Histórias com raízes na nossa imaginação, por Paulo Silva (Stepvalue)
O ‘storytelling’ feito com seriedade tem muito espaço para prosperar, alimentado por inúmeras plataformas e “tribos” de entusiastas
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Rita Gonçalves
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‘Storytelling’ pode ser definido como um método estruturado, para explicar uma série de eventos através da narrativa.
Relatando factos reais ou ficcionais, não há dúvida que os marketeers usam hoje o storytelling como uma eficaz ferramenta para ilustrar conceitos de difícil compreensão e estimular a imaginação dos consumidores relativamente a um produto ou serviço.
Os vinhos e azeites são um território fértil para o uso desta técnica de marketing, uma vez que as suas raízes históricas se perdem no tempo e estão particularmente ligadas à nossa cultura de matriz judaico-cristã, ou seja, são já parte da nossa história emocional e social.
O paladar é um sentido especialmente abstracto, sendo o mesmo sabor interpretado por pessoas diferentes de formas completamente distintas. Assim, faz ainda mais sentido construir referências adicionais, associando a percepção de qualidade a factos conhecidos, como a história de uma região, herdade ou família e mitos sobre as características de um determinado vinho, usualmente a referência de topo de cada produtor.
Não há nada de errado em usar esta técnica, que permite criar laços emocionais e mais facilmente conseguir um patamar elevado de preço, este próprio um componente importante da história que se pretende transmitir. Uma compilação de factos inquestionáveis, onde se incluem provas cegas, prémios internacionais conquistados e referências nos media, têm como função comprovar a autenticidade do relato e são naturalmente parte importante do processo.
Cada vez mais sofisticados, os ‘marketeers’ adoptaram versões com diferentes perspectivas da história a contar, adaptando-a aos vários públicos alvo. Mais centrada em mitos para o consumidor final, mais focada em tecnologia, técnicas de produção e até logística, para os especialistas. A visita aos locais de produção, por via do enoturismo e dos eventos, ofereceu o cenário ideal para a narrativa e tornou mais credíveis os factos narrados.
No mundo digital o consumidor consegue ser uma parte activa e importante do processo de disseminação das histórias que lhe agradam (escrita de opiniões, partilha de informação por via de jornalistas especializados, bloggers, vídeos com testemunhos, entre outros) pelo que o ‘storytelling’ feito com seriedade tem muito espaço para prosperar, alimentado por inúmeras plataformas e “tribos” de entusiastas, que devem ser acolhidos, acompanhados e “alimentados” no âmbito da estratégia de comunicação digital das marcas.