Marketing experencial: como posicionar produtos como experiências?
O marketing experencial é uma ferramenta para a elevação das marcas no actual contexto de mercado. Este tipo de acções ajuda a transmitir um estilo de vida ao consumidor, que associa, cada vez mais, a satisfação à experimentação e não à posse do produto
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Ana Catarina Monteiro
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O marketing experencial é uma ferramenta para a elevação das marcas no actual contexto de mercado. Este tipo de acções ajuda a transmitir um estilo de vida ao consumidor, que associa, cada vez mais, a satisfação à experimentação e não à posse do produto.
Num pequeno-almoço promovido pela in-Store Media, no dia 24 de Março, Iñigo Gallo, especialista em marketing de experiências, apresentou as potencialidades da activação deste tipo de campanhas, que são uma tendência crescente nas lojas. À mesa estiveram representantes de várias marcas, como o El Corte Inglés, Chanel ou Sogrape.
O Professor da Universidade espanhola IESE parte da permissa de que “a comunicação é determinante no processo de decisão do consumidor, além de potenciar um maior reconhecimento da marca”. Segundo o espanhol, uma campanha de promoção experencial sugere um tipo de ligação “mais pessoal” entre consumidor e produto. Ao mesmo tempo, remete para a sociabilidade, uma vez que as experiências em loja são também forma de interacção entre o público, fazendo com que consumam em conjunto.
Experiências aumentam nas lojas
A nova vertente da comunicação com o público no ponto de venda apresenta mecanismos às empresas para “converterem produtos em experiências”, apelando aos sentidos dos consumidores, aos quais é transmitido algo “intangível”, que cria mais valor aos negócios.
Depois de satisfeitas as necessidades básicas, o consumidor “valoriza mais o desfrutar de uma experiência do que a compra de um bem material”.
“A realização de mais eventos em loja é uma tendência”, sublinha . A partir do momento em que a comunicação da marca incide sobre um estilo de vida e não sobre um produto, “acrescenta mais valor e um reconhecimento diferenciador” por parte do consumidor. As estratégias que permitem uma oferta experiencial em loja promovem um “maior bem-estar e felicidade” ao cliente.
Assim, existem três alternativas, a partir das quais se pode transformar um produto em experiencia: Comunicar uma experiência (destaca benefícios emocionais), transformar o produto numa experiência (uso ou consumo pode ser uma experiência) ou assumir a propriedade da experiência (como uma marca que vincula um estilo de vida).
No entanto, existe o risco das acções desencadeadas no âmbito do marketing serem “demasiado complexas”, o que causa confusão nos consumidores por não transmitirem uma mensagem clara.
A in-Store Media pretendeu discutir esta tendência entre vários parceiros ligados ao sector do grande consumo- cadeias de distribuição e as marcas.
Mecanismos utilizados em Portugal
“Algumas marcas fazem uma experiência à volta do produto em si, outras criam uma experiência à volta do momento de utilização ou de consumo, e outras capitalizam em toda a notoriedade criada ao longo do tempo, e em que a própria menção da marca traz de imediato ao imaginário as experiências a ela associadas”, destaca, em entrevista ao HIipersuper, Nuno Saraiva de Ponte, Director-Geral da in-Store Media.
Operando em várias geografias mundiais, a empresa especialista em marketing no ponto de venda, proporciona soluções que vão “desde a simples comunicação de uma experiência, veiculada num anúncio em suporte tradicional ou digital, até à criação de um ambiente em loja, que recrie uma situação de consumo”, tornando-o a actuação da marca experiencial.
Dentro da última modalidade, o responsável destaca a intervenção da in-Store Media em sistemas como os Alarm-Media, nas lojas do Continente, os Mupies integrados no Pingo Doce, os Circuitos Digitais, no El Corte Inglés, ou os Video-Wall da Media Markt. “Não esquecer que o próprio contacto com o produto já é em si uma experiência”. Para tal, a empresa disponibiliza através da localização do produto na loja, com suportes como o Floor-Media ou o Stopper-Media.
Este tipo de promoção requer uma estratégia de marketing “bem definida e implementada”, pelo que a aposta numa experiência de marca é justificada apenas se “o produto ou o serviço cobrirem as necessidades funcionais para as quais são criados, de forma a não defraudar os seus consumidores”, defende.
Resultados na notoriedade e nas vendas
As soluções da empresa propocionaram, no último ano, aumentos de 5% a 10% nas vendas das marcas com as quais trabalha, face ao periodo homólogo. “Medimos o sucesso dos nosso parceiros de forma muito directa”, diz o Director da empresa. As expectativas variam, assim, “em função da categoria em questão e do objectivo da comunicação”.
O consumidor português está “interessado em campanhas que melhorem a experiência de compra ou de consumo”, a partir das quais obtém “benefícios diferentes e adicionais aos funcionais” do produto.
“Estudos realizados pela in-Store Media demonstram, por exemplo, que a experiência de compra pode melhorar se se conseguir comunicar ao consumidor a informação de que necessita para tomar as suas decisões de compra no lugar adequado e no momento certo. “Ajudar a encontrar o produto e comunicar os benefícios são dois dos principais factores que uma comunicação experiencial deve conter”.