“Tecnologia e retalho: o enlace perfeito”, por Miguel Major (Itautec)
“As cadeias de distribuição devem acompanhar as tendências e adaptar-se aos novos modelos de consumo, sob pena de verem os negócios e a própria imagem lesados”
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Rita Gonçalves
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Por Miguel Major, General Manager da Itautec
Os desafios económicos com que o país se depara não são novidade. Os portugueses têm vindo a contar com um orçamento cada vez mais reduzido, que exige um esforço de gestão muito mais elevado.
O consumidor de hoje não é, portanto, o mesmo de há um ou dois anos atrás. Perdeu-se poder de compra e, de certo modo, um pouco de fé, o que tornou os clientes mais exigentes, mais informados e mais cautelosos. O consumidor é agora mais assertivo e determinado, com uma opinião mais definida do que nunca e menos disposto a conformar-se como antes.
Com um público mais alerta e extremamente motivado para não se deixar enganar, as marcas têm uma consciência crescente de que é necessário fazer os clientes sentirem-se respeitados e, mais ainda, garantir-lhes que são ouvidos e que as suas opiniões e necessidades constituem prioridades nas suas formas de acção.
Na mesma linha, também os espaços comerciais e as cadeias de distribuição devem acompanhar as tendências e adaptar-se aos novos modelos de consumo, sob pena de verem os negócios e a própria imagem lesados. Hoje, mais do que nunca, é fundamental conhecer as pessoas, os seus hábitos, o seu estilo de vida e as suas necessidades e preocupações, integrando todos estes elementos nas estratégias de negócio.
Paralelamente às alterações que ocorrem por força das circunstâncias socio-económicas em que vivemos, a tecnologia, em rápida e contínua evolução, também motiva e potencia outro tipo de mudanças. Se, por um lado, a inovação tecnológica traz novas possibilidades, por outro, traz também novas e maiores exigências associadas.
Numa altura em que a presença e preponderância da Internet na vida quotidiana é irrefutável, observamos uma migração de diversas tarefas e actividades para o online. As compras feitas a partir da web, por exemplo, alcançaram um estatuto de relevo e muitos consumidores abraçaram, de bom grado, a possibilidade e o conforto de comprar a partir do computador ou até dos cada vez mais comuns dispositivos móveis, como tablets ou smartphones.
Neste cenário, o que é que as lojas podem fazer para garantirem que, perante as características do consumidor actual e os novos interfaces de compra, o seu papel não é relegado para segundo plano? Por outras palavras, o que é que as lojas podem fazer para que os clientes continuem a frequentá-las?
Na minha óptica, a resposta reside em fazer de um potencial inimigo um aliado, neste caso, colocar a tecnologia ao serviço do retalho, tornando-a uma parte relevante da experiência de compra em loja. Se os consumidores são, cada vez mais, adeptos de dispositivos móveis e se estes conseguem dar resposta a um crescente número de tarefas/finalidades, porque não tirar partido disso e integrá-los no processo de compra no ponto de venda? Porque não proporcionar o melhor de dois mundos, dando aos consumidores a possibilidade de combinarem a confiança da compra em loja com a comodidade do check-out virtual?
É neste ponto que identifico uma enorme oportunidade para um enlace perfeito: os retalhistas devem entender e adaptar as lojas à imagem do consumidor, estando atentos às suas aspirações e especificidades, e fazendo da tecnologia uma importante parcela da equação. A inovação tecnológica é, além de inevitável, absolutamente aconselhável!