Onde estão as oportunidades de internacionalização?
“O foco de retalhistas europeus e norte-americanos está agora na América do Sul”. Marta Esteves Costa, da Cushman & Wakefield, explica como expandir

Ana Catarina Monteiro
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Marta Esteves Costa, que gere as equipas de ‘Research & Consultoria’ da Cushman & Wakefield, em Portugal e Espanha, diz que as oportunidades de internacionalização, neste momento, estão “sobretudo na América do Sul”.
“O foco de retalhistas europeus e norte-americanos está agora na América do Sul. Também na Ásia mas aquela é uma zona importantíssima”, explica.
No entanto, alerta para o perigo do excesso de confiança do retalhista no seu modelo de negócio, que pode resultar no seu país de origem mas não se aplicar no país para onde emigra. “É fundamental fazer um ‘research’ aprofundado porque há exemplos de gigantes do retalho que expandiram mal porque se limitaram a exportar um conceito que funciona bem noutro mercado. Muitas vezes, vale a pena mudar o formato para tirar o melhor partido daquele mercado”.
A especialista dá o exemplo da expansão do Carrefour na Ásia, onde aplicou o formato de grande dimensão e não foi bem-sucedido. “Isso tem a ver com o estudo da população. Há muitos mercados onde a população não se desloca de carro e assumir que a população sai do supermercado com a mala do carro cheia de compras nem sempre funciona. No caso do Carrefour foi esse o erro”.
Apesar de todos os riscos, a América do Sul tem “um potencial de crescimento muito forte e uma classe média em ascensão. É o que qualquer retalhista quer, uma classe média a crescer e com potencial de crescimento”.
Além de um aprofundado estudo da população e teste do novo mercado, através de ferramentas como o online por exemplo, o retalhista deve ter em conta as localizações a privilegiar. Para tal, o preço por metro quadrado não é a única variável a considerar. “Não se deve fugir das rendas muito caras, quando o fluxo de visitantes é de tal forma elevado que no fundo a nossa taxa de esforço é inferior e a rentabilidade superior”.
Para uma optimização de resulados, deve-se “calcular a taxa de esforço”, aconselha a responsável da imobiliária C&W. A equação certa passa por “perceber quanto é que vou vender numa localização, que pode ser dez vezes mais cara mas vende vinte vezes mais, e, então, torna-se mais barata. Ter expectativas de vendas e escolher uma localização equilibrando o custo de renda, que pode ser muito elevado, com o potencial de vendas”.