Consumidores insatisfeitos recorrem cada vez mais a software de bloqueio a anúncios online
As tecnologias de “ad-blocking” são cada vez mais utilizadas para reduzir o número de promoções que vão aparecendo nos ecrãs, à medida que aumenta a insatisfação dos internautas com o carácter dos anúncios expostos online
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Ana Catarina Monteiro
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As tecnologias de “ad-blocking” são cada vez mais utilizadas para reduzir o número de promoções que vão aparecendo nos ecrãs, à medida que aumenta a insatisfação dos internautas com o carácter dos anúncios expostos online.
Quatro em cada dez internautas (40%) no Reino Unido usam sistemas de bloqueio a anúncios, que vão aparecendo no ecrã enquanto pesquisam online, segundo o novo estudo da Reuters, citado pelo The Drum, que conclui que as marcas estão a falhar nas estratégias de interação com o consumidor digital.
O relatótio Reuters Digital News Report sublinha que muito anunciantes estão hoje a “abandonar os modelos tradicionais a favor da nova publicidade “nativa” ou conteúdos patrocinados”. Por sua vez, os consumidores estão cada vez mais “apáticos” em relação aos anúncios online e procuram formas de os evitar.
No Reino Unido, 39% alega ignorar os anúncios enquanto nos Estados Unidos da América (EUA) o número desce para os 30%. Três em dez consumidores britânicos dizem evitar sites nos quais os anúncios interferem com os conteúdos. Nos EUA, um em dois consumidores confirmam o mesmo e 47% usa neste momento software de bloqueio a anúncios indesejados.
A mesma fonte dá conta que a procura por serviços que barrem a publicidade está a crescer. “A Apple vai permitir ainda este ano a instalação em iPhones deste tipo de software e diversas empresas de telecomunicações estão inclinadas para introduzir o serviço, numa tentativa de conquistar receitas longe da dependência dos gostos no Facebook e da Google”.
Um terço ou mais dos entrevistados, tanto num país como no outro, manifestaram-se “desapontados ou enganados” depois de lerem um artigo e darem conta que foi patrocinado. Mais de metade diz que “não gosta” de conteúdos com patrocínio mas que até os aceitam por lhes garantir acesso grátis a notícias, já que o público resiste aos conteúdos pagos.
A questão da criação de anúncios atrativos aos ‘clicks’ dos consumidores ganha ainda mais importância pela elevada resistência aos conteúdos online pagos, principalmente entre as gerações mais jovens. No Reino Unido, apenas 6% pagam para ver notícias enquanto nos EUA o número sobe para os 11%.
O estudo sublinha ainda que os pagamentos por subscrição têm vindo a combater estes números. 71% pagamentos de notícias no Reino Unido são efetuados através de acordos de subscrição contínua, comparando com o método de pagamento único – “o mais popular há quatro anos”. Isto significa que o gasto médio anual subiu para dez libras por mês (14 euros), que é “duas vezes mais o montante gasto em notícias online em Espanha, onde há uma preferência maior por pagamentos únicos”.