Leasing e Renting: tendência de crescimento em 2014, por Beja Amaro (ALF)
É cada vez mais comum nas empresas existir um mix de produtos na gestão da sua frota, consoante as necessidades

Rita Gonçalves
Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa
Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada
José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”
Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow
Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus
Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras
Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento
CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA
Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão
ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo
Por Beja Amaro, Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting
O Leasing e o Renting são importantes instrumentos de apoio para a economia portuguesa, sendo que, em conjunto, são responsáveis por uma importante fatia do mercado nacional automóvel, mais de 32% do total de viaturas novas vendidas. Com alguns altos e baixos, esta representatividade tem vindo a crescer ao longo dos anos, e as pessoas, geralmente, não têm a percepção da importância destes produtos para o sector automóvel nacional.
Não é por acaso que existe uma grande utilização destes produtos. Quer o Leasing quer o Renting têm vantagens que são reconhecidas no mercado e que se traduzem em valor acrescentado para o cliente.
Estas vantagens têm vindo a ser reforçadas, particularmente, ao longo dos últimos anos, fruto da crise que o País atravessou. Também é certo que a crise, levou os clientes a pensarem mais sobre a melhor forma de aceder a uma viatura, estudando e analisando mais criteriosamente as alternativas ao seu dispor, o que para os nossos produtos, é vantajoso.
Importa referir as principais diferenças entre estes dois produtos que não competem entre si mas que se podem complementar.
A locação financeira é uma forma de financiamento em que a locadora (instituição financeira) cede ao locatário (cliente) a utilização temporária, neste caso, de uma viatura, mediante o pagamento de uma renda. No final do contrato, o locatário tem sempre a opção de adquirir a viatura por um valor residual previamente acordado e, portanto, esperado e sem surpresa. É utilizado principalmente por quem pretende adquirir a viatura, beneficiando ao mesmo tempo de grande flexibilidade na duração do contrato que se ajusta às necessidades do locatário, da possibilidade de descontos junto do fornecedor que escolheu por pagamento a pronto, bem como o pagamento de uma renda competitiva em que para o cálculo dos juros não é considerado o valor do IVA da transacção inicial, ao contrário de que acontece num financiamento clássico. E, naturalmente, um dos pontos mais importante para o cliente, taxas de juro mais baixas, na generalidade dos casos.
O Renting consiste numa oferta integrada de serviços que tem por base o aluguer operacional de uma viatura nova por determinado prazo e quilometragem. Destina-se geralmente a empresas que pretendem manter uma frota sempre operacional e moderna, e não propriamente a adquirir as viaturas. Uma vez que o Renting gere activamente uma frota de cerca de 100 mil viaturas, possui efeitos de escala que se traduzem em vantagens que são repassadas ao cliente, além de não ficar com o ónus da venda da viatura usada no final do contrato. De repente, uma série de preocupações deixam de existir, passando o cliente a ter acesso a relatórios de gestão profissionais que lhe permitem saber todos os custos com as viaturas, alguns deles até que desconhecia existirem. O elevado nível de profissionalismo e de operacionalidade do Renting é geralmente um dos benefícios mais invocados, particularmente, por agregar uma série de diferentes serviços (manutenção preventiva e correctiva, pneus, combustíveis, portagens, viaturas de substituição, gestão de sinistros, impostos, entre outros) em apenas um só.
É assim cada vez mais comum nas empresas, existir um mix de produtos na gestão da sua frota, consoante as necessidades.
Perspectivas 2014
O ano de 2014 iniciou-se com grandes alterações ao nível da tributação, o que adicionou incógnitas à já ingrata tarefa de comentar o futuro. Não obstante estas alterações, no mês de Janeiro deste ano, verificaram-se taxas de crescimento, tanto no Leasing como no Renting.
O Leasing financiou 1.822 viaturas em Janeiro, o que representou um crescimento de 21% face ao mês homólogo. O Renting foi responsável por 1.529 viaturas ligeiras novas, equivalente a um crescimento de 17%.
São evoluções apenas do primeiro mês do ano mas que nos deixam esperançados para o futuro, não obstante o mesmo estar altamente dependente da evolução da economia portuguesa, já que uma elevada percentagem de quem recorre a estes produtos são empresas.
O sector automóvel tem sido bastante afectado pela crise económica, e o Leasing e o Renting adaptaram-se para melhorar a sua oferta e o serviço prestado ao cliente. Esta capacidade de continuar a oferecer soluções automóveis competitivas, quer seja pelo aperfeiçoamento dos serviços quer seja pelo aumento da informação e transparência, tem ajudado a suster o mercado e esperamos que continue a contribuir para a recuperação deste.
É importante realçar que os segmentos normalmente mais relacionados com a actividade empresarial, as viaturas comerciais, têm registado um forte crescimento. O Leasing de pesados registou no total do ano de 2013 um crescimento de 55,2% em relação a 2012 e o Renting de viaturas comerciais registou um crescimento de 23,2% na comparação com o mesmo período homólogo. Uma evolução que continua a verificar-se neste início de 2014, com crescimentos importantes nestes segmentos. É pois muito animador ver as viaturas pesadas no Leasing e as viaturas comerciais no Renting a serem os segmentos que mais crescem, pois estão intimamente relacionados com a actividade das empresas.
Fazemos votos para que os sinais positivos de Janeiro, se estendam ao resto do ano e economia.