Leasing e Renting: tendência de crescimento em 2014, por Beja Amaro (ALF)
É cada vez mais comum nas empresas existir um mix de produtos na gestão da sua frota, consoante as necessidades
Rita Gonçalves
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Por Beja Amaro, Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting
O Leasing e o Renting são importantes instrumentos de apoio para a economia portuguesa, sendo que, em conjunto, são responsáveis por uma importante fatia do mercado nacional automóvel, mais de 32% do total de viaturas novas vendidas. Com alguns altos e baixos, esta representatividade tem vindo a crescer ao longo dos anos, e as pessoas, geralmente, não têm a percepção da importância destes produtos para o sector automóvel nacional.
Não é por acaso que existe uma grande utilização destes produtos. Quer o Leasing quer o Renting têm vantagens que são reconhecidas no mercado e que se traduzem em valor acrescentado para o cliente.
Estas vantagens têm vindo a ser reforçadas, particularmente, ao longo dos últimos anos, fruto da crise que o País atravessou. Também é certo que a crise, levou os clientes a pensarem mais sobre a melhor forma de aceder a uma viatura, estudando e analisando mais criteriosamente as alternativas ao seu dispor, o que para os nossos produtos, é vantajoso.
Importa referir as principais diferenças entre estes dois produtos que não competem entre si mas que se podem complementar.
A locação financeira é uma forma de financiamento em que a locadora (instituição financeira) cede ao locatário (cliente) a utilização temporária, neste caso, de uma viatura, mediante o pagamento de uma renda. No final do contrato, o locatário tem sempre a opção de adquirir a viatura por um valor residual previamente acordado e, portanto, esperado e sem surpresa. É utilizado principalmente por quem pretende adquirir a viatura, beneficiando ao mesmo tempo de grande flexibilidade na duração do contrato que se ajusta às necessidades do locatário, da possibilidade de descontos junto do fornecedor que escolheu por pagamento a pronto, bem como o pagamento de uma renda competitiva em que para o cálculo dos juros não é considerado o valor do IVA da transacção inicial, ao contrário de que acontece num financiamento clássico. E, naturalmente, um dos pontos mais importante para o cliente, taxas de juro mais baixas, na generalidade dos casos.
O Renting consiste numa oferta integrada de serviços que tem por base o aluguer operacional de uma viatura nova por determinado prazo e quilometragem. Destina-se geralmente a empresas que pretendem manter uma frota sempre operacional e moderna, e não propriamente a adquirir as viaturas. Uma vez que o Renting gere activamente uma frota de cerca de 100 mil viaturas, possui efeitos de escala que se traduzem em vantagens que são repassadas ao cliente, além de não ficar com o ónus da venda da viatura usada no final do contrato. De repente, uma série de preocupações deixam de existir, passando o cliente a ter acesso a relatórios de gestão profissionais que lhe permitem saber todos os custos com as viaturas, alguns deles até que desconhecia existirem. O elevado nível de profissionalismo e de operacionalidade do Renting é geralmente um dos benefícios mais invocados, particularmente, por agregar uma série de diferentes serviços (manutenção preventiva e correctiva, pneus, combustíveis, portagens, viaturas de substituição, gestão de sinistros, impostos, entre outros) em apenas um só.
É assim cada vez mais comum nas empresas, existir um mix de produtos na gestão da sua frota, consoante as necessidades.
Perspectivas 2014
O ano de 2014 iniciou-se com grandes alterações ao nível da tributação, o que adicionou incógnitas à já ingrata tarefa de comentar o futuro. Não obstante estas alterações, no mês de Janeiro deste ano, verificaram-se taxas de crescimento, tanto no Leasing como no Renting.
O Leasing financiou 1.822 viaturas em Janeiro, o que representou um crescimento de 21% face ao mês homólogo. O Renting foi responsável por 1.529 viaturas ligeiras novas, equivalente a um crescimento de 17%.
São evoluções apenas do primeiro mês do ano mas que nos deixam esperançados para o futuro, não obstante o mesmo estar altamente dependente da evolução da economia portuguesa, já que uma elevada percentagem de quem recorre a estes produtos são empresas.
O sector automóvel tem sido bastante afectado pela crise económica, e o Leasing e o Renting adaptaram-se para melhorar a sua oferta e o serviço prestado ao cliente. Esta capacidade de continuar a oferecer soluções automóveis competitivas, quer seja pelo aperfeiçoamento dos serviços quer seja pelo aumento da informação e transparência, tem ajudado a suster o mercado e esperamos que continue a contribuir para a recuperação deste.
É importante realçar que os segmentos normalmente mais relacionados com a actividade empresarial, as viaturas comerciais, têm registado um forte crescimento. O Leasing de pesados registou no total do ano de 2013 um crescimento de 55,2% em relação a 2012 e o Renting de viaturas comerciais registou um crescimento de 23,2% na comparação com o mesmo período homólogo. Uma evolução que continua a verificar-se neste início de 2014, com crescimentos importantes nestes segmentos. É pois muito animador ver as viaturas pesadas no Leasing e as viaturas comerciais no Renting a serem os segmentos que mais crescem, pois estão intimamente relacionados com a actividade das empresas.
Fazemos votos para que os sinais positivos de Janeiro, se estendam ao resto do ano e economia.