Cecília Meireles deixa restauração em choque
O verniz estalou quando a Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, disse ao jornal SOL que o Verão tinha corrido “razoavelmente bem” ao Turismo em Portugal
Rita Gonçalves
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O verniz estalou quando a Secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, disse ao jornal SOL que o Verão tinha corrido “razoavelmente bem” ao Turismo em Portugal e justifica a recusa do Governo em baixar a taxa de IVA na restauração à luz do compromisso assinado pelo Estado português com a troika que visa o aumento da receita fiscal.
As palavras deixaram a direcção da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) em estado de choque por serem “completamente descoladas da realidade”. A associação cita números para justificar a afirmação: “O último relatório do Ministério da Economia publicado em Junho vem reconhecer que o sector da restauração é um dos mais afectados em 2012 pelo desemprego. De acordo com os dados do INE publicados pelo Ministério, o sector já perdeu 33.000 postos de trabalho entre o primeiro trimestre de 2011 e igual período de 2012, enquanto o número de insolvências declaradas cresceu 98% entre os mesmos períodos”.
O Verão não correu “razoavelmente bem” ao Turismo, argumenta a ARESHP, mais uma vez com números. “Os dados até Julho revelam uma quebra da actividade, só na Hotelaria, traduzida em menos 96,1 mil dormidas do que no ano passado e menos 114,8 mil hóspedes, com uma quebra de receita de menos 25 milhões de euros”.
A AHRESP levanta ainda uma ponta do véu das conclusões do estudo que vai lançar para a semana, feito por duas entidades independentes – a sociedade de advogados Espanha & Associados e a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC).
“O estudo projecta um cenário de calamidade no sector da restauração e perdas enormes na receita do IVA se for mantida a taxa máxima de 23% em 2013, projectando, por outro lado, um cenário muito mais desanuviado, tanto para o sector como para os cofres do Estado, se o Governo corrigir a rota e aceitar a redução da taxa do IVA”.
“Todas as projecções conhecidas indiciam que a manutenção da taxa máxima do IVA em sectores como a restauração provocará em 2013 o colapso desses sectores e a queda abrupta da receita do Estado”, remata a Associação.