A fatura eletrónica não vai para o lixo como na loja e traz vantagens
Com a conversão eletrónica da fatura, “criamos uma ligação não só na própria comunicação mas também entre o físico e o digital, atualmente uma das principais questões de inovação no retalho”
Ana Catarina Monteiro
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“Criámos a sensação de estender a experiência de compra além do ponto de venda”, explica Rui Jorge Santos, managing partner da startup Recibos Online.
A Recibos Online é uma startup portuguesa que transformou a fatura de uma compra em loja num produto digital, funcionando ao mesmo tempo como uma ferramenta para os retalhistas, no que diz respeito ao marketing, comunicação e análise do serviço. O managing partner da empresa explicou o conceito na primeira pessoa, nas conferências do Hipersuper, que aconteceram a 30 de abril.
Já houve publicitários a tentar criar valor na fatura, imprimindo anúncios de promoção a produtos no papel , mas o que é certo é que o mesmo acaba por ir parar ao lixo antes do consumidor sair da loja.
“As pessoas consideram a fatura quase como um subproduto da venda. Se formos ver, há um caixote do lixo à saída das lojas. Basicamente, a pessoa acaba por não ligar muito àquele talão expeto quando tem algum interesse como no caso de garantias ou trocas. O que fizemos foi tentar criar valor em cima desse subproduto”.
Com a conversão eletrónica da fatura, “criamos uma ligação não só na própria comunicação mas também entre o físico e o digital, atualmente uma das principais questões de inovação no retalho”, sublinha.
Ligar o físico ao digital
“Os retalhistas procuram saber como ligar a loja física à presença online, seja à rede social da marca, à loja online ou à newsletter. Foi isso que nós procuramos encontrar, um método de ligar um cliente físico, que acabou de fazer uma compra, à presença online. Tem-se revelado um método eficaz porque o email com a fatura não é considerado ‘spam’, não temos taxas de subscrição porque as pessoas querem continuar a receber as suas faturas, temos altas taxas de aberturas porque a pessoa acaba sempre por abrir a mensagem e, além disso, estamos a falar de uma sensação de estender a experiência de compra além do ponto de venda”.
O email com a fatura “acaba por ser aberto em 24 horas” depois da compra ter sido feita, sendo uma oportunidade para o retalhista “comunicar com o consumidor no momento após a venda”. Este é um segmento de comunicação “muito pouco explorado”, pelo que que não há ainda muitos canais que o aceitem. No entanto, as pessoas têm-se mostrado recetivas à ideia.
“Neste momento, já temos uma taxa de penetração nas lojas de 40%, ou seja, quatro em cada dez pessoas já aceitam experimentar levar a fatura eletrónica. Principalmente nos meios mais urbanos então, as taxas em algumas lojas disparam, ficam mesmo muito acima desse valor”.
Além disso, o email serve de avaliação ao serviço. “Damos a oportunidade ao cliente de poder dizer ‘sim, até gostei’ ou ‘não gostei muito’ e enviamos o ‘feedback’ para os retalhistas. Não são dados públicos, são para consumo interno do retalhista para que possa avaliar o seu serviço”, remata Rui Jorge Santos.