar um crescimento de 11% face a 2014. Na rua Augusta, a renda das lojas aumentou 30%, chegando a atingir os 70 euros por metros quadrado, por mês. “Perspetiva-se a entrada de novas lojas na capital em 2016, resultado da reabilitação de edifícios”, indica a análise.
Para Cristina Arouca, diretora de Research e Consultoria da CBRE, “A dinâmica do comércio de rua em Lisboa, até aqui condicionada pela escassez de produto, deverá ser impulsionada com a entrada no mercado, ao longo de 2016, de cerca de 20 lojas, situadas em edifícios que se encontram atualmente em reabilitação. Metade desta oferta está prevista para a Avenida da Liberdade com novas insígnias do segmento de luxo a anunciarem a abertura para 2016, nomeadamente a Bulgari e a Versace, assim como os corners da Chanel, da Céline e da Dior, integrados em lojas multimarca”.
Por sua vez, o mercado de retalho do Porto está consolidado na Rua de Santa Catarina, no Passeio dos Clérigos e no Quarteirão das Cardosas. O eixo Mouzinho-Flores “evidencia um dinamismo crescente”. Nesta zona verifica-se um maior número de projetos de reabilitação que permitem a abertura de novas ofertas de restauração e conceitos alternativos no campo da moda. As rendas prime do Porto registaram um crescimento de 17% face ao final de 2014.
“No Porto, os principais eixos de comércio deverão continuar no foco dos retalhistas. Prevê-se que o grupo Inditex inaugure uma nova loja em 2016 e é também expectável a subida da renda ‘prime’. Motivada pela oferta insuficiente de qualidade, os operadores estão a considerar a aquisição de espaços bem localizados, ainda por reabilitar”.
Rendas de centros comercias crescem cerca de 10%
Relativamente aos centros comerciais, não foi inaugurada nenhuma nova superfície em 2015. As rendas prime dos centros comerciais, registaram em 2015 um aumento de 12% em Lisboa e de 8% no Porto.
Os centros comerciais prime devem consolidar o seu desempenho em 2016, ao mesmo tempo que os “bons” centros comerciais secundários devem acelerar a sua recuperação. Após quatro anos sem grandes acréscimos de área ao, em 2016 está prevista a inauguração do centro comercial Nova Arcada em Braga, com 67 500 metros quadrados, incluindo uma loja Ikea como âncora e o City Park Caldas da Rainha. Para 2017 prevê-se a abertura do IKEA no Algarve, constituído por um centro comercial e um outlet promovidos pelo Ikea.
O Índice de Vendas dos centros comerciais manteve, ao longo do ano, uma tendência de crescimento. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o volume de negócios no comércio a retalho aumentou 2% em 2015, mais 0,8 pontos percentuais do que em 2014 e o Indicador de Confiança no Comércio estabilizou em dezembro, após uma variação positiva ao longo do ano, atingindo o valor mais elevado desde julho de 2011.