AdegaMãe diversifica portefólio para conquistar novos consumidores
“Qualidade a preços acessíveis”, é a estratégia da AdegaMãe para conquistar os portugueses
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Rita Gonçalves
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Entrevista a Bernardo Alves, director-geral da AdegaMãe
“Qualidade a preços acessíveis”, é a estratégia da AdegaMãe para conquistar os portugueses. “Um Reserva da AdegaMãe custa à volta de 10 euros”, revela em entrevista ao Hipersuper Bernardo Alves, director-geral da Adega do Grupo Riberalves
Lançaram recentemente quatro novos Monocastas: Alvarinho, Chardonnay, Viognier e Viosinho e o primeiro Reserva Tinto. Qual a estratégia e os objectivos de vendas delineados para os novos produtos?
O nosso grande objectivo é mostrar o potencial destas castas e dos vinhos da Região de Lisboa. Queremos mostrar qualidade, esta é uma aposta na qualidade e na diferenciação, queremos fazer grandes vinhos, vinhos únicos, característicos da Região e acessíveis às pessoas; acreditamos que assim vamos ajudar a desmistificar a ideia de que a Região de Lisboa, e o Oeste em particular, produzem apenas quantidade. Pelo contrário, temos uma qualidade elevada, fomos abençoados com características únicas ao nível dos solos, do relevo e do clima. Por exemplo, a influência atlântica é muito característica e os nossos vinhos apresentam uma frescura natural impressionante. Essa frescura define os quatro novos varietais, mas também surge no nosso Reserva Tinto, eleito um dos melhores tintos da região.
Quem são os enólogos?
Anselmo Mendes e Diogo Lopes. O objectivo é fazer vinhos genuínos, que definam a região, vinhos diferenciadores que se imponham e que as pessoas queiram e possam beber. Por outro lado, queremos que esses vinhos sejam acessíveis às pessoas. Para se ter uma ideia, um Reserva da AdegaMãe custa à volta de 10 euros.
Onde vão estar à venda?
Estamos no pequeno e grande retalho, em diversos players do canal Horeca e temos distribuição através dos nossos agentes.
Qual o posicionamento das vossas marcas?
A nossa marca entrada de gama é o Pinta Negra, branco, tinto e rosé. Depois temos o Dory, a marca estandarte do projecto AdegaMãe. O Dory inspira-se nos Dóris, os pequenos barcos da pesca do bacalhau, que os portugueses utilizaram nas duríssimas campanhas ao longo de décadas pelos mares do Norte. O Dory é uma homenagem a toda essa actividade, porque a AdegaMãe, claro, nasce no Grupo Riberalves. Os vinhos Dory branco e tinto, que rondam os 4 euros, tiveram uma excelente aceitação por parte dos consumidores e da crítica e foram os primeiros a posicionar este projecto no mercado. Neste Verão, lançámos os varietais brancos, que nasceram das melhores castas de 2012 e vêm elevar o patamar de exigência. O preço referência são os 7 euros. Depois temos os Reserva. O Reserva Tinto está no mercado e o Reserva Branco sairá mais para o final do ano, porque é um branco de Inverno, com características muito especiais. Mais uma vez, queremos fazer vinhos que as pessoas possam beber.
Como está a evoluir o mercado interno de vinhos este ano?
Apesar do pessimismo instalado, as pessoas vão fazendo um esforço para consumir o bom vinho português. 2011 foi um grande ano de qualidade, estão a fazer-se grandes vinhos em Portugal e o nosso mercado é muito competitivo. Por isso, também temos de apostar na exportação, que na AdegaMãe vale 60 % das vendas.
Quais as perspectivas até ao final do ano?
Vamos continuar a crescer, gradualmente, até porque diversificámos a gama de produtos e temos agora uma polivalência que nos permite estar em diversos campos.
Como correu o primeiro semestre à Adega Mãe?
Foi um semestre em que subimos vendas e nos tornámos mais consistentes. 2013 é para nós um ano de afirmação no mercado, começámos muito bem com o Dory Reserva Tinto 2010, o nosso primeiro Reserva, que desde Março está a ganhar prémios internacionais.
Qual a facturação do ano passado e a evolução estimada para este ano?
A facturação ronda o meio milhão de euros. É natural que este número cresça, em linha com a diversificação da gama de produto e a fase de afirmação em que estamos.
Que quantidade anual produz a Adega Mãe? Há projectos para reforçar a produção?
A adega começou logo a produzir no ano de construção, em 2010; a produção ronda o meio-milhão de litros/ano. Estamos numa fase em que queremos ganhar consistência no mercado, mas o projecto prevê um crescimento progressivo até se atingir a capacidade produtiva de 1,5 milhões de litros/ano.
Em relação à exportação, para onde exportam e que produtos?
Temos as nossas diferentes marcas presentes em países como Brasil, Angola, China, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Irlanda, Suíça, Holanda, Alemanha, Espanha e Moçambique.
Qual a estratégia da Adega Mãe para competir nos mercado internacionais?
Depois de entrar num mercado, é preciso criar laços e desenvolver uma presença duradoura. Esse trabalho está a ser feito, temos uma equipa comercial para actuar nesse campo, junto das comunidades portuguesas e de outros mercados.
Para que novos países faz sentido começarem a exportar as vossas marcas?
Diria os países nórdicos, como a Noruega e a Suécia, e também o mercado de Leste, nomeadamente a Rússia.