5 inovações que vão mudar as nossas vidas
Conheça 5 inovações que vão mudar a forma como as pessoas irão trabalhar, viver e interagir nos próximos cinco anos
Rita Gonçalves
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A IBM lançou a oitava edição da iniciativa “IBM Next 5 in 5”, uma lista de inovações que se prevê que venha a mudar a forma como as pessoas irão trabalhar, viver e interagir nos próximos cinco anos.
Este ano, a multinacional explora “a visão de que todos os sistemas irão aprender. Impulsionada pela nova era de computação cognitiva, esta iniciativa baseia-se na ideia de que os computadores, máquinas e outros dispositivos irão aprender, raciocinar e interagir com os seres humanos de uma forma mais natural e personalizada. Estas inovações irão começar a surgir em resultado do actual desenvolvimento de tecnologias ligadas ao “cloud computing” e ao “big data analytics” – tendo sempre em conta as considerações de privacidade e de segurança adequadas aos consumidores, cidadãos, estudantes e pacientes. Os computadores vão tornar-se mais inteligentes e customizáveis ajudando a resolver alguns dos problemas ainda vistos como irresolúveis”.
1. A sala de aula irá aprender com os alunos
Nos próximos cinco anos, teremos um ensino personalizado (ensino à medida de cada estudante), em que as necessidades de cada um serão endereçadas com sucesso. Através de tecnologias em desenvolvimento, sobretudo na área do “cloud computing” e do “big data”, a sala de aula do futuro vai fornecer aos professores e educadores todas as ferramentas para que possam conhecer de perto os alunos, tendo por base um sistema de análise sofisticado e personalizado (utilizando dados como resultados dos testes, assiduidade e comportamento do aluno, inseridos em plataformas de e-learning). A partir daqui será possível, a partir da cloud, criar um modelo de ensino em que cada aluno terá o seu próprio guia de aprendizagem, capacitando-o com as valências de que precisa para atingir os seus objectivos pessoais e profissionais. Estas sofisticadas análises ajudarão a prever que estudantes estão em maior risco, os seus obstáculos e, deste modo, sugerir medidas eficazes para melhorar o aproveitamento escolar.
2. As compras nas lojas tradicionais vão superar as compras online
No ano passado, as vendas online no mundo inteiro ultrapassaram 1 bilião de dólares e estão a crescer a um ritmo mais acelerado do que as vendas em loja. A verdade é que o canal online apresenta actualmente uma grande vantagem na capacidade de aprender com as nossas escolhas na web. Mas, em cinco anos, as lojas físicas vão conseguir melhorar e ampliar a experiência do consumidor a um nível que o online nunca conseguirá alcançar. Parece uma regressão no tempo, mas não o é. Na verdade, os retalhistas conseguirão dentro em breve tirar partido do imediatismo da loja física, criando experiências que não poderão ser replicadas no online. As tecnologias de realidade aumentada, por exemplo, permitirão trazer para a loja a experiência e as vantagens do digital mas beneficiando da possibilidade de tocar nos objectos. Por outro lado, a partir de dispositivos móveis e de tecnologias cloud, os lojistas vão ser capazes de antecipar com incrível precisão os produtos que um cliente mais quer e precisa. E dada a sua proximidade, as lojas tradicionais serão capazes de oferecer aos clientes uma variedade de opções, desde o “pick-up” à entrega rápida, onde quer que o cliente esteja. As entregas em 48 horas vão ficar ultrapassadas.
3. Os médicos vão usar o nosso ADN para promover a saúde de cada um de nós
Nos próximos cinco anos, os médicos terão a capacidade de chegar ao diagnóstico rápido e preciso de doenças como o cancro, criando planos de tratamento individualizados para milhões de pacientes em todo o mundo. Com os recentes avanços nas soluções de “big data analytics” e com o aparecimento de sistemas cognitivos baseados na cloud dentro em breve isso será possível. Computadores inteligentes conseguirão então gerar o sequenciamento completo do genoma de qualquer pessoa, e, a partir de grandes repositórios de dados e publicações médicas, indicar rapidamente que tratamentos específicos podem ser aplicados. Alguns centros de tratamento de cancro já estão a trabalhar com a IBM com este objectivo, sendo que os computadores vão poder realmente ajudar os médicos a entender como o tumor vai evoluir tendo em consideração o ADN do paciente, apresentando de imediato o tratamento mais indicado para aquele caso em particular.
4. Todos teremos o nosso próprio guarda-costas digital
Hoje em dia, temos múltiplos dispositivos e identidades o que nos deixa muito vulneráveis. Em 2012, mais de 12 milhões de pessoas foram vítimas de roubo de identidade só nos Estados Unidos. As abordagens tradicionais de segurança – passwords, anti-vírus e firewalls – já não parecem ser suficientes. Em cinco anos, a segurança sobre os nossos dados pessoais pode surgir na forma de um guarda-costas digital, treinado para conhecer os nossos hábitos e movimentos (a partir de dados contextuais, situacionais e históricos), oferecendo um novo nível de protecção contra o roubo de identidade nos diferentes dispositivos (computador, tablet, smartphone). No entanto, será um guardião não-intrusivo, uma vez que apenas actuará (bloqueará páginas, por exemplo) com a permissão do utilizador. Cada um de nós, cada utilizador online, poderá controlar o que este guarda-costas pode e o que não pode visualizar e monitorizar. Ele tornar-se-à numa ferramenta fundamental para sinalizar pró-activamente o uso fraudulento dos nossos dados, mantendo a privacidade sobre as nossas informações pessoais e confidenciais. Ao monitorizar os movimentos online, a partir de tecnologias de big data analytics, o nosso guarda-costas digital irá alertar-nos sobre possíveis intrusões e proteger-nos.
5. A cidade vai ajudar-nos a viver melhor
Em 2050, sete em cada dez pessoas viverão nas metrópoles. Mas em cinco anos, a cidade onde vivemos vai ajudar-nos, através de inteligentes sistemas de aprendizagem e dispositivos/plataformas móveis, a obter informações sobre como evitar as vias mais congestionadas; vai alertar-nos sobre actividades de que gostamos e nas quais queremos participar; e vai ainda pedir o nosso “feedback” sobre questões importantes e de interesse, como por exemplo quais as vias que precisam urgentemente de intervenção. Ou seja, dentro em breve, as cidades vão ter a capacidade de nos ouvir e de falar connosco em tempo real.