Paulo Azevedo, director-geral da Silvex
EXCLUSIVO: Silvex estima duplicar exportações de biodegradáveis em 2012
A produtora nacional de plásticos para diversas utilidades estima que as exportações atinjam este ano 30% do volume de negócios, que no ano passado registou mais de 28 milhões de euros
Rita Gonçalves
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As exportações da Silvex somam e seguem. A produtora nacional de plásticos para diversas utilidades estima que as exportações atinjam este ano 30% do volume de negócios, que no ano passado registou mais de 28 milhões de euros.
A empresa de Benavente começou a apostar forte na exportação em 2010, quando investiu na expansão das instalações industriais e em novos equipamentos para aumentar a capacidade de produção. “A fábrica foi alvo de um investimento global de 22 milhões de euros, com o apoio do QREN. Até essa data, a produção da Silvex esgotava-se praticamente no abastecimento do mercado interno”, explica em entrevista ao Hipersuper Paulo Azevedo, Director-Geral da Silvex.
De 2010 para 2011 a exportação aumentou 95%, quando alcançou uma percentagem de 24,8% das vendas globais, cerca de 7 milhões de euros. “Este ano o desafio é ultrapassar 30% das vendas sem decrescer no mercado interno”.
O investimento na fábrica – praticamente concluído – marcou ainda a entrada da empresa numa nova área de negócio – o plástico biodegradável – produto muito valorizado nos mercados internacionais.
Duplicar exportações de biodegradáveis
Espanha, Angola e Itália, constituem os países com mais expressão nas exportações da Silvex. “Também exportamos sacos de lixo biodegradáveis para dejectos caninos para a Suécia e mais recentemente película aderente biodegradável para os EUA. Não temos uma estratégia rígida, vamos exportando consoante as oportunidades”. O negócio do plástico biodegradável está a correr em linha com as expectativas. “No ano passado, exportamos cerca de meio milhão de euros em produtos biodegradáveis. Para primeiro ano correu muito bem. Esperamos este ano duplicar o valor”.
Os produtos biodegradáveis têm mais procura nos mercado externos, sobretudo devido ao preço. “É uma área de negócio que vai ter cada vez mais peso nas exportações”.
No entanto, o produto mais vendido e mais exportado na Silvex são ainda os sacos do lixo.
Paulo Azevedo revela que no mercado interno a empresa “não está a perder vendas” mas não esconde as dificuldades. O mercado está cada vez mais concentrado, sinal de que uma série de empresas fecharam portas e o consumo interno está a descrescer. As coisas estão mais difíceis, mas enquanto empresa industrial somos naturalmente mais competitivos nos mercados mais próximos”.
A Silvex está entre as 10 maiores PME que mais contribui para o PIB do país e é a terceira maior PME em número de trabalhadores (mais de 240 em 2011).