Shoppings continuam a “ser o formato preferencial para a entrada de novas marcas” em Portugal
Em 2016, vão abrir dois shoppings no Algarve, investimentos que não são certamente alheios ao potencial turistico da região, mas também ao facto de ser uma das únicas regiões do País onde ainda há espaço e potencial para edificar novos empreendimentos comerciais
Rita Gonçalves
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Depois do jejum de três anos, Portugal abriu no ano passado um único shopping, com uma taxa de ocupação de 100%, o Alegro Setúbal.
Este ano, não estão previstas aberturas de novos shoppings, excepto uma pequena expansão do Oeiras Parque e um projecto de remodelação das Twin Towers, em Lisboa, uma iniciativa do Edge Group com 15 mil metros quadrados, distribuidos entre uma zona comercial de conveniência e escritórios para pequenas empresas, segundo a primeira edição de 2015 do Marketbeat, publicação periódica da consultora imobiliária Cushman&Wakefield.
Em 2016, vão abrir dois shoppings no Algarve, investimentos que não são certamente alheios ao potencial turistico da região, mas também ao facto de ser uma das únicas regiões do País onde ainda há espaço e potencial para edificar novos empreendimentos comerciais.
Alvo de um investimento de 200 milhões de euros, segundo o Público, o Inter IKEA iniciou recentemente os trabalhos de limpeza de terrenos dos lotes para edificar uma loja IKEA (21.300 metros quadrados), um centro comercial (45.300 metros quadrados ABL) e uma factory outlet (23.200 metros quadrados ABL). Um projecto muito contestado pelos comerciantes do Algarve.
O outro conjunto comercial que vai abrir a Sul no próximo ano é o Algarve The Styles Outlets, promovido pela Neinver. O projecto localiza-se a 12 quilómetros do aeroporto internacional de Faro. Em 2009, quando a empresa anunciou o investimento em Faro, a especialista em outlets tencionava aplicar 60 milhões de euros para erguer o shopping e criar entre 1500 a 2000 postos de trabalho directos e indirectos.
Nos conjuntos comerciais já existentes há uma tendência em Portugal por parte dos promotores para “valorizar os seus activos através de um gestão cada vez mais focada no preço, não descurando a renovação dos espaços e uma diversificação do mix de retalhistas”, esclarece a mesma fonte.
Shoppings atraem novas marcas
Apesar do dinamismo do comércio de rua em Portugal nos últimos anos, os shoppings continuam a “ser o formato preferencial para a entrada de novas marcas” no mercado português, como é o caso da Carpisa e Melissa ou da Acsis, que escolheu o Colombo, em Lisboa, para abrir a sua flagship store, um espaço com 500 metros quadrados.
Segundo Marta Esteves Costa, Directora do departamento de Research e Consultoria na Península, apesar de o tráfego estar a descer nos shoppings o sector está a recuperar vendas e a atrair novos conceitos, como a megastore, com 1200 metros quadrados, que a Mango inaugurou no Alegro Setúbal, que marca a estreia da colecção Violeta by Mango em Portugal. Além das rendas do comércio de rua, que alcançaram valores pré-crise, “a recuperação sente-se também nos centros comerciais, nomeadamente nas rendas prime, que não subiam desde 2005”.