A tecnologia digital e o futuro do merchandising, por Paulo Barreto (Facebook)
Em 2014, o merchandising vai continuar a redefinir-se, seguindo três tendências importantes: Descoberta, Sazonalidade e Compressão
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Rita Gonçalves
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Por Paulo Barreto, Facebook Country Manager
Os retalhistas têm apurado a ciência do merchandising ao longo dos anos e não há dúvidas de que a Internet e o e-Commerce têm sido importantes catalisadores de mudança – não havendo sinais de desaceleração. Desta forma, a arte e a ciência de “click and mortar” começam agora a ser encaradas de uma forma mais séria. Na verdade, de acordo com a eMarketer, mais de 80% das pessoas que visitam um site de e-Commerce não sabem o que querem comprar. Isto significa que, nesta indústria, que vale 45 mil milhões de dólares a nível global, há um enorme espaço para se criarem oportunidades.
Em 2014, o Merchandising vai continuar a redefinir-se, seguindo três tendências importantes: Descoberta, Sazonalidade e Compressão.
1. Usar o News Feed para descobrir novidades
Nos primórdios da Internet, navegámos na web na tentativa de encontrar os produtos que tínhamos visto nas revistas ou na TV. De facto, pesquisar ajudava-nos a matar a curiosidade sobre os novos produtos. Hoje, vivemos uma época em que é a Internet que nos ajuda a descobrir as novidades. Quer seja através do Facebook, do Flickr ou do YouTube, hoje na Internet descobrimos novos produtos ou serviços através dos chamados “feeds”.
A tecnologia por detrás dos “feeds” ajuda, de facto, as pessoas a encontrarem as novidades que lhes interessam de uma forma simples, fluída e não intrusiva. É por essa razão que os retalhistas devem assumir e controlar a sua presença no News Feed do Facebook tal como o fazem no display de uma loja, que apresenta os seus produtos e conduz à sua venda. Em 2014, vai denotar-se certamente um maior investimento por parte dos retalhistas na arte da Descoberta Digital.
2. A evolução da sazonalidade
Tradicionalmente, há momentos mais importantes para se desenvolverem campanhas de vendas no retalho, como, por exemplo, os períodos de férias. Agora, apesar de continuarem a existir ocasiões importantes, a tecnologia digital dá aos retalhistas mais flexibilidade sobre quando e como se devem aproximar dos seus clientes.
Pode ser devido ao mau tempo, por um resultado de um jogo de futebol ou por qualquer outra ocasião, os clientes precisam de uma razão para ir às compras. O digital permite criar de uma forma flexível e expedita novas oportunidades para lançar campanhas de vendas.
3. A compressão dos clientes força os marketeers a serem mais assertivos
Imagine que cada retalhista tem agora a mesma quantidade de itens para vender, mas que as suas lojas ficaram mais pequenas. O que antes era um display para quinze produtos, passou agora a ser uma página de Internet onde se conseguem encaixar apenas sete. E com os telemóveis? Apenas um. Com uma maior tendência para se a utilização cada vez maior dos dispositivos móveis, com écrans mais pequenos, a compressão dos clientes obriga os marketeers do retalho a serem mais meticulosos na forma como vão chegar aos clientes. A chave para o sucesso é vender o produto certo à pessoa certa, na hora certa. A segmentação será a futura criatividade do marketing no retalho. À medida que cada vez mais clientes utilizam o ‘Custom Audiences’ do Facebook para chegar aos seus clientes, acredito que o ‘targeting’ assertivo dos clientes seja a chave do sucesso dos retalhistas.
Em 2013, passei muitas horas a falar com marketeers do retalho, de pequenas e grandes empresas, e, apesar de todos terem o seu próprio conjunto de objectivos e desafios, há uma particularidade que os une: uma missão comum de conectar clientes aos seus produtos e serviços. E, na verdade, nunca vivemos uma época tão excitante para o fazer.