Alheiras. Comprar ‘gato por lebre’
Quando for ao supermercado comprar uma alheira, pode trazer ‘gato por lebre’, segundo um estudo da Deco Proteste
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Rita Gonçalves
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Quando for ao supermercado comprar uma alheira, pode trazer ‘gato por lebre’, segundo um estudo da Deco Proteste.
A tradicional alheira da Casa da Prisca contém frango na composição, apesar de o rótulo apenas anunciar carne de porco. A alheira de caça da mesma marca, que alega não ter frango entre os ingredientes, não só contém, afinal, este tipo de carne como representa mais de metade do total de carne encontrada no produto.
As conclusões são da Deco Proteste que analisou 15 marcas de alheiras tradicionais, as mais consumidas, e quatro amostras de caça, que alegam ter na composição carnes exóticas, como coelho, javali, faisão, pato, perdiz e veado.
O problema não é exclusivo da Casa da Prisca, que entretanto já resolveu o problema de rotulagem, garante a Deco.
Também a Alheira de Lamego, por exemplo, anuncia aves no rótulo mas só contém carne porco. A alheira Fumadinho, por sua vez, não menciona vaca mas esta carne predomina nos ingredientes. A alheira de caça Terra doVento Leste não contém perdiz, como anuncia na embalagem. E a Bísaro de caça que alega incluir pato, perdiz e coelho, não contém vestígios destas carnes, mas antes porco e vaca cuja indicação está ausente nos rótulos.
Segundo Nuno Lima Dias, técnico alimentar da Deco Proteste, o vazio legal e a falta de controlo são as principais razões para estes resultados. “Com alguns avanços e recuos na lei, instalou-se um panorama não muito abonatório para os consumidores que apreciam produtos de charcutaria, ficando estes à mercê da boa vontade dos produtores”.
A Alheira Detinha foi considerada a “melhor do teste” e a “escolha acertada”. “É um produto honesto quanto ao peso e às espécies declaradas e tem o preço mínimo mais baixo do teste”.