Comissão Europeia sem objeções à aquisição da TNT pela FedEx
“Foram feitos progressos substanciais na recomendação da aquisição da TNT pela FedEx. Os acionistas da transportadora aprovaram as resoluções da Assembleia Geral Extraordinária”, revela Tex Gunning, Chief Executive Officer da TNT, por ocasião da apresentação dos resultados do terceiro trimestre do ano
Ana Catarina Monteiro
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A transportadora TNT apresentou receitas de 1,674 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, mais 2,3% do que no período homólogo. Os resultados operacionais, ainda que permaneçam negativos, subiram de 51 milhões de euros para os 27 milhões de euros abaixo da linha.
O crescimento das receitas da empresa de serviços de entrega reflectem uma subida nas receitas de PME (Pequenas e Médias Empresas), em particular no segmento Internacional na Europa. Os resultados operacionais incluem custos líquidos de 40 milhões de euros, incluindo custos da reestruturação de 23 milhões de euros.
“Foram feitos progressos substanciais na recomendação da aquisição pela FedEx. Os acionistas da TNT aprovaram as resoluções da Assembleia Geral Extraordinária”, revela Tex Gunning, Chief Executive Officer da TNT, por ocasião da apresentação dos resultados do terceiro trimestre do ano. Em abril de 2015, as duas empresas deram conta de uma possível fusão, aguardando a aprovação da proposta pela Comissão Europeia.
Neste sentido, o CEO da empresa de transporte adianta que “foram também informados pela Comissão Europeia de que não haverá uma comunicação de objeções. Continuamos a apoiar a FedEx na obtenção de todas as aprovações necessárias e esperamos que a transação esteja concluída na primeira metade de 2016”.
Os resultados operacionais ajustados da empresa situaram-se nos 13 milhões de euros no terceiro trimestre, que contrastam com os 46 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado. A TNT registou ainda margens mais baixas, em particular em França.
As despesas de capital aumentaram para 62 milhões de euros (3.7% das receitas) no terceiro trimestre de 2015. No mesmo período do ano passado, ascenderam a 41 milhões de euros (2.5% das receitas).
Durante o trimestre, a empresa abriu três novas instalações automatizadas para ‘sorting’ em Madrid, Swindon e Eindhoven, ao mesmo tempo que procedia a melhorias em outras existentes como parte do projecto “O Depot Perfeito”. A posição de ‘net cash’ de 223 milhões de euros no final do terceiro trimestre (2 Q15: 261 milhões de euros) reflete o investimento realizado na estratégia de Outlook.
“Continuamos focados na execução da Estratégia de Outlook para transformar a empresa. O crescimento das receitas de PME continuou a subir no terceiro trimestre. O desempenho do serviço e a satisfação dos clientes aumentou. Os nossos investimentos em IT e produtividade estão em linha. Como referido, é necessário tempo para estas transformações profundas terem impacto nos resultados. 2015 é uma ano de transição para a TNT. Esperamos assistir ao crescimento das margens – ano após ano – de 2016 em diante”, denota o CEO.
Na Europa, as receitas atingiram os 693 milhões de euros, mais 4.4% comparado com o terceiro trimestre de 2014. Os resultados operacionais ajustados do Internacional na Europa no terceiro trimestre foram de 14 milhões de euros, uma quebra face aos 22 milhões de euros registados há um ano. Esta descida reflete a transição e os custos do projeto do Outlook (2 milhões de euros), os custos da introdução de novos serviços ou a melhoria em outros como a expansão da cobertura da rede aérea da TNT e o serviço de entrega antes das 12 horas nos países nórdicos. Um dólar mais forte conduziu a um custo maior da rede aérea do que no ano anterior.
As receitas na região AMEA (Ásia, Médio Oriente e África) cresceram 6.1% para os 242 milhões de euros, sendo afetadas pela queda das exportações chinesas, especialmente para a Europa. As exportações representam mais de 70% das receitas da TNT na Grande China, a maior unidade do segmento. Nesta área, as receitas operacionais ajustadas subiram de 7 milhões de euros para os 14 milhões de euros, suportadas por iniciativas de gestão de custos.
No segmento Doméstico, por sua vez, a transportadora registou receitas de 615 milhões de euros, menos 2,7% face ao ano passado, com o crescimento na Europa a compensar as receitas menores no Brasil e Austrália. O crescimento das receitas, excluindo efeitos cambiais e o impacto negativo da redução da sobretaxa de combustível, foi de 0.6%. A média de envios diários domésticos cresceu 2,5%.
Quanto ao segmento não alocado, constituído por outras redes (TNT Innight), Central Networks e as funções corporate head office, as receitas cresceram 8,5% face a 2014 para os 127 milhões de euros. A receita operacional ajustada foi de menos 12 milhões de euros, comparada o terceiro trimestre de 2014.
A TNT antecipa custos de reestruturação de cerca de 10 milhões de euros para o quarto trimestre de 2015.