Selecção Natural, por Pedro Fernandes (Edigma)
Em 2014, o volume de compras efectuadas online através de smartphones ou tablets atingirá os 114 mil milhões de dólares, nos EUA, segundo previsões da Forrester. Cerca de dois terços desse volume será efectuado através de tablets, com a remanescente fatia a originar em smartphones
Rita Gonçalves
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Por Pedro Fernandes, marketing manager da Edigma
Em 2014, o volume de compras efectuadas online através de smartphones ou tablets atingirá os 114 mil milhões de dólares, nos EUA, segundo previsões da Forrester. Cerca de dois terços desse volume será efectuado através de tablets, com a remanescente fatia a originar em smartphones.
Estes 114 mil milhões correspondem a quase 30% do comércio electrónico, sendo expectável que em 2018 esse valor suba para 54%. Ou seja, mais de metade das compras online será efectuada usando dispositivos móveis.
Um hipermercado é conveniente ao consumidor porque em vez de se deslocar ao talho, à padaria, à peixaria, à mercearia (e por aí em diante), consegue fazer todas as compras num só local. O comportamento do consumidor modificou-se e o mercado teve de adaptar-se a esta mudança.
O comércio electrónico surgiu no final do século passado de uma forma tímida e focado, numa fase inicial, em produtos de pequenas dimensões, como livros e CD. Aos poucos, a base de produtos foi aumentando, e hoje já é possível adquirir bens perecíveis online.
No final da década passada surgiu a revolução dos dispositivos móveis. Desde o lançamento do iPhone, em 2007, até aos dias de hoje, milhões de pessoas passaram a usar smartphones e tablets para aceder à Internet. E uma das muitas actividades praticadas é precisamente a aquisição de bens e serviços.
Da mesma forma que vender produtos em lojas físicas é diferente de vendê-los online, também o comportamento do consumidor difere consoante o dispositivo que utiliza.
As limitações físicas, como o tamanho do ecrã, condicionam a quantidade de produtos que é possível mostrar ‘above the fold’, na parte de ecrã visível, diminuindo-a drasticamente.
Como os dispositivos são móveis e andam sempre connosco, até a altura do dia e local onde se encontra o consumidor no momento da compra alterou, tornando-o mais susceptível a fazer compras por impulso. Em sentido contrário, as compras racionais e que requerem pesquisas longas e detalhadas são feitas ao computador, em momentos em que o consumidor pode dedicar mais tempo à tarefa.
Da mesma forma que a localização de uma loja era um factor importante para o sucesso da mesma [bem como o grau de especialização e conhecimento do produto por parte de quem presta (va) o atendimento], também a revolução dos dispositivos móveis traz consigo novos desafios.
Cabe aos retalhistas entenderem as mudanças e adaptarem-se à nova realidade, para sobreviverem. Porque todas estas pequenas mudanças a que assistimos no dia-a-dia compõem as drásticas alterações que levam à selecção natural e à evolução das espécies.
Charles Darwin, em “A Origem das Espécies”
“It may be said that natural selection is daily and hourly scrutinising, throughout the world, every variation, even the slightest; rejecting that which is bad, preserving and adding up all that is good; silently and insensibly working, whenever and wherever opportunity offers, at the improvement of each organic being in relation to its organic and inorganic conditions of life. We see nothing of these slow changes in progress, until the hand of time has marked the long lapses of ages, and then so imperfect is our view into long past geological ages, that we only see that the forms of life are now different from what they formerly were”.