Os bastidores do cartão de fidelização do Continente
Conheça a Contisystems, empresa que ajuda o Continente a gerir a sua comunicação com os portadores do cartão de fidelização e ainda seleciona os suportes mais eficazes para passar a mensagem
Rita Gonçalves
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Conheça a empresa que ajuda o Continente a gerir a sua comunicação com os portadores do cartão de fidelização e ainda seleciona os suportes mais eficazes para passar a mensagem.
“Há atualmente muitos projetos de desmaterialização na comunicação e na gestão de dados que podem ser implementados na área do retalho, a partir da utilização de novas tecnologias já disponíveis no mercado português, embora ainda em fase de evolução. A evolução é, no entanto, muito rápida”. A frase de Pedro Caravana, CEO da Contisystems, ilustra bem a nova fase da empresa com 48 anos de ‘know how’ em artes gráficas. “A Contisystems é uma empresa com 48 anos que, antes do reposicionamento, em 2012, chamava-se Contiforme. O despertar tecnológico dos últimos quatro anos fez-nos repensar toda a estratégia. A empresa tem origens gráficas e precisava de ganhar um ‘awarness’ grande na parte tecnológica. É hoje uma empresa ‘one stop shop’ mas mantém o propósito da sua fundação: ajudar as marcas a falarem com os clientes finais” no formato mais adequado para passar determinada mensagem, explica em entrevista ao HIPERSUPER o CEO da empresa.
Fábrica em Lisboa
É da sua fábrica, em São Domingos de Rana, em Lisboa, que são impressos os cupões de desconto que o Continente distribui nas caixas de correio dos lares portugueses. “O nosso papel é fazer a impressão dos cupões ligados ao cartão de fidelização. Esta campanha especificamente está muito suportada no canal físico, apesar de hoje termos muitos projetos com a Sonae em desmaterialização, com o objetivo de enriquecer a experiência de compra e o modo de pagamento, fazendo a ligação do cartão de fidelidade ao pagamento, por exemplo. Estamos a trabalhar com o objetivo de fazer crescer o ecossistema e aumentar o número de parcerias do cartão, ou seja o número de locais onde podemos utilizá-lo”. Se hoje fosse possível pagar com o cartão de fidelização, qual teria sido o papel da Contisystems? “Desenvolvemos a app para o telemóvel e ainda temos uma participação ativa na gestão da informação do pagamento”.
O canal de comunicação, a peça que vai ficar na carteira do consumidor e que o liga a um ecossistema, é produzido na Contisystems. „A seguir é integrada numa campanha que vai ter um conjunto de ações ao longo da vida útil do cliente e, em muitas dessas acções, temos um papel fundamental. Principalmente, quando se materializa numa peça de comunicação. Agora, a estratégia da promoção é da responsabilidade das marcas“.
Por exemplo, os cartões e as cartas que os acompanham recebidos nos lares “são personalizados aqui”, a partir da criatividade (conteúdo) definida pela marca. “Caso seja disponibilizado no ponto de venda também é impresso aqui e na loja apenas é atribuído um número ao cartão”.
Enriquecer informação na loja
Além da Sonae, a empresa está em negociações com outras insígnias de retalho para desenvolver projetos noutras áreas. “Estamos a conversar com outras insígnias, que encaram os ecossistemas de fidelização de uma forma mais ´ligth‘. Às outras marcas prevemos dar apoio na gestão de loja, através do desenvolvimento de projetos de contagem de pessoas à entrada da loja. A meta é perceber quantos operadores devem estar em caixa, dotar o gestor de loja com informação útil e de equipamentos de apoio à comunicação. E acrescentar valor à informação que circula à volta da loja“.
A empresa tem ainda projetos embrionários na área do pagamento em loja. “Personalizamos cartões bancários, por exemplo. Qual vai ser o futuro? Vai ser o mobile, vamos deixar de ter tantos cartões na carteira. Prevejo que a empresa vai ter um papel importante no desenvolvimento das ‘mobile wallets’ em Portugal e na própria experiência de pagamento combinada com cartão de fidelização. Somos uma empresa certificada pela Visa e Mastercard. Quando falamos em desmaterialização de peças, estamos sempre a falar em meios de pagamento e gestão de informação para programas de fidelização, há aqui um papel que procuramos ter num futuro próximo”.
A empresa importou ‘beacons’, pequenos dispositivos de hardware estrategicamente localizados na loja, que permitem a interação com os clientes no ponto de venda. “Estes equipamentos podem ter um papel mais generalista ou particular. Podem, por exemplo, comunicar com o smartphone de todos os clientes que entram na loja, com o ‘bluetooth’ ligado, para dar os bons dias, ou com a ajuda da analítica sugerir uma promoção personalizada”.
Apesar de ter 48 anos de experiência em artes gráficas, a empresa desenvolveu software no início da sua criação. “A origem da Contisytems, uma marca que já existia no nosso ecossistema, é o desenvolvimento de software. Apesar de pequena, empresa tinha negócios no controlo de edifícios, geria os consumos de água, de energia e os acessos, por exemplo, da Universidade de Aveiro. Ficou-nos este ADN. Continuamos a desenvolver software e se surgirem outros projetos de análise em loja não vamos descartar”
A oferta da empresa divide-se hoje em três áreas principais: format (suporte), data (dados) e performance (software).