Gestão de stocks: o principal objectivo do retalho
“A gestão de stocks assumiu, sobretudo de há alguns meses a esta parte, o principal objectivo quer de retalhistas quer de provedores de soluções de segurança”, revela Mariano Tudela, Vice-Presidente de Vendas do Sul da Europa e França da Checkpoint
Rita Gonçalves
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Por Mariano Tudela, Vice-Presidente de Vendas do Sul da Europa e França da Checkpoint
Ao longo do tempo, e sobretudo em épocas de crise económica, as empresas de retalho sofrem constantemente com situações de perda de clientes, não só pela impossibilidade financeira do consumo, mas também pela criação de uma necessidade extrema por parte dos consumidores de que, se estão naquela loja para adquirir algo, então não querem perder tempo e exigem um atendimento exemplar.
Neste sentido, a formação dos colaboradores e a excelência do serviço prestado é fundamental, assim como uma constante segurança inerente que se sente nas lojas, para que a experiência de compra seja eficaz e satisfatória.
Contudo, e ao longo dos últimos anos, os retalhistas têm vindo a observar que a exigência dos seus clientes toca extremos no momento em que, ao procurarem um determinado artigo, este não se encontra em loja, o que os leva a desistir de efectuar a compra e, até, a não regressar no futuro.
É neste sentido que a gestão de stocks assumiu, sobretudo de há alguns meses a esta parte, o principal objectivo quer de retalhistas quer de provedores de soluções de segurança. Em conjunto, estes dois intervenientes têm vindo a construir soluções mais eficazes e complementares entre si para alcançar o objectivo principal: a venda.
As soluções que se desenvolvem devem ser adaptadas a cada caso, cada loja e cada empresa, contudo, é possível indicar alguns fundamentos base que serão primordiais aos retalhistas na hora de controlar melhor as rupturas de stock.
Por um lado, a implementação de sistemas RFID. Não é mais uma questão de “devermos adoptar?”, mas sim, “quando adoptamos?” os sistemas RFID. Complementares, completos, os sistemas RFID são essenciais no controlo de cada item, na sua localização quer na cadeia de distribuição, quer na própria loja, sendo ao mesmo tempo de confiança e económica (trazendo a longo prazo claros benefícios ao reduzir as rupturas de stock, as falhas de compra geradas por essas rupturas, e melhorando a experiência de compra).
Ao mesmo tempo, os sistemas RFID podem e devem integrar sistemas de gestão de stocks e visibilidade de mercadoria. Na hora de implementar estas soluções de segurança, os retalhistas não podem esquecer todas as outras potencialidades que as mesmas têm, nomeadamente no sentido da gestão dos stocks.
Uma mudança de paradigma da gestão de stock para a visibilidade da mercadoria é outro factor fundamental. Os retalhistas têm que considerar que mais importante do que a contagem da mercadoria, é que o artigo exacto esteja no momento correcto no local indicado para que a compra se efectue por parte do cliente.
Não distanciar as soluções de prevenção de perda das rupturas de stocks. As soluções de segurança têm que ser tidas em conta na prevenção das rupturas de stock, isto porque é preciso aos retalhistas a consciência de que os artigos que são mais vezes furtados, são também os mais procurados e, como tal, os mais rentáveis (por exemplo, smartphones e tablets). Neste sentido, as soluções de segurança podem aportar informação essencial para a gestão dos stocks e sua ruptura.
Por outro lado, a informação. A informação é essencial na gestão dos inventários e da própria loja, e as soluções de segurança e de gestão são profícuas a gerar dados e mais dados. Estes não podem ser ignorados nas estratégias de negócio das empresas e muito menos na hora de melhorar a experiência de compra e aumentar as vendas. Ainda que por vezes a informação seja em demasia, os retalhistas não podem desanimar e devem recordar-se que, actualmente, as melhores e principais ferramentas complementares de gestão de inventário e segurança possuem já softwares muito sofisticados que facilitam o acesso à informação chave e que os mesmos podem ser adaptados às suas necessidades.
Finalmente, um último conselho que os retalhistas devem receber é mesmo o de explorar todas as oportunidades e soluções que estejam disponíveis no mercado, nomeadamente as mais recentes. Só assim poderão encontrar a que melhor se adequa às suas necessidades. Simultaneamente, devem sempre ter o maior número de dados e as mais importantes informações sobre o que precisam e lhes será mais benéfico na hora de escolher as soluções a implementar pois só assim será possível rentabilizar ao máximo o investimento efectuado.