APED: “As taxas sobre pagamento com cartões devem cair para metade”
Os comerciantes pagam taxas de utilização dos meios de pagamento com cartão duas vezes superiores à média europeia, no caso do débito, e quase três vezes superiores no caso do crédito”, sublinha a APED
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Rita Gonçalves
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Tendo em conta decisão do Pingo Doce de recusar pagamentos com cartão inferiores a 20 euros, considera que outras cadeias podem seguir o exemplo?
Esta questão é antiga. Há muitos anos que andamos a dizer que em Portugal se pagam taxas caras demais para as transacções que são feitas com cartões de pagamento. Reconhecemos que houve uma evolução importante, que o sistema de pagamentos é eficiente e sofisticado, amigo do consumidor, mas estamos a pagar demais. A nossa luta passou por uma queixa na Autoridade da Concorrência por abuso de posição de mercado, porque mesmo tendo havido alguma descidas das taxas ao comerciante não é suficiente porque quando se compara o mesmo serviço noutros países há uma disparidade brutal.
De que ordem?
No débito falamos de taxas em Portugal cerca de duas vezes superiores e no crédito quase de três vezes superiores à média europeia. Pedimos que haja transparência neste mercado, que se perceba como se processam as transacções com os cartões de pagamento, o que é crédito e o que é débito. Vamos continuar a lutar por uma taxa bastante inferior à que é actualmente praticada. Porque no fundo estamos a transferir recursos não só para pagar o sistema de processamento das transacções mas também a transferir recursos para a banca, que são os emitentes dos cartões de pagamento e os accionistas destas sociedades que fazem o interface com o retalhista, no caso da Unicre, e quem gere a infra-estrutura técnica que suporta as transacções.
Que taxa considera justa a APED?
Seria razoável para nós que as taxas descessem para níveis próximos da média europeia, para metade nalguns casos e mais de metade noutros.
Se os retalhistas decidissem tomar uma decisão concertada não teria mais peso?
Os retalhistas estão organizados a dialogar e a colocar o problema junto das autoridades competentes mas cada uma das cadeias toma as suas decisões de gestão operacional de forma independente.
Esta tomada de posição reforçou o diálogo com a SIBS e a Unicre?
Não posso dizer que isso tenha acontecido porque diálogo temos vindo a ter intensamente ao longo dos últimos de tempo. O nosso problema é falta de decisão. Passar do diálogo à acção.