Uso de cartões de débito sobe para valor recorde desde 2008
Portugal regista elevados índices de utilização dos cartões de débito, com todos os segmentos da população a registarem valores acima dos 95%
Rita Gonçalves
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
A taxa de utilização geral entre os portadores de um cartão de débito cresceu de 97,4% em 2012 para 97,9% este ano, atingindo o número mais elevado desde 2008, segundo o estudo “Comportamento Financeiro dos Particulares em Portugal 2013”, uma radiografia anual do sector dos cartões de crédito e de débito em Portugal, da MasterCard.
Portugal regista elevados índices de utilização dos cartões de débito, com todos os segmentos da população a registarem valores acima dos 95%. Esta forte adesão dos portugueses ao uso de cartões de débito para efectuar as suas transacções é ainda mais evidente na faixa etária 25-34 anos que regista uma taxa de 100% – o que significa que os consumidores portugueses estão a apresentar hábitos de consumo mais responsáveis, nomeadamente através de um maior controlo da forma como efectuam as suas despesas.
“Os portugueses distinguem-se pela sua adesão aos meios de pagamento electrónico valorizando a sua simplicidade, segurança e eficiência. Estamos convictos que esta tendência vai manter-se e até crescer, dada a introdução de novas tecnologias como os cartões MasterCard Contactless, o serviço digital MasterPass e, no futuro muito próximo, os pagamentos através do telemóvel. A substituição dos pagamentos em dinheiro vivo pelos pagamentos electrónicos traz benefícios significativos às economias, em termos de eficiência (uso do dinheiro vivo custa até 1,5% do PIB de um país), transparência dos pagamentos e combate à evasão fiscal”.
A penetração dos cartões de débito mantém-se estável nos últimos anos: 88,2% dos indivíduos bancarizados com mais de 15 anos possui cartão de débito. O grupo “Mais de 65 anos” foi o segmento sócio-demográfico que registou o maior crescimento na penetração do cartão de débito, com uma subida dos 67,6% em 2012, para os 72,5% este ano.
Em 2013, assiste-se também a uma manutenção da diversificação do produto, com o número médio de cartões de débito possuídos pelos entrevistados a estabilizar nos 1,49 – o mesmo valor do ano anterior.
Cartões de crédito: uso mais racional
O estudo também revela que a penetração de cartões de crédito registou um aumento, com 32,3% dos indivíduos bancarizados a declarar possuir um cartão de crédito, face aos 30,2% em 2012. Este número aproxima-se dos valores registados antes do Programa de Assistência (Barómetro Mastercard 2010: 32,4%), o que poderá revelar um aumento da confiança dos consumidores. O segmento de inquiridos com mais de 65 anos liderou as subidas, com a taxa de penetração dos cartões de crédito a subir 6,1pp (pontos percentuais) para 20,5%. A taxa mais baixa verifica-se no escalão 15-24 anos com 10,8%.
O número médio de cartões de crédito por inquirido subiu ligeiramente passando de 1,29 para 1,31 cartões, contrariando a tendência de quebra que se registava desde 2008. A taxa de utilização entre os portadores de cartões de crédito registou um ligeiro decréscimo de 1,3 pp para 67,8%, ainda assim um número intermédio entre o máximo registado em 2008 (74,7%) e o mínimo de 2011 (59,6%). A descida no uso de cartões de crédito em conjunto com a subida na utilização de cartões de débito pode indicar uma mudança nos hábitos dos consumidores portugueses.
“Estes números revelam que mais portugueses poderão estar a adoptar comportamentos responsáveis no uso de cartão de crédito, uma vez que apesar do crescimento do número de cartões, assistimos a um uso mais racional. Neste contexto, podem existir oportunidades para criar soluções diferenciadas para os consumidores, entidades financeiras e comerciantes no nosso País, que permitam aumentar e diversificar os contextos de utilização dos cartões, nomeadamente na área das compras em e-commerce e dos pagamentos online, contactless e móveis”.
Em 2013, os portugueses bancarizados recorreram menos vezes ao cartão de crédito: 49,3% utiliza o cartão com alguma regularidade (face a 53,5% em 2012), mas 46,7% declara utilizá-lo menos de uma vez por mês. Apenas 16,7% dos bancarizados usa o cartão pelo menos uma vez por semana (face a 19% em 2012).
O estudo também revela que 88,6% dos indivíduos mantem uma relação financeira com bancos, o que indica uma estabilização do índice de bancarização desde 2009. Dos indivíduos bancarizados, 56,9% concentra as suas relações financeiras numa única entidade.
E-Commerce em crescendo
Segundo o recente estudo ACEPI/IDC Economia Digital em Portugal 2009-20172, há cerca de 2,5 milhões de compradores online em Portugal. De acordo com o mesmo estudo, o valor das compras B2C já alcançou os 2,4 mil milhões de euros (1.5% do PIB) e deverá aumentar para 4 mil milhões até 2017 (2.5% do PIB).
Os números da MasterCard em Portugal confirmam esta tendência. Em 2012, o número de transacções processadas online com ferramentas de pagamento MasterCard e Maestro aumentou 26% e o volume gasto nas transacções processadas cresceu 20%.